por Americo N. Amorim | mar 25, 2015 | Geral
Do que você se lembra quando te perguntam sobre a época da escola?
De questões de provas? Lições de casa? De acordo com a educadora Mariale Hardiman, com certeza não.
Ela defende que o que realmente marca nossa memória escolar são as horas lúdicas, onde aprendíamos através de música, arte e paródias.
Todo mundo tinha aquele professor que levava um violão para a sala de aula, criando paródias com os conteúdos, ou aquela “tia” que nos pedia para criar histórias divertidas sobre o que aprendemos, ou dava aquela dica de memorização inesquecível em forma de poesia ou rima.
Segundo Mariale, a importância de aprender pela arte de forma visual e performática é vista quando a integramos à outras matérias, pois a abordagem lúdica e desafiadora torna o aprendizado mais relevante para o jovem.
Para provar seu ponto, ela resolveu fazer uma pesquisa com uma equipe de alunos da universidade onde é reitora, a Johns Hopkins University School of Education. O estudo consistia numa seleção de 20 turmas da quinta série, divididas em dois estudos:
“Dividimos as vinte turmas em duas partes, uma seria designada à aprender ciências de forma integrada com a arte, e outra para aprender de forma convencional e tradicional. Ambas aprenderiam o mesmo conteúdo e fariam as mesmas avaliações finais, além de terem a mesma quantidade de horas para cada aula/atividade.”
O resultado foi exatamente o que Mariale e sua equipe esperavam: os alunos que mais memorizaram o conteúdo (principalmente os que tinham dificuldades com leitura e interpretação) foram os que estavam na parte da turma que aprendeu ciências integrada à arte (confira aqui a pesquisa, em inglês).
A partir destes resultados, podemos listar algumas observações importantes para levar conosco na luta por uma educação melhor:
Por que arte?
1) A arte melhora o engajamento e a atenção dos alunos, logo, é algo essencial no currículo da escola
2) É importante ter professores bem preparados, com suporte teórico e prático para ensinar de forma lúdica não só na aula de artes, mas em todas as disciplinas
3) O desenvolvimento cognitivo em crianças advém de interações sociais, com conhecimento contruído em conjunto com adultos que possam mostrar outros mundos à elas, segundo o psicólogo Lev Vygotsky (1896-1934). E nada mais social do que a própria arte!
4) Aliada à tecnologia, a arte pode se tornar uma experiência ainda mais transformadora, pois supre à necessidade de materiais de qualidade sobre o ensino da música
E você, também acha que a arte tem potencial para transformar a educação? 🙂
Américo é doutor em educação pela Johns Hopkins University. Pesquisador em educação, fundou a Escribo onde trabalha com as escolas para fortalecer o aprendizado das crianças.
por Americo N. Amorim | mar 24, 2015 | Geral
A professora Adriana Gandin trabalha em disciplinas de pós-graduação focadas em alunos que, em sua grande maioria, são professores que buscam uma experiência positiva com a tecnologia educacional para que possam coordenar projetos com recursos tecnológicos em seu dia a dia dentro da sala de aula.
Durante sua docência nas disciplinas “Planejamento e Avaliação Institucional e da Aprendizagem” e “Tecnologias da informação e da comunicação em educação”, Adriana percebeu que formar professores para a inserção de tecnologias digitais na sala de aula é um desafio para a educação no país – e uma necessidade.
Segundo ela, a maioria dos seus alunos-professores não se sentia a vontade com o mundo tecnológico que se apresenta. Porém, a docente sempre acreditou que é possível aproximar professores da tecnologia, pois não é só de discursos e leituras que vem o aprendizado.
1) Autoconfiança para lidar com a nova geração
Adriana percebeu que após pagarem suas disciplinas voltadas para tecnologia na educação, os alunos-professores desenvolveram um aposta mais segura e se sentiram animados e aptos a fazer suas próprias buscas de novas ferramentas tecnológicas, de forma que não pararam de se aperfeiçoar.
Dessa forma, eles se sentem mais encorajados a sustentar projetos, utilizar apps e sites em suas aulas, o que lhes aproximou dos seus alunos, já que os jovens de hoje são nativos digitais.
2) Democratização do aprendizado
Tornar a educação algo acessível para todos é uma gratificação enorme para os professores e, com a especialização em tecnologia, alguns alunos de Adriana vivenciaram essa realidade.
Uma de suas alunas afirmou que a tecnologia está propiciando aos educandos uma interação, uma troca de informações e gerando uma cooperação no momento em que se compartilha o conhecimento, até mesmo o conhecimento social e interacional.
3) Autonomia e novos horizontes na sala de aula
Com o conhecimento adequado das ferramentas de tecnologia educacional, o professor pode ter mais autonomia para inovar em suas aulas, sem depender somente de livros, criando novas possibilidades de aprendizado multimídia.
As oficinas e projetos da pós-graduação facilitam a promoção de atividades práticas e de novas vivências através de ferramentas da web, como sites e aplicativos. Tudo isso empodera o profissional e os faz reconhecer os recursos tecnológicos como aliados próprios e não inimigos de seu trabalho como docente.
4) Múltiplas ferramentas pedagógicas
Uma vez que o professor domina recursos e novas possibilidades de interação digital, sua aula fica ainda mais rica, indo além do quadro branco e apresentações de slides. Pode parecer difícil, e a realidade é que muitos professores ainda não utilizam ferramentas tecnológicas por falta de conhecimento, mas depois que aprendem não deixam de usar.
A dica é dar-se uma chance de nunca parar de aprender e descobrir novas formar de compartilhar o conhecimento e vivenciá-lo na sala de aula.
5) Construção coletiva e compartilhamento
A utilização de ferramentas tecnológicas com atividades práticas ajudam a capacitar mais facilmente os professores em formação. A vivências melhora, possibilitando comunicar, estudar, armazenar, compartilhar e agilizar o seu trabalho no dia a dia, indo além de apenas passar conteúdos. Essa comunicação integrada é uma facilitadora do conhecimento, que quando compartilhado facilita a vida de quem ensina e de quem aprende.
“Já é fato que o método tradicional está com os dias contados. É um processo sem volta. Educação e tecnologia estão cada vez mais unidas em prol do conhecimento e é fundamental que o educador também esteja sempre atualizado, não só em relação à tecnologia. No mundo globalizado, o conhecimento tem de ser multidisciplinar”. –Marise Bocchi
O que você acha de se especializar em tecnologia educacional?
Nós, da Escribo, estamos preparando uma iniciativa focada no uso de tecnologias educacionais na sala de aula. Você gostaria de fazer parte desse processo?
Adoraríamos ouvir de você, com comentários e sugestões de ementa! Para participar, basta deixar suas informações nesse formulário rápido e entraremos em contato com você em breve.
Até mais!
Américo é doutor em educação pela Johns Hopkins University. Pesquisador em educação, fundou a Escribo onde trabalha com as escolas para fortalecer o aprendizado das crianças.
por Americo N. Amorim | mar 23, 2015 | Inovação no Ensino
Créditos da imagem: filehippo.com
Você consegue imaginar uma escola que não divide o ensino em disciplinas específicas, como matemática, história e biologia?
Ela está prestes a existir. E se você acha que é uma ideia de eficácia questionável, pense de novo, pois este futuro modelo advém do país com um dos melhores sistemas de educação do mundo: a Finlândia.
Com posições de topo em matemática, línguas e ciências no ranking PISA da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico, o país é referência para educadores de todo o mundo, que vêem a Finlândia como exemplo e tentam adaptar seu ensino aos valores do país nórdico.
Mas, como podemos ver, a Finlândia não descansa nos próprios méritos e mais uma vez resolveu inovar seu sistema de ensino.
Agora, a mais nova revolução na educação finlandesa consiste em abolir o tradicional ensino por disciplinas e substituí-lo pelo ensino através de tópicos.
Disciplinas como Literatura Inglesa e Física já foram eliminadas das turmas de alunos com 16 anos (que seriam do ensino médio aqui no Brasil) na capital Helsinque.
Em vez disso, os estudantes finlandeses estão aprendendo “fenômenos”, ou seja, vêem em uma única aula toda a aprendizagem englobada em economia, história, línguas e geografia, etc.
A ideia desse novo sistema visa evitar a maior angústia dos estudantes no mundo inteiro: “Qual o sentido de aprender isso? Em que esse aprendizado pode servir?”
Agora, cada matéria está ancorada à sua razão de ser aprendida.
Helsinque, a capital da Finlândia. (Créditos: Viagem Fotos)
Mas o novo sistema é polêmico:
Para o desenvolvedor do projeto Pasi Silander, o mundo mudou muito com o desenvolvimento da tecnologia e a maioria dos antigos métodos de ensino do passado não possui mais nenhum propósito prático.
“Jovens usam computadores com tecnologia avançada diariamente. No passado, por exemplo, os bancos tinham diversos funcionários somando contas, mas agora isso não é mais necessário – tudo mudou”
Entretanto, muitos professores na Finlândia estão em oposição ao futuro modelo. Não é difícil entender seus motivos: a maioria desses professores ensinou apenas uma disciplina durante toda a sua carreira, e com esse tipo de sistema eles seriam forçados a trabalhar de forma colaborativa e interagir de maneiras totalmente diferentes do usual, a fim de criar um novo currículo juntos.
Marjo Kyllonen, gestora de educação de Helsinque e principal responsável pela reforma do sistema na capital, considera esse novo modelo como um “co-ensino”.
Kyllonen afirma que as escolas que estão ensinando da forma antiquada:
“O ensino que era benéfico no começo dos anos de 1900 não é o mesmo que se ajusta às necessidades do século XXI.”
O novo sistema já está sendo testado na capital, mas ela afirma que a intenção dos responsáveis é tornar o sistema vigente em todo o país até o ano de 2020.
Será que os outros países do mundo também vão seguir os passos da Finlândia? E você, concorda com esse novo conceito educacional?
Américo é doutor em educação pela Johns Hopkins University. Pesquisador em educação, fundou a Escribo onde trabalha com as escolas para fortalecer o aprendizado das crianças.
por Americo N. Amorim | mar 20, 2015 | Geral, Gestão escolar
O grande desafio para as escolas atualmente é se destacar entre tantas opções e driblar a competitividade do mercado, de forma que possa atrair pais e alunos.
- Como garantir que sua escola seja considerada uma boa opção pelas pessoas região?
- O que você responde para os pais quando eles perguntam por que deveriam escolher sua escola?
- Como convencê-los de que eles podem confiar na sua proposta?
Nos ramos da indústria, do comércio, nas instituições de caridade e em alguns setores de universidades privadas, as questões acima existem há muito tempo e seus departamentos de marketing trabalham duro para respondê-las. Para essas organizações, marketing não é só sobre divulgar a marca e organizar eventos.
Existe uma abrangente pesquisa por clientes em potencial e uma investigação sobre suas necessidades e desejos por trás da forma como eles comunicam suas mensagens. Mensagens essas que são efetivamente comunicadas por uma vasta gama de métodos, desde as redes sociais e websites à encontros realizados pessoalmente com líderes e investidores locais.
Mas o problema é que as escolas não conseguem se adaptar aos preceitos do marketing por alguns motivos, como o tamanho da empresa, falta de experiência e também devido aos livros clássicos de marketing não serem de fácil adaptação para a realidade das escolas.
Lidar com pais, alunos e estudantes é um desafio bastante específico. Para isso, existe um modelo específico que deve ser considerado: o Ciclo de Marketing.
Créditos: Simon Hepburn
Criado pelo especialista Simon Hepburn, o Ciclo de Marketing para Escolas é um modelo prático que pode ajudar os gestores tanto em focar no que realmente importa para a comunidade escolar quanto para comunicar isso.
O ciclo do marketing serve como um checklist, para que você possa conferir se os rumos do seu projeto de marketing escolar estão no lugar certo, e principalmente se você está direcionando-os para o lugar certo.
Em que ele consiste?
Destrinchando o Ciclo de Marketing
1. Pesquisa de Marketing
Começando de baixo, o primeiro passo é identificar quem são os pais “público alvo” e então descobrir o que eles esperam de uma escola. Pense também nos futuros pais, aqueles que você ainda quer conquistar. É fácil deduzir coisas nessa área, mas realmente ajuda se você entrevistar e elaborar questionários com pontos-chaves e analisar suas necessidades e expectativas. Você deve também perguntá-los como descubriram sua escola e por quê.
2. Conhecendo as necessidades do marketing
O que sua escola faz que supre as necessidades dos pais que você espera prospectar? E mais importante: o que você ainda não faz? Escolas podem cometer o erro de deixar passar formas simples de atrair mais alunos – coisas como mudar a rota do ônibus escolar para atender mais alunos ou adicionar mais modalidades esportivas para contemplar alunos-atletas, por exemplo.
3. Desenvolver uma mensagem para a marca
Imagine que você tem dez segundos para falar da sua escola para futuros pais em poucas palavras. Não conseguiu? É hora de rever sua mensagem. As escolas tendem a repetir jargões: que cuidam de seus alunos, educam para o futuro, unem tradição à modernidade, entre outros. Essas ideias fazem sentido, mas o ideal é que o diretor ou gestor consiga dizer o que a escola representa em apenas algumas palavras, que aja como slogan baseado em algo completamente único.
4. Mostrar resultados
Escolher uma escola para seus filhos pode ser uma das mais importantes decisões na vida de um pai ou mãe. Apesar de um bom slogan ou um belo website chamarem a atenção primeiramente, não serão eles que farão os pais matricularem seus filhos na escola. Eles querem provas e histórias reais que comprovem a qualidade da escola e como ela pode ajudar seu filho a atingir suas aspirações.
Para uma escola é imprescindível que as histórias de sucesso e os resultados de seus alunos e ex alunos dêem credibilidade àquela mensagem citada no passo acima. Dê aos pais a chance de conhecer a estrutura tão encantadora que você divulgou no site, os casos de sucesso de ex alunos que agora estão no mercado de trabalho, as conquistas dos times de esportes em ligas regionais, os projetos que deram certo.
5. Usar a mídia a seu favor
Uma vez que as histórias de sucesso estão garantidas, é hora de mostrá-las ao público. Comunique-as para a comunidade escolar e para os futuros pais de acordo com a pesquisa de marketing que você fez no passo 1: direcione as histórias para a mídia que os futuros pais vão ler. Quais os lugares que ele frequenta para que você deixe panfletos e posters lá? Quais os canais de televisão eles assistem? Quais as mídias sociais eles acessam? Seja prático e objetivo.
6. Garantindo o engajamento
O último passo é uma continuação do primeiro: é sobre como você vai levar os pais além do interesse pela escola até a matrícula de fato. Escolas precisam manter contato com os pais, e ajudar prontamente qualquer pessoa que se interessar pela sua proposta, seja num evento ou ocasião casual. A divulgação através de pessoas, na oralidade, pode ser tão efetiva quanto propagandas.
Confira dois artigos do blog da Escribo que podem lhe ajudar nesse passo:
Vamos formar uma grande rede de colaboração entre gestores no país.
Já testou alguma estratégia semelhante ao ciclo de marketing? Conte pra gente!
Américo é doutor em educação pela Johns Hopkins University. Pesquisador em educação, fundou a Escribo onde trabalha com as escolas para fortalecer o aprendizado das crianças.
por Americo N. Amorim | mar 19, 2015 | Geral, Gestão escolar
Créditos da imagem: Fotolia
Indisciplina. Faltas. Desinteresse. Conversas paralelas. Essas características são recorrentes nas suas turmas?
Se a resposta for sim, fica claro que é preciso mudar alguma coisa nesse cenário.
Geralmente os alunos que passam pelas situações acima são alunos distraídos, que já carregam esse problema em outras esferas da vida. Basta um pássaro pousar na janela que a aula inteira já foi arruinada para ele.
Mas é possível fazer esses alunos participarem ativamente das aulas – e não é difícil.
Primeiro, vamos identificar algumas coisas:
- Será que o problema está apenas no conteúdo?
- O que você pode estar fazendo errado?
O problema não reside no conteúdo, mas na abordagem. É possível fazer os alunos distraídos se sentirem estimulados com qualquer conteúdo se este for abordado de maneira assertiva, lúdica e interessante.
A chave aqui é captar a atenção e o interesse. E talvez seja aí que a maioria dos professores peca.
Créditos: naturallyhealthyparenting.com
A questão é que essas situações são comuns, mas fáceis de resolver. Ainda assim, pouca gente sabe sair do famoso “feijão com arroz” nas salas de aula.
Com o guia abaixo, iremos simplificar em alguns passos como você pode engajar os alunos distraídos usando tecnologia:
Os 3 passos para engajar alunos distraídos
Créditos: Annie Tritt for The New York Times
1) Criar aulas atrativas
Eu tenho certeza que todo professor cria sua aula com carinho e esmero. O problema é que muitos não percebem que os alunos dessa geração se distraem muito mais facilmente devido ao grande número de estímulos advindos do século XXI.
Alunos dessa geração são empurrados para diversas atividades extracurriculares para “ocuparem seu tempo”, não brincam mais na rua e não têm o que fazer em casa. Essa realidade nova (e não necessariamente boa) deve ser pensada na hora de criar as aulas.
Mas o que atrai essa nova leva de estudantes?
Pesquisadores da Uneb investigaram que jogos e videogames são algumas das ferramentas mais atrativas para crianças distraídas e outros garantem que não há oposição entre videogames e aprendizado. O necessário é usá-los de forma correta, pois aprender demanda concentração, tempo e paciência.
As crianças encaram jogos como desafios e apresentam muito interesse em vencê-los. E a medida que ela joga, o interesse vai se convertendo para o conteúdo, o aprendizado e para a proposta pedagógica.
2) Enfatizar a importância das regras
Como citado anteriormente, aprender demanda concentração, tempo e paciência. É o que diz a pesquisadora Angela McFarlane, da Universidade de Bristol (Grã-Bretanha). Ela faz uma analogia com chocolate e brócolis:
Para muitas crianças, aprender é ruim como comer brócolis e jogar é bom como comer chocolate. Mas cobrir o brócolis de chocolate para torná-lo mais atrativo não é a solução, pois elas não vão comer (aprender) do mesmo jeito.
Ou seja, os jogos devem ser planejados para focar no aprendizado e não no entretenimento.
E isso é ainda mais importante tratando-se de crianças indisciplinadas, que não possuem limites e precisam aprender a obedecer as regras.
Uma dica é usar os próprios jogos para transmitir noções de importância sobre as regras. Esse conceito é aprendido enquanto se joga, pois sem seguir as regras os alunos não poderão enfrentar o desafio. O segredo é mostrar que isso se aplica à outras esferas da vida também.
3) Utilizar movimentos a favor da aula
Jovens carregam muita energia, quase sempre acumulada. E quando são distraídos ou indisciplinados, dificilmente param quietos em suas cadeiras. Costumam correr pela sala e conversar com outros alunos.
Essa energia em demasia pode ser um fator distrativo, mas também pode ser trabalhada contra ele.
A energia pode cair como uma luva na hora dos jogos pedagógicos. Levá-las para uma aula ao ar livre ou criar um jogo que demande o movimento delas, como levantar e ir para o quadro escrever algo ou realizar uma mímica são algumas das estratégias possíveis.
Até em jogos digitais a energia é descarregada, uma vez que elas estão trabalhando o cérebro de formas diferentes do habitual – logo, gastarão mais energia resolvendo aqueles desafios.
O professor mexer-se junto pela sala enquanto dá aula também é importante. Um professor estático no canto da sala não chama tanta atenção como um professor que está transitando entre as cadeiras, pois o cérebro dos estudantes é rápido e vai querer acompanhar a agilidade dos movimentos.
Como você lida com a distração de seus alunos?
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Américo é doutor em educação pela Johns Hopkins University. Pesquisador em educação, fundou a Escribo onde trabalha com as escolas para fortalecer o aprendizado das crianças.
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