por Americo N. Amorim | set 11, 2015 | Inovação no Ensino
Como você imagina a educação brasileira daqui a 17 anos?
Desenvolvido num contexto de pós-aprovação do Plano Nacional de Educação (PNE) 2014–2024, os Cenários Transformadores para a Educação Básica no Brasil compreendem 4 perspectivas diferentes acerca do que podemos esperar para educação no Brasil em 2032.
Para sua elaboração foram ouvidos 71 representantes de organizações da sociedade civil, movimentos sociais, governos, formadores de opinião, organizações internacionais, institutos e fundações empresariais, sindicatos, professores, gestores, pais, estudantes e acadêmicos.
Além disso, a partir do material coletado através das entrevistas foram realizadas três oficinas presenciais com 40 pessoas, onde se discutiu e debateu o conteúdo produzido e suas implicações para construção dos cenários.
Sua elaboração, longe de trazer previsões certeiras ou recomendações e ânsias, projeta, na verdade, os possíveis caminhos que a educação brasileira poderá seguir, pela análise das múltiplas variáveis envolvidas e através da ótica de atores diversos.
Dessa forma, seu objetivo final não era a construção negociada de uma agenda a ser cumprida, ou mesmo um pacto de ação entre os seus participantes. Constituiu-se, na verdade, num espaço de encontro e de escuta ativa para provocação do tema e estímulo a discussão entre todos àqueles interessados na construção cidadã do futuro da Educação Básica em nosso país.
Os 71 atores foram indicados por representantes da Ação Educativa, Campanha Nacional pelo Direito à Educação, Consed (Conselho Nacional de Secretários de Educação), GIFE (Grupo de Institutos, Fundações e Empresas, Instituto Reos), Todos Pela Educação e Undime (União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação), grupo que norteou as discussões iniciais.
Para o planejamento dos cenários, foi utilizada uma metodologia já empregada ao longo dos últimos 20 anos em contextos diversos e complexos, como por exemplo na transição do apartheid na África do Sul, nos momentos de maior conflito na Colômbia, ou mesmo no pós-guerra civil na Guatemala.
O processo metodológico de caráter rigoroso, mas também analítico e criativo consiste em inicialmente identificar os principais temas, definir então um horizonte de tempo suficiente para as mudanças, mapear as forças que agem sobre cada contexto e por fim classificar o seu grau de previsibilidade e impacto.
A partir daí os diferentes cenários eram agrupados seguindo critérios de serem relevantes, desafiadores, plausíveis e claros. Sendo nomeados com referência a pássaros brasileiros: Canário-da-Terra, Beija-Flor, Falcão-Peregrino e Tico-Tico. Cada um deles traz tanto aspectos positivos e negativos, bem como apresenta suas implicações sociais.
Canário da terra
No primeiro Cenário chamado Canário da Terra, o sistema educacional brasileiro passa por mudanças importantes. Quase todas as metas do PNE são cumpridas pelo Estado, que agora é pressionado e cobrado pela sociedade civil. As políticas públicas são dessa forma, melhor construídas e negociadas pela interação Estado-Sociedade civil.
É rompida, ainda, a cultura de descontinuidade das políticas educacionais e o Estado assume um papel fundamental e estratégico para garantia do direito à educação.
Nesse cenário a gestão da escola é democrática e os planos de educação são construídos, acompanhados, monitorados e aperfeiçoados de forma participativa, por meio dos fóruns de educação e das conferências. Alguns saltos na qualidade de ensino são percebidos mas a escola segue em formato tradicional, com apenas algumas experiências inovadoras.
Beija flor
Esse cenário é caraterizado por reformas profundas no sistema de educação, com base em experiências bem-sucedidas no país e no exterior, e motivadas por mudanças sociais, tecnológicas e ambientais.
Há um forte estímulo a inovação que rompe com muitos preceitos da escola tradicional e é apoiada por políticas públicas estatais. O Estado é fomentador e indutor, garantindo as condições do padrão de qualidade previsto na legislação educacional e estimulando as escolas a desenvolverem experimentações e a relação com as comunidades.
Nesse cenário há um equilíbrio na relação público-privada e a concepção de educação é pautada por princípios de equidade, justiça social e sustentabilidade socioambiental. A escola tem portanto, a função social de formar sujeitos de mudanças cotidianas e globais, fortalecendo a relação com os territórios, em uma perspectiva intersetorial e de trabalho em rede.
Falcão-Peregrino
O Falcão peregrino é marcado por uma forte influencia da iniciativa privada. O Estado mantém o papel de provedor, regulador, avaliador e financiador, mas abre mão de ser o principal executor das políticas e de se responsabilizar pela oferta educacional. Existem avanços quantitativos, mas não qualidativos e há um enfraquecimento do sistema de participação social.
A educação é voltada para a formação de capital humano: mão de obra qualificada e especializada para trabalhar no mercado. O modelo de gestão é por resultados e por desempenho dos alunos, e o ranqueamento é um conceito forte nesse cenário. Para os profissionais de educação, a remuneração agora é variável, com bônus e premiações.
Tico-tico
Entre os cenários, esse modelo é o mais parecido com a continuidade da educação que visualizamos hoje. Nele vislumbramos uma educação massificada e medíocre, com tentativa de considerar as diversidades, porém de forma periférica.
Há um descontentamento com o serviço público ofertado, que não é capaz de garantir a pauta da qualidade dos direitos. O Estado tem presença, principalmente com a manutenção das políticas sociais compensatórias, e busca a universalização do direito à educação. Contudo, faz isso com baixa vontade política para enfrentar as desigualdades estruturais, o que reproduz padrões desiguais de qualidade.
Ele também tem o papel de expandir o acesso e – quando muito – avaliar a educação, porém não consegue ser regulador e tampouco garantir o essencial. Predomina a concepção de escola formal, posta na legislação, com quase nenhuma inovação.
Concretização dos cenários
De acordo com a diretora administrativo-financeira do movimento Todos pela Educação o que vai determinar a concretização de cada um dos cenários são as escolhas que o país está fazendo e fará para os próximos anos.
Para Para Daniel Cara da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, hoje estamos mais próximos do cenário Falcão-Peregrino e Tico-Tico. Segundo ele, o caminho para superar esses cenários passa pela implementação do Plano Nacional de Educação. “ A fronteira para impactar no futuro da educação é o país começar a levar a sério as leis que aprova”, comenta.
Embora seja natural atribuir apenas as decisões do Estado para o futuro da Educação no país, Cleuza Repulho, ex-presidente da Undime ressalta a importância da sociedade civil na concretização dos cenários “A gente tem um papel importante e cada um com a sua entidade precisa dar conta da sua parte, e não achar que o governo sozinho resolve os problemas.”.
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Como dito anteriormente a publicação não apresenta respostas ou indica o cenário ideal. Com isso, qual cenário você imagina como o mais provável para educação brasileira?
O que você gostaria de ver na educação do país?
Para conferir mais detalhes da publicação é só acessar o site dos Cenários Tranformadores.
Américo é doutor em educação pela Johns Hopkins University. Pesquisador em educação, fundou a Escribo onde trabalha com as escolas para fortalecer o aprendizado das crianças.
por Americo N. Amorim | set 1, 2015 | Inovação no Ensino
No Reino Unido, uma notícia recente ganhou notoriedade. A linguagem de programação “Python” ultrapassou o francês como língua mais popular ensinada nas escolas primárias, segundo pesquisa divulgada nesse último mês.
De acordo com o estudo, seis em cada dez pais preferem que seus filhos em idade escolar aprendam a linguagem de codificação no lugar de francês. Enquanto 75% das crianças afirmaram que preferem aprender a programar um robô do que estudar uma língua estrangeira.
A pesquisa analisou respostas de 2000 estudantes divididos entre as faixas etárias de 5 a 11 anos e 11 a 16 anos, e cerca de 1000 pais com filhos em idade escolar. Realizada pela Ocado Technology, ela visava avaliar e entender os progressos realizados com o novo currículo de computação nos colégios do Reino Unido, cuja implantação completou um ano semana passada.
Em resposta aos resultados, a Ocado Technology está pedindo ao governo para tornar a matéria de ciência da computação obrigatória como matemática e Inglês, e aumentar a formação de professores para ministrar o currículo.
A pauta não é exatamente uma surpresa. Nos últimos anos temos visto uma tendência crescente por uma educação que atenda melhor as novas demandas da sociedade atual. No Brasil, por exemplo, tivemos em 2008 a inserção de música nos currículos escolares brasileiros como matéria obrigatória aos anos iniciais.
Mas seria uma linguagem de programação tão – ou mais – importante que o aprendizado de uma segunda língua?
Controvérsias à parte, o ensino de programação no colégios vem ganhando diversos aliados. Bill Gates, Mark Zuckerberg e outros executivos na área de tecnologia num vídeo chamado What Most Schools Don’t Teach (O que a maioria das escolas não ensinam, em tradução livre) comentam justamente sobre importância desse aprendizado.
Eles relatam a escassez atual de bons programadores, e demonstram apoio a linguagem de programação como disciplina tão importante quanto outras presentes nas atuais grades curriculares dos colégios.
A ideia central no vídeo gira em torno, principalmente, do seguinte fato: enquanto computadores estão em toda parte e a tecnologia é – ou tem se tornado – base de apoio a qualquer área de atuação, a linguagem de programação continua sendo estudada por parcela pouco significativa da sociedade.
Segundo o clipe, temos um déficit (a nível mundial) estrondoso de profissionais especializados, e isso não pode ser mudado sem o estímulo crescente de investimentos no setor.
Tal como esportes ou aprender a tocar um instrumento a linguagem de programação pode aparentar ser um desafio, mas se trata, sobretudo, de aplicar um conhecimento básico de matemática para conseguir soluções. É preciso apenas determinação para aprender.
Ainda sobre o vídeo, Satya, CEO da Microsoft, comenta que a ciência da computação leva às melhores oportunidades no mundo. Enquanto o instituto que promoveu o clipe, chamando CODE, defende que todos os alunos, em todas as escolas, devem ter a oportunidade de aprender ciência da computação.
Diante desses argumentos e de volta a nossa discussão, o estudo da linguagem de programação encontraria, portanto, maior justificativa em detrimento ao aprendizado de uma segunda língua?
Bom, talvez. Em países cuja língua materna é o inglês, a resposta é provavelmente mais fácil. Além do inglês ser a linguagem universal, é também ele o mais usado em códigos de computação. Dessa forma, o estudo de outro idioma nessas condições, acabaria sendo minimizado em detrimento ao estudo da linguagem de programação.
Por outro lado, quando pensamos no Brasil e em outros países cujo primeiro idioma não é o inglês, a história já não é tão simples. O estudo da linguagem de programação por si só exigiria um conhecimento básico do inglês, causando uma relação de dependência de um sob o outro.
E que ganha dimensão ainda maior aqui no país, já que ocupamos a 38º posição no ranking de proficiência em inglês entre nações que não possuem esse idioma como língua nativa.
Independente, porém, de qualquer conexão estabelecida entre o ensino de uma segunda língua e a linguagem de programação, é coerente afirmar que os largos avanços em tecnologia e a importância atual dos computadores em nosso cotidiano não pode ser ignorada.
Desse modo, a adição da linguagem de programação aos currículos escolares nada mais é do que uma resposta as necessidades da sociedade contemporânea. Enquanto o estudo de outros idiomas (ao menos em países com proficiência em inglês), segue como complemento de aprendizagem, sem acumular, porém, o peso do estudo de programação.
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Como visto, a linguagem de programação está sendo defendida e adotada nos currículos escolares de diversos países.
Você acha que em breve teremos essa adoção na grade curricular brasileira? Concordaria com ela?
E com relação ao aprendizado de uma segunda língua: valeria a pena adicionar programação em detrimento do ensino do espanhol no contexto atual da educação brasileira?
Américo é doutor em educação pela Johns Hopkins University. Pesquisador em educação, fundou a Escribo onde trabalha com as escolas para fortalecer o aprendizado das crianças.
por Americo N. Amorim | ago 25, 2015 | Inovação no Ensino
Como você elabora seus planos de aula?
Tão importante quanto o conteúdo em si a ser estudado em classe, os planos de aula são uma ferramenta importantíssima ao professor. Muito mais do que planejar o assunto, é ele que definirá o modo como essa troca de conhecimentos acontecerá.
Um bom plano de aula consegue conter o conteúdo programático da disciplina, define as didáticas adequadas, bem como as melhores formas de avaliação. É o guia que permite ao professor organizar de forma sistemática seus objetivos, e, em seguida, estruturar como eles serão realizados na prática.
Embora não precise seguir um padrão fixo, nem seja um roteiro fechado a alterações, é interessante considerar que planos de aula precisam ser encarados como ferramentas indispensáveis a aulas mais produtivas e dinâmicas.
Sem eles, qualquer docente estará propenso a momentos de incerteza em classe (eles acabaram a atividade muito rápido, e agora?) e dificuldades para gerenciamento de tempo (estamos na metade do ano e não consegui atender todo conteúdo programático que deveria!).
Elencamos a seguir, três dicas simples, mas que poderão potencializar a estruturação dos seus planos de aula de forma mais eficiente
1. Sinta a turma
Planejar e organizar seus objetivos e metas para cada aula compõem a tarefa mais básica na realização de qualquer plano. É importante lembrar, porém, que não é toda a classe que vai receber o plano da mesma maneira, ou demandará a mesma abordagem.
Imagine a regência da aula como uma dança, e quem conduz os passos é a turma. São eles que dizem ate onde você pode ir, se deve recuar, acelerar, mudar determinada didática…Então mesmo com o plano, esteja aberto para novas possibilidades e seja flexível a possíveis alterações de emergência.
2. Explore a Interdisciplinidade
Uma das etapas no processo de ensino-aprendizagem em sala de aula é elencar o conhecimento prévio dos alunos sobre o assunto. É uma estratégia proveitosa pois cria um canal de diálogo pela introdução mais facilitada de novos conteúdos.
O método tem escopo e retornos positivos porque além do conhecimento cotidiano adquirido, disciplinas com história e geografia, por exemplo, acabam trabalhando conteúdos bastantes similares, em perspectivas diferentes.
Por isso, na elaboração de qualquer plano de aula, é importante considerar a interdisciplinidade entre as matérias. Converse com outros professores sobre o conteúdo programático deles, e estude a possibilidade de unir abordagens.
Além de garantir a construção de um conhecimento mais integral, pela compreensão da realidade em sua complexidade, muito provavelmente essa estratégia irá proporcionar ainda, uma otimização de tempo de aula, aumentando a eficiência no cumprimento do conteúdo programado para o ano.
Leia mais
5 Dicas Para Lidar Com Crianças Indisciplinadas
3. Utilize novas metodologias
Tal como a interdisciplinidade, a utilização de diferentes tipos de metodologias pode influenciar diretamente no aprendizado do aluno.
A utilização de música, poesia, dinâmicas, tecnologias e táticas similares frequentemente traz mais energia a sala de aula, e garante um melhor engajamento entre os alunos.
Embora nem toda aula possa abranger métodos no âmbito, é interessante elaborar planos de aula que intercalem ao longo do ano estratégias diversificadoras.
Como o desenvolvimento de aulas criativas nem sempre ocorre com facilidade, uma boa ideia é deixar a possibilidade de opinar e oferecer sugestões aberta aos alunos . Dessa forma, a busca por novas formas de aprendizado será parte da rotina deles.
Extra: Sites com planos de aula gratuitos
Se você deseja se inspirar ou aumentar seu acervo pedagógico, alguns sites oferecem planos de aula gratuitos! Confira abaixo alguns.
Gente que educa
Uol Educação
Portal do Professor
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Américo é doutor em educação pela Johns Hopkins University. Pesquisador em educação, fundou a Escribo onde trabalha com as escolas para fortalecer o aprendizado das crianças.
por Americo N. Amorim | ago 18, 2015 | Gestão escolar
Recentemente diversos países têm surpreendido quanto a qualidade dos seus sistemas educativos. A Finlândia, conhecida por possuir um dos melhores sistemas de educação do mundo, balançou o cenário global ao noticiar a abolição das disciplinas do seu sistema de ensino.
Dessa vez a surpresa vem por conta do Vietnã.
Publicado no relatório global divulgado pela OCDE esse ano, o Vietnã foi destaque quanto as notas obtidas em leitura, ciências e matemática. Os índices, superiores aos conquistados por países desenvolvidos como Estados Unidos e Grã-Bretanha, surpreenderam autoridades locais e externas.
O país participou pela primeira vez do PISA – Programa para a Avaliação Internacional de Alunos, em 2012, desde então alcançando notas elevadas nas disciplinas citadas. No ranking de 2015, que avaliou apenas ciências e matemática, o Vietnã obteve o 12º lugar geral. Os Estados Unidos ocuparam o 28º lugar enquanto o Brasil ficou em 60º .
O feito é fruto de um plano de educação de longo prazo implementado pelo país. Em 2010, quase 21% dos seus gastos públicos foram dedicados a educação, proporção superior a qualquer outro país membro da OCDE – grupo que integra os países mais desenvolvidos do mundo.
Além do comprometimento do governo, outros dois fatores tem influenciado as notas elevadas conquistadas pelo Vietnã: um plano de estudos bem elaborado e o investimento massivo nos professores.
Enquanto países da Europa e América do norte costumam implementar sistemas de ensino com uma ampla quantidade de conteúdo, mas em sua maioria abordados superficialmente, o Vietnã tem apostado no domínio das habilidades básicas, aliado ao conhecimento aprofundado nos conceitos centrais das disciplinas.
A estratégia espera que os alunos deixem de apenas memorizar assuntos, mais saibam aplicá-lo e comprendê-lo em diferentes contextos. A didática vietnamita inclui, ainda, um nível de rigor elevado em sala de aula, com perguntas desafiadoras que estimulam o avanço dos alunos.
Para os professores é delegado um alto grau de autonomia, espera-se, por exemplo, que eles invistam por conta própria em seu desenvolvimento profissional. Além disso, no sistema educativo vietnamita, muito mais do que ensinar e passar atividades, os professores realizam funções de apoio ao estudante, preocupando-se com seu bem-estar cotidiano e rendimento.
Os resultados da prova PISA, aplicada a alunos na faixa etária dos 15 anos, são baseados os jovens que vão as escolas e estão dentro do sistema educativo. Infelizmente 37% dos vietnamitas de mais de 15 anos ainda não estão escolarizados, o que traz questionamentos quanto a manutenção da qualidade do ensino com a ampliação da demanda escolar.
É necessário, dessa forma, que o governo do Vietnã adote medidas para absorver aos colégios as crianças desfavorecidas pelo sistema de ensino, sem desequilibrar a gestão educativa atual. Um desafio bastante razoável, mas que dado os resultados alcançados pelo país até então, parece disposto a ser cumprido.
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Como visto, a realidade pobre e o nível de desenvolvimento bem aquém do nosso país não tem sido um impedimento para o Vietnã até agora.
Você acredita que ele conseguirá manter seus níveis educacionais elevados?
O que você acha que podemos aprender com o Vietnã?
Não deixe de comentar!
Américo é doutor em educação pela Johns Hopkins University. Pesquisador em educação, fundou a Escribo onde trabalha com as escolas para fortalecer o aprendizado das crianças.
por Americo N. Amorim | ago 10, 2015 | Inovação no Ensino
Destinado a professores e gestores educacionais interessados em melhorar o rendimento em sala de aula, a Fundação Leman em parceria com a Elos educacional está oferecendo gratuitamente o curso “Gestão da Sala de aula” a profissionais de todo o Brasil.
O objetivo é capacitar professores para lidar melhor com os desafios cotidianos oferecidos pelas escolas, garantindo uma cultura escolar mais engajada e ativa. O curso foi elaborado a partir dos princípios do livro “Aula Nota 10: 49 Técnicas para Ser um Professor Campeão de Audiência”, escrito pelo pesquisador norte-americano Doug Lemov e traduzido pela Fundação Lemann.
Com experiência de observação em mais de cinco mil salas com índices elevados de aprendizagem, o autor identificou e mapeou boas práticas em ensino, aprendizado, planejamento e avaliação, a serem estudadas e praticadas durante o curso.
A edição desse ano está sendo oferecida apenas a professores do ensino básico de redes públicas de educação, com inscrições abertas até 12/08, nesse link. As vagas, porém, são limitadas: a seleção é realizada através da análise de respostas no questionário de inscrição.
O início do curso acontece no dia 15 de agosto com término previsto para o dia 4 de dezembro. Com aproximadamente 54 horas de duração, ele é dividido em atividades onlines e práticas. Videoaulas, leituras, fóruns de discussões e exercícios pela plataforma moodle contemplam as atividades online.
As atividades práticas, por sua vez, acontecem na própria sala de aula dos docentes, com a realização de quatro planejamentos no modelo proposto pelo curso, e quatro filmagens de aulas que apliquem as técnicas estudadas. O curso contará ainda, com suporte de tutores que acompanharão as atividades realizadas oferecendo feedback.
Gestão da Sala de aula
Realização: Fundação Leman e Elos educacional
Início: 15 de agosto
Término: 4 de dezembro
Inscrições aqui até o dia 12 de agosto.
Américo é doutor em educação pela Johns Hopkins University. Pesquisador em educação, fundou a Escribo onde trabalha com as escolas para fortalecer o aprendizado das crianças.
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