Se você é coordenadora, professora ou gestora na área da educaçãoinfantil, já parou para pensar no que está fazendo hoje para garantir uma boa avaliaçãodeaprendizagem daqui a um, dois ou três meses? Vamos explorar juntos essa questão crucial.
Ontem, durante uma reunião com minha equipe de desenvolvimento de software aqui na Escribo, o André, um dos nossos desenvolvedores, fez uma pergunta que me fez refletir sobre o processo de avaliação nas nossas escolas. Infelizmente, no Brasil, é comum a maioria das escolas interromper suas atividades para realizar avaliações e redigir relatórios das crianças, seja no final do trimestre, do primeiro bimestre ou até mesmo semestralmente. Algumas chegam até a enviar apenas um relatório por ano para as famílias.
Qual é a periodicidade de escrita de relatórios na sua escola?
Independentemente da frequência com que essas avaliações são realizadas, é importante adotar boas práticas que levam a relatórios de melhor qualidade e, consequentemente, a uma avaliação mais eficaz para melhorar o aprendizado das crianças.
Boas práticas para se fazer relatórios de qualidade
Uma dessas práticas fundamentais é realizar registroscontínuos do que acontece dentro da sala de aula. Se uma criança enfrenta um problema, registre. Se outra criança faz algo extraordinário, também registre. Esses registros podem ser feitos de várias formas: anotações, fotografias dos artefatos produzidos pelas crianças ou até mesmo registros sonoros. O importante é coletar informaçõesconstantemente.
Ao final de um período de dois ou três meses, quando for escrever o relatório, será fácil consultar esses registros. Ter um histórico ajuda a fazer um diagnóstico preciso sobre a evolução da criança naquele trimestre.
Um bom sistema ajuda a consolidar os registro sobre cada criança
Se você parar daqui a três meses e tentar se lembrar do que aconteceu hoje na aula, certamente terá dificuldades. Daí vem a importância dos registros. Se tiver um sistema que facilite essa coleta ao longo do tempo, poderá consolidar todos osregistrossobre cada criança e produzir relatórios de melhor qualidade, mais informativos e personalizados tanto para você quanto para as famílias.
Conclusão
Se ainda não está coletando dados de forma constante, é importante começar a fazer esses registros. Se não possui um sistema para isso, estamos aqui para ajudar. Envie uma mensagem para conhecer o nosso.
Se gostou deste vídeo, compartilhe com suas colegas coordenadoras, gestoras e professoras. Deixe suas dúvidas para os próximos vídeos. Até a próxima!
Américo é doutor em educação pela Johns Hopkins University. Pesquisador em educação, fundou a Escribo onde trabalha com as escolas para fortalecer o aprendizado das crianças.
A avaliação na educaçãoinfantil é um tema essencial para garantir um ensino de qualidade e adaptado às necessidades de cada criança. Neste artigo, discutiremos a eficácia da avaliaçãoindividualversus em grupo, e como essa prática pode influenciar o aprendizado dos alunos.
Recentemente, a professoraFernandaMedina nos enviou uma provocação valiosa sobre esse assunto. Ela questionou qual seria a melhor abordagem para realizar avaliações junto com as crianças, destacando a importância de uma prática que resulte em qualidade no ensino.
Propósito da Avaliação
Para compreendermos a função da avaliação, é crucial entender que seu propósito é medir o progressodascrianças e permitir a personalização do ensino. Ao coletarmosinformações sobre cada criança, podemos ajustar nossos planos de aula e práticas pedagógicas para garantir que todas elas tenham a oportunidade de aprender.
Mas, qual a melhorformadeavaliar: individualmente ou em grupo? Vamos analisar ambos os cenários.
Avaliação Individual ou em Grupo: Qual é a melhor?
É fundamental reconhecer que a avaliação precisa ser, em sua essência, individualizada. Cada criança possui característicasúnicas e diferentesnecessidades de aprendizado. Portanto, coletar informações individualmente é essencial para compreender o progresso de cada aluno.
Ao realizarmos avaliações em grupo, corremos o risco de ignorar as especificidades de cada criança. As respostas podem ser influenciadas pelo comportamento do grupo, e crianças com dificuldades particulares podem passar despercebidas.
Durante anos de experiência e avaliação de mais de quinze mil crianças, observamos que dentro das turmas existem agrupamentosdistintosdealunos. Alguns estão mais avançados em determinadas habilidades, enquanto outros ainda estão em processodedesenvolvimento. Essa diversidadedeaprendizado torna crucial a avaliação individualizada.
Minha sugestão é utilizar instrumentos que permitam a coleta de informações individualmente. Se possível, realizar um diagnóstico com cada criança proporciona uma compreensão mais profunda de suas habilidades e necessidades.
Instrumentos de Avaliação Tradicionais E Digitais
Existem diferentes formas de realizar essa avaliação. Você pode optar por instrumentos tradicionais, como os testesde leitura e escrita padronizados, ou utilizar ferramentas digitais gamificadas, como os oferecidos pelo Escribo Play. Essas ferramentas permitem coletar dados de forma rápida e eficiente, fornecendo insights valiosos sobre o progresso de cada aluno.
Conclusão
Ao personalizaroensino com base nas avaliações individuais, podemos garantir que cada criança receba a atenção e o suporte necessários para seu desenvolvimento. Compartilhe essas práticas com sua equipe e não hesite em compartilhar seus comentários e dúvidas conosco.
Se gostou deste conteúdo, compartilhe com suas colegas e siga-nos nas redes sociais para mais informações e dicas sobre educaçãoinfantil. Estamos ansiosos para continuar essa conversa e ajudá-lo a promover o melhor ambiente de aprendizado para suas crianças. Até os próximos artigo e vídeo!
Américo é doutor em educação pela Johns Hopkins University. Pesquisador em educação, fundou a Escribo onde trabalha com as escolas para fortalecer o aprendizado das crianças.
Introdução
O planejamento de aulas é uma parte essencial da rotina das educadoras, e encontrar o equilíbrio certo entre o nível de detalhe a ser incluído nos planos de aula é uma questão crucial. Neste blog post, exploraremos a importância de determinar a quantidade adequada de detalhes nos planos de aula, considerando o impacto que isso pode ter no processo de ensino-aprendizagem. Vamos abordar como essa decisão pode variar de acordo com a experiência das professoras e como planos bem detalhados podem ser uma ferramenta valiosa para garantir um aprendizado consistente e estimulante para todas as crianças na escola.
O Balanço Entre Detalhes e Facilidade
Em um momento de planejamento educacional, é fundamental refletir sobre o nível de detalhe que deve ser exigido das professoras em seus planos de aula. A quantidade de detalhes pode variar significativamente, e encontrar o equilíbrio certo é essencial.
Professoras Inexperientes e a Necessidade de Detalhes
As professoras menos experientes, especialmente aquelas que estão trabalhando com um novo grupo de crianças ou abordando um conteúdo específico pela primeira vez, muitas vezes precisam de planos de aula mais detalhados. Isso ocorre porque estão construindo sua familiaridade com o conteúdo e as estratégias pedagógicas necessárias. Um plano detalhado pode servir como um guia sólido e fornecer o suporte necessário.
Exemplo Prático: Habilidades de Consciência Fonológica
Para ilustrar a diferença no nível de detalhe, considere a situação em que uma educadora trabalha com crianças de 4 a 5 anos nas habilidades de consciência fonológica, essenciais no processo de alfabetização. As habilidades incluem fazer rimas, que é um componente fundamental. Aqui estão dois níveis de detalhes diferentes:
Nível de Detalhe 1: Atividades com Rimas
Trabalhar atividades com rimas no início da manhã. Nível de Detalhe 2: Rimando Palavras de Duas ou Três Sílabas
Trabalhar com rimas em palavras de duas ou três sílabas.
Fornecer uma lista de palavras que precisam ser trabalhadas com rimas.
Lembre-se de que esses detalhes não são um roteiro rígido, mas um ponto de partida. A professora terá a flexibilidade de adaptar e ajustar conforme necessário.
Benefícios dos Planos de Aula Detalhados 1. Consistência na Estimulação
Em escolas maiores com várias turmas na mesma faixa etária, ter planos de aula mais detalhados ajuda a garantir que todas as crianças recebam uma estimulação mínima consistente. Isso cria uma base sólida para o aprendizado e permite que cada professora personalize o ensino de acordo com as necessidades específicas de sua turma.
2. Segurança para Professoras Inexperientes
Planos de aula detalhados fornecem segurança para professoras menos experientes. Isso ajuda a reduzir a ansiedade e agiliza o planejamento, permitindo que elas se concentrem em fornecer uma educação de qualidade.
3. Facilitando a Avaliação
Na educação infantil, avaliar o aprendizado é crucial, mesmo sem a aplicação de provas formais. Planos detalhados ajudam as professoras a identificar claramente o que as crianças precisam aprender, facilitando o planejamento das avaliações semanais.
Conclusão
Encontrar o equilíbrio certo entre detalhes e flexibilidade nos planos de aula é uma consideração essencial para educadoras. É importante reconhecer que o nível de detalhe pode variar de acordo com a experiência das professoras e a complexidade do conteúdo. Planos de aula bem detalhados podem ser uma ferramenta valiosa para garantir consistência no ensino, apoiar professoras menos experientes e facilitar o processo de avaliação. Esteja atento aos planos de aula em sua escola, ofereça feedback às professoras e ajuste conforme necessário para garantir que todas as crianças alcancem seu potencial máximo. Lembre-se de que um planejamento sólido é fundamental para o sucesso educacional.
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Américo é doutor em educação pela Johns Hopkins University. Pesquisador em educação, fundou a Escribo onde trabalha com as escolas para fortalecer o aprendizado das crianças.
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