por Americo N. Amorim | fev 23, 2015 | Geral, Gestão escolar
Você conhece a Síndrome de Burnout? O termo foi cunhado nos anos 1970 pelo psicólogo americano Herbert Freudenberger. Ele descrevia o Burnout como consequência do alto nível de estresse e excesso de expectativas sofrido por pessoas em profissões que envolviam assistência à terceiros – como os professores. Nas últimas décadas, a comunidade psicológica vem focando seus estudos para compreender a síndrome de Burnout nos docentes.
Atualmente entende-se a Síndrome de Burnout como uma reação do organismo às pressões sofridas na profissão. Apesar do amor pelo ofício pedagógico, muitos professores sofrem deste mal devido às cobranças (que vêm de todos os lados) e às condições de trabalho precárias, como falta de infraestrutura e salários baixos.
Essas situações estressantes vão evoluindo – primeiro, o profissional se sente sob pressão, depois se sente exausto, vazio, e finalmente esgotado psicologicamente, sem conseguir lidar com o trabalho. O Burnout se manifesta à longo prazo, quando o profissional possui mais demandas do que o possível ou quando é subestimado na empresa, e pode ser notado quando a convivência com os colegas é marcada por conflitos.
É preciso observar os professores: eles estão negligenciando suas necessidades pessoais para se comprometer ao trabalho? Essa pode ser a raíz do problema. Confira abaixo os sintomas da Síndrome de Burnout, de acordo com o psicólogo David Ballard para a revista Forbes:
1. Exaustão
Um sinal claro do Burnout é quando o professor se sente cansado o tempo todo. A exaustão pode ser mental, emocional ou física – como se o profissional não tivesse mais o que oferecer. Pessoas afetadas pela Síndrome de Burnout sentem suas energias drenadas, o que provoca essa exaustão. Além do cansaço e da sensação de sobrecarga decorrentes da falta de energia, sintomas físicos como dor no estômago ou no intestino também costumam se manisfestar.
2. Falta de motivação
Outro sintoma é quando o profissional não se sente entusiasmado para nada, ou não encontra mais motivos para realizar aquele trabalho. A falta de motivação também se manifesta quando o professor já não encontra forças para levantar de manhã, e parece muito difícil até mesmo arrastar-se para a sala de aula diariamente.
3. Frustração, cinismo e emoções negativas
Quando sofre de Burnout, o professor não sente que seu trabalho importa ou vale alguma coisa. É como se tudo em seu ofício fosse uma grande desilusão. Nessas situações eles se sentem pessimistas o tempo inteiro – a sensação de fracasso é constante. Começam a achar qualquer coisa relacionada ao trabalho altamente frustrante e negativa. Ainda que seja comum sentirmos emoções negativas e frustrações na vida profissional de tempo em tempo, é importante perceber quando elas estão deixando de ser ocasionais e virando rotina.
4. Problemas Cognitivos
O estresse crônico causado pelo Burnout interfere nas habilidades do professor em se concentrar e prestar atenção no que está fazendo. Quando estressado, a atenção do indivíduo é direcionada aos elementos negativos que o indivíduo reconhece como ameaça. Até um certo ponto isso pode ser bom para reconhecermos que há algo errado ao redor, mas quando isso se prolonga por extensos períodos, o estresse acaba se tornando crônico, e o foco direcionado apenas para as coisas negativas dificulta a percepção do profissional em ver outras perspectivas, afetando suas habilidades em resolver problemas e tomar decisões, prejudicando até a memória, visto que não há espaço no cérebro já alienado para lembrar de coisas diferentes.
5. Queda no desempenho
Uma maneira efetiva de identificar o Burnout em um educador é comparando o desempenho de seu trabalho atual com o desempenho de trabalhos anteriores. O motivo: a síndrome se estabelece durante um longo período de tempo. Através dessa comparação de períodos, é possível identificar se o profissional está apenas numa má fase ou se ele se encontra num quadro de Síndrome de Burnout.
6. Problemas nas relações interpessoais
Este sintoma costuma aparecer de duas formas possíveis: a) Quando o profissional está enfrentando mais conflitos com outras pessoas (como discussões) do que o normal, ou b) O profissional se retrai, falando cada vez menos com as pessoas ao seu redor, se afundando na própria presença – como se mesmo fisicamente presente, ele não estivesse lá.
7. Ausência de cuidados pessoais
Algumas pessoas adotam hábitos nada saudáveis para tentar lidar com o Burnout, como beber e fumar demais, consumir café exageradamente para ter energia, alto nível de sedentarismo e ingestão de comidas calóricas como fast foods. Em casos mais extremos, o profissional chega à nem comer e não dorme as horas suficientes. Outro problema decorrente da ausência de cuidados pessoas é a auto-medicação, que pode acarretar ainda mais danos para a saúde de quem sofre com a síndrome de Burnout.
8. Preocupações com o trabalho… fora do trabalho
Outro sintoma da Síndrome de Burnout é quando apenas o pensamento de como será difícil o dia seguinte na sala de aula já deixa o professor estressado e sem energia, mesmo que esse pensamento venha quando ele está em casa ou em algum momento pessoal. O cansaço mental é tanto que nem nas horas de descanso, destinadas à se recuperar do estresse diário, o profissional consegue se desligar da ideia negativa que tem de seu trabalho.
9. Satisfação reduzida
A tendência é que o professor afetado pela Síndrome de Burnout sinta-se cada vez mais infeliz e insatisfeito com sua carreira, levando essa insatisfação para sua vida pessoal dentro de casa. Ele pode sentir a clássica sensação de “peixe fora d’água”, desmotivado demais para participar de qualquer discussão ou conversa à respeito do que acontece em sua casa, sua região, suas atividades sociais.
10. Problemas de saúde
Além da ausência de hábitos saudáveis, outro sintoma da Síndrome de Burnout é, após um longo período de tempo, desenvolver problemas sérios de saúde em decorrência do estresse crônico, como complicações intestinais e digestivas, doenças no coração, depressão e obesidade.
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Se você reconhece mais de três sintomas acima nos professores de sua escola ou em si mesmo, o Dr. Ballard recomenda que o indivíduo atingido pela síndrome leve o relaxamento mais a sério, seja com a meditação ou através de atividades como escutar música, ler um livro ou caminhar, e realmente reservar um tempo do seu dia para isso. O importante é ter tempo para fazer o que gosta.
Outra dica de como enfrentar o Burnout é cultivando hábitos e paixões fora do âmbito profissional, como ginástica, trabalho voluntário ou culinária. Além de desafiadora, tal atitude vai instigar a pessoa a se conhecer mais, descobrindo novos prazeres que lhe relaxem, permitindo que ele finalmente se desligue das questões relacionadas ao trabalho.
Dicas mais simples como preservar suas horas de sono e dormir o suficiente, se organizar, manter-se atento aos assuntos que lhe dizem respeito e focar mais em si do que nos outros também são válidas de pôr em prática. Caso o docente continue sofrendo ou não apresente melhora (nem vontade de melhorar), é o caso de se buscar ajuda profissional com psicólogos.
Você já teve alguma experiência com a Síndrome de Burnout para compartilhar conosco?
Américo é doutor em educação pela Johns Hopkins University. Pesquisador em educação, fundou a Escribo onde trabalha com as escolas para fortalecer o aprendizado das crianças.
por Americo N. Amorim | fev 20, 2015 | Geral, Gestão escolar, Marketing Escolar
1. Defina metas
Antes de lançar sua escola nas redes sociais, é essencial que você defina, primeiro, metas. É igualmente importante que essas metas possam ser medidas, como por exemplo um número x de seguidores ideal para capturar em um mês. Scheneider recomenda que além de contar seguidores é interessante medir o engajamento – quantidade de likes, retweets e fãs. É possível medir o engajamento no Google Analytics e nas configurações das próprias redes sociais. Depois você pode transferir os números para uma tabela, usando o Excel ou o Google Drive.
2. Implementar o plano de metas
Uma vez determinadas, as metas devem ser batidas. Comece aos poucos e mantenha-se fiel aos números. Parece simples, mas essa atitude pode falhar com facilidade devido às outras demandas e distrações da vida.
3. Testar as metas
Esse é um dos passos mais importantes em todo o processo e provavelmente o mais negligenciado. Quando você inicia uma estratégia ou campanha nas mídias sociais, também terá que experimentar vários métodos a fim de determinar o melhor para atingir as metas do passo 1. Testar significa alternar as horas que você vem postando, decidindo qual assunto consegue mais engajamento no Facebook, ou mudando o título/chamada do conteúdo. É sobre entender que você deve sempre estar pensando em no mínimo dois caminhos para atingir os objetivos e metas, e testar lhe ajudará a determinar o melhor caminho para atingi-los.
4. Quantificar
O passo final desta lista é medir a importância dos itens que você determinou no passo 1, fazendo um intervalo entre eles. Fazendo isso, você pode determinar possíveis mudanças nas metas, procurar novas tendências e assuntos para suas postagens e refletir sobre como os objetivos estão sendo atingidos. Esse intervalo também dá a oportunidade de você ouvir o feedback do público, o que favorece os testes do passo 3.
Finalmente, Brendan afirma que há muitos manuais de social mídia pela web, escritos por especialistas. Uma vasta gama de informações de qualidade pode ser acessada em blogs voltados para o tema. Aqui no Brasil, por exemplo, temos o Viver de Blog, o Digaí e muitos outros. Assim, você pode aprender cada vez mais e aprimorar suas campanhas.
Como anda o desempenho das redes sociais de sua escola?
Américo é doutor em educação pela Johns Hopkins University. Pesquisador em educação, fundou a Escribo onde trabalha com as escolas para fortalecer o aprendizado das crianças.
por Americo N. Amorim | fev 19, 2015 | Geral
Network é uma rede colaborativa entre pessoas que possam se ajudar – pais que procuram outros pais mais experientes para pedir conselhos, pessoas que viajam muito trocando experiências sobre países e hotéis, morador que mudou de cidade e busca ajuda com vizinhos para conhecer melhor o local. Hoje em dia, temos a internet como a principal facilitadora do network entre empresas e pessoas – mas, como seres sociais e sociáveis, encontros ao vivo entre os humanos são muito mais elucidativos e fluem com mais facilidade para alguns. Mas, quando o assunto é network, o importante é saber que pessoas costumam gostar de conhecer outras quando compartilham os mesmos interesses.
As escolas podem ser o centro dessas redes – seja ao juntar pais e torná-los amigos ou fomentar debates acadêmicos entre professores, a escola pode ser o espaço para o network crescer e aparecer, além de encorajar e facilitar o acesso dos membros da comunidade local para participar de clubes e eventos. Como? O especialista em marketing para escolas Simon Hepburn sugere algumas dicas infalíveis:
1. Demonstre interesse na sua comunidade
Pergunte aos pais, alunos e professores o que eles gostam de fazer fora da escola. Quais os seus interesses? O que eles gostariam de aprender? Dessa forma, é possível organizar um evento para agregar pessoas, com temas como esportes ou música, além da possibilidade de criar clubes – como um clube do livro para os leitores mais ávidos trocarem experiências, por exemplo.
2. Torne sua escola um ponto de informações sobre grupos e negócios locais
Uma ação simples que pode agregar diversos grupos de pessoas é fazer da escola uma estação de informações da comunidade. Use a recepção da instituição de ensino para ajudar os grupos da área, permitindo que sejam levados para dentro da escola panfletos e pôsteres de divulgação dos grupos de interesses e negócios locais. Essa atitude também pode aparecer online, numa área do site reservada para a divulgação desse tipo de informação.
3. Conecte os pais
Muitas escolas costumam fazer reuniões de pais, onde eles podem se encontrar para dividir as experiências dos seus filhos na escola e discutir problemas. Esse tipo de reunião pode ser uma oportunidade para pais se conhecerem e trocarem experiências extra-familiares, como no campo dos esportes, das artes e até mesmo profissionais, criando contatos para a vida.
4.Ofereça a estrutura da escola para ajudar grupos já formados
As salas de aula vazias durante à noite e nos finais de semana podem servir de ponto de encontro para grupos e eventos locais e até mesmo exposições, assim como a quadra de esportes pode ser usada para campeonatos esportivos da região.
5. Troca de suporte
A medida que a escola ajudar grupos existentes ou ajudar à formar novos grupos de network, ela pode contar com a contribuição desses para divulgar mensagens positivas sobre sua escola e conquistar futuros pais de alunos para conhecer a instituição.
Como você utiliza sua escola para criar network entre as pessoas da rede escolar?
Américo é doutor em educação pela Johns Hopkins University. Pesquisador em educação, fundou a Escribo onde trabalha com as escolas para fortalecer o aprendizado das crianças.
por Americo N. Amorim | fev 13, 2015 | Geral
Na era digital, todos sabemos que é de bom senso ter a destreza no teclado e a alfabetização digital já é prioridade na maioria das escolas. Mas, por mais avançada que seja a tecnologia, desenvolver habilidades de digitação na primeira infância não substitui a alfabetização escrita.
É o que diz a neurocientista cognitiva Karin James, que realizou uma pesquisa com crianças que ainda não sabiam escrever, mas sabiam identificar letras. Cada uma ficava responsável por reproduzir letras de alguma forma, umas no computador, usando o teclado, e outras escrevendo num papel. Após a pesquisa, elas passaram por uma análise de ressonância magnética para mapear as áreas do cérebro em atividade.
O resultado mostrou que as crianças que escreviam no papel ativavam mais áreas do cérebro, desenvolvendo padrões cerebrais parecidos com o de crianças já alfabetizadas. Isso ocorre porque o exercício da repetição das letras, o olhar e reproduzir, demanda muito mais esforço da mente das crianças, o que torna-as mais engajadas à aprender. Apenas apertar os botões do teclado pode prejudicar esse desenvolvimento cerebral.
Além disso, o exercício de reproduzir a letra no papel faz com que a fluidez das ideias seja atenuada, ajudando a criança a pensar, o que foi provado em outro estudo da Dra. James: dessa vez, ela colocou um grupo de crianças para de fato escrever letras enquanto outro grupo apenas as observava.
Depois da ressonância, ela percebeu que apenas o grupo que praticou a escrita desenvolveu atividade cerebral, pois o real esforço em colocar “a mão na massa” fazia as áreas motoras do cérebro se engajarem, liberando os benefícios do aprendizado da escrita à mão.
A qualidade da leitura também é estimulada quando a criança escreve à mão. De acordo com os dados da primeira ressonância, escrever prepara um sistema no cérebro, que permite facilitar a leitura a partir do processo da própria escrita. E tem mais: trabalhar as habilidades motoras sofisticadas é benéfico para outras áreas do desenvolvimento cognitivo, pois as crianças estimulam mais a memória e fazem ativações neurais produtivas, o que gera boas ideias, por exemplo, na hora de escrever uma história ou redação.
Em suma, nada parece substituir a alfabetização da escrita à mão até o dado momento. Muito do desenvolvimento cerebral da criança é perdido quando as atividades relacionadas à escrita cursiva são negligenciadas.
Uma possibilidade para as escolas mais modernas é atrelar tablets que simulem o aprendizado escrito do papel de forma paralela no ensino da criança, agregando as qualidades da tecnologia à necessidade cerebral da escrita cursiva. Outra dica da pesquisadora é não apressar o uso dos computadores antes das crianças estarem completamente alfabetizadas.
Pesquisas como essa colocam em cheque decisões como a da Finlândia, que a partir de 2016 não estará mais ensinando caligrafia para os seus alunos.
Você concorda com a pesquisa?
Américo é doutor em educação pela Johns Hopkins University. Pesquisador em educação, fundou a Escribo onde trabalha com as escolas para fortalecer o aprendizado das crianças.
por Americo N. Amorim | fev 12, 2015 | BYOD, Geral, Gestão escolar, Tablets na escola
Um ecossistema é, por definição, formado pela interação de organismos vivos em comunidades. Quando visitamos uma sala de aula na era digital, é possível traçar um paralelo com a ideia de ecossistema, pois vemos alunos usando ativamente diversas ferramentas de tecnologia com o objetivo de adquirir mais informações. Nesse ecossistema, vemos estudantes e professores como os organismos vivos que interagem entre si e com o ambiente da sala de aula de forma orgânica, visando construir um aprendizado baseado em experiências.
Quais são os componentes desse ecossistema de aprendizado na era digital? Quais são as instalações necessárias para formar um ambiente de aprendizado sustentável, que perdura através do tempo e das adversidades? O doutor em tecnologia educacional Tim Clark listou algumas das medidas essenciais em um ecossistema de aprendizado sustentável na era digital, a fim de estimular professores e diretores à otimizarem seus espaços pedagógicos:
1. Senso de comunidade
Professores nutrem intencionalmente um senso de comunidade nos ecossistemas de aprendizagem na era digital. Essa nova geração de educadores conhece os interesses, pontos fortes e desafios de seus estudantes, e está ansiosa para aprender junto com eles. Em vez de se colocarem como os experts e guardiões de todo o conhecimento, os professores do ecossistema de aprendizado na era digital possuem uma metodologia horizontal, que lhes oferece a oportunidade de aprender e desenvolver habilidades ao explorar com seus alunos os conteúdos digitais. Nesse ecossistema, uma das tarefas do professor é arraigar a cidadanida digital às salas de aula, pois muitos estudantes trazem de casa, já desenvolvidas, suas próprias normas e formas práticas de coexistir com a tecnologia, que nem sempre são ideais – logo, os professores precisam encorajar e estimular o uso saudável da tecnologia e destacar quais devem ser as principais fontes de pesquisa, agindo como mediadores neste mundo de conteúdos sem fim.
2. Perguntar é essencial
Professores devem desenvolver aulas e unidades de estudo com uma postura essencialmente aberta para receber perguntas. Na era digital, essa estratégia é necessária no ecossistema de aprendizagem pois provoca um interesse mais profundo dos alunos pelos conteúdos, maior reflexão das ideias expostas em aula, e principalmente encoraja os alunos à desenvolverem, sozinhos, soluções para futuros problemas. A medida que as aulas são moldadas buscando a interação dos alunos através de perguntas, mais é promovida e estimulada a cultura da inovação e da pesquisa empírica na sala de aula.
3. Conteúdo digital instigante e cativante
Não basta o conteúdo ser digital, ele precisa ter qualidade. Senão será apenas mais um livro dentro de um tablet, o que ajuda a diminuir o peso nas mochilas, mas em nada inova ou instiga. Estudantes do ecossistema de aprendizado digital precisam acessar conteúdos ricos em recursos multimídia, como jogos interativos e animações. Professores podem modelar suas estrategias conduzindo, por exemplo, pesquisas inteligentes para encontrar aquela informação necessária na questão. Tal informação pode ser revisada e autenticada por eles mesmos, estimulando desde cedo pesquisas bem feitas, nos portais ideais, de forma que futuramente eles já estejam aptos à lidar com a vasta infinidade de literatura digital disponível na web. O conteúdo digital de qualidade também permite que o conhecimento seja upado e compartilhado com outras salas de aula, promovendo novas atividades e experiências pedagógicas.
4. Avaliar para Aprender
Uma vez que o conteúdo digital é algo novo, o modo de avaliação não pode ser velho. O professor deve direcionar sua avaliação para práticas que estimulem o surgimento de ideias e habilidades inéditas para resolução daqueles problemas, utilizando discussões participativas, conteúdos produzidos pelos próprios alunos a partir daquela tecnologia educacional e apresentações multimídia, garantindo sucesso nas avaliações.
5. Múltiplas ferramentas tecnológicas
Sejam os tablets e celulares que os próprios estudantes trazem de casa ou os computadores e plataformas oferecidos pela escola, cada tecnologia desenvolverá novos propósitos para o ecossistema de aprendizagem na era digital. Cada uma será o meio de construir conexões entre professores, estudantes e conteúdos. Quanto mais opções de ferramentas, mais opções de tarefas para realizar com elas surgirão. Nesse contexto, haverão situações em que um smartphone ou um tablet serão a mais apropriada plataforma, seja para tirar uma foto, responder uma questão ou acessar conteúdo, mas em outros momentos o uso de um laptop ou computadores desktop deve ser mais indicado. O importante é que não faltem opções: quadros interativos multimídia, equipamento de vídeo, aulas com material em 3D. Aprender quando e como usar a ferramenta certa para determinada atividade é essencial para favorecer o ecossistema de aprendizado na era digital.
6. Design que contemple a diferença e a acessibilidade
Os professores da nova geração precisam atentar para um fato ignorado por muitos anos na educação: cada estudante é único. Logo, no ecossistema de aprendizado na era digital não há nenhum modelo “certo” e excepcional que contemple todos os alunos no processo pedagógico. Cada aluno tem diferentes pontos fortes e desafios, então suas experiências de aprendizagem devem ser adaptadas com base em suas diferenças pessoais. Personalizar o aprendizado deve incluir suportes para estudantes com dificuldades acadêmicas como TDAH ou deficiências físicas, favorecendo a inclusão. Ferramentas de acessibilidade bem pensadas também são capazes de engajar todos os alunos, por reduzir fatores que poderiam diminuir ou limitar o sucesso, impedindo que a participação seja igualitária.
7. Ambiente divertido e boa infraestrutura para aprender mais
A sala de aula ideal contempla o ambiente digital mas inclui, igualmente, uma variedade de espaços e ferramentas à disposição da necessidade que cada atividade gera. Uma área com uma cesta de livros e alguns pufes coloridos, espaços para discussão e trabalho colaborativo, mobília vibrante e de fácil mobilidade (para ser facilmente arranjada de outra forma) são algumas ideias de como tornar o ambiente acolhedor e funcional, possibilitando múltiplas situações de aprendizado.
Apesar de descritos separadamente, Tim afirma que cada componente do ecossistema de aprendizado na era digital são partes integradas, que com o suporte ideal criam vida à medida que professor e alunos desenvolvem um senso de propriedade e orgulho pelo sistema sustentado por eles mesmos, e orgulho pelo sucesso alcançado.
O que você achou desses componentes? É possível transformar sua sala de aula em um ecossistema de aprendizado na era digital também?
Américo é doutor em educação pela Johns Hopkins University. Pesquisador em educação, fundou a Escribo onde trabalha com as escolas para fortalecer o aprendizado das crianças.
por Americo N. Amorim | fev 11, 2015 | Geral
O especialista em marketing digital Brendan Schneider desenvolveu uma estratégia muito interessante para o uso do Instagram na escola onde trabalha este ano letivo. A conta da escola existia há mais de 2 anos, mas apenas nos últimos cinco meses eles conseguiram dobrar o número de seguidores! Tudo começou quando eles resolveram criar uma forma inteligente de administrar a conta de forma séria.
Pouco depois, era visível o engajamento das marcas locais e alunos para seguirem e curtirem as fotos da conta. Segundo Brendan, quando o assunto é mídias sociais, o importante não é apenas aumentar o número de seguidores, mas construir um público engajado, uma audiência disposta e interessada em ouvir – ou ver, no caso do Instagram -, a história da escola.
Aqui estão os 4 segredos de Brendan:
1. Seja inteligente ao escolher quem seguir
O segredo da primeira dica está na resposta da seguinte pergunta: “Quem devo seguir?” Para respondê-la, basta pensar em quais são os objetivos que lhe levaram a criar aquela conta. Um deles, para Schneider, foi aumentar a visibilidade de sua escola na cidade e estado onde ela se localiza. Assim, as pessoas que eles começaram a seguir foram donos de negócios localizados nas redondezas da cidade e principalmente as contas desses negócios regionais, como livrarias, bibliotecas, personalidades do jornal local (o âncora, por exemplo), centros esportivos, museus, pontos de doação de sangue, papelarias, entre outros. Depois de seguir, comente nas fotos a fim de apresentar a escola melhor às pessoas.
2. Conte com a ajuda dos alunos
A escola de Schneider realiza a “Terça Feira do Instagram”, onde alunos podem se voluntariar para passar o dia fotografando bons momentos da sua rotina no espaço da escola e no final do dia postar as melhores e deslogar da conta. Se não há tempo para esse tipo de atividade na sua escola, siga o próximo segredo.
3. Use o Regram para republicar fotos de outros usuários
O Regram é um aplicativo grátias que permite você repostar fotos de outros usuários. Como isso pode ajudar você a engajar seguidores? Peça para que seus alunos postem fotos da escola em sua própria conta usando uma hashtag sobre a escola. Ao clicar na hashtag, escolha uma delas e republique no perfil da escola! Eles vão gostar de ter suas fotos selecionadas pela instituição. Outra forma de usar o Regram é republicando fotos da conta de negócios parceiros, para aumentar a visibilidade.
4. Programe posts regulares com o ScheduGram.
Um dos problemas do Instagram é que você não pode programar posts, como no Facebook e nos blogs. Isso força o usuário à passar muito tempo no app, o que pode não ajudar na rotina, atrapalhando o fluxo de trabalho. Uma solução é o app ScheduGram, que apesar de pago, contribui para poupar tempo e aumentar a produtividade. ScheduGram permite que você poste e programe fotos para serem publicadas no Instagram a hora que quiser. É possível incluir a imagem, a legenda e até mesmo algum comentário. Postando regularmente, a escola de Schneider aumentou o engajamento e seguidores, pois era possível escolher e determinar a hora ideal (quando a maioria dos seguidores está online) para postar, tornando a visibilidade maior.
EXTRA: No quarto segredo descobrimos que existe uma hora mais adequada para postar as fotos, aumentando a visibilidade da conta. Como Schneider descobriu isso? Qual é a hora em que os meus seguidores mais ficam online? Com o app grátis para a web Iconosquare, é possível determinar o momento certo para postar. Ele lhe indica a hora em que os seguidores estão ativos e também dá sugestões sobre filtros e hashtags de mais impacto.
Se você ainda não tem uma conta no Instagram para a sua escola, entenda por que ela é importante aqui.
Se você já tem uma, mostre pra gente e conte pra gente sua experiência!
Américo é doutor em educação pela Johns Hopkins University. Pesquisador em educação, fundou a Escribo onde trabalha com as escolas para fortalecer o aprendizado das crianças.
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