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Semana passada, na Bolívia, duas meninas camponesas conquistaram o primeiro lugar na 4ª Olimpíada Científica Nacional, na categoria de Robótica, por inovarem com a criação de um braço hidráulico feito com material reciclável. O prêmio, que conta com mais categorias como biologia, matemática e informática, foi criado há 4 anos pelo governo plurinacional da Bolívia, a fim de incentivar o uso da tecnologia na educação de crianças e adolescentes.

O projeto vencedor nasceu quando as alunas do sexto ano Esmeralda Quispe e Eirika Mamani, de 12 e 11 anos respectivamente, observaram como funcionava a retroescavadora do campo e assimilaram seu funcionamento com o aprendizado adquirido sobre o funcionamento dos músculos do corpo humano nas aulas de ciências. Com a ajuda do professor da escola, conseguiram descobrir quais seriam os materiais ideais para o funcionamento da peça, que anteriormente seria feita com cartões e fibras.

Construído em três semanas, o braço funciona com água e conta com 19 peças de material reciclável, entre eles madeira, latas, seringas e tubos de soro. O aparato pode simular movimentos tais como esquerda, direita, pra cima e para baixo, abrir e fechar. A escola das meninas, a Unidad Educativa Franz Tamayo, possui apenas 100 alunos e pertence ao pequeno povoado ribeirinho de Ancoraimes, que fica há três horas da cidade de La Paz, capital da Bolívia. Mesmo pequena, agora a instituição ostenta uma medalha nacional.

A conquista de Esmeralda e Eirika viralizou nas redes sociais, mas elas não sabem disso – no povoado em que vivem, não há acesso à internet. Aparentemente isso não as impediu de finalizar o projeto com esmero. Essa história prova que, unida com a educação, a tecnologia pode ser inclusiva – mudando vidas, dando esperanças de um futuro melhor e estimulando a busca por novos horizontes nos jovens, independente do lugar de onde eles vêm.

A sua escola também está construindo novas oportunidades para os alunos?

Fonte: TeleSUR