Adaptive Learning: Como a tecnologia ajuda a suprir dificuldades pedagógicas
Você já conhece o adaptive learning? Numa tradução literal, o termo pode ser lido em português como “aprendizagem adaptada” e parte do princípio de que se os alunos não são iguais, a educação também não precisa ser.
No adaptive learning, o conteúdo é adaptado para o nível em que o estudante se encontra em determinado conteúdo, através de um software especializado, proporcionando atividades diferentes para cada aluno. É uma forma de personalizar o ensino, respeitando o tempo de absorção de cada um.
Em suma, ele abrange o amplo conjunto de tecnologias capazes de propor ensino personalizado na área da educação. O estudante é imerso num ambiente virtual onde cada decisão sua é capturada e contextualizada num banco de dados e segue direcionado para um processo de aprendizado diferente.
Os programas adaptam o conhecimento a partir de testes de nivelamento ao fim de cada unidade escolar. Dependendo do resultado do quiz, o programa pode movê-lo para um nível mais difícil ou reconstruir o aprendizado do início (disponibilizando um reforço no conteúdo), a depender do seu desempenho na coleta de dados disponível naquele sistema.
O interessante é que os softwares criam desafios internos. Por exemplo, caso um aluno responda corretamente uma pergunta sobre a República Café com Leite no teste de história, o programa espera um intervalo de tempo para fazer outra pergunta sobre este mesmo assunto, pondo em prova se ele realmente dominou o conteúdo ou acertou “no chute”. Além disso, quando há uma resposta incorreta, o programa oferece materiais suplementares para ele revisar o conteúdo que não aprendeu.
Essa tecnologia prospera a partir do momento em que lida com uma das maiores dificuldades pedagógicas entre estudantes, que é adquirir conhecimento significativo em todas as áreas. Muitos alunos conseguem uma aprendizagem efetiva em determinadas áreas, mas, paralelamente, acabam indo mal em outras – e o adaptive learning visa driblar essa dualidade.
Ele também ajuda os professores (que possuem pouco tempo e muita demanda, além de muitos alunos) à darem uma atenção especial aos pontos fracos de cada aluno – uma vontade de muitos educadores, o que contribui para um impacto pedagógico mais tangível.
Mas é necessário compreender que, apesar das vantagens, os softwares devem ser criados e adquiridos com muita atenção. Eles precisam ser desenvolvidos por profissionais sérios, a fim de garantir resultados de confiança e dados precisos, uma vez que por trás de toda grande tecnologia existe o esforço de especialistas competentes.
A presença do professor em todos os aspectos da educação também é indispensável, visto que sem conteúdos didáticos e auxílios pedagógicos de qualidade não é possível, para o software, nivelar o que foi apreendido pelo aluno.
O que você achou deste novo conceito em educação?
Américo é doutor em educação pela Johns Hopkins University. Pesquisador em educação, fundou a Escribo onde trabalha com as escolas para fortalecer o aprendizado das crianças.
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