Com o avanço da tecnologia, o ensino tradicional pouco a pouco tem se modernizado. As escolas, atentas à popularização das ferramentas de informação e comunicação, investem cada vez mais em novo métodos de ensino e aprendizagem que atendam às demandas atuais dos estudantes.

Apesar de caminhar a passos lentos, a reforma educacional é uma realidade necessária e em ascensão. Contrariando antigos métodos, o principal objetivo das escolas se torna permitir uma maior aplicação do conhecimento teórico à prática e desenvolvimento dos alunos em sua totalidade. E nada mais é do que uma adaptação a uma realidade já vivida pelos estudantes.

Com isso, diversas tendências tem adentrado o cenário escolar e provocado uma verdadeira revolução a nível mundial no ensino. Enquanto os recursos tecnológicos incrementam e favorecem o compartilhamento de conhecimento, o aprendizado em si tem sido otimizado através de novas didáticas e perspectivas empregadas pelo professor em sala de aula.

A seguir, listamos algumas tendências de mudanças para a educação brasileira que devem ser fortalecidas em 2016. Tais rumos, ainda que incipientes na realidade do país, carregam consigo um enorme potencial de crescimento dado seu alto grau de impacto educacional.

1. Ensino adaptativo

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Dois alunos não aprendem da mesma maneira, de tal modo que um modelo único de educação não consegue promover o desenvolvimento adequado em sala de aula.

Tem entrado em cena, então, o ensino adaptativo, que nada mais é do que uma soma de diferentes estratégias adotadas em sala para comportar os diferentes tipos e estilos de aprendizagem percebidos nos alunos.

Por exemplo, alunos introvertidos nem sempre se dão bem em atividades em grupo ou apresentação de trabalhos, o que não quer dizer que não tenham habilidades diferenciadas em outros modelos de tarefa. Respeitar as diferenças é fundamental, promovendo assim oportunidades igualitárias.

É interessante observar, inclusive, que diversas tendências educativas têm se baseado nesse principio, como, por exemplo, a gamificação e as novas formas de avaliação empregadas; rumos  que serão detalhados nos tópicos a seguir.

2. Gamificação

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A gamificação é o uso de estratégias de interação e cooperação tipicamente encontradas em elementos de videogame na educação. Significa, em outras palavras, ensinar através de jogos e desafios.

Como características a esse método de ensino temos o estimulo ao cumprimento de determinados objetivos, o  feedback constante, a competição e recompensa; podendo ser utilizado em sala com ou sem suporte tecnológico.

Além de ser uma tática que gera rápido engajamento entre os alunos, a gamificação tem a vantagem de promover o ensino adaptativo mencionado no tópico anterior, porque leva em conta as peculiaridades e ritmos de cada estudante de maneira personalizada.

Conteúdos que já foram/são trabalhados tradicionalmente por muitos anos ganham, dessa forma, nova perspectiva, devido a atmosfera diferenciada promovida por essa abordagem.

3. Novas formas de avaliação

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Provas objetivas são tradicionalmente o método mais empregado para avaliação do aprendizado nas escolas. Apesar disso, esse sistema avaliativo tem entrado em declínio dada sua limitação, já que mensura apenas uma das dimensões da aprendizagem.

A tendência para 2016 é que um mix de ferramentas avaliativas sejam cada vez mais utilizadas, englobando não apenas provas escritas, mas também seminários, trabalhos em grupo, debates, relatórios individuais, autoavaliação e observação.

Um exemplo de forma de avaliação interessante acontece na França, onde a nota do aluno vai de 0 a 20. O “10” aqui tradicionalmente empregado como nota máxima, cumpre a função do nosso 7, representando que o aluno ficou na média, apresentando desempenho mediano. O 17 assume então a posição do 10, o que significa que o aluno cumpriu o potencial esperado pelo professor.

O grande diferencial dessa metodologia é que o espaço entre o 17 e o 20 está reservado aos alunos que de alguma formar supreeenderam o professor, indo além das expectativas. Estimulando assim, o desenvolvimento do potencial em sala.

4. Livros digitais interativos

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Outro recurso que tem ganhado destaque  por conta dos seus impactos educacionais são os livros digitais interativos, ferramentas utilitárias bem mais ricas do que meros e-books.

Um livro digital interativo permite não apenas a visualização em tela do conteúdo do livro, mas também aplicações práticas através de jogos, animações, simuladores e infográficos, promovendo de modo mais completo a aprendizado.

Com o crescimento do uso de tablets em sala, diversas editoras têm investido da adaptação de seus livros para esse mercado, o que tem intensificado o uso por parte das escolas.

Para o nosso projeto de musicalização infantil o Turma do Som, por exemplo,  desenvolvemos uma versão digital bastante rica, que  inclui  jogos, atividades e desenhos animados.

5. Inserção de atividades extracurriculares

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Aula de xadrez, dança, teatro, circo, balé e atividades no âmbito tem sido cada vez mais adotadas como matérias opcionais nas grades curriculares. O motivo? São atividades que influenciam diretamente o rendimento dos alunos ao provocar melhoras na autoestima, criatividade e até mesmo raciocínio lógico.

Além disso, elas acrescentam e transformam os conteúdos escolares, complementando de maneira mais inovadora o ensino e indo muito além que simples eventos pontuais promovidos ao longo do ano como feiras culturais, por exemplo.

Colégios que adotam essas atividades tornam a escola um universo mais lúdico e atraente, ampliando os horizontes das relações educativas.

Os parâmetros escolares devem ser compreendidos como um processo contínuo de constante modificação. A educação é,  afinal, retrato da sociedade e precisa sempre se adequar a ela.

Essas tendências, em especial, ganham foco por colocarem o aluno no centro da aprendizagem, já que transformam a esfera coletiva da educação em massa num processo mais personalizado e adaptativo.

Você conhece mais alguma tendência para 2016?