No cenário educacional atual, estimular o empreendedorismo e a inovação desde a educaçãoinfantil é fundamental para preparar as crianças para um futuro cada vez mais complexo e competitivo. Neste artigo, vamos discutir a importância de promover essas habilidades desde cedo e como podemos fazê-lo de forma eficaz.
Desenvolvendo a Oratória nas Crianças
Uma das habilidades que devemos cultivar desde cedo é a capacidadede falar em público. A oratória é uma habilidade valiosa que pode beneficiar as crianças ao longo de suas vidas. Propomos a criação de projetos que envolvam apresentações regulares, pelo menos uma vez a cada bimestre ou trimestre, para ajudar as crianças a superar a timidez e ganhar confiança ao se expressarem em público.
Fomentando a Inovação nas Escolas
Outro aspecto crucial é não sufocar a inovação nas escolas. Devemos encorajarideias criativas e projetos que os alunos queiram desenvolver. Um exemplo pessoal mostra como a inovação pode ser inibida quando não é adequadamente estimulada. Lembro-me de quando, na minha infância, criei um jornalzinho da escola por conta própria. Entreguei-o à escola, mas logo fui chamado pela direção, que queria controlar o projeto. Infelizmente, essa atitude desmotivou minha iniciativa, e acabei mudando de escola.
Valorizando a Criatividade Infantil
Crianças têm uma criatividadenatural e uma capacidadedeinovação incríveis quando são jovens. Portanto, em vez de reprimir suas ideias, devemos encorajar e apoiar suas iniciativascriativas. Ao permitir que as crianças desenvolvam suas próprias ideias e projetos, estamos preparando-as para se tornarem adultos mais criativos e inovadores.
A Importância da Inovação para o Futuro
A inovação desempenha um papel fundamental em todos os aspectos da sociedade, da economia à resolução de problemas sociais. Estimular a criatividade desde a infância é essencial para garantir um futuro mais inovador e próspero. Como educadores, temos a responsabilidade de criar um ambiente onde as crianças se sintam incentivadas a explorar novas ideias e a buscar soluções inovadoras.
Conclusão
Em resumo, promover o empreendedorismo e a inovação desde a educação infantil é essencial para preparar as crianças para um futuro de sucesso. Devemos estimular suas habilidades de comunicação, valorizar suas ideias criativas e criarum ambiente que fomente a inovação. Ao fazer isso, estaremos contribuindo para um mundomaiscriativo e inovador. Se você gostou deste conteúdo, compartilhe-o com colegas, professoras, coordenadoras e diretoras. Siga @americoescribopara mais informações sobre educação e outros temas relacionados. Até a próxima!
Américo é doutor em educação pela Johns Hopkins University. Pesquisador em educação, fundou a Escribo onde trabalha com as escolas para fortalecer o aprendizado das crianças.
Olá! Tudo bem? Temos uma ótima notícia. Instituída na última quinta-feira (11), a Política Nacional de Alfabetização (PNA) vem com a proposta de combater os índices de analfabetismo no Brasil – tanto para quem não saber ler nem escrever (absoluto) quanto para quem tem baixa capacidade de leitura e compreensão (funcional). Segundo dados da Prova Brasil, 66% dos alunos brasileiros terminam o ensino fundamental sem o aprendizado mínimo desejado para a Língua Portuguesa. Nesse contexto, listamos cinco grandes avanços do documento – e outros dois que merecem a nossa atenção.
1. Incentivo ao uso de evidências científicas
A PNA deixa muito claro, já no primeiro artigo, que vem para melhorar o aprendizado de leitura e escrita com base em evidências científicas, assim teremos projetos que valorizem as descobertas feitas através de pesquisas. Poderemos criar estratégias que otimizem os recursos para alfabetização e tragam resultados mais efetivos para o aprendizado das crianças, como ressaltado pela especialista em políticas educacionais Ilona Becskehazy.
2. Escolas são livres para se adequar à PNA
A PNA institui que não é obrigatória: os municípios e demais entes governamentais poderão aderir à política se julgarem que os programas e projetos serão benéficos para suas escolas e estudantes.
3. Liberdade para escolher o método de alfabetização
Outro ponto positivo é que o documento não impõe que as escolas adotem um método de ensino específico. Pelo contrário, ela valoriza os vários métodos e indica os principais tópicos que devem ser trabalhados através deles para fortalecer o aprendizado das crianças. É uma maneira de respeitar a proposta pedagógica de cada rede escolar.
4. Abordagens reconhecidas no mundo todo
A Política Nacional de Alfabetização dá ênfase a seis tópicos essenciais para a alfabetização: consciência fonêmica; instrução fônica sistemática; fluência em leitura oral; desenvolvimento de vocabulário; compreensão de textos e produção de escrita. Com reconhecimento no mundo inteiro, os componentes trazem consensos científicos atuais sobre as melhores práticas educacionais para se aprender a ler e escrever desde a educação infantil.
5. Metas e avaliações de aprendizagem serão a regra
Em relação à implementação da PNA, os projetos que serão apoiados por ela terão metas claras de aprendizagem, o que é muito importante para que sejam efetivos. Ela também vai privilegiar o desenvolvimento e o uso de instrumentos de avaliação para acompanharmos a evolução dos alunos e se eles estão caminhando para atingir os objetivos.
O que vem por aí
Conforme notado pela educadora Claudia Costin, não existem menções direta à Base Nacional Comum Curricular (BNCC) no documento. Na visão de Ilona, o detalhamento dos objetivos de aprendizagem e demais detalhes da política ainda serão divulgados e devem contemplar a Base.
A política também define o uso de materiais didáticos de forma ampla, e nos próximos documentos serão especificados tanto os mais tradicionais, como livros e jogos tangíveis, como o uso de tecnologia (jogos digitais, por exemplo). Esses materiais digitais deverão estar aprovados pelo Guia de Tecnologias Educacionais, lançado pelo Ministério da Educação em 2018.
A Política Nacional de Alfabetização é o primeiro passo para fortalecer o aprendizado de leitura e escrita. Agora, é preciso que a sociedade – escolas, cientistas e empreendedores – se mobilize para desenvolver, implementar e avaliar projetos que sejam efetivos para as crianças. É hora de executar.
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Américo é doutor em educação pela Johns Hopkins University. Pesquisador em educação, fundou a Escribo onde trabalha com as escolas para fortalecer o aprendizado das crianças.
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