Olá, tudo bem? Hoje vamos aprender a interpretar as informações do menu Desempenho, uma das funcionalidades mais importantes do Escribo Play.
Enquanto as crianças usam o nosso aplicativo, seja na escola ou em casa, ele captura informações importantes para a gestão da escola, para as professoras e para a família.
No menu Desempenho, nós mostramos informações que podem ser bem úteis para que os pais possam direcionar o uso do aplicativo pela criança. É nele onde podemos conferir em quais as áreas em que podemos focar o tempo da criança para que ela se desenvolva ainda mais.
Para acessá-lo, é preciso abrir a tela de jogos e tocar no botão Desempenho, no canto superior direito da tela, como na imagem acima (1).
Relatórios de desempenho por turma
Os(as) professores(a) têm acesso ao relatório individual de cada aluno através do menu Desempenho. Assim fica mais fácil acompanhar o aprendizado das crianças – basta selecionar a turma e tocar na seta de “play” ao lado do nome da criança que será avaliada para abrir o relatório dela.
Campos de Experiência e Áreas do Conhecimento
Conforme a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) que determina o que as crianças devem aprender, o relatório de desempenho é organizado em colunas que exibem os Campos de Experiência (na Educação Infantil) ou as Áreas de Conhecimento (no Ensino Fundamental). Os números dentro das colunas são a média de acertos líquidos (número de acertos menos os erros) nos jogos de cada campo ou área. Quanto mais acertos líquidos, melhor.
À direita e acima nessa tela, é possível mudar o intervalo de datas para os dados coletados e mostrados pelo gráfico (2).
Ao tocar em alguma das barras dos campos/áreas, a próxima tela mostrará os cinco objetivos de aprendizagem (no infantil) ou as cinco habilidades (ensino fundamental) mais desenvolvidos e os cinco menos desenvolvidos (3) daquele campo/área. Alguns dos nossos jogos desenvolvem mais de um objetivo de aprendizagem/mais de uma habilidade.
Conforme a criança termine as partidas em jogos que abordam outros objetivos daquele campo, a cor verde barra de progresso irá crescer, indicando que o objetivo está mais fortalecido.
Sugestões
Clicando em um objetivo/habilidade você irá para uma tela onde vamos sugerir jogos que auxiliem o desenvolvimento desse mesmo objetivo/habilidade. Assim tanto as famílias como as escolas poderão acompanhar mais de perto o crescimento das crianças e o desenvolvimento dessas habilidades.
A ordem dos jogos recomendados segue dos menos aos mais jogados (4). As mães e os pais podem, por exemplo, jogar junto à(s) criança(s) os menos jogados para que fortaleça o aprendizado naquele objetivo/habilidade.
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Américo é doutor em educação pela Johns Hopkins University. Pesquisador em educação, fundou a Escribo onde trabalha com as escolas para fortalecer o aprendizado das crianças.
Quando se é criança, aprender a ler usando dois alfabetos diferentes é uma tarefa complicada. Para entender como isso acontece, um estudo realizado em Hong Kong, na China, examinou se jogos criados com tangram chinês servem para medir as habilidades de processamento visual de crianças chinesas que aprendem inglês como segunda língua.
Pontos principais Pais: Crianças desenvolvem habilidades visuais e de leitura/escrita com mais facilidade brincando com jogos de tangram. Professores: Alunos(as) ficam mais preparados(as) para reconhecer e reproduzir formas geométricas enquanto reforçam o aprendizado da escrita. Gestores escolares: O tangram pode gerar resultados positivos em diferentes plataformas – seja com as peças em mãos ou em jogos como os do Escribo Play.
Metodologia
Os pesquisadores criaram cinco jogos baseados em tangram e testaram em um grupo de 102 de crianças na educação infantil, todas com idades entre 4 e 5 anos e aprendendo inglês como segunda língua. Cada jogo observava a capacidade de:
replicar de imediato esquemas de tangram;
guardar na memória e depois replicar esquemas;
identificar e separar peças de tangram iguais em um tempo cronometrado;
observar um esquema de tangram e copiá-lo à mão numa folha de papel;
reconhecer quais imagens (por exemplo, animais ou objetos) formam certo esquema.
Análises
Os professores avaliaram o desenvolvimento das habilidades motoras e visuais de cada criança. Depois, analisaram os resultados dos jogos. Num segundo momento, avaliaram o nível de leitura e escrita. Então, cruzaram os dados de todas essas variáveis.
Resultados
Ficou evidente que os jogos de tangram são instrumentos poderosos para facilitar o aprendizado de leitura e escrita entre as crianças – principalmente os jogos que pediam para que o estudante replicasse as formas do tangram. O resultado das crianças neste tipo de jogo permitiu que os pesquisadores previssem a evolução das habilidades visuais-ortográficas e de identificação de palavras em chinês e inglês.
O tangram pode ser jogados até mesmo antes das crianças aprenderem a ler e escrever, já que tem uma mecânica simples. Pais e professores podem aproveitar os jogos de tangram do aplicativo Escribo Play para brincar com as crianças e deixá-las mais ágeis no reconhecimento visual das formas, letras e palavras em português.
Quer saber mais sobre os nossos jogos educativos? Entre em contato conosco no nosso WhatsApp neste link. Toda semana, publicamos novidades tecnologia, inovação e aprendizado com conteúdos exclusivos. Assine as notificações do blog da Escribo no sininho ao lado e acompanhe as novidades assim que saírem! Um abraço, e até mais!
Américo é doutor em educação pela Johns Hopkins University. Pesquisador em educação, fundou a Escribo onde trabalha com as escolas para fortalecer o aprendizado das crianças.
Olá! Tudo bem? Temos uma ótima notícia. Instituída na última quinta-feira (11), a Política Nacional de Alfabetização (PNA) vem com a proposta de combater os índices de analfabetismo no Brasil – tanto para quem não saber ler nem escrever (absoluto) quanto para quem tem baixa capacidade de leitura e compreensão (funcional). Segundo dados da Prova Brasil, 66% dos alunos brasileiros terminam o ensino fundamental sem o aprendizado mínimo desejado para a Língua Portuguesa. Nesse contexto, listamos cinco grandes avanços do documento – e outros dois que merecem a nossa atenção.
1. Incentivo ao uso de evidências científicas
A PNA deixa muito claro, já no primeiro artigo, que vem para melhorar o aprendizado de leitura e escrita com base em evidências científicas, assim teremos projetos que valorizem as descobertas feitas através de pesquisas. Poderemos criar estratégias que otimizem os recursos para alfabetização e tragam resultados mais efetivos para o aprendizado das crianças, como ressaltado pela especialista em políticas educacionais Ilona Becskehazy.
2. Escolas são livres para se adequar à PNA
A PNA institui que não é obrigatória: os municípios e demais entes governamentais poderão aderir à política se julgarem que os programas e projetos serão benéficos para suas escolas e estudantes.
3. Liberdade para escolher o método de alfabetização
Outro ponto positivo é que o documento não impõe que as escolas adotem um método de ensino específico. Pelo contrário, ela valoriza os vários métodos e indica os principais tópicos que devem ser trabalhados através deles para fortalecer o aprendizado das crianças. É uma maneira de respeitar a proposta pedagógica de cada rede escolar.
4. Abordagens reconhecidas no mundo todo
A Política Nacional de Alfabetização dá ênfase a seis tópicos essenciais para a alfabetização: consciência fonêmica; instrução fônica sistemática; fluência em leitura oral; desenvolvimento de vocabulário; compreensão de textos e produção de escrita. Com reconhecimento no mundo inteiro, os componentes trazem consensos científicos atuais sobre as melhores práticas educacionais para se aprender a ler e escrever desde a educação infantil.
5. Metas e avaliações de aprendizagem serão a regra
Em relação à implementação da PNA, os projetos que serão apoiados por ela terão metas claras de aprendizagem, o que é muito importante para que sejam efetivos. Ela também vai privilegiar o desenvolvimento e o uso de instrumentos de avaliação para acompanharmos a evolução dos alunos e se eles estão caminhando para atingir os objetivos.
O que vem por aí
Conforme notado pela educadora Claudia Costin, não existem menções direta à Base Nacional Comum Curricular (BNCC) no documento. Na visão de Ilona, o detalhamento dos objetivos de aprendizagem e demais detalhes da política ainda serão divulgados e devem contemplar a Base.
A política também define o uso de materiais didáticos de forma ampla, e nos próximos documentos serão especificados tanto os mais tradicionais, como livros e jogos tangíveis, como o uso de tecnologia (jogos digitais, por exemplo). Esses materiais digitais deverão estar aprovados pelo Guia de Tecnologias Educacionais, lançado pelo Ministério da Educação em 2018.
A Política Nacional de Alfabetização é o primeiro passo para fortalecer o aprendizado de leitura e escrita. Agora, é preciso que a sociedade – escolas, cientistas e empreendedores – se mobilize para desenvolver, implementar e avaliar projetos que sejam efetivos para as crianças. É hora de executar.
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Américo é doutor em educação pela Johns Hopkins University. Pesquisador em educação, fundou a Escribo onde trabalha com as escolas para fortalecer o aprendizado das crianças.
Olá! No artigo de hoje, abordamos a importância de conhecer os aspectos antropológicos do aprendizado de leitura e escrita no Brasil. Compreender o povo e suas dinâmicas é essencial para criarmos abordagens pedagógicas construtivas e adequadas para todos. Esse texto também faz parte da série de publicações que produzi no meu doutorado na Johns Hopkins University.
Pontos principais Pais: sempre estimule seus filhos a ler e fazer as atividades escolares da melhor forma possível. Professores: busque trabalhar com textos que despertem o interesse e a motivação dos estudantes. Aqueles alunos mais difíceis são os que mais precisam de motivação e encorajamento. Gestores escolares: não autorizem práticas de dividir as turmas por habilidades. Se alguma criança estiver sendo excluída, pouco a pouco, é preciso intervir na situação e traçar ações para que ela volte a se motivar e se integrar com as atividades escolares.
Dentro dos problemas da educação brasileira, é preciso entender mais sobre o baixo desempenho no aprendizado de leitura e escrita na educação básica. De acordo com avaliações nacionais [1]:
66% dos alunos terminam o ensino fundamental sem o nível mínimo desejado para língua portuguesa; e
85% terminam o ensino médio sem aprender o mínimo esperado de matemática.
Essa questão atinge também o ensino superior, que conta com 50% de estudantes que são analfabetos funcionais [2]. Por isso, a proposta deste artigo é analisar os aspectos antropológicos e sociológicos da educação para apontar os principais desafios e caminhos que podemos seguir para melhorar a alfabetização no Brasil. Também foram investigadas as atividades em sala de aula e as normas culturais que afetam as escolas.
O aprendizado de leitura e escrita na visão da Antropologia
Analisando os fundamentos sociológicos e antropológicos da educação, inicialmente encontramos estudos com foco na alfabetização dos adultos [3]. Uma pesquisa recente aborda o retorno do interesse dos antropólogos pela educação popular, como por exemplo a educação de jovens e adultos [4]. Há ainda textos que mostram um pouco mais do universo dos analfabetos e como eles se desdobram para participar das atividades sociais, mesmo sem ter o domínio da linguagem escrita que é exigido pela sociedade [4].
Outros estudos abordam as práticas orais e escritas na alfabetização brasileira [6]. A forma como escrevemos pode não ser a mesma em todos os lugares e épocas: ela influencia (assim como é influenciada por) questões pessoais e sociais. Isso acontece porque existem vários tipos de linguagem escrita, e diferentes grupos sociais podem interpretar o mesmo texto de maneiras diferentes.
Ainda precisamos pesquisar e aprender muito sobre como o analfabetismo vem abrindo espaço para a cultura escrita [6]. Termos essa consciência é importante para entender que a escrita e o analfabetismo não estão em lados opostos do aprendizado.
Letramento nos primeiros anos de alfabetização
Somente ensinar alguém a ler e escrever (alfabetizar) não é suficiente para desenvolver cidadãos letrados. Prova disso é um estudo feito em uma escola pública com uma turma do primeiro ano do Ensino Fundamental, durante 47 dias. O professor dessa turma entregou textos aos alunos para que eles conhecessem na prática a linguagem escrita, um avanço em relação aos métodos tradicionais de alfabetização.
Apesar disso, as crianças não chegaram a trabalhar com gêneros textuais variados, muitas vezes apenas memorizavam os mesmos textos. As tarefas da classe eram copiar palavras e sílabas, e o aprendizado sobre o uso desses textos na vida em sociedade (letramento) ficou em segundo lugar. Os estudantes não se tornaram letrados – em vez disso, estavam apenas aprendendo a traduzir sons em textos [7].
Uma outra pesquisa encontrou um fato interessante: a busca pela uniformidade [8]. A escola analisada separava os alunos em turmas “fracas” e “fortes”, de acordo com o desempenho deles em testes e questões subjetivas.
Ao analisarem a trajetória de cinco turmas escolares, as pesquisadoras construíram o conceito de “exclusão escolar oculta” [9]. Esta exclusão aparece em algumas falas, gestos e olhares entre professores(as) e alunos(as) quando a escola segrega, abandona e praticamente elimina alunos que não se enquadram nos padrões.
Esses(as) professores(as) costumam ignorar a cultura, as reflexões e até mesmo o interesse dos alunos em participar mais do dia-a-dia da escola. Os estudantes devem simplesmente aprender o conteúdo – em silêncio.
Nesta pesquisa, temos dados interessantes sobre o baixo desempenho dos alunos em processo de alfabetização. O primeiro é que os(as) professores(as) deixaram os padrões de lado. Por exemplo: apesar de os alunos terem livros escolares atuais, certos(as) professores(as) com costumes mais tradicionais ignoravam esses materiais [7].
Progressão automática + segregação + exclusão escolar oculta: combustível explosivo para o baixo nível de aprendizado e a evasão escolar
A Antropologia pode fornecer insights poderosos sobre como as relações e organizações sociais afetam o problema do aprendizado de leitura e escrita no Brasil.
Em relação aos(as) professores(as), é preciso entender por que eles(as) muitas vezes acham inadequado utilizar os novos métodos de ensino. Seria uma questão de falta de familiaridade com estas estratégias pedagógicas diferentes? Falta de motivação por não acreditar nos resultados? Comodismo? Um amplo estudo etnográfico poderia responder a essas questões, muito úteis para a formação de políticas públicas voltadas ao fortalecimento do aprendizado.
Outro ponto chave nessa discussão é o termo “letramento”. Os alunos não estão se tornando letrados, mas os(as) professores(as) e as famílias de baixa renda entendem isso? Os profissionais brasileiros são letrados ou apenas alfabetizados? Com essas perguntas, podemos entender o tamanho real do problema.
Também precisamos falar da segregação dos alunos. O próximo passo seria discutir se separar grupos de estudantes por notas é justificável ou se apenas ajuda os(as) professores(as) a lidar com turmas mais uniformes. Isso tende a deixar o trabalho mais fácil, em classes de baixo desempenho; eles podem dedicar menos esforço e exigir menos de seus alunos, o que pode resultar em um menor nível de aprendizado.
Essa segregação só torna o aprendizado mais difícil para os alunos com baixa escolaridade, além de incentivar uma certa indiferença nos(as) professores(as), o que pode afetar seu desempenho em aulas que exijam uma alta dedicação.
A exclusão escolar oculta é provavelmente um dos piores problemas das escolas brasileiras, porque parece ter raiz no que pode ser considerado o pior aspecto da nossa cultura, que é o “jeitinho brasileiro”. “jeitinho” não significa “fazer um favorzinho para alguém” ignorando algumas tarefas burocráticas. Nesse caso, “jeitinho” que dizer ocultar um processo de segregação grave. Poucos professores admitem que simplesmente desistem de uma parte de seus alunos. Esse processo gera sérios efeitos para as crianças.
Por conta das políticas educacionais brasileiras, é praticamente impossível um aluno brasileiro não passar de ano. Mesmo reprovado, o estudante passa para a próxima série e deveria participar de um programa de recuperação – que em muitas escolas existe apenas no papel.
As crianças segregadas não aparecem nas estatísticas de retenção porque elas avançam exatamente como os outros alunos. O problema é que elas não aprendem nem o básico, então quando enfrentam uma avaliação externa, por exemplo a Prova Brasil no quinto ano, não conseguem atender aos requisitos mínimos. Essa estrutura complexa (exclusão + progressão automática) acaba restringindo as chances do estudante de avançar e conviver em sociedade.
Por fim, mais um ponto a ser analisado é o ambiente familiar. Uma pesquisa antropológica pode descobrir se, aqui no Brasil, existem padrões de linguagens diferentes em famílias de classes sociais diferentes – caso parecido com uma ampla pesquisa feita com crianças norte-americanas [10]. Entender essas e diversas outras questões é indispensável para compreendermos os processos de alfabetização no país, e assim desenharmos políticas públicas e estratégias didáticas para superar o baixo nível de aprendizado de leitura e escrita.
Referências R
[1] Qedu. (2015). Aprendizado dos alunos: Brasil. Disponível em: http://goo.gl/R6BX3w
[2]
Globo. (2012, November 26). DFTV 2ª Edição.
Brasília, DF: Rede Globo. Disponível em: http://goo.gl/8n6ACD
[3] Cipiniuk, T. A. (2014). Levantamento
temático em Cadernos de Pesquisa: processos de alfabetização e analfabetismo. Cadernos de Pesquisa, 43(150), 1026-1041.
[4] Lovisolo, H. (1988). A educação de adultos
entre dois modelos. Cadernos
de Pesquisa, (67), 23-40.
[5] Garcia, M. (1990). Um saber sem escrita:
visão de mundo do analfabeto. Cadernos de Pesquisa, (75), 15-24.
[6] Magalhães, S. M. D. C. (2012). Oralidade e Cultura Escrita
na Abordagem da História da Alfabetização. O público e o privado, (2).
[7] Macedo, M. D. S., & Almeida, A. C.
(2013). Alfabetização de crianças de seis anos e a ampliação do Ensino
Fundamental: um estudo de caso. Educação
em Foco, 16(22),
119-141.
[8] CARNEIRO, F. H. P. (2006). Caminhos da alfabetização em Minas
Gerais: um olhar etnográfico para o ciclo inicial de alfabetização. (Masters
dissertation). Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte.
[9] Picetti, J. S., & Real, L. M. C.
(2008). A relação entre os saberes comunitários e os conteúdos escolares no processo
de alfabetização.Acolhendo a Alfabetização nos Países de Língua Portuguesa, 2(3), 10-23.
[10] Hart, B., & Risley, T. R. (2003). The
early catastrophe: The 30 million word gap by age 3. American Educator, 27(1),
4-9.
Américo é doutor em educação pela Johns Hopkins University. Pesquisador em educação, fundou a Escribo onde trabalha com as escolas para fortalecer o aprendizado das crianças.
Aqui na Escribo, nós nunca duvidamos do potencial das crianças. Uma pesquisa que ainda vai ser publicada identificou que crianças de cinco anos que usaram jogos de simulação nas aulas aprenderam conceitos de ciência com mais facilidade.
Pontos principais
Pais: jogos de simulação podem ajudar seu filho a desenvolver o senso crítico, a capacidade de observar, a seguir etapas e o processo de experimentação.
Gestores: as famílias valorizam atividades educativas que despertem a criatividade e trabalhem o conhecimento na prática, como as que são feitas nos simuladores. Eles ajudam a dar visibilidade para a educação inovadora da escola.
Professores: com os aplicativos educativos de simulação, as crianças tiveram mais facilidade para tirar dúvidas, fazer sugestões e aprender o conhecimento científico. Portanto, essa aprendizagem significativa tende a fortalecer o interesse, o foco e a curiosidade dos estudantes.
O objetivo do estudo era entender de que formas os simuladores poderiam fortalecer o aprendizado do conhecimento científico. Além disso, os pesquisadores também queriam saber se os simuladores estimulavam habilidades importantes como a capacidade de reflexão e o domínio de conceitos abstratos.
Como foi feita a pesquisa
Três professoras acompanharam 38 crianças durante quatro semanas. Em pares, as crianças se divertiram com jogos de simulação que propunham desafios sobre circuitos elétricos (ex: em série, paralelos, correntes e resistência).
Além do desempenho nas tarefas, o estudo também considerou os comentários feitos pelas crianças sobre as atividades propostas – se elas gastavam mais tempo descrevendo o que faziam, refletindo sobre a tarefa ou fazendo experiências e exercitando a criatividade.
Os pesquisadores descobriram que as crianças aprenderam com mais facilidade porque puderam observar, experimentar na prática e refletir sobre as similaridades e diferenças entre as várias tarefas que foram desenvolvidas nos simuladores. Para saber mais, acesse o artigo científico.
Esta pesquisa é importante porque demonstra como os jogos e simuladores fortalecem o aprendizado. Ao mostrar que as crianças observam, experimentam e refletem sobre o que fazem dentro dos jogos, a pesquisa desconstrói a ideia de que as crianças, ao jogar, apenas praticam o simples “erro e acerto”.
Ou seja, o feedback que é oferecido pelos jogos de simulação é capaz de desencadear processos metacognitivos. Em outras palavras, o estudante progressivamente torna-se mais capaz de entender como ele próprio aprende, ganhando autonomia para liderar o seu próprio desenvolvimento.
Aqui no blog da Escribo sempre publicamos conteúdos relevantes sobre inovações educacionais. Então, não deixe de nos acompanhar!
Américo é doutor em educação pela Johns Hopkins University. Pesquisador em educação, fundou a Escribo onde trabalha com as escolas para fortalecer o aprendizado das crianças.
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