Por Américo Amorim, Doutorando em educação pela Johns Hopkins University.
Nos últimos dias estive visitando algumas escolas e conversei com diretores, coordenadores e professores sobre o layout físico das salas de aula.
Nesse vídeo vamos falar um pouco sobre como a arrumação, a iluminação, o som e os aromas das salas de aula podem ajudar o trabalho dos professores e o aprendizado dos alunos. Abaixo você pode conferir a transcrição completa dele.
Primeiro é importante lembrar que nossos alunos precisam prestar atenção nos momentos mais importantes das aulas. (Hardiman, 2012). Várias pesquisas mostraram que quando o professor muda algo na sala de aula, os alunos ficam mais atentos. (Posner & Rothbart, 2007).
Outra pesquisa mostrou que salas que sempre são iguaisaumentam a dispersão dos alunos (Zental & Zendtal, 1983). Ou seja, o que a neuroeducação nos mostra é que quanto mais mudarmos o interior de nossas salas, mais atenção e aprendizado.
Uma boa prática é mudar os cartazes que ficam nas paredes para que os alunos sempre prestem mais atenção nas novidades. Podemos fazer isso semanalmente, quinzenalmente. O importante é não deixar sempre a mesma coisa.
Nós também podemos mudar a organização das bancas na sala ao longo dos bimestres!
Uma outra ideia, que já foi testada em pesquisas e mostrou bons resultados, é alternar as salas de aula. Ou seja, a cada semana você pode trocar as salas das suas turmas. Isso pode ser uma boa brincadeira para os alunos e vai ajudá-los a ficarem mais motivados e atentos! (Smith, Glenberg and Bjork, 1978).
Outra coisa que é muito importante para o aprendizado é a iluminação da sala de aula. Um estudo com 21 mil crianças descobriu que salas de aula iluminadas pela luz solar tinham scores maiores: +20% em matemática e 26% em leitura (Hoeschong, 1999).
Ou seja, o ideal é termos grandes janelas que permitam a entrada de luz durante a maioria do ano.
Mas nem sempre é possível termos grandes janelas. Nestes casos é importante prestar atenção nas lâmpadas. O ideal é que as salas de aula sejam equipadas com lâmpadas fluorescentes de espectro total com suplemento UV, pois elas emitem luz parecida com a do sol.
Alunos que estudam em salas equipadas com estas lâmpadas são mais saudáveis e aprendem mais do que nas salas com lâmpadas fluorescentes brancas ou de vapor de sódio (Hathaway, 1995).
Outra coisa importante é prestar atenção no nível de ruído na sala de aula. Ruídos causam distrações principalmente em crianças da educação infantil (Nelson & Soli, 2000). Por isso, crianças em salas silenciosas conseguem recuperar mais informação do que crianças de salas barulhentas (Smyth, 1979).
Os adolescentes também perdem capacidade de recuperação e tratamento de informação quando expostos a sons muito altos (Hygge, 2003).
E para terminar, é importante lembrar que o cheiro também pode ajudar no aprendizado. Odores podem melhorar o estado emocional, a atenção e a memória dos alunos (Epple e Herz, 1999).
Um bom exemplo disso foi o estudo que mostrou que aromatizando uma sala com aroma vale do lírio e hortelã-pimenta (peppermint) reduziram em 54% as atividades paralelas dos alunos. Você também pode introduzir aromas em sua sala, mas lembre de não utilizar produtos químicos que possam causar alergia as crianças.
Bem pessoal, é isso. Resumindo, as pesquisas mostram que precisamos:
Mudar o layout de nossas salas ao longo do ano letivo;
Usar ao máximo a luz solar para iluminar nossas salas, e quando precisarmos de lâmpadas, utilizar as mais adequadas;
Reduzir o nível de ruído nas salas de aula;
Introduzir aromas para ajudar os alunos para se concentrarem.
Américo é doutor em educação pela Johns Hopkins University. Pesquisador em educação, fundou a Escribo onde trabalha com as escolas para fortalecer o aprendizado das crianças.
Com a aproximação de mais um novo ano escolar professores e gestores precisam selecionar os materiais didáticos a serem adotados pelo colégio. A tarefa, apesar de habitual, não pode ser tratada com descaso: um material mal escolhido compromete não apenas a rotina em sala, mas está diretamente atrelado à qualidade de ensino da instituição.
O momento em que a gente está vivendo, em especial, traz um agravante ainda maior. A atual crise financeira vivida no Brasil tem gerado complicações para a escolha do material curricular. Além de lidar com as expectativas tradicionais dos pais quanto à qualidade do material escolhido, a redução de custos acabou se tornando o sentimento geral do país.
Por conta disso uma verdadeira dor de cabeça se instalou para professores e gestores: o que deve ser priorizado na escolha desses materiais? Que elementos compensarão o investimento e deixarão pais e alunos satisfeitos?
Em primeiro lugar é preciso considerar o projeto político pedagógico da escola, buscar materiais que estejam alinhados aos objetivos e aspectos que colégio prioriza, para assim promover a integração curricular.
Além disso, quando o custo é um desafio a ser superado, a contrapartida é a diferenciação, isto é, demonstrar valor aos pais. A avaliação didática precisa então garantir que os materiais didáticos escolhidos conseguirão de fato impactar o desenvolvimento dos alunos.
Na educação infantil, um período tão determinante para a educação, isso se reflete na busca pelo desenvolvimento integral do estudante. Baseados nisso, para auxiliar você gestor ou professor nessa escolha, elencamos a seguir as 5 características indispensáveis a um material didático de impacto.
1. É adaptável
A troca diária de conhecimentos precisa estar associada as necessidades percebidas em sala e ao contexto em que os alunos estão inseridos. Conforme o professor perceba o grau de desenvolvimento da turma ele precisa ter a liberdade de adaptar e readaptar seu plano de ensino, o que implica na necessidade de um material dinâmico.
A flexibilidade do material a ser adotado, dessa forma, garante que as crianças aprendam não apenas de maneira correta, mas no momento mais oportuno. E por isso é que é tão importante para um crescimento e desenvolvimento favorável.
2. Estimula o gosto pela leitura
Apesar de ainda não estarem alfabetizadas, é importante já na primeira infância o estímulo ao hábito da leitura. Isso é possível por meio de atividades que envolvam contação de histórias, poemas, música, teatro ou até mesmo jogos eletrônicos, de modo que a criatividade das crianças seja aflorada.
A motivação para leitura, num país que pouco se lê, garante desde cedo diferenciais importantes ao aluno, ele aprende melhor, se comunica melhor e ainda garante a longo prazo seu desenvolvimento como leitor.
Nos jogos do Escribo Play, por exemplo, o uso da Língua Portuguesa é abordado desde o som das letras, passando pela escrita até a construção de frases completas. De forma lúdica, os jogos apresentam o conteúdo a ser trabalhado estimulando a imaginação das crianças e garantindo já entre os pequenos o gosto pela leitura.
3. Desenvolve o pensamento crítico
Durante a infância a maior parte do nosso cérebro está em formação, o que implica dizer que qualquer estímulo nesse período tem impacto direto na nossa capacidade intelectual a longo prazo.
Com isso, é importante desde cedo estimular a análise crítica do aluno, para que ele consiga avaliar e entender as coisas ao seu redor, bem como o ambiente em que está inserido.
Para que o desenvolvimento do pensamento crítico ocorra é importante considerar materiais didáticos que estimulem o raciocínio lógico, fomentando discussões e opiniões sobre diferentes assuntos.
4. É interativo
Jogos, animações, desenhos e atividades interativas são essenciais para qualquer material didático atual. Na geração dos jogos e da internet essas ferramentas conseguem rapidamente chamar atenção dos alunos, justamente por serem algo tão presente em seu cotidiano.
No momento da avaliação didática, portanto, é importante considerar materiais em que esses recursos sejam explorados, para que a a integração e dinamização do processo ensino/aprendizagem seja facilitada, através de novas formas de pensar e se desenvolver.
Isso pode acontecer, por exemplo, por meio de jogos pedagógicos que trabalhem os conteúdos vistos em sala através de atividades lúdicas, que é justamente a proposta principal do Escribo Play.
5. Possui materiais complementares
Além do livro didático em si, é importante considerar um material didático que venha acompanhado de recursos extras para o enriquecimento da aula, para que ela se torne o mais dinâmica e ambientada possível.
Isso pode acontecer, por exemplo, por meio de cartazes que ilustrem determinados conteúdos a serem estudados facilitando assim o processo de ensino.
Você já escolheu seus materiais didáticos para 2016?
Embora o processo de aprendizagem ocorra durante toda a vida, o desenvolvimento de nossa capacidade de aprendizado é concentrado durante a infância e por isso a importância de escolher um material didático que promova suporte adequado as aulas.
Nós da Escribo entendemos a importância desse momento e por isso desenvolvemos o Escribo Play, um app de jogos educativos produzidos especialmente para a educação infantil e os anos iniciais do ensino fundamental.
Se você quiser acessar o Escribo Play e conhecer tudo o que os jogos têm a oferecer, basta clicar nesse link para acessar. E para acompanhar esses e outros conteúdos assim que saírem, assine as notificações tocando no sininho ao lado. Até mais!
Américo é doutor em educação pela Johns Hopkins University. Pesquisador em educação, fundou a Escribo onde trabalha com as escolas para fortalecer o aprendizado das crianças.
No último texto comentamos sobre a necessidade de inovar para promover um desenvolvimento educativo de maior qualidade. E que a inovação não precisa necessariamente estar atrelada a reformas que mudem toda estrutura escolar de uma só vez, mas pode ser gradativa.
A título de inspiração, no entanto, trazemos hoje o exemplo de duas escolas que revolucionaram a educação no cenário em que atuam. Suas ideias, arquitetura e organização são referências mundiais, dada a singularidade e resultados.
Fuji Kindergarten, Tóquio
Uma estrutura sem paredes, com árvores entre as salas, telhado oval e um parquinho infinito compõem o formato base da escola de Fuji Kindergarten, em Tóquio.
A ideia do projeto veio de Takaharu Tezuka, ele queria uma escola que atendesse às necessidades e aos desejos de seus filhos, e fosse centrada justamente na maneira como as crianças pensam, agem e se comportam. Permitir que as crianças sejam de fato crianças.
“Nós projetamos a escola em círculo, com uma espécie de circulação infinita. Quando começamos, eu não tinha noções preconcebidas . Estudar outros jardins de infância era como olhar no espelho retrovisor de um carro: mesmo se você olhar bem de perto, não consegue ver nada à frente.”
Crédito: Tezuka Architects
O design, dessa forma, tem o objetivo de maximizar o espaço disponível para o jogo e as brincadeiras de modo seguro, mas sem restrições ao desenvolvimento da criança. Metal, vidro e madeira são os elementos bases da estrutura, que lembra uma enorme casa na árvore, com a maior parte de se sua área física ao ar livre.
“Tivemos que construir em torno das árvores que já existiam no terreno. Não foi fácil — nós não poderíamos cortar as raízes, que se espalharam tanto quanto a copa das árvores. Nós adicionamos essas redes de segurança para que os alunos caiam por entre os furos em torno das árvores.
Mas eu conheço as crianças e elas gostam de brincar com redes. Sempre que veem uma rede, elas querem pular para balançá-la. Essa foi na verdade apenas mais uma desculpa para que eu desse a elas uma outramaneira de brincar.”
Crédito: Tezuka Architects
Takaharu Tezuka comenta ainda sobre a necessidade de promover as crianças espaço para conversarem e se comunicarem entre si:
“Hoje em dia, as crianças japonesas conversam só com computadores. Eu odeio isso. Eu pensei que, se colocássemos uma pia em cada sala, elas seriam obrigadas a falar umas com as outras. Há uma frase em japonês , do bata kaigi, que significa ‘conferência em torno do poço’. As mulheres costumavam se encontrar e trocar informações quando iam buscar água. Eu queria que as crianças fizessem o mesmo.
Crédito: Tezuka Architects
Como não há paredes entre as salas de aula, o barulho flutua livremente de uma classe para a outra, e de fora para dentro. Takaharu Tezuka considera o ruído muito importante. “Quando você coloca as crianças em uma caixa de silêncio, algumas ficam muito nervosas.”
Escola da Ponte, Portugal
Embora tenhamos comentado da metodologia da Escola da Ponte rapidamente no texto de personalidades para ficar de olho em 2016, vale a pena conhecer mais sobre uma das escolas de referência mundial, que não precisa de aula, sala de aula ou mesmo disciplinas para ter os melhores índices entre os colégios de Portugal.
Iniciada em 1976, a Escola da Ponte tem seu sistema baseado em promover autonomia aos alunos, é um colégio da rede pública cujo projeto funciona a partir do agrupamento de alunos diferentes idades em torno de interesses em comuns. Sem séries, ou provas.
Foto: Joaquim Rebelo
Os grupos se formam e se desfazem de acordo com temas e relações interpessoais estabelecidas entre si. Enquanto os professores não são responsáveis por nenhuma turma especifica, mas são orientadores educativos de aprendizagem acadêmica e também comportamental.
Seis dimensões formam o projeto pedágogico:
Linguística (Língua Portuguesa, Inglesa, Francesa e Alemã)
Lógico-matemática (Matemática)
Naturalista (Estudo do Meio, Ciências da Natureza, Ciências Naturais, Físico-Química e Geografia)
Identitária (Estudo do Meio, História e Geografia de Portugal e História)
Artística (Expressão Musical, Dramática, Plástica e Motora, Educação Física, Educação Visual e Tecnológica – E.V.T.
Educação Musical, Educação Visual, Educação Tecnológica e T.I.C.)
Pessoal e social (Formação Pessoal, Ensino Especial e Psicologia).
Na Escola da Ponte cada aluno escolhe ainda, um tutor dentre toda comunidade escolar, incluindo pais, professores ou funcionários, que será o responsável por orientá-lo no percurso pedagógico que ele estabelece para si mesmo.
O método para avaliar como está sendo a progressão do conhecimento é dialogado e debatido entre eles, num processo bastante educativo. A metodologia além de estimular a independência dos alunos, reconhece os diferentes níveis e modos de aprendizagem de cada estudante.
O processo educativo passa por três fases, a de iniciação, a de consolidação e a de aprofundamento. Na iniciação o aluno passa por um período de maior adaptação sendo tutorado em relação as regras de convívio coletivo e compromissos a serem assumidos.
Na segunda fase a necessidade de acompanhamento é reduzida e o aluno tem maior independência para transitar no colégio e gerir seu próprio currículo. O aprofundamento é o momento que ele começa não apenas a gerenciar suas próprias tarefas, mas também participar de decisões de âmbito coletivo.
A autonomia é incentivada até mesmo no funcionamento em si da organização escolar, que conta com assembleias formadas por alunos, professores e funcionários para decisões que vão desde regras de convívio até festividades.
Américo é doutor em educação pela Johns Hopkins University. Pesquisador em educação, fundou a Escribo onde trabalha com as escolas para fortalecer o aprendizado das crianças.
Com o avanço da tecnologia, o ensino tradicional pouco a pouco tem se modernizado. As escolas, atentas à popularização das ferramentas de informação e comunicação, investem cada vez mais em novo métodos de ensino e aprendizagem que atendam às demandas atuais dos estudantes.
Apesar de caminhar a passos lentos, a reforma educacional é uma realidade necessária e em ascensão. Contrariando antigos métodos, o principal objetivo das escolas se torna permitir uma maior aplicação do conhecimento teórico à prática e desenvolvimento dos alunos em sua totalidade. E nada mais é do que uma adaptação a uma realidade já vivida pelos estudantes.
Com isso, diversas tendências tem adentrado o cenário escolar e provocado uma verdadeira revolução a nível mundial no ensino. Enquanto os recursos tecnológicos incrementam e favorecem o compartilhamento de conhecimento, o aprendizado em si tem sido otimizado através de novas didáticas e perspectivas empregadas pelo professor em sala de aula.
A seguir, listamos algumas tendências de mudanças para a educação brasileira que devem ser fortalecidas em 2016. Tais rumos, ainda que incipientes na realidade do país, carregam consigo um enorme potencial de crescimento dado seu alto grau de impacto educacional.
1. Ensino adaptativo
Dois alunos não aprendem da mesma maneira, de tal modo que um modelo único de educação não consegue promover o desenvolvimento adequado em sala de aula.
Tem entrado em cena, então, oensino adaptativo, que nada mais é do que uma soma de diferentes estratégias adotadas em sala para comportar os diferentes tipos e estilos de aprendizagem percebidos nos alunos.
Por exemplo, alunos introvertidos nem sempre se dão bem em atividades em grupo ou apresentação de trabalhos, o que não quer dizer que não tenham habilidades diferenciadas em outros modelos de tarefa. Respeitar as diferenças é fundamental, promovendo assim oportunidades igualitárias.
É interessante observar, inclusive, que diversas tendências educativas têm se baseado nesse principio, como, por exemplo, a gamificação e as novas formas de avaliação empregadas; rumos que serão detalhados nos tópicos a seguir.
2. Gamificação
A gamificação é o uso de estratégias de interação e cooperação tipicamente encontradas em elementos de videogame na educação. Significa, em outras palavras, ensinar através de jogos e desafios.
Como características a esse método de ensino temos o estimulo ao cumprimento de determinados objetivos, o feedback constante, a competição e recompensa; podendo ser utilizado em sala com ou sem suporte tecnológico.
Além de ser uma tática que gera rápido engajamento entre os alunos, a gamificação tem a vantagem de promover o ensino adaptativo mencionado no tópico anterior, porque leva em conta as peculiaridades e ritmos de cada estudante de maneira personalizada.
Conteúdos que já foram/são trabalhados tradicionalmente por muitos anos ganham, dessa forma, nova perspectiva, devido a atmosfera diferenciada promovida por essa abordagem.
3. Novas formas de avaliação
Provas objetivas são tradicionalmente o método mais empregado para avaliação do aprendizado nas escolas. Apesar disso, esse sistema avaliativo tem entrado em declínio dada sua limitação, já que mensura apenas uma das dimensões da aprendizagem.
A tendência para 2016 é que um mix de ferramentas avaliativas sejam cada vez mais utilizadas, englobando não apenas provas escritas, mas também seminários, trabalhos em grupo, debates, relatórios individuais, autoavaliação e observação.
Um exemplo de forma de avaliação interessante acontece na França, onde a nota do aluno vai de 0 a 20. O “10” aqui tradicionalmente empregado como nota máxima, cumpre a função do nosso 7, representando que o aluno ficou na média, apresentando desempenho mediano. O 17 assume então a posição do 10, o que significa que o aluno cumpriu o potencial esperado pelo professor.
O grande diferencial dessa metodologia é que o espaço entre o 17 e o 20 está reservado aos alunos que de alguma formar supreeenderam o professor, indo além das expectativas. Estimulando assim, o desenvolvimento do potencial em sala.
4. Livros digitais interativos
Outro recurso que tem ganhado destaque por conta dos seus impactos educacionais são os livros digitais interativos, ferramentas utilitárias bem mais ricas do que meros e-books.
Um livro digital interativo permite não apenas a visualização em tela do conteúdo do livro, mas também aplicações práticas através de jogos, animações, simuladores e infográficos, promovendo de modo mais completo a aprendizado.
Com o crescimento do uso de tablets em sala, diversas editoras têm investido da adaptação de seus livros para esse mercado, o que tem intensificado o uso por parte das escolas.
Para o nosso projeto de musicalização infantil o Turma do Som, por exemplo, desenvolvemos uma versão digital bastante rica, que inclui jogos, atividades e desenhos animados.
5. Inserção de atividades extracurriculares
Aula de xadrez, dança, teatro, circo, balé e atividades no âmbito tem sido cada vez mais adotadas como matérias opcionais nas grades curriculares. O motivo? São atividades que influenciam diretamente o rendimento dos alunos ao provocar melhoras na autoestima, criatividade e até mesmo raciocínio lógico.
Além disso, elas acrescentam e transformam os conteúdos escolares, complementando de maneira mais inovadora o ensino e indo muito além que simples eventos pontuais promovidos ao longo do ano como feiras culturais, por exemplo.
Colégios que adotam essas atividades tornam a escola um universo mais lúdico e atraente, ampliando os horizontes das relações educativas.
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Os parâmetros escolares devem ser compreendidos como um processo contínuo de constante modificação. A educação é, afinal, retrato da sociedade e precisa sempre se adequar a ela.
Essas tendências, em especial, ganham foco por colocarem o aluno no centro da aprendizagem, já que transformam a esfera coletiva da educação em massa num processo mais personalizado e adaptativo.
Américo é doutor em educação pela Johns Hopkins University. Pesquisador em educação, fundou a Escribo onde trabalha com as escolas para fortalecer o aprendizado das crianças.
Crises econômicas são momentos delicados em todos os setores, a recessão da economia provoca um estado de alerta imediato nas instituições.
Nas escolas o clima não é diferente. Diretores e gestores precisam lidar com expectativas de pais e alunos para um ano letivo que sairá inevitavelmente mais caro. Controlar o valor da mensalidade e da lista de materiais nunca foi tão importante.
Com o corte de custos como principal desafio, gestores se vêem em uma saia justa: precisam manter a qualidade de ensino, continuar na busca contínua pela modernização da escola e ao mesmo tempo garantir matrículas e rematriculas para o ano que está por vir.
Focar apenas na redução dos custos está longe de ser a melhor ( e única) maneira de sobreviver à crise, porém. É preciso oferecer mais, garantir valor para reter e atrair cada vez mais a pais e alunos.
A questão chave está em propiciar diferenciais significativos. Promover iniciativas didáticas que sejam muito valorizadas por pais e alunos e compensem o investimento. O que isso quer dizer?
Inovação.
Quando a maior preocupação são os valores, é fundamental que qualquer investimento garanta a modernização da escola e otimize o plano pedagógico adotado. O primeiro passo é identificar uma oportunidade e a partir dela buscar e gerar soluções.
O ensino de música, por exemplo, com a lei nº 11.769 implementada em 2008 se tornou obrigatório no ensino fundamental . A decisão não veio por acaso: pesquisas diversas já apontaram os benefícios promovidos pela música no ambiente escolar.
Como mencionamos em diversos posts da Escribo, ela gera impacto direto no desempenho dos alunos em diversas matérias da grade curricular, ensina de maneira lúdica e divertida e ainda promove a integração e cooperação dos alunos.
Tais benefícios citados tanto nesse post do blog quanto nesse, estão associados ao desenvolvimento da criatividade dos alunos, o que interfere diretamente na melhoria da autoestima e até mesmo no raciocínio lógico.
Apesar de tantos efeitos positivos, as escolas têm dificuldade de realizar a implementação desse ensino, falta material didático de qualidade oferecido pelo mercado, suporte, e profissionais especializados para o ensino.
Como observado desde 2008 para cá, essa é uma oportunidade que tem sido mal aproveitada, já que a iniciativa refletiria diretamente na integração e aperfeiçoamento do desempenho dos alunos, bem como na otimização do ensino como um todo.
Tais benefícios poderiam facilmente servir de indicadores de qualidade e ser determinantes no grau de credibilidade percebido dentro da região em que o colégio atua, atraindo cada vez mais pais e alunos.
É claro que integrar a matéria na grade curricular com uma base pedagógica mal formulada dificilmente conseguiria gerar todos os impactos positivos mencionados.
É preciso um projeto pedagógico e inovador e bem estruturado, que fuja dos padrões encontrados no mercado e transmita segurança e credibilidade para os pais. Para isso nem sem sempre é preciso gastos extremados. Diferenciação nem sempre é sinônimo de altos custos.
Nosso projeto pedagógico de musicalização o Turma do Som, por exemplo, tem um dos preços mais acessíveis no mercado e é integrado por um conjunto de soluções a alunos e professores, com:
Desenhos animados e materiais interativos;
Jogos educativos, com forte base pedagógica;
Aplicativos que permitem que as crianças exercitem sua criatividade enquanto usam computadores e tablets.
Manual do professor com planos de aula estruturados e adaptáveis
O projeto foi desenvolvido em parceria com a Cecilia Cavalieri, uma das mais renomadas autoras de livros didáticos de música no Brasil e Doutora em educação musical pela Universidade de Londres.
Caso sua escola já tenha professor de música, o material irá estruturar as aulas, permitindo que o gestor e os pais acompanhem o progresso. Caso não possua professor dedicado de música, a capacitação oferecida na aquisição pode preparar qualquer professor da equipe para lecionar a disciplina.
O projeto se destaca principalmente porque combina elementos que rapidamente chamam atenção dos alunos (como os desenhos e o portal interativo recheado de jogos educacionais) com uma base pedagógica de qualidade.
Além disso, por se tratar de um material inovador gera respaldo a escola, garantindo a satisfação dos pais.
Se você ficou curioso e quer saber mais informações, pode testar nosso livro digital de musicalização incluindo jogos, atividades, desenhos animados e tudo mais é só acessar clicando aqui .
Américo é doutor em educação pela Johns Hopkins University. Pesquisador em educação, fundou a Escribo onde trabalha com as escolas para fortalecer o aprendizado das crianças.
A Câmara Brasileira do Livro, há 57 anos, decidiu premiar as melhores obras anualmente, a fim de estimular a cadeia criativa e produtiva de livros no país. O nome do prêmio, Jabuti, surgiu da vontade de valorizar a cultura brasileira, extraindo a inspiração de um personagem das histórias de Monteiro Lobato.
Desde a criação do prêmio, grandes autores da literatura brasileira já foram laureados, a começar por Jorge Amado, que recebeu o primeiro prêmio pela obra “Gabriela, Cravo e Canela”. Hoje, há um total de 27 categorias, passando por tradução, ilustração, capa e projeto gráfico, além das categorias tradicionais como romance, contos e crônicas, poesia, reportagem, biografia e livro infantil.
A Turma do Som é um projeto inovador de musicalização para escolas, feito com uma abordagem lúdica e divertida. O conteúdo, construído na plataforma Livro Educacional Digital (LED), inclui um livro digital interativo, com desenhos animados, jogos educativos e espaço para os alunos desenvolverem a criatividade.
O livro da Turma do Som pode ser usado na maioria dos tablets (iOS ou Android), em computadores e até mesmo na web. As escolas que adotam o projeto também recebem a formação de seus professores junto com o manual de sugestões pedagógicas. Por fim, o projeto inclui o acesso ao portal Turma do Som, uma rede social integrada para os alunos compartilharem as músicas que criam durante o ano letivo.
Você pode ler mais sobre o Turma do Som clicando aqui. A apuração da segunda fase do Prêmio Jabuti 2015 ocorrerá no dia 19/11.
Américo é doutor em educação pela Johns Hopkins University. Pesquisador em educação, fundou a Escribo onde trabalha com as escolas para fortalecer o aprendizado das crianças.
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