Para homenagear a data e todos os educadores, o movimento Todos Pela Educação criou a iniciativa “5 Atitudes Pela Educação”, que visa apoiar e incentivar a população brasileira a acompanhar de perto a Educação e a ajudar crianças e jovens a aprender cada vez mais, por toda a vida.
Através do engajamento de todos, tanto por ações cotidianas quanto por valores colocados em prática, a iniciativa busca contribuir para a missão do movimento Todos Pela Educação, que é assegurar a todas as crianças e jovens do Brasil uma educação básica de qualidade até o ano de 2022 – bicentenário da independência do Brasil.
FOCO
O foco das 5 Atitudes são os alunos, mas essa iniciativa visa também envolver a família, a escola e a comunidade no processo de corresponsabilização, devido à participação direta ou indireta desses lugares e pessoas no dia a dia das crianças e jovens. Descubra abaixo quais são as atitudes e como podemos colocá-las em prática:
5 Atitudes pela Educação Segundo o Movimento TPE
1. Valorizar os professores, a aprendizagem e o conhecimento
Hoje já sabemos que é importante que as crianças e os jovens estejam na escola, mas é preciso que passemos a acompanhar o que eles aprendem, que valorizemos cada vez mais o conhecimento.
E não há como promover o conhecimento e a aprendizagem sem valorizar o professor.
2. Promover as habilidades importantes para a vida e para a escola
É importante trabalhar para que nossas crianças e jovens desenvolvam habilidades fundamentais em todas as esferas da vida, especialmente na escola.
Responsabilidade, criatividade, persistência, concentração, disciplina, comunicação e trabalho em equipe são habilidades que podem ser desenvolvidas ao longo da vida escolar e no convívio social. Se estimuladas desde cedo, têm maior probabilidade de ser incorporadas e praticadas no dia a dia.
3. Colocar a educação escolar no dia a dia
Para que a Educação seja uma prioridade nacional, é preciso que ela faça parte do dia a dia da sociedade, que seja incorporada como um valor.
O que se espera é que as famílias e a comunidades próximas, independentemente da escolaridade e da localidade onde estão inseridas, consigam ajudar as crianças e os jovens a entender a Educação como parte fundamental do desenvolvimento integral.
4. Apoiar o projeto de vida e o protagonismo dos alunos
O que os jovens brasileiros querem para o próprio futuro? Como ajudá-los a abrir portas para ele?
O objetivo dessa atitude é ajudar a sociedade a cuidar do projeto de vida dos adolescentes e estimular o protagonismo juvenil, promovendo a ideia de que todos são capazes de se desenvolver plenamente por meio da Educação, como cidadãos e como profissionais.
5. Ampliar o repertório cultural e esportivo das crianças e dos jovens
Diversos estudos mostram que parte do impacto negativo do baixo nível socioeconômico na aprendizagem das crianças é decorrente da falta de exposição a situações culturais e de formação de repertório que ajudem a compreender o mundo e o que é ensinado na escola.
O propósito dessa atitude é ajudar a família e a comunidade a buscar e aproveitar atividades e espaços que possam ampliar o repertório cultural e esportivo das crianças e jovens, contribuindo assim para a ampliação da sua formação cidadã – através de aulas de música, capoeira, leitura, etc.
No site da iniciativa você pode conhecer histórias de quem vem colocando as 5 Atitudes em prática e descobrir mais dicas de como exercitá-las, seja você educador, familiar ou membro comunitário 🙂
Que outra atitude você adicionaria à lista do Movimento Todos Pela Educação? Comente!
Américo é doutor em educação pela Johns Hopkins University. Pesquisador em educação, fundou a Escribo onde trabalha com as escolas para fortalecer o aprendizado das crianças.
Ainda que o chamado “aluno difícil” seja apenas uma criança à mercê de emoções que não podem controlar ou entender, pode ser complicado para um professor manter a calma e não levar as ofensas e o comportamento para o lado pessoal. Muitas vezes, é difícil lidar com alunos indisciplinados e desinteressados.
Crianças de temperamento difícil costumam esconder toneladas de dor. Elas se defendem contra os sentimentos ruins construindo paredes ao seu redor, onde se protegem da rejeição.
Cada esforço de um adulto que se importa para penetrar essas paredes encontra uma resistência expressada em afastamento emocional e/ou linguagem, gestos e ações ofensivas.
Como bebês incapazes de articular de onde vem seu próprio desconforto, essas crianças precisam urgentemente de adultos pacientes, determinados e com jogo de cintura o suficiente para não levar o comportamento ofensivo para o lado pessoal.
Aqui vão algumas dicas de como o professor pode se conectar ou reconectar com esse tipo de aluno:
1. Reconheça as qualidades dos alunos difíceis
Expresse positividade diariamente para cada um de seus alunos. Por mais difíceis que eles sejam, interaja com eles sempre de forma acolhedora.
Por exemplo, se um aluno aparentemente desinteressado e cronicamente atrasado chegar na sala, evite ignorar ou advertir imediatamente. Em vez disso, faça do seu primeiro contato com ele um gesto de apreciação por ele ter vindo à escola.
Exemplo: Estava esperando mesmo que você aparecesse. Feliz que você veio! Seja bem vindo. Por sinal, estamos na página 62.
Quando finalmente não houver mais ninguém ao redor, expresse sua preocupação e explique as consequências daquele comportamento.
Exemplo: Estou preocupada com seu desempenho, pois chegando atrasado você fica para trás nos conteúdos em relação aos outros colegas. Você vai ser advertido por esse atraso, mas o mais importante para mim é saber como posso ajudá-lo a chegar aqui na hora certa. Está acontecendo alguma coisa?
2. Use frases encorajadoras durante a aula
Frases que motivam os alunos contribuem para que eles se conectem à aula e ao conteúdo. Afinal, muitos alunos difíceis só buscam um pouco de aprovação. Buscar brechas para utilizar esse tipo de frase durante o dia é uma forma de lidar com alunos indisciplinados e desinteressados.
Pode ser “Parabéns por ter conseguido!”, “Essa questão foi difícil, parabéns!”, “Foi ótimo te ver fazendo ____”, “Espero que você esteja orgulhoso por ter feito ____, porque eu estou!”, etc.
3. Enxergue o “pior aluno” como o melhor
Pense no seu melhor aluno. Quem é o mais bem comportado? O mais motivado? Quais adjetivos lhe vêm à cabeça ao falar dessa criança?
Observe como você interage com esse aluno e tente agir da mesma forma com aquele outro mal comportado durante uma semana. Veja o que acontece com essa mudança de tratamento.
4. Envie relatórios de progresso para os pais
Faça uma carta ou email que descreva de forma breve para os pais os avanços que o aluno vêm fazendo em relação ao seu comportamento. Mostre que você vem observando progresso e tem boas expectativas para o filho deles.
As dicas que você leu acima são de autoria do autor e educador Dr. Allen Mendler, mas a Escribo tem mais uma dica de como você pode lidar com crianças indisciplinadas:
5. [EXTRA] Use jogos!
O jogo aumenta o interesse da criança pela educação devido ao fator inovador, enfatiza a importância de seguir as regras, a sociabilidade e o autoconhecimento – afinal, para ganhar é preciso conhecer as regras, o oponente e a si mesmo.
Saiba como aproveitar o papel pedagógico dos games na educação através dessa entrevista com os especialistas em jogos para educação Carlos Seabra e André Zats para o canal NET Educação:
O jogo teria a potencialidade de extrapolar o simples aprender sobre como jogar, tornando-se um lazer inteligente que exercita uma série de outras capacidades, como respeitar regras e lidar com a frustração.
O nosso aplicativo Escribo Play é um ótimo exemplo de ferramenta para exercitar essas capacidades. Com jogos pedagógicos digitais, motivamos as crianças a aprenderem ainda mais o que elas já veem com as professoras em sala de aula.
Em nossas pesquisas, descobrimos que estudantes usuários dos jogos da Escribo aprenderam 68% a mais em leitura e 48% a mais em escrita. É um ótimo exercício de foco e de competencias socioemocionais, não é mesmo?
E você, como se relaciona com alunos difíceis? Já pensou em como se reconectar com eles? Comente!
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Américo é doutor em educação pela Johns Hopkins University. Pesquisador em educação, fundou a Escribo onde trabalha com as escolas para fortalecer o aprendizado das crianças.
Um estudo realizado por docentes da Bucknell University, na Pensilvânia, defende que estimular a autonomia dos alunos na sala de aula pode ser ainda mais efetivo do que tentar controlar tudo ao redor.
O estudo propõe que a autonomia se manifesta em três formas:
Autonomia Organizacional: quando o professor permite que os alunos tomem decisões por si próprios, dentro dos termos e regras da sala de aula.
Autonomia Prática: quando o professor oferece aos alunos opções e diferentes formas de apresentar suas ideias (através de mídias diferentes, por exemplo).
Autonomia Cognitiva: quando o professor permite que o aluno se autoavalie em determinadas situações a partir de um padrão de auto referência.
Enquanto a autonomia organizacional estimula um senso de bem estar e conforto no funcionamento da sala de aula, a autonomia prática dá suporte para um maior engajamento nas atividades e no aprendizado, assim como a autonomia cognitiva promove um investimento psicológico mais duradouro no aluno inserido naquelas atividades.
O professor de inglês Larry Ferlazzo testou o estudo em sua sala de aula, promovendo a autonomia entre seus alunos. Ele relatou no site Edutopia que para isso dar certo, os alunos precisam estar motivados. E como promover a autonomia sem uma motivação que venha de dentro pra fora?
Para Ferlazzo, em vez de tentar motivar os alunos à todo custo, é interessante trabalhar um ambiente onde eles possam buscar a motivaçãointernamente, em cada um.
E para isso acontecer, é necessário existir uma relação de qualidade entre alunos e professores, que junto com o respeito mútuo se torna elemento chave no desenvolvimento da automotivação.
Quais ações os professores podem realizar para fortalecer essa relação e ajudar os alunos a se motivarem internamente?
4 atitudes que ajudam o aluno a se motivar
1. Se interesse pelos seus alunos
Descubra seus interesses, sonhos, expectativas para o futuro. Faça um apanhado de informações sobre suas vidas, pergunte-lhes sobre o que lhes faz feliz e o que acontece no seu dia a dia.
Em outras palavras, lidere ouvindo mais do que falando. Entretanto, não faça disso uma via de mão única – compartilhe algumas de suas histórias também, construa pontes. Isso cria uma conexão de confiança e respeito entre educador e educando.
2. Haja de forma amigável na sala de aula
Sorria, brinque, cumprimente com apertos de mão. Pequenas atitudes podem determinar a imagem do professor perante seus alunos, provando que você é alguém que se importa. E vale a pena se esforçar quando o outro se importa!
3. Seja flexível, e mantenha seu foco no aprendizado
Um dos alunos do professor Ferlazzo nunca havia escrito uma redação durante toda a sua vida escolar.
Sua intenção era continuar sem escrever até que, durante um exercício de escrita focado em redações persuasivas, o professor (sabendo que o aluno gostava de futebol e videogames) disse que ele poderia escrever sobre por que o seu videogame favorito era o melhor ou por que seu time de futebol era melhor do que seu rival.
O aluno terminou escrevendo duas redações, sobre ambos tópicos. E o tema da aula (escrita persuasiva) ainda assim foi trabalhado!
4. Não desista de seus alunos
Seja positivo da forma mais humana possível e encoraje uma mentalidade de crescimento e evolução nos estudantes.
DICA EXTRA:
Uma pesquisa da Science Magazine fez com que os estudantes escrevessem um parágrafo após cada unidade de conteúdo aprendido, falando sobre como aquilo poderia ser usado em suas vidas.
Ao fim do exercício, o resto do ano letivo foi muito mais positivo para esses alunos, pois ao colocar a importância do conteúdo no papel, conseguiam visualizar a relevância do aprendizado em suas vidas – principalmente aqueles que estavam com o desempenho abaixo da média.
Ainda que seja comum entre os professores explicitar algumas conexões do conteúdo com a vida real, a pesquisa também provou que o ensino focado na experiência do educador nem sempre é efetivo e pode desmotivar os alunos, por ser algo distante da realidade deles.
Por exemplo: um aluno que tem dificuldade em entender matemática ou não a acha interessante pode se sentir ameaçado e mal por constantemente ouvir do professor como a matemática é importante para seu futuro.
Em vez de se engajar, o estudante pode se afastar e experimentar sentimentos negativos sobre a matéria.
Os pesquisadores recomendam que, nesses casos, a abordagem mais efetiva seria encorajar os alunos a criarem suas próprias conexões com a matéria e descobrirem, por si próprios, a relevância daquilo para suas vidas.
Esse método de autonomia dá ao estudante a oportunidade de conectar os tópicos e áreas estudados aos campos de interesse em suas vidas.
Gostou do artigo? Quais estratégias você usa para manter a motivação dos alunos? Comente!
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Américo é doutor em educação pela Johns Hopkins University. Pesquisador em educação, fundou a Escribo onde trabalha com as escolas para fortalecer o aprendizado das crianças.
O acadêmico finlandês Pasi Sahlberg escreveu o livro Finnish Lessons 2.0: O que o mundo pode aprender com a mudança educacional na Finlândia? em 2013, onde, entre muitas lições, contou uma em particular para o jornal The Guardian, sobre como são formados os professores em seu país.
De acordo com o OECD (Organização para Economia Cooperativa e Desenvolvimento), os rankings educacionais da Finlândia configuram o topo das pesquisas mundiais sobre aprendizado.
Isso nos leva a imaginar que o principal catalisador desses resultados são os professores bem preparados. E são. É muito difícil ser um professor na Finlândia e as vagas nas Universidades são muito concorridas. Apenas um a cada dez concorrentes é aceito por ano. Os escolhidos precisam ainda estudar cinco ou seis anos antes de lecionarem em salas de aula.
O caso contado por Sahlberg foi de sua sobrinha, que mesmo com notas exemplares e um currículo escolar impecável não conseguiu entrar na Universidade da capital Helsinque, para ser uma professora do pré-escolar como sonhava.
Você deve estar pensando que ela não entrou devido ao alto número de concorrentes para uma vaga, e que talvez ela deveria ter estudado mais para ter melhores notas e ser aprovada. Errado.
Campus da Universidade de Helsinque, capital da Finlândia (Créditos: John Welsh/Wikipedia)
A sobrinha do Sahlberg foi recusada na universidade, assim como muitos outros estudantes finlandeses, não por ser academicamente insuficiente, mas por não estar capacitada naquele momento em outras competências. Não entendeu? Vamos aos fatos:
O teste para entrar nas universidades de licenciatura na Finlândia possuem duas fases: todos devem fazer o teste escrito, nacional. Os que obtiverem melhores resultados ali são convidados para a segunda fase, onde a universidade aplica um teste de aptidão específico. E é aí que está o segredo.
O sistema educacional finlandês tem consciência de que apenas ir bem academicamente e ter boas notas não forma exatamente os melhores professores. As habilidades devem transpassar a teoria.
Basta olhar o perfil acadêmico dos calouros selecionados na Universidade de Helsinque: um quarto deles tinha notas consideradas “medianas” (entre 51 a 81 pontos numa escala de 0 a 100).
“Se os educadores das universidades da Finlândia pensassem que a qualidade de um professor está correlacionada apenas com as habilidades acadêmicas, eles teriam admitido minha sobrinha e muitos outros que, iguais a ela, tinham um desempenho superior no ensino médio”, afirma Pasi Sahlberg.
De fato, a Universidade de Helsinque poderia ter escolhido os futuros universitários com melhores notas, mas não o fazem pois acreditam que o potencial de um bom professor está escondido em de diversos tipos de alunos.
Jovens atletas, músicos e líderes de grupos da juventude, por exemplo, nem sempre têm as melhores notas, mas têm características inerentes à bons professores: liderança, energia, habilidades manuais e tecnológicas. Todas essas habilidades ajudam na didática, pois não adianta deter conhecimento se não há como repassá-lo.
O que a Finlândia mostra é que mais importante do que colocar os mais “inteligentes” (de acordo com notas acadêmicas) nas universidades é pensar em uma formação que aproveite o melhor talento de cada jovem – a paixão por ensinar (e a didática) conta mais que as habilidades acadêmicas.
Segundo Sahlberg, na Inglaterra e nos Estados Unidos ainda se acredita que as melhores notas formam os melhores professores, e que a qualidade do ofício é proporcional ao desempenho acadêmico dos futuros mestres. Para ele, isso são mitos que devem ser evitados na hora de reformar a educação mundial.
Ele ainda afirma que um passo à frente seria admitir que os melhores estudantes nem sempre são os melhores professores:
“Sistemas educacionais de sucesso devem se preocupar em encontrar as pessoas certas para seguir a carreira de professor”
Américo é doutor em educação pela Johns Hopkins University. Pesquisador em educação, fundou a Escribo onde trabalha com as escolas para fortalecer o aprendizado das crianças.
Você com certeza já viu esse tipo de profissional:
Um professor ou professora inteligentíssimos, com um particular talento intelectual, diversos cursos no currículo, mestrado, doutorado e até PhD. Não é segredo para ninguém que aquela pessoa não apenas sabe muito, mas que domina um vasto conhecimento na sua área.
Só que, chegando na sala de aula, ela se comunica mal, não consegue se expressar e tão pouco transferir o conhecimento. A linguagem corporal é nula, as falas são incompreensivas. Tecnologia? nem pensar. No máximo alguns slides enormes num datashow que levou quarenta minutos para ser montado.
Isso prova que é essencial para os educadores dominar não apenas o conteúdo, mas a habilidade de passá-lo adiante de forma efetiva.
Para auxiliar os professores nessa missão, hoje vamos mostrar como o ocorre processo de aprendizado, com 6 fatos que o professor precisa saber à respeito de como seus alunos aprendem:
1. Alunos aprendem melhor através de múltiplos ângulos
Apesar de parecer óbvio na teoria, na prática poucas escolas e professores adaptam o ensino para atingir todos os tipos de aluno.
Alguns alunos aprendem melhor com estímulos visuais multimídia, outros escutando exemplos e histórias. É preciso ajustar as formas de ensino para que todos sejam contemplados – tendo isso em mente, o professor já consegue desenvolver atividades mais variadas, tanto no método como no nível de dificuldade.
2. A melhor forma de fixar informação é reforçando-a
E a melhor forma de reforçar a informação é repassando-a de formas diferentes, em momentos diferentes.
Usar, além dos tradicionais exercícios, mapas, esquemas ou painéis, depois músicas, e em outro momento jogos e filmes ajuda a manter a informação ativa em várias áreas do cérebro.
3. Use a interdisciplinaridade
Em vez de separar as matérias, por que não usar uma para contribuir com a outra? Mesclar o aprendizado torna tudo mais divertido e engajador, além de reforçar e memorizar o que está sendo aprendido em cada matéria simultaneamente.
Por exemplo: Se o conteúdo em história é a história do Antigo Egito, é possível incorporar isso à linguística, falando de hieróglifos ou propondo uma redação sobre qual monumento egípcio é mais interessante.
4. Ensine sobre o próprio processo de aprendizado
O próprio conceito de aprendizado é algo abstrato.
Ajudando seus alunos a arte de aprender, as técnicas necessárias para um bom aprendizado, assim como explorar os diferentes estilos de aprendizagem, você estará empoderando-os nesse processo. Quando um tópico ou assunto for mais difícil ou invasivo, o estudante que entende como aprender vai ter mais paciência para encarar o desafio.
Essa é uma sugestão psicológica e logística – criatividade é o berço do aprendizado, onde um estudante pode semear pensamentos, ideias, problemas e fazer conexões entre conceitos.
A criatividade depende da ativação do lado direito do cérebro, e determinados espaços são oportunos para a criatividade aflorar.
Dê aos estudantes um espaço para se alongar, se mover, observar o ambiente e as janelas. Passeie pela sala, entre as cadeiras, para chamar a atenção deles.
6. Use tecnologia
Nunca antes na história da humanidade informações e conhecimento estiveram tão acessíveis. Com um toque no tablet ou no smartphone, um estudante pode conseguir respostas às questões que, antes, precisariam de uma ida à empoeirada sessão de enciclopédias na biblioteca.
Isso significa que memorizar não tem mais a mesma importância que um dia teve 100 anos atrás. Tradições orais e o hábito de passar a informação à frente verbalmente estão quase extintos.
Melhor do que resistir ao avanço da tecnologia é vê-la como a ferramenta perfeita de ir além com os estudantes, desde que eles não precisam desperdiçar tempo investigando informações que estão à um toque de distância.
Explore temas, encoraje a inovação. Você pode se inspirar com outros artigos à respeito:
O pedagogo Andrianes Pinantoan, autor da lista, afirma ainda que estimular a curiosidade também é uma forma de fazer o processo de aprendizado acontecer:
“Quando os alunos têm interesse em algo, seu aprendizado cresce. Eles têm mais foco, iniciativa, engajamento no material. Fazer com que eles pesquisem, investiguem e explorem suas curiosidades sobre conteúdos que gostam aumenta a motivação da sala de aula.”
Américo é doutor em educação pela Johns Hopkins University. Pesquisador em educação, fundou a Escribo onde trabalha com as escolas para fortalecer o aprendizado das crianças.
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