por Americo N. Amorim | jan 19, 2015 | Gestão escolar
Você já conhece o adaptive learning? Numa tradução literal, o termo pode ser lido em português como “aprendizagem adaptada” e parte do princípio de que se os alunos não são iguais, a educação também não precisa ser.
No adaptive learning, o conteúdo é adaptado para o nível em que o estudante se encontra em determinado conteúdo, através de um software especializado, proporcionando atividades diferentes para cada aluno. É uma forma de personalizar o ensino, respeitando o tempo de absorção de cada um.
Em suma, ele abrange o amplo conjunto de tecnologias capazes de propor ensino personalizado na área da educação. O estudante é imerso num ambiente virtual onde cada decisão sua é capturada e contextualizada num banco de dados e segue direcionado para um processo de aprendizado diferente.
Os programas adaptam o conhecimento a partir de testes de nivelamento ao fim de cada unidade escolar. Dependendo do resultado do quiz, o programa pode movê-lo para um nível mais difícil ou reconstruir o aprendizado do início (disponibilizando um reforço no conteúdo), a depender do seu desempenho na coleta de dados disponível naquele sistema.
O interessante é que os softwares criam desafios internos. Por exemplo, caso um aluno responda corretamente uma pergunta sobre a República Café com Leite no teste de história, o programa espera um intervalo de tempo para fazer outra pergunta sobre este mesmo assunto, pondo em prova se ele realmente dominou o conteúdo ou acertou “no chute”. Além disso, quando há uma resposta incorreta, o programa oferece materiais suplementares para ele revisar o conteúdo que não aprendeu.
Essa tecnologia prospera a partir do momento em que lida com uma das maiores dificuldades pedagógicas entre estudantes, que é adquirir conhecimento significativo em todas as áreas. Muitos alunos conseguem uma aprendizagem efetiva em determinadas áreas, mas, paralelamente, acabam indo mal em outras – e o adaptive learning visa driblar essa dualidade.
Ele também ajuda os professores (que possuem pouco tempo e muita demanda, além de muitos alunos) à darem uma atenção especial aos pontos fracos de cada aluno – uma vontade de muitos educadores, o que contribui para um impacto pedagógico mais tangível.
Mas é necessário compreender que, apesar das vantagens, os softwares devem ser criados e adquiridos com muita atenção. Eles precisam ser desenvolvidos por profissionais sérios, a fim de garantir resultados de confiança e dados precisos, uma vez que por trás de toda grande tecnologia existe o esforço de especialistas competentes.
A presença do professor em todos os aspectos da educação também é indispensável, visto que sem conteúdos didáticos e auxílios pedagógicos de qualidade não é possível, para o software, nivelar o que foi apreendido pelo aluno.
O que você achou deste novo conceito em educação?
Américo é doutor em educação pela Johns Hopkins University. Pesquisador em educação, fundou a Escribo onde trabalha com as escolas para fortalecer o aprendizado das crianças.
por Americo N. Amorim | jan 16, 2015 | Facebook na escola, Gestão escolar, Marketing Escolar
Os pais e mães da nova geração estão sempre ligados nas redes sociais, e as usam muitas vezes para trocar experiências, dicas e informações sobre maternidade e paternidade. Um dos aplicativos mais usados para essas trocas é o Instagram. Além disso, muitas mães passam pela experiência da maternidade longe das suas famílias e usam a rede social para trocar figurinhas e se aproximar de outras, usando hashtags como #momblogger e #maternidade.
Podemos conferir um exemplo dessa rede de contatos entre mães abaixo, quando uma delas recomenda, via Instagram, para as outras mães seguidoras uma opção de hotel para as férias que possui muitas vantagens para famílias com crianças:

Imagem: Reprodução
Mas onde sua escola entra nisso? Ora, uma das mais eficientes estratégias de marketing é ir onde seus clientes estão. Como já foi dito, a nova geração vai atrás de opções para seus filhos através de pesquisas via web. No ano letivo que se inicia em breve, vários pais entre 20-30 anos estarão colocando seus primeiros filhos na escola. A questão é que as pessoas que tem entre 20 e 30 anos em 2015 nasceram entre os anos de 1985 e 1995 – ou seja, já nasceram inclusas na era digital e possuem habilidades natas com aplicativos, celulares e websites. Logo, uma escola com uma boa identidade visual online e perfis ativos nas redes sociais se destaca nessas pesquisas e não demora para cair no gosto das famílias.
Com um bom perfil no Instagram, os pais de seus futuros alunos poderão ver os eventos que acontecem em tempo real, os projetos educacionais, as feiras de conhecimento, o perfil dos professores e o ambiente da escola. Muitos desses pais preferem poupar tempo pesquisando sobre a instituição antes de visitá-las, para saber se realmente vale a pena conferir.
Outra boa opção de material amostral no Instagram é montar uma campanha visual de divulgação nos períodos de matrícula, com slogans convidativos e uma boa propaganda da escola para a captação de novos alunos, divulgando datas das provas de admissão, agendamento de visitas, prazos de matrículas, etc.
O marketing visual é uma das mais fortes maneiras de impressionar o público alvo, pois muitas vezes imagens dizem mais do que palavras. Uma dica importante é não esquecer das hashtags, como #educação, #escola, #tecnologia, pois elas também servem como mecanismo de busca – mas sem exageros, para não poluir o espaço e tirar o foco das imagens, que devem ser a principal atração no Instagram.
Depois de criada e alimentada, a conta deve ser divulgada nas outras redes sociais da instituição, como Twitter, Facebook e LinkedIn (que também são acessadas pelo público alvo), e em todos os materiais de propaganda da escola – folders, portfólios, outdoors, panfletos, etc.
E você, já está pronto para se destacar entre as outras escolas durante as pesquisas dos pais? Se a sua escola já possui conta no Instagram, mostra pra gente nos comentários!
Américo é doutor em educação pela Johns Hopkins University. Pesquisador em educação, fundou a Escribo onde trabalha com as escolas para fortalecer o aprendizado das crianças.
por Americo N. Amorim | jan 15, 2015 | Gestão escolar, Marketing Escolar, Tablets na escola
Como visto nesse post, a Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) criou um guia de utilização e recomendações de políticas de uso para tecnologias móveis – tablets e celulares – nas salas de aula. No post mencionado, postamos os 13 bons motivos listados pela organização para adotar a tecnologia móvel no processo pedagógico. Hoje, você pode conferir abaixo as 10 recomendações da Unesco para um bom uso de tecnologia móvel em sala de aula:
- Criar e sempre atualizar políticas de uso ligadas ao aprendizado móvel
- Desenvolver estratégias para expandir e melhorar opções de conexão, garantindo equidade
- Conscientizar a comunidade escolar sobre a importância das tecnologias móveis na educação, com liderança, apoio e diálogo
- Permitir acesso igualitário entre estudantes
- Garantir equidade de gênero para todos os usuários e usuárias
- Criar e otimizar conteúdo educacional
- Treinar professores para avançar nos conteúdos através das tecnologias móveis
- Capacitar os professores usando as tecnologias móveis e disponibilizando suporte técnico
- Promover o uso seguro, sadio e responsável das tecnologias usadas
- Usar a tecnologia móvel para melhorar a comunicação e a gestão escolar
O guia finaliza com mais uma dica: A visão negativa de algumas pessoas acerca da tecnologia móvel está arraigada ao fato de que a maioria delas vê os dispositivos móveis como portais para o entretenimento, e não para a educação.
O papel do gestor escolar está em criar políticas que desconstruam essa imagem, educando-os sobre os benefícios da educação móvel.
Destacando como a tecnologia pode sofisticar as aulas, melhorar o aprendizado e a administração; compartilhando pesquisas e novas descobertas de programas e plataformas educacionais; encorajando o diálogo a respeito da educação somada à tecnologia entre a comunidade escolar (professores, coordenadores, estudantes, pais) e promovendo uma visão coerente de como a tecnologia pode acrescentar no aprendizado dentro e fora da sala de aula.
O manual na íntegra está disponível, em inglês, neste link.
Américo é doutor em educação pela Johns Hopkins University. Pesquisador em educação, fundou a Escribo onde trabalha com as escolas para fortalecer o aprendizado das crianças.
por Americo N. Amorim | jan 14, 2015 | Facebook na escola, Gestão escolar, Tablets na escola
Cada vez mais a sociedade vem compreendendo a tecnologia como aliada da educação e do aprendizado. Ainda assim, algumas escolas ainda resistem à utilização de plataformas tecnológicas por simplesmente não saberem como inseri-las na sala de aula.
Visando orientar esse educadores a garantir resultados positivos com a tecnologia no meio pedagógico, a Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) formulou um guia online, de acesso gratuito, com 13 convincentes motivos para adotar a tecnologia móvel como linha auxiliar na sala de aula. O guia conta, ainda, com 10 dicas e recomendações de políticas de uso para a inserção dos dispositivos móveis (como celulares e tablets) na sala de aula.
Durante o guia, a Unesco diz acreditar que os celulares podem expandir e enriquecer as oportunidades de aprendizado em diferentes cenários, visto que várias experiências evidenciam que, assim como tablets, celulares estão favorecendo as habilidades cognitivas de educadores e alunos ao redor do mundo.
A Unesco consultou experts em políticas de uso em mais de vinte países, e afirma que o guia pode ser usado e adaptado para as mais variadas instituições de ensino, como escolas, universidades públicas e privadas e cursos técnicos, além de colônias de férias pedagógicas. Além disso, a organização ratifica a importância de refletir sobre como adaptar as políticas de uso do guia para a realidade e o contexto de cada local.
Há uma introdução interessante sobre o que seria a aprendizagem móvel, que segundo o guia “envolve o uso da tecnologia combinada com a comunicação para se aprender em qualquer lugar, a qualquer hora”.
Como a tecnologia móvel está sempre evoluindo, o incentivo ao treinamento dos professores sobre tecnologia móvel também é frisado no guia, assim como a necessidade de criação de conteúdo educacional adequado para cada fase escolar e projetos que promovam uso seguro e responsável das tecnologias.
Por fim, a Unesco acredita que não usar (ou subutilizar) tecnologias móveis na escola é desperdiçar potenciais oportunidades de enriquecimento educacional. Abaixo é possível conferir os 13 motivos presentes no guia Unesco de Políticas de Uso para Aprendizagem Móvel. Nesse post aqui, o blog da Escribo trás as 10 dicas do guia para aperfeiçoar o uso pedagógico das tecnologias móveis. Você também pode acessar o documento na íntegra, em inglês, através deste link.
Os 13 bons motivos para usar tecnologia móvel na educação, segundo a Unesco
- A tecnologia móvel favorece maior abrangência e igualdade na educação
- Reaproxima da educação crianças que sofreram traumas em áreas de conflito ou desastres naturais
- Auxilia alunos com deficiência, promovendo a inclusão social na sala de aula
- Otimiza o tempo das aulas, o que aumenta o rendimento e a produtividade ao abranger mais conteúdo
- Possibilita a mobilidade do aprendizado, uma vez que é possível acessar o conteúdo em qualquer hora e lugar
- Constrói uma ponte de comunicação entre comunidades de ensino, onde é possível trocar dicas e experiências entre alunos e educadores mundo afora
- Serve como suporte para embasar as aulas “in loco”
- Liga a educação tradicional à educação moderna
- Aprimora a comunicação interna na instituição, melhorando a vida dos gestores e administradores
- Maximiza o custo-benefício do material educacional
- Contribui para uma educação contínua, deixando o conteúdo sempre fresco na memória do aluno, visto que é possível acessar o que foi aprendido além das salas de aula
- Favorece a personalização dos conteúdos aprendidos
- Possibilita feedbacks e avaliações imediatas
Américo é doutor em educação pela Johns Hopkins University. Pesquisador em educação, fundou a Escribo onde trabalha com as escolas para fortalecer o aprendizado das crianças.
por Americo N. Amorim | jan 13, 2015 | Gestão escolar, Marketing Escolar
Apesar de compartilharem objetivos em comum, como formar cidadãos dotados de múltiplos conhecimentos, as escolas públicas e privadas competem entre si no desempenho nos vestibulares e na tarefa de conquistar pais e alunos para se juntarem à instituição.
A variedade de escolas no mercado estimula ainda mais essa concorrência, criando uma necessidade de fortalecer o marketing das instituições afim de emplacar a marca como referência em educação – o que pode ser um desafio para muitos diretores e educadores.
Antes de mais nada a instituição deve celebrar suas particularidades, ou seja, o que ela tem de diferente das outras escolas à oferecer. Isso permite que o marketing nasça a partir dos próprios pontos fortes da instituição e ao mesmo tempo ajuda a identificar os pontos fracos, afim de melhorá-los.
Nesse contexto, o professor Simon Hepburn desenvolveu uma lista de cinco dicas para ajudar os diretores à destacar suas escolas entre a concorrência:
1. Identificar seus concorrentes:
Liste aproximadamente dez escolas que você reconhece como alternativas consideráveis para muitos pais e responsáveis. Se não há muita certeza de quais são essas instituições, não hesite em conversar sobre isso com pais conhecidos. Lembre-se que os competidores porem variar de acordo com os estágios escolares (por exemplo, a concorrência do ensino médio talvez não seja a mesma do ensino fundamental).
2. Montar uma pesquisa:
Crie uma tabela e, contra cada escola listada acima, coloque três títulos – Pontos fortes da escola, Razões para escolherem minha escola à essa e Possíveis Pensamentos de Marketing. Contraste esses pontos com os de sua escola.
3. Analisar pontos fortes:
Pesquise os sites e materiais de marketing e social media das escolas concorrentes. Entenda e tome nota o que eles projetam como seus pontos fortes – desempenho escolar, localização, apoio da comunidade local, etc.
4. Criar uma resposta:
Em outra coluna da tabela, escreva os pontos negativos que você identificou em cada escola. Pense no que você usaria num discurso para dissuadir pais e responsáveis de procurar aquela instituição.
5. Aprender com os concorrentes:
Na coluna final, escreva qualquer estratégia que tenha lhe impressionado à respeito da forma que essas escolas enaltecem suas qualidades.
Depois dessa análise, é possível fazer um balanço entre a sua estratégia de marketing com a da concorrência e entender melhor a forma com que sua escola está sendo “vendida” e vista. Assim, a mensagem que você quer passar para os pais pode ser adaptada para melhor e atingir uma maior abrangência.
Américo é doutor em educação pela Johns Hopkins University. Pesquisador em educação, fundou a Escribo onde trabalha com as escolas para fortalecer o aprendizado das crianças.
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