por Americo N. Amorim | jan 28, 2015 | Geral, Gestão escolar, Marketing Escolar
Existem muitas formas de divulgar os eventos escolares. Formas mais clássicas, como propagandas no rádio, anúncios no ônibus e outdoors, e formas mais modernas, como e-mails e mídias sociais. Apesar do esforço, essas divulgações nem sempre rendem a quantidade esperada de pessoas no dia do evento. Muitos esquecem ou passam batido pelos anúncios.
O problema é que, em muitos casos, a divulgação massiva deixa passar alguns princípios básicos do marketing. As dicas abaixo são do especialista Simon Hepburn, e devem ajudar você à construir uma divulgação mais personalizada e menos negligente, atraindo o maior número possível de convidados para seu evento escolar:
1. Reveja a mensagem que você quer passar
Lembre-se da visão e dos valores que marcam a instituição. O que você está dizendo sobre a sua escola para torná-la diferente das outras? Você pode claramente articular por que alguém deve mandar suas crianças para sua escola? Este post pode ajudá-lo quanto à isso.
2. Pense em como o evento está comunicando essa mensagem
Agora é a hora de atrelar essa mensagem ao evento. É importante planeja-lo de forma que o que for apresentado naquele dia seja fiel à propaganda de divulgação. No evento, os convidados terão a chance de conhecer os felizes e satisfeitos estudantes, professores e pais que você menciona naquele anúncio? Haverá a chance deles verem que atividades extracurriculares como as aulas de música, teatro, dança ou esportes são realmente valorizadas? Ou ainda a chance de conhecer ex-alunos que agora são universitários de sucesso ou jovens profissionais bem sucedidos? Faça questão de se mostrar acessível à esses pais para que eles façam perguntas e oriente os seus funcionários a fazer o mesmo. Lembre-se que se você não pode oferecer o que a propaganda diz, é preciso rever o que você realmente tem para expor em sua escola.
3. Torne o evento atrativo em seus anúncios
Não adianta planejar um super evento e gastar com propagandas suntuosas se estas só dizem quando e onde tal evento vai começar. É importante explicar na mensagem o máximo possível sobre o que estará acontecendo. Crie expectativas, estimule a curiosidade, use imagens que chamem atenção e transmitam a mensagem.
4. Comunique sua mensagem com clareza, abrangência e inovação.
Reflita sobre quem é seu público alvo e pense em meios de chegar até eles. Qual é o perfil dos pais que você quer atingir? É interessante saber os lugares que eles frequentam e divulgar o evento colocando pôsteres e cartazes nesses locais. Explore as redes sociais e tenha certeza que seu site e newsletter irão passar a mesma mensagem que a da propaganda, criando uma identificação. Acima de tudo, avalie onde e como a mensagem é melhor direcionada para que no ano seguinte seja possível melhorar a divulgação nos futuros eventos.
5. Dê aos pais de futuros alunos a chance de descobrir tudo sobre o evento
Dedique (e destaque) um espaço em seu site falando sobre o que acontecerá naquele dia em especial. Deixe disponível ali um contato caso eles tenham alguma dúvida. Peça-os também que se cadastrem na lista de email (newsletter) e mande informações à medida que o evento for se aproximando, para deixá-lo sempre fresco na memória dos pais e mães.
6. Proponha alternativas
Pais e mães são naturalmente ocupados e muitos podem não poder comparecer no dia específico do evento. Se este for, por exemplo, um evento para prospectar pais e mães, a alternativa é oferecê-los um tour exclusivo na escola em algum dia possível para eles.
7. Não esqueça de lembrar.
É comum para muitos pais e mães prometerem ir ao evento mas perderem a data ou esquecerem a hora. Um email ou ligação alguns dias antes é uma forma excelente de previnir que isso aconteça – e ainda estreita laços com eles para o futuro, ao demonstrar que se importa com eles. Outra forma de manter a marca da escola na lembrança para o futuro é oferecendo brindes, como canetas ou agendas durante o próprio evento.
Como você organiza os eventos de sua escola? Compartilhe estratégias aqui:
Américo é doutor em educação pela Johns Hopkins University. Pesquisador em educação, fundou a Escribo onde trabalha com as escolas para fortalecer o aprendizado das crianças.
por Americo N. Amorim | jan 27, 2015 | Geral
Despejar textos em alguns slides no PowerPoint. Usá-los como um roteiro que dê sequência às aulas enquanto você fala. Ler o que está escrito no slide no decorrer da aula. Essa fórmula simples e usada por muitos professores não é nada efetiva. Na verdade, a maioria dos alunos não estará aprendendo nada com ela.
É isso que afirma a professora Mary Jo Madda. Segundo ela, os erros mais cometidos pelos professores ao produzirem apresentações de slides (independente da disciplina) é o excesso de carga cognitiva, ou seja, muitas informações para o estudante processar de uma vez só e a redundância ao passar a mensagem. Entenda:
Sobrecarga cognitiva
O segredo para entender o que é a sobrecarga cognitiva é imaginar o cérebro do seu aluno como um container. Quanto mais pedras você vai jogando para preenchê-lo, mais pesado o container fica. Logo, mais difícil para o aluno carregá-lo. Basicamente, é assim que funciona o que Mary chama de “carga cognitiva”: ou seja, a capacidade do seu cérebro trabalhar a memória, suportá-la e enfim processá-la em pequenos pedaços de informação.
Como seres humanos, temos uma capacidade limitada de memorizar informações. Quando precisamos lidar com informações de muitas maneiras e vindas de muitos lugares, nossa carga cognitiva fica muito pesada e difícil de lidar. Na sala de aula, a carga cognitiva de um estudante é afetada diretamente pela origem da informação – ou seja, a forma com que ela é passada para ele.
Todo professor, instintivamente, sabe que existem meios bons e ruins de apresentar o conteúdo. Isso acontece, dizem as pesquisas, devido à consciência de que quando a carga de conteúdos é mais leve, fica mais fácil para o estudante capturar a informação e memorizá-la. Dar uma aula baseada em textos dispostos em slides do PowerPoint enquanto os lê, infelizmente, é uma forma de colocar muitas pedras no container do aluno – e causar uma regressão em seu aprendizado.
O efeito da redundância
Uma pesquisa feita na Austrália em 1999 concluiu que a ,b>utilização de palavras nos slides (como estímulo visual) durante uma apresentação oral (que já utiliza palavras por si só) aumenta a carga cognitiva em vez de diminuí-la, visto que a mesma informação vem de meios diferentes ao mesmo tempo, causando efeito negativo na aprendizagem e sobrecarregando o estudante.
Mary usa como exemplo uma aula de ciências para crianças, cujo conteúdo é cadeias alimentares. A medida que um slide aparece com a definição de cada termo, o professor começa a ler sequencialmente a definição que está ali. A duplicação da informação em meios diferentes – fala e escrita – não vai endossar positivamente uma a outra, mas sobrecarregar as habilidades do estudante em absorver aquela informação devido ao excesso.
Como aliviar a carga cognitiva
Para evitar os erros acima, a professora dá as seguintes recomendações para suas próximas apresentações:
1. Efetivar a sua oralidade
Quando o discurso chama a atenção do jeito certo, o aluno estará focando exatamente no que você quer passar, sem precisar desviar a atenção para outros meios. Assim, seu cérebro não fica saturado e a energia gasta no aprendizado é otimizada.
2. Aprenda o “princípio de personalização”
Esse princípio, desenvolvido na teoria de ensino multimídia, visa engajar o estudante repassando os conteúdos em tom de conversação. Esse agente pedagógico aumenta o foco do aluno, aumentando seu rendimento. Por exemplo: Usar exemplos do dia a dia e usar muitos “eus” e “vocês” para criar uma relação menos hostil entre educador e educando, visto que estes se identificam mais com a comunicação informal.
3. Elimine o máximo de elementos textuais
O ideal é ter os tópicos na memória e falá-los, compartilhando apenas imagens ou gráficos com os alunos. Richard Mayer, neurocirurgião e autor do livro “Multimedia Learning (Aprendizado Multimídia)” afirma ser mais efetivo utilizar imagens como conceitos-chave nos slides do que textos como palavras-chave. Por exemplo: mostrar imagens da dentição de um leão em comparação com a de uma zebra, para explanar a diferença entre carnívoros e herbívoros.
4. Se for usar palavras, limite-se à uma por slide.
Caso esteja definindo conceitos ou termologias, tente colocar a palavra associada à um conjunto de imagens, estimulando a dedução dos alunos.
Quais são as ferramentas que você utiliza para otimizar o aprendizado audiovisual em sala de aula?
Américo é doutor em educação pela Johns Hopkins University. Pesquisador em educação, fundou a Escribo onde trabalha com as escolas para fortalecer o aprendizado das crianças.
por Americo N. Amorim | jan 26, 2015 | Geral, Gestão escolar
Desenvolvido pelo The Economist Intelligence Uni, o estudo chamado “The Learning Curve”, ou “A Curva de Aprendizado”, está em sua segunda edição e visa traçar um panorama sobre o que está sendo feito na educação mundial através de rankings educacionais de vários países combinados. Além disso, a pesquisa também sugere o que pode ser melhorado no futuro a partir dos dados coletados.
O resultado que mais chama a atenção é que, apesar das habilidades cognitivas como leitura, escrita e aritmética serem de extrema importância – afinal, são a base de toda educação -, elas cada vez mais vêm se mostrando insuficientes ante às demandas do século XXI.
É preciso ir além do básico e cultivar habilidades à longo prazo, que acompanhem os alunos durante a vida inteira e trespassem o essencial. As seguintes habilidades não-cognitivas precisam ser ensinadas desde cedo, mas principalmente praticadas ao longo da formação do indivíduo, pois algumas aptidões são perdidas com a chegada da idade adulta – essa perda, porém, é muito mais ostensiva quando as habilidades não são utilizadas regularmente.
Na lista abaixo, seguem as 8 habilidades essenciais na interação social no século XXI apontadas pela pesquisa:
1. Liderança
2. Alfabetização digital
3. Comunicação
4. Inteligência emocional
5. Empreendedorismo
6. Cidadania global
7. Solução de problemas
8. Trabalho em equipe
O valor econômico das habilidades na nossa sociedade vem de como podemos empregá-las à nossa força de trabalho durante a vida adulta. Andreas Schleicher, diretor para Educação na OECD (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), coloca: “A economia mundial não paga mais pelo que a pessoa sabe, mas pelo que pode fazer com o que sabe”.
Além disso, dados da OECD afirmam que metade do crescimento econômico em países desenvolvidos durante a última década veio de uma melhor capacitação do indivíduo na escola, deixando claro que o estímulo das habilidades extra-ordinárias possui um valor significativo para o crescimento das nações e o futuro dos seus cidadãos.
O Brasil, apesar de ter subido uma posição no ranking global de Habilidades Cognitivas e Desempenho Escolar desde a última pesquisa (realizada em 2012), figura queda de qualidade no mesmo índice – ou seja, apenas subiu pois os países que estavam na sua frente no índice anterior pioraram. É possível conferir a pesquisa na íntegra, em português, clicando aqui. E a sua escola, já trabalha habilidades diferenciais?
Américo é doutor em educação pela Johns Hopkins University. Pesquisador em educação, fundou a Escribo onde trabalha com as escolas para fortalecer o aprendizado das crianças.
por Americo N. Amorim | jan 23, 2015 | Geral
Um grande dilema enfrentado por educadores é estimular a criatividade dos alunos em sala de aula. O tempo limitado para a alta demanda de conteúdo, a necessidade de padronizar provas e manter a disciplina acaba tornando difícil a tarefa de instigar os alunos em atividades criativas.
É importante saber que a criatividade forma cidadãos mais comunicativos, que sabem se expressar melhor por conseguirem escolher as palavras certas em determinadas ocasiões, facilitando seus relacionamentos – inclusive no trabalho. Além disso, a confiança nas próprias ideias faz com que eles tenham mais coragem de colocá-las em prática. Pensando nisso, Shelley Carson (PhD da Universidade de Harvard) deu algumas recomendações sobre como introduzir criatividade no dia-a-dia dos alunos, mesmo com limitações de tempo e recursos.
Para ela, expor os alunos à material criativo, promover a curiosidade e fornecer uma atmosfera onde o esforço criativo é valorizado são pequenas maneiras de fazer a diferença.
Independente da matéria que seja ensinada, disponha de arte e música na sala de aula
Faça com que estas estejam periodicamente disponíveis aos alunos.Também deixe-os cientes de por que você escolheu aquele material. Outras formas de associar o conteúdo com a criatividade é incluindo posteres, produções teatrais e cinematográficas que se relacionem com o assunto.
Estimule o interesse dos alunos em trabalhos criativos com aulas de campo
Leve-os para um dia de aprendizagem diferente em museus, parques ou instituições. Alguns tours estão disponíveis on-line. Trabalhe nelas o olhar criativo. Por exemplo, antes de chegarem à alguma exposição de arte ou concerto musical, ensine-as sobre o artista e/ou obras em questão.
Faça perguntas instigantes durante a aula
Melhor do que apenas passar informação é ensinar métodos para que eles busquem a informação sozinho. Perguntas desafiadoras ajudam a salientar o instinto explorador dos alunos, de forma que eles compilem as informações juntos.
Curiosidade é sempre bom
Conduza a aula de forma que a curiosidade dos alunos seja endossada como uma atitude positiva, reforçando internamente neles a busca por conhecimento. Valorize suas ideias e dê parabéns públicos quando eles atingirem objetivos.
Permita falhas
Se o aluno produzir uma pergunta “errada”, ajude-os à pensar o que é possível aprender a partir daquele erro. Encorajá-los a aprender com os erros é sempre melhor do que reprimí-los por isso.
Quais os artifícios usados na sua escola para estimular a criatividade nos alunos?
Américo é doutor em educação pela Johns Hopkins University. Pesquisador em educação, fundou a Escribo onde trabalha com as escolas para fortalecer o aprendizado das crianças.
por Americo N. Amorim | jan 20, 2015 | Geral, Gestão escolar, Marketing Escolar
Uma das grandes vantagens do marketing digital é a possibilidade de testar qual mensagem consegue obter um maior e melhor retorno do público alvo – é o que defende o especialista no assunto Mike Leembruggen. Outro benefício, principalmente para os diretores e gestores escolares, é a facilidade em alcançar e prospectar este mesmo público, visto que as redes sociais e emails são diariamente acessadas por vários pais e tutores de alunos em potencial.
A questão é: se a mensagem da escola possui maneiras efetivas de ser entregue através do marketing digital, por que nem sempre ela atinge o resultado esperado? Mike afirma que quando as escolas não conseguem os resultados esperados, muitas vezes pecam em dois quesitos:
Não definem pontos fortes efetivos na mensagem:
Nas propagandas, as escolas tendem a dizer os mesmos jargões: que cuidam de seus alunos, educam para o futuro, unem tradição à modernidade, entre outros. Essas ideias fazem sentido quando o diretor está conversando com pais de futuros alunos numa visita de prospecção na instituição de ensino, ou numa conversa informal sobre escolas entre famílias – mas tais conceitos não podem ser considerados o diferencial numa campanha de marketing digital. É preciso desenvolver campanhas baseadas em algo realmente único, diferente, de preferência que apenas a sua escola tenha alcançado. Algo que chame atenção, como por exemplo, um feito que a instituição atingiu ou uma conquista de seus alunos que tenha se destacado e recebido reconhecimento externo.
Tentam falar tudo em uma só mensagem:
Outro problema encontrado pelo especialista é quando os diretores ou gestores encontram-se tão empolgados em exaltar as qualidades da escola que acabam poluindo a mensagem da campanha, fazendo com que ela não seja marcante por conter muitas informações. O ideal seria lançar uma campanha de cada vez, dizendo uma coisa em cada uma, do que uma campanha muito grande tentando impressionar com todos os pontos fortes ao mesmo tempo.
Hajam vista esses dois pontos, o próximo passo é converter a mensagem em poucas palavras. Depois de bem desenvolvidas, as campanhas devem ser veiculadas pelas redes sociais e principalmente por e-mail, através de mailings (listas enviadas periodicamente), uma vez que e-mails frequentes ajudam à manter a imagem da escola na mente dos pais – criando confiança e laços mais estreitos entre a instituição e as famílias.
E a sua escola, já tem uma estratégia de marketing digital definida?
Américo é doutor em educação pela Johns Hopkins University. Pesquisador em educação, fundou a Escribo onde trabalha com as escolas para fortalecer o aprendizado das crianças.
por Americo N. Amorim | jan 12, 2015 | Geral
A Escribo abriu hoje uma vaga para estudantes de ciência da computação. Confira os detalhes abaixo e envie seu currículo!
Desenvolvedor Trainee
A Escribo S.A., empresa líder no desenvolvimento de conteúdo e aplicativos educacionais está buscando estudantes para integrar sua equipe de engenharia de software.
Esta é uma oportunidade única para quem tem espírito inovador e quer participar da criação e disseminação de tecnologias educacionais que são utilizadas por milhares de alunos e professores em todo o Brasil.
Como desenvolvedor, esperamos que você participe de todo o ciclo de desenvolvimento dos nossos sistemas, aplicativos e jogos. Utilizamos diversas tecnologias (Java, C++, Objective-C, PHP, javascript, HTML5 etc) para construir nossas soluções e conosco você vai aprender muito sobre elas.
Conhecimentos necessários:
– Linguagens Orientadas a Objetos;
– Ter participado de projetos de arquitetura web, com noções de banco de dados;
– Experiência com uma dessas linguagens de programação: Java, Objective-C, C++, C#, Javascript.
Conhecimentos Desejáveis
– Experiência com desenvolvimento de aplicações para Android ou iOS;
– Ter trabalhado em equipes que implementam metodologias ágeis;
– Noções de arquitetura de software;
– Ter experiência na publicação de aplicativos na Google Play Store ou AppStore;
– Ter participado de projetos em HTML 5.
Perfil desejado
– Ser estudante de graduação em ciência da computação ou cursos afins;
– Facilidade para trabalhar em equipe;
– Ser apaixonado por educação e tecnologia.
Outras informações
– Carga horária de 6 horas/dia, de segunda a sexta.
– Valor da bolsa: R$ 800,00.
Interessados devem enviar currículo e histórico escolar para vagas@escribo.com até 20/01/15.
Américo é doutor em educação pela Johns Hopkins University. Pesquisador em educação, fundou a Escribo onde trabalha com as escolas para fortalecer o aprendizado das crianças.
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