Introdução

Recebemos recentemente um comentário muito interessante que nos levou a refletir sobre como nosso cérebro se desenvolve ao longo da vida. Infelizmente, a maioria dos cursos de pedagogia e pós-graduação em educação no Brasil ainda não inclui a neurociência aplicada à educação em seu currículo. Isso significa que nossos futuros professores e atuais gestores escolares muitas vezes não recebem informações cruciais sobre como o cérebro funciona, como ele aprende e como podemos fortalecer o processo de aprendizado. Neste artigo, vamos explorar algumas dessas questões e desvendar alguns mitos comuns sobre o desenvolvimento cerebral.

O Cérebro em Constante Desenvolvimento

Um dos mitos mais comuns é que o cérebro para de se desenvolver após uma certa idade. No entanto, a neurociência nos ensina que o cérebro está em constante desenvolvimento ao longo da vida. Assim como nosso corpo produz novas células de pele, nosso cérebro cria novos neurônios e conexões cerebrais regularmente. Isso significa que, a menos que haja uma patologia cerebral, todos nós temos a capacidade de aprender em qualquer idade.

Períodos Sensíveis

Embora possamos aprender em qualquer fase da vida, existem momentos em que o cérebro está mais receptivo para a aquisição de certas habilidades. Chamamos esses momentos de “períodos sensíveis”. Por exemplo, existe um período sensível para a aprendizagem de idiomas, que geralmente ocorre na infância. Crianças que são expostas a um segundo ou terceiro idioma antes dos 7 a 10 anos têm mais facilidade em aprendê-lo do que aquelas que começam mais tarde na vida.

Da mesma forma, a alfabetização tem seus próprios períodos sensíveis. Por volta dos três a seis anos, as crianças estão mais propensas a desenvolver habilidades fonológicas, como identificação de sons e rimas. É nessa faixa etária que a exploração da linguagem escrita pode ser particularmente eficaz.

Estimulação Durante os Períodos Sensíveis

Para aproveitar ao máximo esses períodos sensíveis, é fundamental estimular as crianças de maneira apropriada. Por exemplo, desde a gravidez, é benéfico falar com o bebê, pois isso estimula a capacidade auditiva e a conexão entre a linguagem e o cérebro. Brincadeiras com sons de sílabas, rimas e aliterações também podem ser introduzidas na primeira infância.

Conforme a criança cresce, é importante fornecer estímulos sistemáticos para o aprendizado de letras, sons e vocabulário. Isso pode ser feito de forma criativa, envolvendo a criança em atividades de letramento e leitura de histórias.

Conclusão

Em resumo, nosso cérebro está em constante desenvolvimento e tem a capacidade de aprender em qualquer idade. No entanto, existem momentos em que ele está mais receptivo a certas habilidades, conhecidos como períodos sensíveis. Aproveitar esses períodos por meio de estimulação adequada pode facilitar o processo de aprendizado.

É importante que os cursos de pedagogia e formação de professores considerem a inclusão da neurociência aplicada à educação em seus currículos, para que nossos educadores estejam melhor preparados para entender e aproveitar o potencial de desenvolvimento cerebral de seus alunos.

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