Com o uso de robôs na educação e sem o uso de telas, nós professores podemos fazer atividades apropriadas a cada faixa etária e que promovam o aprendizado e o desenvolvimento infantil. Um experimento acompanhou uma escola em um conjunto habitacional de baixa renda em Hong Kong, na China, para entender as possibilidades e os desafios da programação de robôs na educação infantil.
Os pesquisadores queriam descobrir se contar historinhas sobre como programar robôs poderia ampliar seus conhecimentos sobre computação e, dessa forma, atenderia às necessidades de aprendizagem de crianças de famílias de baixa renda.
O experimento foi realizado em diversas etapas:
buscaram pesquisas já publicadas sobre robótica na educação;
analisaram as atividades gravadas em vídeos;
fizeram entrevistas com os professores;
avaliaram as crianças no contexto escolar e social;
estudaram os efeitos do ensino de robótica.
As evidências mostraram que as crianças que mais interagiram com os robôs se beneficiaram mais das atividades de programação e desenvolveram suas habilidades de autorregulação, especialmente entre aquelas de origens menos privilegiadas.
Uma conclusão muito importante: para trabalhar a robótica, os professores precisam receber formação e apoio continuados, e esse ensino precisa fazer parte de planejamentos pedagógicos bem estruturados. Dessa forma, será possível facilitar e dar apoio à aprendizagem das crianças utilizando os robôs.
Américo é doutor em educação pela Johns Hopkins University. Pesquisador em educação, fundou a Escribo onde trabalha com as escolas para fortalecer o aprendizado das crianças.
Quando as crianças brincam, elas exercitam a criatividade, a capacidade de desenhar e têm convívio social com outras crianças, fatores indispensáveis no aprendizado da fala e de leitura e escrita. É sobre essas temáticas que tratamos neste novo artigo, também parte do meu doutorado na Johns Hopkins University.
Pontos principais
Pais: sempre estimulem os(as) filhos(as) a brincar com outras crianças. É através das brincadeiras que os pequenos desenvolvem a imaginação e avançam no aprendizado. Professores: aulas com atividades em dupla ou brincadeiras em grupo incentivam a socialização entre as crianças, melhorando o processo de alfabetização. Gestores escolares: é importante que o ensino da linguagem escrita tenha um propósito: brincar, desenhar, conversar/socializar devem estar alinhados aos objetivos do aprendizado de leitura e escrita.
As teorias socioculturais começaram a surgir com os trabalhos do psicólogo russo Vygotsky [1]. Naquela época, eram populares as abordagens de estímulo-resposta e as teorias Gestalt. Embora seja comum rotular o trabalho de Vygotsky como construtivista, ele era diferente de outros estudiosos desse campo, como o pensador suíço Jean Piaget. Vygotsky argumentava que a convivência social tinha uma função essencial no desenvolvimento humano [2].
Essas interações começam cedo e culminam no desenvolvimento da linguagem, ferramenta que usamos inicialmente para nos comunicarmos e que evolui para se tornar uma parte vital do raciocínio humano [1]. Ao dominar a fala, as crianças assumem o controle sobre suas ações, criam alternativas para resolver um problema e podem planejar o futuro [1].
Nesse sentido, Vygotsky chegou ao conceito da zona de desenvolvimento proximal (ZDP), que afirma que a capacidade de uma pessoa para resolver um problema aumenta quando é auxiliada por um colega mais capaz ou por um instrutor [1]. Com algumas interações, o(a) aluno(a) será capaz de realizar a tarefa sozinho(a) e o(a) professor(a) poderá focar nos próximos desafios de aprendizado. Leia mais sobre a zona de desenvolvimento proximal neste artigo.
Dentro deste contexto de promoção de interações, é indispensável destacar a importância do brincar na educação infantil. Nesta etapa, a criança começa a desejar coisas que não pode alcançar [1] como pilotar um avião, e é neste momento que as crianças começam a desenvolver a imaginação. É através das brincadeiras que a criança consegue realizar muitos de seus desejos (ex: levar seus amigos da escola para um voo cheio de acrobacias, por exemplo!) [1]. De acordo com Vygotsky, quando as crianças brincam, elas vivenciam uma zona de desenvolvimento proximal, onde realizam ações que vão além do esperado para suas idades e avançam, portanto, no seu desenvolvimento.
O desenvolvimento da linguagem escrita
Um dos pontos mais interessantes do trabalho de Vygotsky em relação à alfabetização é o que ele afirma sobre a linguagem escrita. Para ele, o desenvolvimento dessa habilidade começa quando a criança passa a usar gestos manuais (apontar e tocar) para representar os sinais visuais (por exemplo, o objeto que ela está olhando e deseja tocar) [1].
Isso se desenvolve até a criança começar a desenhar, quando elas usam esses gestos para fazer rabiscos. Mais do que um rabisco consciente, o desenho no início da educação infantil é uma forma natural de registrar no papel o que as crianças comunicam com seus gestos [1].
O desenvolvimento do simbolismo é outro aspecto importante do aprendizado da linguagem escrita. O simbolismo é bastante presente quando a criança está brincando, quando muitas vezes atribui um outro significado a um objeto [1]. Por exemplo, um pequeno bloco de papel pode se tornar um avião quando a criança o usa para jogar como se fosse um avião. A mesma ligação simbólica pode ser feita com muitos outros objetos (por exemplo, um controle remoto, um telefone celular) se eles servem ao propósito de se mover como um avião de brinquedo – inclusive, não é necessário haver semelhança com uma aeronave real.
A representação simbólica então surge com o desenho na educação infantil, quando a criança começa a traduzir seu discurso verbal (o que fala) em discurso gráfico (o que desenha) [1]. Esse processo evolui e chega ao desenvolvimento da escrita simbólica. Após a fase de três a quatro anos de idade, a maioria das crianças conseguirá usar símbolos escritos e então atribuir palavras ou frases para ações (por exemplo, repetir frases maiores do que esperamos que elas consigam memorizar).
Por isso é importante o ensino da linguagem escrita na educação infantil, mas esse ensino precisa ser organizado de forma que a leitura e a escrita tenham um propósito [1], criando oportunidades para nossos filhos se tornarem letrados, incentivando-os a socializar e usar a linguagem de forma real e relevante.
A maioria dos estudantes das escolas brasileiras, da primeira à terceira série, não aprende o mínimo necessário em leitura e escrita [4]. Uma visão sociocultural pode nos fornecer diversos insights sobre os fatores que contribuem para este baixo nível de aprendizado no ambiente escolar. Podemos começar pensando sobre o desenvolvimento da fala nos primeiros anos da infância.
Para Vygotsky, a criança desenvolve a fala por meio das vivências sociais já nos primeiros anos de vida. O Brasil ainda é um país em desenvolvimento, e as famílias carentes geralmente não possuem os meios adequados para criar seus filhos. Por exemplo, apenas 20,8% das crianças brasileiras estão em creches [5]. A maioria das famílias tem que deixar as crianças com vizinhos ou familiares, e essas pessoas podem não interagir com a criança de forma adequada – ou por terem poucos recursos ou simplesmente não saberem o que fazer para fortalecer o desenvolvimento das crianças.
Por isso, muitas crianças passam menos tempo em sua zona de desenvolvimento proximal, atrasando seu progresso. Passam muito tempo em frente à TV quando deveriam interagir com amigos e adultos, brincar de “faz de conta” e desenhar para desenvolver os discursos orais e gráficos, processos fundamentais ao aprender a linguagem escrita. Essas crianças provavelmente chegam menos desenvolvidas do que poderiam estar quando começam a estudar.
Na educação infantil a criança ainda enxerga o aprendizado como algo divertido mas, infelizmente, ao chegar no primeiro ano do ensino fundamental muitos alunos reclamam que a escola se torna chata. Isso provavelmente acontece porque o aprendizado de leitura e escrita, em muitas escolas brasileiras, ainda usa um processo mecânico que se concentra na codificação e decodificação de símbolos escritos [6]. Parece que os professores não aplicam a dica dada por Vygotsky: permitir que as crianças interajam e se engajem em tarefas sociais enquanto aprendem a ler e escrever.
Isso pode acontecer porque, no Brasil, a maioria graduações voltadas à Educação se concentra no modelo de conteúdo, que enfatiza um histórico cultural geral e a disciplina que o(a) graduando(a) irá ensinar quando se formar. Isso deixa uma grande lacuna, uma vez que a pedagogia, quando ensinada, é apresentada de uma maneira abstrata, sem experiências reais em sala de aula [7].
Aparentemente, a falta de formação pedagógica adequada está entre as principais causas da falta de engajamento do estudante com a escola, que começa a se manifestar nos anos iniciais do ensino fundamental. De acordo com a perspectiva sociocultural, a escrita deve ser ensinada naturalmente; os educadores têm de fornecer meios para as crianças descobrirem, enquanto brincam, que a leitura e a escrita são necessárias. Quando isso acontece, elas geralmente se envolvem no aprendizado.
No entanto, é injusto não lembrar que, durante os anos iniciais, os pais e o sistema educacional brasileiro como um todo esperam que os professores apliquem provas formais, dentro do sistema de notas (de 0 a 10). Como a maioria dos pais e gestores se atém apenas às notas, o nível de aprendizado e de riqueza da linguagem escrita dos alunos pode acabar ficando de lado. Apesar disso, esse aprendizado precisa ser o objetivo principal do ensino.
Nossa visão, alicerçada em Vygotsky, é de que devemos buscar uma educação mais engajante e que promova o desenvolvimento da linguagem oral e escrita rica . Tal busca deve iniciar na educação infantil com o ensino lúdico, porém sistemático, das habilidades que levam a leitura e a escrita.
Referências
[1] Vygotsky, L. S. (1980). Mind in society: The development of higher psychological processes.Cambridge, MA: Harvard University Press.
[2] Ernest, P. (2010). Reflections on theories of learning. In B. Sriraman, & L. English (Eds.), Theories of Mathematics Education(pp. 39-48). New York, NY: Springer.
[3] Soares, M. (1998). Letramento: Um tema em três gêneros. Belo Horizonte, MG: Autêntica.
[4] Inep – Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira. (2013). Avaliação Nacional da Alfabetização. Retrieved from:http://goo.gl/wzjpiF
[5] Ibope. (2013). Primeiríssima infância: Da gestação aos três anos. Retrieved from: http://goo.gl/u9YpVM
[6] Mortatti, M. D. R. L. (2000). Cartilha de alfabetização e cultura escolar: Um pacto secular.Caderno Cedes, 52, 41-54.
[7] Tanuri, L. M. (2000). História da formação de professores. Revista Brasileira de Educação, 14, 61-88.
Américo é doutor em educação pela Johns Hopkins University. Pesquisador em educação, fundou a Escribo onde trabalha com as escolas para fortalecer o aprendizado das crianças.
Por Américo Amorim, Doutorando em educação pela Johns Hopkins University.
Nos últimos dias estive visitando algumas escolas e conversei com diretores, coordenadores e professores sobre o layout físico das salas de aula.
Nesse vídeo vamos falar um pouco sobre como a arrumação, a iluminação, o som e os aromas das salas de aula podem ajudar o trabalho dos professores e o aprendizado dos alunos. Abaixo você pode conferir a transcrição completa dele.
Primeiro é importante lembrar que nossos alunos precisam prestar atenção nos momentos mais importantes das aulas. (Hardiman, 2012). Várias pesquisas mostraram que quando o professor muda algo na sala de aula, os alunos ficam mais atentos. (Posner & Rothbart, 2007).
Outra pesquisa mostrou que salas que sempre são iguaisaumentam a dispersão dos alunos (Zental & Zendtal, 1983). Ou seja, o que a neuroeducação nos mostra é que quanto mais mudarmos o interior de nossas salas, mais atenção e aprendizado.
Uma boa prática é mudar os cartazes que ficam nas paredes para que os alunos sempre prestem mais atenção nas novidades. Podemos fazer isso semanalmente, quinzenalmente. O importante é não deixar sempre a mesma coisa.
Nós também podemos mudar a organização das bancas na sala ao longo dos bimestres!
Uma outra ideia, que já foi testada em pesquisas e mostrou bons resultados, é alternar as salas de aula. Ou seja, a cada semana você pode trocar as salas das suas turmas. Isso pode ser uma boa brincadeira para os alunos e vai ajudá-los a ficarem mais motivados e atentos! (Smith, Glenberg and Bjork, 1978).
Outra coisa que é muito importante para o aprendizado é a iluminação da sala de aula. Um estudo com 21 mil crianças descobriu que salas de aula iluminadas pela luz solar tinham scores maiores: +20% em matemática e 26% em leitura (Hoeschong, 1999).
Ou seja, o ideal é termos grandes janelas que permitam a entrada de luz durante a maioria do ano.
Mas nem sempre é possível termos grandes janelas. Nestes casos é importante prestar atenção nas lâmpadas. O ideal é que as salas de aula sejam equipadas com lâmpadas fluorescentes de espectro total com suplemento UV, pois elas emitem luz parecida com a do sol.
Alunos que estudam em salas equipadas com estas lâmpadas são mais saudáveis e aprendem mais do que nas salas com lâmpadas fluorescentes brancas ou de vapor de sódio (Hathaway, 1995).
Outra coisa importante é prestar atenção no nível de ruído na sala de aula. Ruídos causam distrações principalmente em crianças da educação infantil (Nelson & Soli, 2000). Por isso, crianças em salas silenciosas conseguem recuperar mais informação do que crianças de salas barulhentas (Smyth, 1979).
Os adolescentes também perdem capacidade de recuperação e tratamento de informação quando expostos a sons muito altos (Hygge, 2003).
E para terminar, é importante lembrar que o cheiro também pode ajudar no aprendizado. Odores podem melhorar o estado emocional, a atenção e a memória dos alunos (Epple e Herz, 1999).
Um bom exemplo disso foi o estudo que mostrou que aromatizando uma sala com aroma vale do lírio e hortelã-pimenta (peppermint) reduziram em 54% as atividades paralelas dos alunos. Você também pode introduzir aromas em sua sala, mas lembre de não utilizar produtos químicos que possam causar alergia as crianças.
Bem pessoal, é isso. Resumindo, as pesquisas mostram que precisamos:
Mudar o layout de nossas salas ao longo do ano letivo;
Usar ao máximo a luz solar para iluminar nossas salas, e quando precisarmos de lâmpadas, utilizar as mais adequadas;
Reduzir o nível de ruído nas salas de aula;
Introduzir aromas para ajudar os alunos para se concentrarem.
Américo é doutor em educação pela Johns Hopkins University. Pesquisador em educação, fundou a Escribo onde trabalha com as escolas para fortalecer o aprendizado das crianças.
Hoje vamos falar sobre a influência do no stress aprendizado das crianças. Este vídeo é um resumo do artigo “Journal of adolescent heath” de Carrion, V. G e Wong, S.S. que foi publicado em 2012. Alguns pesquisadores já tinham uma suspeita de que experiências traumáticas aumentavam o nível de cortisol nas crianças, mas a questão aberta era: qual a conseqüência disso para o aprendizado?
Nesse estudo os pesquisadores monitoraram a atividade cerebral das crianças que tinham passado por experiências traumáticas e também daquelas que não tinham, observando o nível de atividade cerebral e o nível de cortisol nesses dois grupos.
As crianças que tinham passado por experiências traumáticas possuíam níveis mais altos de cortisol e também foi registrada uma menor atividade no hipocampo e no córtex pré-frontal, ou seja as áreas do cérebro ligadas ao raciocínio analítico e a memória. Isso, claro, leva a uma série de dificuldades de aprendizado.
Para minimizar esse problema os pesquisadores sugerem que educadores desenvolvam intervenções que reduzam o nível de cortisol, ou seja, deixem os alunos mais tranquilos, mais relaxados; e também fortaleçam a atividade na região frontal no sistema límbico para que eles consigam novamente ter níveis mais altos de raciocínio e aumentem a capacidade de memorização.
Resumindo, a neuroeducação mostra que crianças que passaram por experiencias traumáticas terão mais dificuldade no aprendizado e nós educadores precisamos desenvolver atividades para que elas possam se recuperar dessa perda cognitiva.
Por hoje é só, se você gostou dê seu feedback e logo teremos mais vídeos!
Américo é doutor em educação pela Johns Hopkins University. Pesquisador em educação, fundou a Escribo onde trabalha com as escolas para fortalecer o aprendizado das crianças.
A educação passa por períodos de transformação. Professores já passam atividades online, utilizando Google Drive ou Dropbox, aplicativos voltados para à educação e material multimídia com vídeos, infográficos e animações.
Um desses educadores é a professora Heather Wolpert-Gawron, que desenvolveu uma lista de características inerentes aos indivíduos que desejam aprender online.
A lista é voltada principalmente para aqueles alunos que estão começando a aprender online, então não deixe de divulgar para os seus alunos!
Uma boa observação é que a maioria desses atributos à serem alcançados na lista também funcionam para quem quer aprender melhor em salas de aula tradicionais.
A diferença, logicamente, é que no mundo virtual o sucesso depende muito mais de escolhas individuais e administração da energia e tempo gastos.
1. Força de vontade
Quem aprende com sucesso possui, de forma inerente, um senso de metacognição – ele é capaz de se auto motivar, começar os trabalhos sozinho e domina suas próprias ações.
Em outras palavras, eles refletem sobre como aprender ao mesmo tempo que aprendem.
2. Administração do tempo
Vivemos num mundo com muitos estímulos visuais, sensoriais e auditivos. Para conseguir ver e fazer tudo que desejamos, é preciso administrar o tempo. Ter a capacidade de elencar hierarquicamente suas prioridades com um olhar crítico é essencial.
Planejar as atividades de acordo com a importância delas é muito mais fácil e efetivo. Daí em diante é só deixar o plano de atividades fluir com responsabilidade.
3. Senso colaborativo
Isso é muito importante. Mais do que entender tecnologia, mais do que uma escrita perfeita, a habilidade colaborativa é a mais essencial para utilizar no aprendizado online.
Compartilhar é propagar conhecimento, ajudar os outros, se importar. Com redes de compartilhamento de informações, é possível aprender mais e de forma mais fácil, colaborativamente.
4. Estabelecimento de Metas
É preciso ser capaz de visualizar o objetivo e planejar o que precisa ser feito para alcançá-lo. Os mapas mentais são bastante úteis nesse momento! Saiba mais:
A comunidade virtual é baseada na linguagem verbal, ou seja, no uso de palavras numa comunicação efetiva. É preciso dominar o campo da escrita para se expressar bem online.
Vale salientar que a realização de atividades escolares via web não isenta o aluno de escrever formalmente. Nada de linguagem virtual como “vc”, “blz”, entre outras.
6. Seguir as Regras
Assim como a sala de aula possui um conjunto de regras, o ambiente online também. O aluno deve agir de acordo com as normas decididas previamente e designadas pelo professor ou instrutor da atividade online.
7. Autonomia
No mundo virtual você precisa advocar por si mesmo. Afinal, se não for você, quem mais pode sanar suas dúvidas, perguntar e fazer sua voz ser ouvida de forma positiva.
Conclusão
É possível ver claramente que essa sequência de características também se aplica nas salas de aula tradicionais.
Além de colaboração, compartilhamento e autonomia, existem também outros componentes que integram ambos espaços de aprendizado (real e online), como comunicação, resolução de problemas, tomadas de decisão, diplomacia (entender os dois lados), liderança, questionamentos, persuasão, definição de metas e compromisso.
Juntas, essas habilidades se correlacionam e andam juntas de diversas maneiras. Por isso não deixe de frisar aos alunos que as suas expectativas online da “sala de aula virtual” são as mesmas da sala de aula tradicional!
Américo é doutor em educação pela Johns Hopkins University. Pesquisador em educação, fundou a Escribo onde trabalha com as escolas para fortalecer o aprendizado das crianças.
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