por Americo N. Amorim | abr 7, 2015 | Inovação no Ensino
Como um professor atinge seu objetivo com os alunos?
Esse foi o questionamento feito no post de ontem, onde apresentamos a primeira parte de uma inspiradora lista da psicóloga Julie DeNeen com 10 das 20 atitudes de um professor de sucesso que podemos copiar para o nosso dia a dia.
Hoje, vamos continuar a lista com mais 10 hábitos importantes para um bom professor!
Hábitos de um professor bem sucedido – Parte II
11. Refletem sobre os seus métodos
Para atingir o sucesso, o ensino precisa ser dado de forma dinâmica e compreensível para os alunos, de forma que eles se conectem com o conteúdo.
Assim, professores de sucesso refletem sobre a forma de ensinar para fugir da mesmice – se o método de antes não funciona agora, por que não parar um pouco e pensar em formas de adaptá-lo, ou até mesmo mudá-lo?
Refletir é necessário para descobrir fraquezas que podem se fortalecer com um pouco de entendimento e deliberação.
12. Consultam profissionais mais experientes
É sempre bom ouvir uma segunda opinião em momentos de dúvida ou decisão – e professores de sucesso buscam, humildemente, apoio em outros colegas mais experientes ou que já passaram por aquela situação.
Nunca somos tão sábios a ponto de não precisar ouvir outras pessoas e uma perspectiva diferente nos ajuda a expandir horizontes e repensar ideias.
13. Se comunicam com os pais
A relação entre pais e professores deve ser colaborativa, uma vez que ambos estão ali pelo mesmo objetivo: o sucesso do aluno. Por isso se comunicar com os professores é absolutamente crucial.
Uma relação aberta e respeitosa garante bons resultados. É importante deixá-los a vontade para vir até você e deixar claro que eles têm com quem contar na escola. Unidos, professores e pais conseguem diminuir as dificuldades da vida escolar.
14. Procuram novas tecnologias para a sala de aula
Com o avanço da tecnologia, existem inúmeras opções de fontes e ferramentas que você pode usar para garantir um melhor rendimento nas suas aulas e turbinar o conteúdo.
Uma vez que todos os seus alunos já estão familiarizados com a tecnologia, fica muito mais fácil cativá-los com essas ferramentas. Não tenha medo de implementar a tecnologia na educação – mesmo que ela pareça distante da sua realidade, vivemos num mundo onde a tecnologia está em todos os lugares, e é nesse mundo que seus alunos vão crescer.
É melhor que eles comecem entendendo-a através de você, de forma saudável e responsável.
15. Fornecem suporte emocional
Há dias em que os alunos precisam mais de você emocionalmente do que intelectualmente: problemas em casa, bullying na escola e autoestima comprometida pelas notas são alguns exemplos de problemas enfrentados por alunos na escola.
Conectar-se com eles num nível emocional cria uma relação de respeito ainda maior entre aluno e professor. Talvez você seja o adulto que ele mais tem contato depois dos pais, e significa muito para uma criança ter com quem contar.
16. Não se assustam com o desconhecido
Você se sente confortável mesmo sem ter todas as respostas? Bons professores são capazes de funcionar sem que tudo esteja perfeitamente amarrado.
Isso tem tudo a ver com se adaptar às situações e desafios, como um corte de orçamento ou pais que não são participativos.
17. Não se sentem ameaçados pela cobrança pais
Infelizmente, pais e professores sentem-se ameaçados entre si. Um professor inseguro verá a preocupação dos pais como uma ameaça ao seu trabalho.
Ainda que muitos pais se envolvam demais e pareçam estar mais interessados em apontar os erros dos professores, ainda existem pais que só cobram os professores porque querem o melhor para seus filhos.
Professores de sucesso são confiantes o suficiente nas próprias habilidades e não se sentem ameaçados quando pais querem ter suas opiniões ouvidas. Isso não significa obrigatoriamente seguir as recomendações dos pais ou silenciar-se diante deles!
18. Trazem diversão para a sala de aula
Não seja tão sério. Há dias em que a diversão deve ser a meta! Quando os estudantes vêem você se humanizar diante deles, é construída uma relação de confiança e respeito.
Diversão e educação não são práticas excludentes, e através do humor você pode tornar o mais entediante assunto em algo mais interessante.
19. Não deixam de aprender
Bons professores arrumam tempo em suas agendas para aprender mais. Essa atitude não só ajuda a estufar seu arcabouço intelectual como te coloca mais uma vez na posição de estudante.
Isso lhe dá uma perspectiva melhor sobre o processo de aprendizagem. É bastante possível esquecer como o outro lado se sente quando se está sempre no “modo professor”.
20. Pensam fora da caixa
Muitas vezes os professores constroem zonas de conforto para se proteger dos desafios. “Nunca farei isso”, dizem.
Mas os maiores obstáculos crescem de dentro pra fora – você construiu uma “caixa” ao redor dos seus métodos de ensino? Tudo bem, por que os bons professores sabem a hora de sair dela ou até mesmo quebrá-la.
Além disso, a psicóloga recomenda que os professores dominem o que ensinam e estejam sempre por dentro da área:
“Bons professores precisam conhecer bem os conteúdos – uma boa metodologia só funciona com muito conhecimento. O segredo é aprender, aprender mais e nunca parar de aprender. Professores de sucesso são continuamente curiosos” Julie DeNeen
Você curtiu a lista? Com que item você mais se identifica? Não deixe de mostrar para os seus colegas.
Américo é doutor em educação pela Johns Hopkins University. Pesquisador em educação, fundou a Escribo onde trabalha com as escolas para fortalecer o aprendizado das crianças.
por Americo N. Amorim | abr 6, 2015 | Inovação no Ensino
Raros são os casos onde um profissional bem sucedido, quando perguntado sobre a sua “fórmula para o sucesso”, não se lembra de pelo menos um professor que lhe fez chegar até ali.
A gratidão pelo mestre advém daquela aula marcante, das lições que não se limitavam às paredas da escola, ou simplesmente pelo professor não desistir de seus alunos por mais difícil que fosse.
O que os alunos levam de uma boa educação geralmente está centrado em uma conexão com o professor, que ensinou com paixão e inspiração aquele conteúdo.
Nesse contexto, é importante se perguntar: como um professor atinge seu objetivo com os alunos? quando isso é visível?
A psicóloga especializada em educação Julie DeNeen discorreu sobre 20 hábitos inerentes à educadores de sucesso. Confira abaixo a primeira parte da lista:
Hábitos de um professor bem sucedido
1. Objetivos claros
Como você sabe que está indo na direção certa se não conhece o lugar para onde está indo? No trânsito, você lê as placas, usa mapas e GPS. Na educação, os seus objetivos na sala de aula agem como placas, guiando as aulas e os estudantes para o destino correto.
Seu plano de aula é seu mapa! Fazer um plano não é mecanizar as aulas – é criar o ambiente propício para que o conhecimento e a criatividade aflorem.
2. Senso propositivo
Ninguém é sortudo o suficiente para ser agraciado com dias de trabalho épicos diariamente. As vezes, a vida pode soar mundana e tediosa.
E é aí que os professores com senso propositivo se destacam: eles conseguem ver o cenário da sala de aula além do óbvio, e com esse olhar diferenciado podem passar por cima de dias difíceis, enxergando outras possibilidades.
3. Paciência (ou “sabem esperar o feedback”)
O feedback nem sempre é imediato na educação. Não há nada pior do que planejar uma aula com muito esforço e apenas alguns estudantes entenderem o que foi explicado. É difícil se entregar 100% à um projeto e não ver o resultado instantaneamente.
Por isso os professores bem sucedidos não podem depender de elogios e gratificações rápidas, caso contrário viverão estressados e desiludidos.
Aprendizado, relacionamentos e educação são áreas em que é preciso paciência e esforço para atingir os objetivos, como quem rega e cuida de um jardim – é preciso esperar para florescer.
4. Sabem ouvir, mas também sabem a hora de ignorar
Fazendo gancho com o item acima, o professor bem sucedido também sabe filtrar os feedbacks recebidos.
Um professor que nunca ouver o que os alunos estão dizendo vão, cedo ou tarde, falhar. Mas um professor que sempre escuta também há de falhar.
É preciso balancear e avaliar quando é hora de ouvir os alunos e readaptar os métodos, e quando é hora de dizer não – vendo sempre a situação à longo prazo.
5. Atitudes positivas
Caras fechadas e discursos negativos eliminam qualquer lapso de criatividade que os alunos possam ter, e isso cria um terreno fértil para o medo e o fracasso.
Bons professores são otimistas e têm senso de vitalidade, equilibrados com uma boa energia – positividade é a semente da criatividade, pois apoio é tudo que os alunos precisam para acreditar que seus projetos darão certo.
6. Esperam que seus alunos tenham sucesso
Esse conceito se aplica também para os pais. Estudantes precisam de alguém que acredite neles. Eles precisam que alguém mais velho – e mais sábio – coloque fé em suas habilidades.
Crie expectativas e metas realistas para eles atingirem, e propicie um ambiente onde eles têm o direito de errar. Isso motivará os estudantes a continuar tentanto atingir as metas e expectativas que você criou.
7. Senso de humor
Humor e perspicácia criam uma boa e duradoura imprensão.
Professores bem sucedidos são também bem humorados porque sabem que isso reduz o estresse e a frustração, além de dar às pessoas a chance de enxergar certos contextos a partir de outro ponto de vista. Se você entrevistar mil alunos sobre quem eram seus professores favoritos, aposto que 95% desses professores eram hilários.
8. Sabem elogiar com moderação
Sim, estudantes precisam ser encorajados, mas o real encorajamento não é feito só de elogios.
Não é nada bom aplaudir seus trabalhos quando você sabe que aquilo é apenas 50% do que eles são capazes de fazer.
Se qualquer trabalho é elogiado ou aplaudido, o seu reconhecimento não é tão valioso assim. Quando usado apenas na hora certa, o elogio será muito mais valorizado – e fará com que seus alunos busquem aquilo ainda mais.
9. Sabem correr riscos
Arriscar-se é parte de toda fórmula de sucesso. Riscos são a prova de que você está disposto a tentar coisas novas na sala de aula, e estudantes valorizam essa atitude.
Lidar com crises também é uma forma de ensinar algo à seus alunos. forma como você ensina é tão importante quanto o que você ensina!
10. São consistentes
Ser consistente não significa estar preso à algo, e sim que você fará o que prometeu. Significa não mudar suas regras de acordo com seu humor e garantir que seus alunos confiem em você quando precisarem.
Professores de sucesso sabem quando se desprender de certos métodos, pois permanecer preso a algo que não gera resultados não é consistência – é teimosia.
Você se identifica com essas características? Não deixe de voltar amanhã para ler a segunda parte da lista!
Américo é doutor em educação pela Johns Hopkins University. Pesquisador em educação, fundou a Escribo onde trabalha com as escolas para fortalecer o aprendizado das crianças.
por Americo N. Amorim | abr 2, 2015 | Geral, Inovação no Ensino
Professores devem encarar suas salas de aula como templos de efervescência intelectual. É lá onde seus alunos aprenderão diversos valores e conteúdos importantes para seus respectivos futuros em desenvolvimento.
Assim, é importante garantir que aquele ambiente seja de fato um catalisador do aprendizado.
Ensinar e aprender não podem ser eventos isolados – é preciso interação entre educador e educando, desenvolvimento de competências em conjunto e construção de conhecimento do mundo aliada ao autoconhecimento – que envolve curiosidade, autenticidade e afeto.
Pensando nesse contexto, o educador Terry Heick resolveu listar todas as características de uma sala de aula producente, que produz resultados efetivos de um bom aprendizado.
A intenção é que a lista sirva de termômetro ou checklist para você avaliar e refletir sobre a sua própria sala de aula:
Quando uma aula é produtiva e o aprendizado, efetivo?
1. Quando os alunos fazem perguntas – boas perguntas
Perguntas são cruciais para o processo de aprendizado acontecer.
O papel da curiosidade foi estudado o suficiente para sabermos que, se um estudante entra em processo de aprendizado sem nenhuma curiosidade natural para saber o que lhe espera naquele conteúdo, não espere que ele interaja com o material e faça as atividades.
Ditar como o aluno deve aprender, esperar respostas únicas e imutáveis e pensar sempre em preto e branco, esquecendo a criatividade, são alguns vícios que podem matar a curiosidade do aluno e consequentemente sua vontade de aprender.
Se os alunos não conseguem criar boas perguntas, alguma coisa está errada.
2. Quando as perguntas são tão valiosas quanto as respostas
“Questione tudo” é a máxima da filosofia. É questionando que descobrimos o mundo e nos conectamos com várias realidades. Faz sentido que perguntas guiem o aprendizado – elas fazem o conteúdo fluir para direções novas e por isso devem ser valorizadas.
Estimule questionamentos de forma criativa, faça listas, instigue a curiosidade – o interesse pelas aulas vai aumentar drasticamente.
3. Quando as ideias vêm de fontes divergentes
Ideias para atividades, leituras, testes e projetos devem vir de vários lugares. Se todas as ideias partem de um só ponto de vista, sua aula estará fadada à inercia, onde apenas uma direção é apontada.
Instigar que os alunos pesquisem e vejam o mundo por ângulos distintos é uma alternativa interessante – deixe-os buscar fontes em suas próprias comunidades e círculos de convívio, mas também fora de suas zonas de conforto. Que tal trazer para sala de aula um convidado com ideias inovadoras?
É interessante um debate onde duas fontes discordam, pois é esse tipo de divergência que encaramos no mundo real.
4. Quando há variedade nos modelos de ensino utilizados
As possibilidades de inovar passando o conteúdo são infinitas: projetos de audiovisual, aprendizado via conteúdo digital, desafios com jogos, intercâmbio de conhecimentos com outras salas.
O importante é não engessar a sala de aula num modelo tradicional onde o aluno apenas ouve o que o professor fala. Adaptar a aula para determinado conteúdo é possível e interativo, garantindo engajamento, como professores que usam música para ensinar fórmulas ou jogos para ensinar matemática.
É uma característica de uma sala de aula efetiva haver diversidade, o que exige do professor a capacidade de se autodescobrir e reeinventar-se, aprendendo sempre.
5. Quando o conhecimento trespassa as paredes da sala de aula
Este ponto é óbvio: se os alunos irão deixar as salas de aula em algum momento, o conhecimento precisa ultrapassar igualmente aquele ambiente físico.
É essencial refletir sobre literatura e química, mas as fórmulas e autores do arcadismo precisam ter importância prática na vida desses alunos – e isso é perfeitamente possível.
A química está em todas as coisas que eles consomem, o que pode ser um gancho na hora de ensinar, e ideias árcades como “cortar o inútil” (inutilia truncat na literatura, que visava erradicar os exageros e simplificar as coisas) podem ser muito úteis na vida dos estudantes à medida que eles amadurecem.
O segredo é abordar o conteúdo da forma certa.
6. Quando o aprendizado é personalizado de acordo com a classe
Não é preciso ter muita sensibilidade para entender que cada aluno é diferente, de forma que toda sala de aula também será. Isso exige que o professor saiba adaptar suas aulas para à realidade daquela escola, daquela classe, daqueles alunos.
Ainda que aprendam o mesmo conteúdo, os perfis são diferentes – e assim devem ser as aulas.
7. Quando as avaliações são autênticas e transparentes – não punitivas
Segundo as pedagogas Ana Paula Martins e Natália Luiza da Silva, aprendizagens significativas são aquelas reflexivas, construídas ativamente pelo aluno e auto-reguladas. Conhecer, segundo essa nova visão, significa interpretar e relacionar.
Podemos dividir o processo de avaliação autêntico e significativo em dois momentos:
Democratização dos sistemas educativos
A avaliação poderá impulsionar a aprendizagem, se praticada segundo uma concepção formativa ou um elemento desmotivador, se for meramente classificatória. Nesse sentido, as práticas avaliativas tanto podem ser utilizadas a favor da efetiva democratização quanto para uma exclusão mascarada (uma exclusão por dentro do sistema).
Desenvolvimento das teorias de currículo
É preciso um novo modelo curricular, cujos princípios são: todos podem aprender; os conteúdos devem ser desafiadores, orientados para a resolução de problemas e para processos complexos do pensamento; deve haver igualdade de oportunidades; criação de hábitos de reflexão e atitudes favoráveis à aprendizagem; socialização dos alunos às disciplinas acadêmicas.
Como é sua sala de aula? Conte para gente! Toque no sininho à direita para assinar agora as notificações do blog da Escribo e acompanhar todos os nossos conteúdos. Grande abraço, e até mais!
Américo é doutor em educação pela Johns Hopkins University. Pesquisador em educação, fundou a Escribo onde trabalha com as escolas para fortalecer o aprendizado das crianças.
por Americo N. Amorim | abr 1, 2015 | Linkedin na escola
A rede social LinkedIn tem um diferencial em relação à outras redes sociais. Para aqueles que não conhecem, o LinkedIn é a maior rede de network profissional na internet, usada por mais de 230 milhões de pessoaso ao redor do mundo.
Logo, a vantagem do LinkedIn é ser uma rede focada diretamente em interesses profissionais, sem pessoas compartilhando detalhes sobre seus cafés da manhã e fotos de gatinhos como no Facebook ou Twitter.
Para gestores escolares, é importante manter uma relação séria e à longo prazo com a comunidade escolar. Nesse contexto, vale muito a pena criar uma conta para a escola no LinkedIn.
Simon Hepburn, especialista em marketing escolar, desenvolveu quatro dicas que podem ajudar sua escola:
Como a escola pode fazer o melhor uso do LinkedIn?
1. Mantendo contato com ex-alunos
Professores, gestores e outros funcionários da escola sempre gostam de saber como está a vida de seus ex-alunos: o que eles estão fazendo, para onde está indo o retorno da educação investida neles, contratá-los como professores ou funcionários, dar exemplos de case de sucesso para inspirar os alunos de hoje – e quem sabe até voltarem para a escola para matricular seus próprios filhos!
Uma maneira simples de gerir esse processo é criando um grupo de ex-alunos no LinkedIn e convidar seus alunos já formados para participar. Um grupo “fechado” pode ser formado por qualquer um que seja membro do site há pelo menos sete dias:
- Clique em “Interesses”
- Clique em “Grupos”
- Clique em “Criar um Grupo”
Membros da escola podem ser adicionados como moderadores e os integrantes do grupo podem reatar amizades e fazer posts regularmente. Uma vez reunidos os ex-alunos, os diretores e moderadores do grupo podem postar novidades sobre a escola e divulgar eventos e ações de forma instigante, de forma que gere comentários e engajamento. Além disso, é um meio interessante dos próprios formados reencontrarem antigos amigos!
2. Fazendo network com pais e negócios locais que nem sempre estão
Como o LinkedIn é uma rede social profissional, a escola pode criar um grupo com os pais como no exemplo acima para conhecer o perfil dos pais que matriculam seus filhos naquela escola. Outra dica é criar contatos com as empresas e negócios da região, seguindo as páginas da companhia ou os próprios donos.
3. Ajudando seus alunos a criar currículos online
Ajudar os alunos a desenvolver relações profissionais pode ser muito útil para eles no futuro, quando forem para Universidades e precisarem enfrentar o mercado de trabalho. Uma tendência nas escolas do Reino Unido é encorajar a criação de perfis no LinkedIn para seus alunos a partir dos 16 anos, destacando suas competências para que eles se familiarizem com o mercado de trabalho através da rede social.
Os perfis do LinkedIn espelham a estrutura do Curriculum Vitae tradicional e permitem que o aluno siga universidades, empresas e indústrias de seu interesse, podendo um dia trabalhar ou estudar nelas no futuro.
4. Recrutando novos funcionários através da rede
Um dos maiores utilitários do LinkedIn é a contratação através dos perfis disponibilizados no site. A rede social dá acesso gratuito à uma rede global de network onde professores e outros profissionais da educação, muitas vezes com um diferencial de serem mais ligados à tecnologia e inovação justamente por valorizarem o poder das redes sociais.
Você pode pode divulgar vagas da seguinte maneira:
- Clique em “Conta e Configurações”
- Clique em “Anúncio de Vagas”
- Discorra sobre a vaga, descrevendo cargo, salário, setor, etc
Num pequeno teste, colocamos “Professor” no search do LinkedIn e foi possível identificar uma vasta quantidade de profissionais de educação disponíveis para contratação no LinkedIn!
Você gostou das dicas? Conte pra gente sua experiência com essa rede social! 🙂
Caso queira saber mais, temos um post com mais dicas sobre LinkedIn que você não pode deixar de conferir!
Américo é doutor em educação pela Johns Hopkins University. Pesquisador em educação, fundou a Escribo onde trabalha com as escolas para fortalecer o aprendizado das crianças.
por Americo N. Amorim | mar 25, 2015 | Geral
Do que você se lembra quando te perguntam sobre a época da escola?
De questões de provas? Lições de casa? De acordo com a educadora Mariale Hardiman, com certeza não.
Ela defende que o que realmente marca nossa memória escolar são as horas lúdicas, onde aprendíamos através de música, arte e paródias.
Todo mundo tinha aquele professor que levava um violão para a sala de aula, criando paródias com os conteúdos, ou aquela “tia” que nos pedia para criar histórias divertidas sobre o que aprendemos, ou dava aquela dica de memorização inesquecível em forma de poesia ou rima.
Segundo Mariale, a importância de aprender pela arte de forma visual e performática é vista quando a integramos à outras matérias, pois a abordagem lúdica e desafiadora torna o aprendizado mais relevante para o jovem.
Para provar seu ponto, ela resolveu fazer uma pesquisa com uma equipe de alunos da universidade onde é reitora, a Johns Hopkins University School of Education. O estudo consistia numa seleção de 20 turmas da quinta série, divididas em dois estudos:
“Dividimos as vinte turmas em duas partes, uma seria designada à aprender ciências de forma integrada com a arte, e outra para aprender de forma convencional e tradicional. Ambas aprenderiam o mesmo conteúdo e fariam as mesmas avaliações finais, além de terem a mesma quantidade de horas para cada aula/atividade.”
O resultado foi exatamente o que Mariale e sua equipe esperavam: os alunos que mais memorizaram o conteúdo (principalmente os que tinham dificuldades com leitura e interpretação) foram os que estavam na parte da turma que aprendeu ciências integrada à arte (confira aqui a pesquisa, em inglês).
A partir destes resultados, podemos listar algumas observações importantes para levar conosco na luta por uma educação melhor:
Por que arte?
1) A arte melhora o engajamento e a atenção dos alunos, logo, é algo essencial no currículo da escola
2) É importante ter professores bem preparados, com suporte teórico e prático para ensinar de forma lúdica não só na aula de artes, mas em todas as disciplinas
3) O desenvolvimento cognitivo em crianças advém de interações sociais, com conhecimento contruído em conjunto com adultos que possam mostrar outros mundos à elas, segundo o psicólogo Lev Vygotsky (1896-1934). E nada mais social do que a própria arte!
4) Aliada à tecnologia, a arte pode se tornar uma experiência ainda mais transformadora, pois supre à necessidade de materiais de qualidade sobre o ensino da música
E você, também acha que a arte tem potencial para transformar a educação? 🙂
Américo é doutor em educação pela Johns Hopkins University. Pesquisador em educação, fundou a Escribo onde trabalha com as escolas para fortalecer o aprendizado das crianças.
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