Pontos principais Pais: seu envolvimento é essencial para o aprendizado da criança. Pais que estimulam o bem estar maior bem-estar para as crianças permitem mais crescimento e aprendizado. Professores: as mensagens de texto sobre saúde e bem-estar ajudaram a resolver necessidades básicas das crianças, o que garante maior qualidade de vida e as deixou mais focadas. Gestores escolares: a escola pode investir em serviços de SMS para aumentar a proximidade com as famílias e fornecer informações valiosas ao aprendizado da criança.
Cresce cada vez mais o interesse em reforçar os laços entre escola e família com abordagens flexíveis e de baixo custo. Uma dessas abordagens é o uso de mensagens de texto (SMS). Para aproveitar esse potencial, pesquisadoras analisaram por seis meses a influência de SMSs no ensino das habilidades iniciais de leitura e escrita a crianças de quatro anos. As crianças observadas estudam em uma escola pública nos Estados Unidos que atende alunos(as) de baixa renda.
Procedimentos
As mães das crianças foram divididas em dois grupos. No primeiro, as participantes receberam mensagens de texto sobre linguagem e alfabetização, que as incentivava a conversar com as crianças sobre letras, sons de palavras e fazer perguntas aos pequenos. No segundo, as SMSs estimulavam discussões sobre saúde e bem-estar –cuidar da segurança da criança, exercícios físicos, bom comportamento, boa convivência social e alimentação saudável.
Resultados
Para a surpresa das pesquisadoras, o estudo aponta que as crianças com mais habilidades iniciais de leitura e escrita se beneficiaram do programa de linguagens e alfabetização, enquanto aquelas com menos habilidades se beneficiaram do programa de saúde/bem-estar.
O bem-estar da criança é essencial
O fato curioso é que, para as pesquisadoras, programas educacionais focados no desenvolvimento de linguagem e escrita costumam mostrar mais resultados para a alfabetização do que os de saúde e bem-estar. Aparentemente, constatou-se que estimular habilidades socioemocionais e o bem-estar das crianças têm efeitos positivos diretos no aprendizado de leitura e escrita delas.
A realidade onde vive a criança também pode influenciar nesses resultados, como já discutimos em um artigo aqui no Blog. Isso fica evidente quando se percebe que algumas famílias podem se beneficiar de mensagens de texto sobre necessidades básicas como melhorias na qualidade do sono, nutrição, saúde e comportamento.
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Américo é doutor em educação pela Johns Hopkins University. Pesquisador em educação, fundou a Escribo onde trabalha com as escolas para fortalecer o aprendizado das crianças.
É com orgulho que anunciamos a chegada da Revista da Escola, Professor, Educação e Tecnologia! Lançada em maio de 2019, a Revista é especializada na divulgação de artigos científicos sobre processos de aprendizagem, inovações educacionais, jogos educativos e o papel deles no aprendizado das crianças da educação infantil e do ensino fundamental. O primeiro volume já está no ar.
Com uma linguagem acessível a todos, publicamos pesquisas e sínteses de evidências científicas sobre o aprendizado disponíveis nos mais prestigiados periódicos científicos do mundo, que antes não eram lidas no Brasil por serem em inglês e usarem termos muito técnicos.
Assim, a nova geração de educadores cursando licenciaturas, pedagogia, psicologia cognitiva e áreas afins têm acesso facilitado a uma bibliografia atualizada através da nossa Revista. Dessa forma, buscamos oferecer o estado da arte das pesquisas de diversas disciplinas que se relacionam com o campo da educação e do aprendizado, especialmente a neurociência, psicologia, computação, design e educação.
Fique à vontade para “folhear” os conteúdos, citar os artigos na sua pesquisa ou até mesmo submeter a sua própria produção. Acesse a Revista da Escola, Professor, Educação e Tecnologia em escribo.com/revista. 😉
Américo é doutor em educação pela Johns Hopkins University. Pesquisador em educação, fundou a Escribo onde trabalha com as escolas para fortalecer o aprendizado das crianças.
Primeira etapa da educação básica, a educação infantil é um momento de extrema importância para a formação das crianças. Seu desenvolvimento educacional precisa integrar e abranger aspectos físicos, afetivos, intelectuais, linguísticos e sociais.
As atividades precisam atuar como facilitadoras no processo de aprendizagem e garantam a formação integral do individuo.
Nesse momento é essencial que o material didático auxilie o professor e favoreça conteúdos alinhados às propostas pedagógicas da escola e ao nível de desenvolvimentos dos alunos, já que aulas precisam promover alguns estímulos específicos às crianças.
Para auxiliar você, educador, na elaboração dos planos de aula, elencamos a seguir 5 fatores essenciais a serem trabalhados durante a educação infantil.
1. Estímulo a vivência prática e a oralidade
Embora a criança ainda não seja alfabetizada nessa etapa da aprendizagem infantil, é importante que ela seja pouco a pouco inserida em atividades que envolvam linguagem e construção de saberes contextuais.
A vivência prática e a oralidade, dessa forma, assumem o papel de estimular a capacidade da criança de fazer associações e interpretações baseadas nas suas experiências culturais e sociais.
E nada mais são do que a prática sistemática de hábitos já cotidianos ao universo familiar delas. Por exemplo, muitas crianças conseguem identificar marcas como “Coca-cola” ou mesmo “Passatempo” (o biscoito) sem necessariamente ter aprendido a ler, pela associação concebida em seu dia a dia.
Essa habilidade de reconhecer e compreender é conectada com a oralidade, que é o costume com os sons das palavras. Podendo ser desenvolvida através de poemas, histórias e leitura em geral.
No nosso Sistema de Ensino Interativo Frei.re, por exemplo, a vivência prática e da oralidade ganha destaque a nos livros didáticos: poemas e histórias narradas (já integradas a nossa versão digital dos materiais) sustentam o conteúdo da unidade que é trabalhada articulando-se com experiências e conhecimentos cotidianos aos alunos.
2. Regionalismo Cultural
A construção do conhecimento em crianças possui ampla conexão com o ambiente no qual ela está inserida, isso acontece porque a assimilação é facilitada quando a criança percebe que o assunto abordado é vivenciado, tratado em seu cotidiano.
Desse modo, adequar as atividades propostas à cultura da criança, com cantigas, costumes, hábitos, lugares ou comidas daquela região podem acelerar o aprendizado e contribuir com a inserção da criança no meio, contribuindo no seu senso de pertencimento a sociedade.
Por exemplo: no Nordeste existe o costume da festa de São João. Ao propor atividades com musicas juninas nessa região as crianças compreendem melhor o conteúdo passado por ser algo já visto em seu dia a dia.
Do mesmo modo, crianças cariocas aprenderiam melhor e se sentiriam mais à vontade com o conteúdo com atividades relacionadas às escolas de samba do Rio.
3.Estímulo a criatividade
Desde cedo é importante que as crianças sejam estimuladas a desenvolver sua capacidade criativa, já que o desenvolvimento dessa habilidade está diretamente ligado a sua capacidade de solucionar problemas e superar obstáculos.
O despertar da imaginação pode ser trabalhado através de atividades que fujam da rotina e as estimulem a desenvolver ideias e explorar situações. Isso pode ser trabalhado por exemplo, com o realização de atividades artísticas ou mesmo com passeios e contação de histórias.
Outra estratégia interessante pode ser vista no nosso Sistema de Ensino, que promove o estimulo a criatividade com a utilização frequente de desafios que instigam e incentivam o crescimento e desenvolvimento do aluno.
4. Uso do digital, do visual e do interativo
Animações, jogos, músicas e histórias narradas são sinônimos de turmas mais engajadas. E hoje em dia, como parte do cotidiano das crianças desde cedo são estratégias facilitadoras na construção do conhecimento.
Ao mesmo tempo que atraem a atenção dos alunos, o uso desse recursos consegue promover de maneira mais lúdica e divertida a construção de conceitos, ou mesmo atuar no desenvolvimento de habilidades e competências.
É importante, porém, que essas estratégias estejam bem estruturadas para que a atividade gere de fato, o aprendizado do aluno e não sejam vazias em essência.
No sistema de ensino Frei.re, por exemplo, aliamos ao livro físico do material didático uma versão digital recheada de atividades, jogos, animações e músicas, que auxiliam o trabalho do professor com diversos exercícios interativos. Como complementam o conteúdo trabalhado em sala pelo material didático, as atividades acabam fortalecendo a difusão do conhecimento ao mesmo tempo que motivam os estudantes.
5. Princípios éticos
A ética nada mais é do que um conjunto de decisões, princípios e valores que orientam as relações humanas.
Na educação infantil ela exerce um papel fundamental: oportunizar à criança uma melhor integração social ao colégio, minimizar preconceitos e inibições e ainda auxiliá-la na conquista da cidadania em sua plenititude.
Nesse sentido, é importante desde cedo a valorização de uma educação que estimule princípios de autonomia, de responsabilidade, de solidariedade e do respeito ao bem comum. Esses princípios éticos devem fomentar ainda, o respeito ao meio ambiente e às diferentes culturas, identidades e singularidades.
Para isso, práticas pedagógicas que incentivem o respeito em seus diversos níveis (individual, ao outro e ao seu ambiente) devem ser praticadas, com atividades e exercícios que construam o agir ético desde a primeira infância.
Como andam suas aulas? Você tem estimulado algum desses fatores?
Nem sempre é fácil montar planos de aula que abarquem todos esses fatores sistematicamente ao longo do ano, e por isso materiais pedagógicos de qualidade são ferramentas indispensáveis aos professores. A troca de conhecimento em sala pode ser comprometida com uma má escolha de material.
Pensando nisso e levando em conta o Referencial Curricular Nacional, nós da Escribo desenvolvemos o Frei.re, um sistema de ensino especialmente direcionado a educação infantil.
Américo é doutor em educação pela Johns Hopkins University. Pesquisador em educação, fundou a Escribo onde trabalha com as escolas para fortalecer o aprendizado das crianças.
Nos anos iniciais, trabalhar musicalização pode ser um desafio para as escolas. Afinal de contas, ainda é uma matéria recente na grade curricular e ainda existem poucos materiais pedagógicos estruturados na área (como o Turma do Som).
Além disso, muitos professores lecionam aulas de musicalização sem ter formação específica na área. Junte isso com a falta de material pedagógico estruturado, o trabalho do professor se torna umgrande desafio – e o aprendizado dos alunos sofre com o impacto.
Como a educação musical abrange uma ampla gama de conteúdos, há vários conceitos que podem ser explorados. Contudo, é importante que toda aula de musicalização contenha alguns fatores-chave.
São eles que irão garantir tanto um maior engajamento por parte dos alunos, quanto oferecerão suporte adequado para o treinamento das habilidades cognitivas envolvidas na educação musical.
A seguir elencamos três fatores, já aplicados a sugestões para planos de aula, para você professor ou gestor que deseja implementar o ensino no seu colégio, ou fazer adaptações curriculares.
1. Vivência sensorial e corporal dos elementos musicais
Por meio do corpo e do movimento compreendemos e expressamos elementos, sensações, percepções e conhecimentos. A prática da vivência sensorial e corporal através da educação musical promove, dessa forma, uma construção complementar de aprendizagem.
Como ela retira apenas do aspecto mental a experiência sonora, o aluno realiza uma abstração mais abrangente do significado dos sons e isso interfere diretamente no seu grau de desenvolvimento musical.
Essa vivência sensorial e corporal pode acontecer de inúmeras formas, através, por exemplo, da movimentação corporal coordenada pelos sons e ritmos, ou mesmo pelo estímulo à criação de música com sons do corpo.
Mesmo os professores podem se divertir quando a aula é bem planejada. Imagina os pequenos?
Um teste simples: se durante as aulas de música as crianças não estão engajadas e animadas, há algo de errado. Mais do que as materiais tradicionais, para as aulas de musicalização, especialmente dos pequenos, é muito importante estabelecer o ambiente aberto e divertido.
Jogos e o uso da gamificação ajuda bastante nesses momentos. Não precisa ser algo muito complexo, atividades simples (mas bem embasadas) podem ser a diferença entre a aula preferida dos pequenos e uma aula chata, improdutiva.
Claro, o tipo de jogo que você pode executar depende da estrutura da sala de aula, mas isso não é de forma alguma um impedimento.
Por exemplo, você poderia dividir os alunos em grupos e realizar brincadeiras de “adivinhe qual é a música” com cantigas populares infantis. A tática poderia até engajar os alunos, mas por si só, sem qualquer base pedagógica aliada não traria resultados interessantes em educação musical.
Na outra ponta da tabela, com um material bem estruturado de musicalização, você tem tranquilamente jogos de computador e de tablet bem embasados pedagogicamente e divertidos!
3. Integração ao cotidiano
Desenvolver uma escuta atenta, crítica e reflexiva é uma condição determinante para o crescimento musical do aluno. Da mesma forma como focamos no letramento das crianças não apenas na alfabetização, é essencial que o processo de musicalização forme crianças capazes de refletir sobre sons no dia a dia.
Para que isso aconteça, nada melhor do que iniciar esse processo com o reconhecimento do sentido da música na vida do individuo e na coletividade.
Uma boa forma de fazer isso é engajar os temas musicais dentro de histórias com enredos educativos.
Ao invés de tentar ensinar abstrações por métodos “tradicionais”, o ideal é fazer uso de contextos educativos que ensinem o que desejamos de passagem.
Por exemplo, em nosso material de musicalização, o que funciona muito bem são desenhos animados. O Turma do Som possui vários episódios que podem ser mostrados no começo das aulas para dar a base para o ensino de novos tópicos às crianças.
Além de conter os elementos da aula em cada desenho, sempre há temas igualmente importantes como centro do episódio. Reciclagem, a importância da natureza…
A contação de histórias (com ou sem desenho animado) ajuda a engajar as crianças em um nível que elas entendem, enquanto introduzimos os novos conceitos.
Como estão suas aulas de musicalização?
Desde a Lei nº 11.769, o ensino de música passou a ser obrigatório nas escolas. Há várias formas de integrá-lo a carga horária, mas todas elas requerem ao menos estrutura para as aulas.
É essa estrutura que contém o esqueleto pedagógico que vai garantir o desenvolvimento dos alunos e o aprendizado das aulas. É isso que todo bom plano de aula contém e que você deve levar para seus alunos.
Quer testar um livro digital de musicalização para adotar em sua escola?
O Turma do Som foi desenvolvido em parceria com a Cecilia Cavalieri, uma das mais renomadas autoras de livro didáticos de música no Brasil e Doutora em educação musical pela Universidade de Londres.
Você pode acessar clicando aqui para conhecer a versão digital, que inclui jogos, atividades, desenhos animados e tudo mais. O Turma do Som já pode ser adquirido para 2016.
O material para as escolas inclui livro do aluno e do professor, uma rede social para cada turma, suporte pedagógico durante o ano, planos de aula prontos e capacitação dos professores.
E na sua escola, como você leciona musicalização? Conta para gente nos comentários!
Américo é doutor em educação pela Johns Hopkins University. Pesquisador em educação, fundou a Escribo onde trabalha com as escolas para fortalecer o aprendizado das crianças.
Recentemente diversos países têm surpreendido quanto a qualidade dos seus sistemas educativos. A Finlândia, conhecida por possuir um dos melhores sistemas de educação do mundo, balançou o cenário global ao noticiar a abolição das disciplinas do seu sistema de ensino.
Dessa vez a surpresa vem por conta do Vietnã.
Publicado no relatório global divulgado pela OCDE esse ano, o Vietnã foi destaque quanto as notas obtidas em leitura, ciências e matemática. Os índices, superiores aos conquistados por países desenvolvidos como Estados Unidos e Grã-Bretanha, surpreenderam autoridades locais e externas.
O país participou pela primeira vez do PISA – Programa para a Avaliação Internacional de Alunos, em 2012, desde então alcançando notas elevadas nas disciplinas citadas. No ranking de 2015, que avaliou apenas ciências e matemática, o Vietnã obteve o 12º lugar geral. Os Estados Unidos ocuparam o 28º lugar enquanto o Brasil ficou em 60º .
O feito é fruto de um plano de educação de longo prazo implementado pelo país. Em 2010, quase 21% dos seus gastos públicos foram dedicados a educação, proporção superior a qualquer outro país membro da OCDE – grupo que integra os países mais desenvolvidos do mundo.
Além do comprometimento do governo, outros dois fatores tem influenciado as notas elevadas conquistadas pelo Vietnã: um plano de estudos bem elaborado e o investimento massivo nos professores.
Enquanto países da Europa e América do norte costumam implementar sistemas de ensino com uma ampla quantidade de conteúdo, mas em sua maioria abordados superficialmente, o Vietnã tem apostado no domínio das habilidades básicas, aliado ao conhecimento aprofundado nos conceitos centrais das disciplinas.
A estratégia espera que os alunos deixem de apenas memorizar assuntos, mais saibam aplicá-lo e comprendê-lo em diferentes contextos. A didática vietnamita inclui, ainda, um nível de rigor elevado em sala de aula, com perguntas desafiadoras que estimulam o avanço dos alunos.
Para os professores é delegado um alto grau de autonomia, espera-se, por exemplo, que eles invistam por conta própria em seu desenvolvimento profissional. Além disso, no sistema educativo vietnamita, muito mais do que ensinar e passar atividades, os professores realizam funções de apoio ao estudante, preocupando-se com seu bem-estar cotidiano e rendimento.
Os resultados da prova PISA, aplicada a alunos na faixa etária dos 15 anos, são baseados os jovens que vão as escolas e estão dentro do sistema educativo. Infelizmente 37% dos vietnamitas de mais de 15 anos ainda não estão escolarizados, o que traz questionamentos quanto a manutenção da qualidade do ensino com a ampliação da demanda escolar.
É necessário, dessa forma, que o governo do Vietnã adote medidas para absorver aos colégios as crianças desfavorecidas pelo sistema de ensino, sem desequilibrar a gestão educativa atual. Um desafio bastante razoável, mas que dado os resultados alcançados pelo país até então, parece disposto a ser cumprido.
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Como visto, a realidade pobre e o nível de desenvolvimento bem aquém do nosso país não tem sido um impedimento para o Vietnã até agora.
Você acredita que ele conseguirá manter seus níveis educacionais elevados?
O que você acha que podemos aprender com o Vietnã?
Américo é doutor em educação pela Johns Hopkins University. Pesquisador em educação, fundou a Escribo onde trabalha com as escolas para fortalecer o aprendizado das crianças.
Você deseja realizar a implantação de um projeto educacional, mas não sabe bem como seu corpo docente irá reagir?
Bom, uma das maiores dificuldades para implantação de projetos educacionais tecnológicos é convencer de fato os professores quanto aos seu beneficios. Embora a tecnologia garanta (a curto e longo prazo) otimizações as aulas e um melhor aprendizado por parte dos alunos, é bastante comum encontrarmos professores resistentes a esse tipo de projeto específico.
Isso acontece tanto pelas experiências negativas acumuladas ao longo dos anos com projetos similares que não deram certo, quanto pela tendência equivocada de encarar as tecnologias como concorrentes ao papel do professor de disseminador do conhecimento.
Problemas como recursos tecnológicos que não suportam os objetivos pedagógicos requeridos, alunos com maior domínio nas ferramentas empregadas do que os professores e complicações não previstas demandando maior tempo de empenho do corpo docente; são exemplos (rotineiros para projetos mal implementados) que acabaram se tornando sinônimo para qualquer projeto educacional. O que com certeza não é verdade.
Para combater essas impressões, diretores e gestores educacionais devem estar atentos a alguns fatores específicos, tanto no momento de escolha do material a ser empregado, quanto durante sua implementação.
O professor deve entender, primeiramente, que será um facilitador do conteúdo, gerenciando todo processo de aprendizado em classe de aula.
Além disso, o emprego de novas tecnologias deve ser encarado não como um problema, ou algo que irá complicar o dia-a-dia e gerar retrocessos, mas como um potencializador produtivo, capaz de dinamizar conteúdos e promover experiências. Sua implantação, portanto, deve ser cuidadosa.
Mas como minimizar então, essa visão negativa tão disseminada entre o corpo docente? Como engajar professores em projetos educacionais?
A lista a seguir elenca três principais dicas para você gestor e diretor educacional seguir durante a implementação de qualquer projeto, garantindo um maior estímulo a aceitação dessas tecnologias e o sucesso do projeto.
Escolha do projeto: Demonstre Empatia
Entender as necessidades do seu corpo docente e buscar tecnologias que equilibrem e sustentem as diversas realidades do ambiente escolar vivido por eles. Esse é com certeza o ponto de partida para qualquer engajamento.
Você precisa estar atento as principais dificuldades, a propostas de sugestão oferecidas e deixar os professores sentirem que podem opinar durante o processo de identificação das plataformas e/ou tecnologias.
Tão logo eles se sintam integrados ao processo, as primeiras barreiras de resistência ficarão mais frágeis, e eles estarão mais abertos a utilização desses recursos. Além disso, contemple a escolha de um material de digital alinhado às propostas pedagógicas da escola e que envolva possibilidades de interesse ao professor.
Capacitação e Treinamento
Tão importante quanto demonstrar empatia e escolher bem o material digital é a realização de capacitação e treinamentos, fundamentais para aumentar o comprometimento dos professores nos projetos.
Sem eles, as chances de sucesso de qualquer implementação se tornam bastante complicadas, já que os professores não estarão preparados para seu uso pleno e, portanto, não aproveitarão todos os recursos disponíveis.
Além disso, a falta de capacitação adequada pode proporcionar insegurança e receio durante a realização das atividades, desmotivando, por consequência, os docentes. Quem, afinal, deseja trabalhar com um recurso de certa forma desconhecido?
Suporte Disponível
Outro ponto importante para a garantia de engajamento entre os professores é a possibilidade de suporte adequado no caso do surgimento de qualquer dificuldade ou dúvida, mesmo após o período de capacitação e treinamento.
Uma vez que os professores contem com apoio disponível, e consigam sanar dúvidas rapidamente, poderão adquirir mais rápido familiaridade com as ferramentas e estarão dispostos a utiliza-las com frequência cada vez maior.
Como gestor educacional, dessa forma, você deve garantir a escolha de empresas que forneçam não apenas o material digital de qualidade, mas também a contínua assistência.
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Essas foram as dicas de hoje para um maior engajamento pedagógico!
Você tem alguma experiência que gostaria de compartilhar no âmbito?
Não deixe de comentar abaixo!
Américo é doutor em educação pela Johns Hopkins University. Pesquisador em educação, fundou a Escribo onde trabalha com as escolas para fortalecer o aprendizado das crianças.
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