Vestindo sua roupa íntima primeiro: Por que a sequência de instrução nem sempre importa?

Vestindo sua roupa íntima primeiro: Por que a sequência de instrução nem sempre importa?

Pergunta do professor: Existe uma ordem específica na qual os professores devem ensinar os sons das letras?

Resposta de Shanahan: A sequência é importante. Faz sentido vestir a roupa íntima antes de vestir saia, camisa, blusa ou calça. Isto é, a menos que você seja Madonna.

Então a ordem usual das coisas não necessariamente dá conta do recado. Madonna alterou a sequência aprovada de sutiã/blusa para blusa/sutiã e se tornou uma estrela. (O fato de ela ser extremamente talentosa também pode ter algo a ver com seu sucesso).

Contudo, quando se trata de currículo, professores, diretores, pais e decisores políticos esperam que a ordem das aulas seja mais do que uma questão de convenção ou estilo. Não é de surpreender que a pergunta desse professor surja com frequência.

Acho difícil explicar a eles que não existe a melhor sequência comprovada por pesquisas para ensinar o ABC ou a fônica. Mas esse é o caso. Quando o relatório do Painel Nacional de Leitura (2000) foi apresentado ao Congresso, houve um rebuliço semelhante entre os nossos legisladores.

O Painel relatou que os programas fônicos com uma sequência clara de instrução – “fônica sistemática” – foram os mais bem sucedidos. Consequentemente, eles queriam exigir que todos os professores ensinassem fônica usando a melhor sequência.

O problema era que o Painel não estava divulgando nenhuma sequência curricular específica. Não, estava apenas enfatizando os benefícios de um currículo planejado.

Cerca de 18 currículos fônicos diferentes foram examinados nessa coleção de estudos, e cada um deles tinha sua própria sequência de introdução de letras e sons. E todos funcionaram. Ou seja, esses programas fônicos tiveram sucesso em conferir uma vantagem de aprendizagem às crianças que os ensinaram.

Os programas que tinham sequências de instrução planejadas – qualquer sequência planejada – tiveram melhor desempenho do que as abordagens que promoveram a ideia de fônica responsiva – a noção de que os professores deveriam ensinar competências à medida que as crianças parecessem precisar delas.

Pessoalmente, não fiquei surpreso com essa descoberta, pois, como professor de sala de aula, tentei ensinar fônica de maneira individual e diagnóstica, acompanhando o que havia aprendido com cada criança. Foi um pesadelo profano. Exigiu muito gerenciamento da minha parte e muito pouco aprendizado para as crianças.

Ensinar em sequência é importante porque garante que todas as habilidades sejam ensinadas – e ensinadas completamente. Mas nenhuma sequência provou ser superior a qualquer outra.

Isso não significa que a ordenação das letras ou dos sons deva ser completamente arbitrária em um currículo, apenas que muitas variações serão eficazes.

Faz sentido, por exemplo, começar ensinando algumas das letras e sons mais úteis ou que aparecem com mais frequência. As crianças aprendem essas letras – incluindo as do seu próprio nome – mais rapidamente do que as letras que não veem com tanta frequência (Dunn-Rankin, 1978).

É aconselhável ensinar as vogais junto com letras como t, h, s, n, antes de assumir as menos frequentes z, q, x ou k. As crianças podem aprender essas letras com sucesso em qualquer sequência, mas ensinar as mais frequentes desde cedo permite-lhes ler as palavras mais cedo.

Quando eu estava me tornando professor, houve uma controvérsia sobre se era melhor introduzir consoantes ou vogais primeiro. Muitos argumentos, mas poucos dados.

Nossos professores demonstraram que, se você retirasse todas as vogais de uma mensagem, ainda seria possível ler o texto, por isso alegaram que as consoantes eram mais úteis e, portanto, mais dignas de atenção precoce.

Outras autoridades argumentaram que não existem palavras sem vogais e que as vogais têm algumas das frequências mais altas. Consequentemente, eles pensavam que as vogais mereciam instrução anterior.

O bom senso acabou vencendo. Em vez de fazer uma proposta de tudo ou nada, ensinar uma combinação de consoantes e vogais faz mais sentido, pois permite que as crianças leiam e escrevam palavras mais cedo.

Ensine algumas consoantes junto com uma única vogal e as crianças serão capazes de ler e escrever várias palavras de três letras (CVCs). Depois ensine mais algumas consoantes e outra vogal e esse número de palavras se multiplica.

Outro critério valioso de sequenciamento tem a ver com evitar ambiguidade. Devemos tentar minimizar a confusão para facilitar a leitura precoce. Isso significa que precisamos separar a introdução de letras e sons muito semelhantes.

Ao mesmo tempo, os psicólogos flertaram com a noção de ensinar letras muito semelhantes em conjunto, uma vez que isso permitiria aos professores destacar as características que distinguiam essas letras umas das outras.

Mas estudos empíricos descobriram que era muito melhor separar elementos semelhantes (Gibson & Levin, 1975). Ensiná-los juntos acabou sendo confuso. Não ensine b e d juntos, ou m e n, por exemplo.

Letras que sejam visualmente ou fonemicamente semelhantes precisam ser mantidas separadas na introdução. Ensine minuciosamente um item dos pares confundíveis, antes de apresentar seu parceiro.

Um aluno que já tem um forte domínio dos sons /p/ ou /b/ terá menos problemas para dominar o outro. O mesmo pode ser dito sobre o aprendizado das letras b e d. Se os alunos aprenderem um deles bem antes de aprenderem o outro, eles os dominarão. Mas ensine-os juntos e eles provavelmente não terão certeza de qual é qual.

Outro problema de sequenciamento tem a ver com letras maiúsculas e minúsculas. Qual destes ensinamos primeiro? Letras minúsculas têm maior valor na leitura. Você simplesmente vê mais delas, então o conhecimento de tais letras é mais preditivo de um eventual sucesso na leitura (Busch, 1980).

Mas é mais provável que as crianças venham para a escola conhecendo as suas letras maiúsculas (estas são um pouco mais fáceis de ensinar porque tendem a ser um pouco mais distintas visualmente e porque muitos brinquedos pré-escolares com alfabeto enfatizam as letras maiúsculas).

Como queremos que as crianças vejam que as letras maiúsculas e minúsculas são funcionalmente idênticas na leitura (G e g representarão os mesmos fonemas), prefiro ensiná-las juntas. Isto é especialmente útil para muitas letras minúsculas que são versões em miniatura das maiúsculas: c, k, m, o, p, s, v, w, x, y, z.

Além destas orientações muito gerais (utilidade, evitar ambiguidades, consoantes e vogais, maiúsculas e minúsculas), as sequências “apropriadas” de instrução para letras e sons são arbitrárias e você tem uma ampla gama de escolhas na ordem em que pretende introduzir eles.

Da mesma forma, além destas diretrizes gerais, a sequência de instruções não é um diferencial útil entre os programas comerciais que você possa estar considerando. Basicamente, quando se trata de ensinar fônica e alfabeto, a sequência não importa muito.

Dito isso, ainda não deixo minhas filhas irem para a escola com as roupas íntimas para fora. Mas, então, elas não são Madonna.

Referências:
Busch, RF (1980). Prevendo o desempenho em leitura na primeira série.
Dificuldade de aprendizagem trimestralmente, 3, 38-48.
Gibson, EJ e Levin, H. (1975). Psicologia da leitura. Cambridge, MA: MIT Press.

Como escolher material didático para  a educação infantil?

Como escolher material didático para a educação infantil?

Com a aproximação de mais um novo ano escolar professores e gestores precisam selecionar os materiais didáticos a serem adotados pelo colégio. A tarefa, apesar de habitual, não pode ser tratada com descaso: um material mal escolhido compromete não apenas a rotina em sala, mas está diretamente atrelado à qualidade de ensino da instituição.

O momento em que a gente está vivendo, em especial, traz um agravante ainda maior. A atual crise financeira vivida no Brasil tem gerado complicações para a escolha do material curricular. Além de lidar com as expectativas tradicionais dos pais quanto à qualidade do material escolhido, a redução de custos acabou se tornando o sentimento geral do país.

Por conta disso uma verdadeira dor de cabeça se instalou para professores e gestores: o que deve ser priorizado na escolha desses materiais? Que elementos compensarão o investimento e deixarão pais e alunos satisfeitos?

Em primeiro lugar é preciso considerar o projeto político pedagógico da escola, buscar materiais que estejam alinhados aos objetivos e aspectos que colégio prioriza, para assim promover a integração curricular.

Além disso, quando o custo é um desafio a ser superado, a contrapartida é a diferenciação, isto é, demonstrar valor aos pais. A avaliação didática precisa então garantir que os materiais didáticos escolhidos conseguirão de fato impactar o desenvolvimento dos alunos.

Na educação infantil, um período tão determinante para a educação, isso se reflete na busca pelo desenvolvimento integral do estudante. Baseados nisso, para auxiliar você gestor ou professor nessa escolha, elencamos a seguir as 5 características indispensáveis a um material didático de impacto.

1. É adaptável

Óculos e marca-texto em cima de livro.

A troca diária de conhecimentos precisa estar associada as necessidades percebidas em sala e ao contexto em que os alunos estão inseridos. Conforme o professor perceba o grau de desenvolvimento da turma ele precisa ter a liberdade de adaptar e readaptar seu plano de ensino, o que implica na necessidade de um material dinâmico.

A flexibilidade do material a ser adotado, dessa forma, garante que as crianças aprendam não apenas de maneira correta, mas no momento mais oportuno. E por isso é que é tão importante para um crescimento e desenvolvimento favorável.

2.  Estimula o gosto pela leitura

Conjunto de livros dispostos em formato circular.

Apesar de ainda não estarem alfabetizadas, é importante já na primeira infância o estímulo ao hábito da leitura. Isso é possível por meio de atividades que envolvam contação de histórias, poemas, música, teatro ou até mesmo jogos eletrônicos, de modo que a criatividade das crianças seja aflorada.

A motivação para leitura, num país que pouco se lê, garante desde cedo diferenciais importantes ao aluno, ele aprende melhor, se comunica melhor e ainda garante a longo prazo seu desenvolvimento como leitor.

Nos jogos do Escribo Play, por exemplo, o uso da Língua Portuguesa é abordado desde o som das letras, passando pela escrita até a construção de frases completas. De forma lúdica, os jogos apresentam o conteúdo a ser trabalhado estimulando a imaginação das crianças e garantindo já entre os pequenos o gosto pela leitura.

3. Desenvolve o pensamento crítico

Durante a infância a maior parte do nosso cérebro está em formação, o que implica dizer que qualquer estímulo nesse período tem impacto direto na nossa capacidade intelectual a longo prazo.

Com isso, é importante desde cedo estimular a análise crítica do aluno, para que ele consiga  avaliar e entender as coisas ao seu redor, bem como o ambiente em que está inserido.

Para que o desenvolvimento do pensamento crítico ocorra é importante considerar materiais didáticos que estimulem o raciocínio lógico, fomentando discussões e opiniões sobre diferentes assuntos.

4. É interativo

Três meninas brincam com um tablet, sentadas à mesa.

Jogos, animações, desenhos e atividades interativas são essenciais para qualquer material didático atual. Na geração dos jogos e da internet essas ferramentas conseguem rapidamente chamar atenção dos alunos, justamente por serem algo tão presente em seu cotidiano.

No momento da avaliação didática, portanto, é importante considerar materiais em que esses recursos sejam explorados, para que a a integração e dinamização do processo ensino/aprendizagem seja facilitada, através de novas formas de pensar e se desenvolver.

Isso pode acontecer, por exemplo, por meio de jogos pedagógicos que trabalhem os conteúdos vistos em sala através de atividades lúdicas, que é justamente a proposta principal do Escribo Play.

5. Possui materiais complementares

Além do livro didático em si, é importante considerar um material didático que venha acompanhado de recursos extras para o enriquecimento da aula, para que ela se torne o mais dinâmica e ambientada possível.

Isso pode acontecer, por exemplo, por meio de cartazes que ilustrem determinados conteúdos a serem estudados facilitando assim o processo de ensino.

Você já escolheu seus materiais didáticos para 2016?

Embora o processo de aprendizagem ocorra durante toda a vida, o desenvolvimento de nossa capacidade de aprendizado é concentrado durante a infância e por isso a importância de escolher um material didático que promova suporte adequado as aulas.

Print de jogo Escalada, do app Escribo Play.Nós da Escribo entendemos a importância desse momento e por isso desenvolvemos o Escribo Play, um app de jogos educativos produzidos especialmente para a educação infantil e os anos iniciais do ensino fundamental.

Se você quiser acessar o Escribo Play e conhecer tudo o que os jogos têm a oferecer, basta clicar nesse link para acessar. E para acompanhar esses e outros conteúdos assim que saírem, assine as notificações tocando no sininho ao lado. Até mais!

5 Fatores Essenciais a Todas Aulas da Educação Infantil

Primeira etapa da educação básica, a educação infantil é um momento de extrema importância para a formação das crianças. Seu desenvolvimento educacional precisa integrar e abranger aspectos físicos, afetivos, intelectuais, linguísticos e sociais.

As atividades precisam atuar como facilitadoras no processo de aprendizagem e garantam a formação integral do individuo.

Nesse momento é essencial que o material didático auxilie o professor e favoreça conteúdos alinhados às propostas pedagógicas da escola e ao nível de desenvolvimentos dos alunos, já que aulas precisam promover alguns estímulos específicos às crianças.

Para auxiliar você, educador, na elaboração dos planos de aula, elencamos a seguir 5 fatores essenciais a serem trabalhados durante a educação infantil.

1. Estímulo a vivência prática e a oralidade

balloon-898682_1280

Embora a criança ainda não seja alfabetizada nessa etapa da aprendizagem infantil, é importante que ela seja pouco a pouco inserida em atividades que envolvam linguagem e construção de saberes contextuais.

A vivência prática e a oralidade, dessa forma, assumem o papel de estimular a capacidade da criança de fazer associações e interpretações baseadas nas suas experiências culturais e sociais.

E nada mais são do que a prática sistemática de hábitos já cotidianos ao universo familiar delas. Por exemplo, muitas crianças conseguem identificar marcas como “Coca-cola” ou mesmo “Passatempo” (o biscoito) sem necessariamente ter aprendido a ler, pela associação concebida em seu dia a dia.

Essa habilidade de reconhecer e compreender é conectada com a oralidade, que é o costume com os sons das palavras. Podendo ser desenvolvida através de poemas, histórias e leitura em geral.

No nosso Sistema de Ensino Interativo Frei.re, por exemplo, a vivência prática e da oralidade ganha destaque a nos livros didáticos: poemas e histórias narradas (já integradas a nossa versão digital dos materiais) sustentam o conteúdo da unidade que é trabalhada articulando-se com experiências e conhecimentos cotidianos aos alunos.

2. Regionalismo Cultural

poster-814543_1280

A construção do conhecimento em crianças possui ampla conexão com o ambiente no qual ela está inserida, isso acontece porque a assimilação é facilitada quando a criança percebe que o assunto abordado é vivenciado, tratado em seu cotidiano.

Desse modo, adequar as atividades propostas à cultura da criança, com cantigas, costumes, hábitos, lugares ou comidas daquela região podem acelerar o aprendizado e contribuir com a inserção da criança no meio, contribuindo no seu senso de pertencimento a sociedade.

Por exemplo: no Nordeste existe o costume da festa de São João. Ao propor atividades com musicas juninas nessa região as crianças compreendem melhor o conteúdo passado por ser algo já visto em seu dia a dia.

Do mesmo modo, crianças cariocas aprenderiam melhor e se sentiriam mais à vontade com o conteúdo com atividades relacionadas às escolas de samba do Rio.

3.Estímulo a criatividade

hammer-game-201121_1280

Desde cedo é importante que as crianças sejam estimuladas a desenvolver sua capacidade criativa, já que o desenvolvimento dessa habilidade está diretamente ligado a sua capacidade de solucionar problemas e superar obstáculos.

O despertar da imaginação pode ser trabalhado através de atividades que fujam da rotina e as estimulem a desenvolver ideias e explorar situações. Isso pode ser trabalhado por exemplo, com o realização de atividades artísticas ou mesmo com passeios e contação de histórias.

Outra estratégia interessante pode ser vista no nosso Sistema de Ensino, que promove o estimulo a criatividade com a utilização frequente de desafios que instigam e incentivam o crescimento e desenvolvimento do aluno.

4. Uso do digital, do visual e do interativo

ipad-632512_1280

Animações, jogos, músicas e histórias narradas são sinônimos de turmas mais engajadas. E hoje em dia, como parte do cotidiano das crianças desde cedo são estratégias facilitadoras na construção do conhecimento.

Ao mesmo tempo que atraem a atenção dos alunos, o uso desse recursos consegue promover de maneira mais lúdica e divertida a construção de conceitos, ou mesmo atuar no desenvolvimento de habilidades e competências.

É importante, porém, que essas estratégias estejam bem estruturadas para que a atividade gere de fato, o aprendizado do aluno e não sejam vazias em essência.

No sistema de ensino Frei.re, por exemplo, aliamos ao livro físico do material didático uma versão digital recheada de atividades, jogos, animações e músicas, que auxiliam o trabalho do professor com diversos exercícios interativos. Como complementam o conteúdo trabalhado em sala pelo material didático, as atividades acabam fortalecendo a difusão do conhecimento ao mesmo tempo que motivam os estudantes.

5. Princípios éticos

family-469580_1280

A ética nada mais é do que um conjunto de decisões, princípios e valores que orientam as relações humanas.

Na educação infantil ela exerce um papel fundamental: oportunizar à criança uma melhor integração social ao colégio, minimizar preconceitos e inibições e ainda auxiliá-la na conquista da cidadania em sua plenititude.

Nesse sentido, é importante desde cedo a valorização de uma educação que estimule princípios de autonomia, de responsabilidade, de solidariedade e do respeito ao bem comum. Esses princípios éticos devem fomentar ainda, o respeito ao meio ambiente e às diferentes culturas, identidades e singularidades.

Para isso, práticas pedagógicas que incentivem o respeito em seus diversos níveis (individual, ao outro e ao seu ambiente) devem ser praticadas, com atividades e exercícios que construam o agir ético desde a primeira infância.

Como andam suas aulas? Você tem estimulado algum desses fatores?

adorable boy studying
Nem sempre é fácil montar planos de aula que abarquem todos esses fatores sistematicamente ao longo do ano, e por isso materiais pedagógicos de qualidade são ferramentas indispensáveis aos professores. A troca de conhecimento em sala pode ser comprometida com uma má escolha de material.

Pensando nisso e levando em conta o Referencial Curricular Nacional, nós da Escribo desenvolvemos o Frei.re, um sistema de ensino especialmente direcionado a educação infantil.

Se você quiser testar a versão digital e interativa agora mesmo, basta clicar nesse link para acessar.

Os Melhores Textos de 2015 para Educadores

Você acompanhou nossos textos publicados ao longo do ano?

Nós da Escribo fizemos uma seleção das melhores leituras para educadores no nosso site. A seleção levou em conta justamente os maiores interessados em nossas matérias: elencamos os 5 posts mais acessados por professores e gestores em 2015.

Ficou sem tempo, perdeu algum texto?

É só continuar lendo para conhecer os assuntos que mais chamaram atenção dos nossos leitores por aqui.

Pesquisas sobre o desenvolvimento do aluno, dicas para melhorar o ambiente escolar e estratégias de ensino integraram o rol de conteúdos que mais interessaram educadores no último ano.

A seguir nosso top 5:

 

– 5 Dicas Para Lidar Com Crianças Indisciplinadas

 

miniatura2

Como você se relaciona com alunos difíceis? Já pensou em se reconectar com eles? Esse foi o tema do 5º post mais acessado desse ano.

Ainda que o chamado aluno difícil seja apenas uma criança à mercê de emoções que não podem controlar ou entender, pode ser complicado para um professor manter a calma e não levar as ofensas e o comportamento para o lado pessoal.

Pensando nisso a Escribo reuniu 5 dicas para facilitar a troca de conhecimentos e o cotidiano com esse tipo de aluno.

 

– 7 características de uma sala de aula produtiva

miniatura 6
Você considera suas aulas proveitosas?

Professores devem encarar suas salas de aula como templos de efervescência intelectual. É lá onde seus alunos aprenderão diversos valores e conteúdos importantes para seus respectivos futuros em desenvolvimento.

Assim, é importante garantir que aquele ambiente seja de fato um catalisador do aprendizado.

O educador Terry Heick resolveu listar todas as características de uma sala de aula producente, que produz resultados efetivos de um bom aprendizado. Você pode clicar aqui para conferir.

 

– Sua Escola Tem Professores ou Babás? Como Fortalecer os Educadores da Educação Infantil

 

miniatura4

É comum professores do ensino infantil reclamarem de ter seus trabalhos confundidos com o papel de babá.

Os pais querem educadores que acolham seus filhos, os compreendam sempre e tenham absoluta responsabilidade sobre o nível de aprendizado e desempenho escolar deles.

Mas como afinal exercer seu real papel de educador, garantir o engajamento entre os alunos e manter pais satisfeitos? Você pode clicar aqui para conferir.

 

– Aprender a escrever à mão ainda é essencial para o desenvolvimento, diz pesquisa

 

miniatura3

Na era digital, todos sabemos que é de bom senso ter a destreza no teclado e a alfabetização digital também já é presente na maioria das escolas.

Mas, por mais avançada que seja a tecnologia, desenvolver habilidades de digitação na primeira infância não substitui a alfabetização escrita.

É o que diz a neurocientista cognitiva Karin James, que realizou uma pesquisa com crianças que ainda não sabiam escrever, mas sabiam identificar letras. Os resultados da pesquisa estão no nosso segundo texto mais acessado no ano, e você pode conferir aqui.

 

– 4 Estratégias para Trabalhar a Motivação na Sala de Aula

 

child with learning difficulties

Quais estratégias você usa para manter a motivação dos alunos?

O artigo mais acessado do ano vem da preocupação dos professores em manter o interesse dos alunos em sala de aula.

Um estudo realizado por docentes da Bucknell University, na Pensilvânia, defende que estimular a autonomia dos alunos na sala de aula pode ser ainda mais efetivo do que tentar controlar tudo ao redor. Os detalhes você confere aqui.

Você já tinha lido algum desses textos?

Sentiu falta de algum outro que deveria estar integrando essa lista?

Uma Forma Inovadora de Ler Para o Seu Filho Em 2016

Você tem o costume de contar histórias para o seu filho?

Com a aceleração da vida cotidiana alguns hábitos muito comuns entre pais e filhos foram perdendo a força ao longo do tempo. Ler para as crianças era umas das principais formas de conectar e aproximar pais e filhos e a contação de histórias era esperada com ansiedade e alegria pelos pequenos.

Hoje em dia, segundo uma pesquisa divulgada pelo Instituto Pró-livro em 2012, 50% dos brasileiros ainda não são considerados leitores. Aprofudando um pouco, é interessante observar alguns números referentes a influência da contação de histórias na infância.

Entre os considerados leitores, mais da metade dos respondentes relataram a experiência de narração de livros advindas de seus pais, tendo esse costume influência direta no estímulo a leitura do estudantes. Essa experiência entre os não leitores cai pela metade, apenas cerca de 26% do respondentes relataram tal hábito familiar na infância.

Muitos pais e mães tão logo a criança é alfabetizada acreditam que apenas comprar livros possíveis irá por si só promover o desenvolvimento leitor de suas crianças. A medida apesar de positiva, não pode ser encarada como a melhor forma de estímulo leitor, ou mesmo será a que mais impactará a capacidade de oralidade e letramento a longo prazo.

balloon-898682_1280-1024x682

Apenas comprar livros para as crianças não vai estimular a leitura e o desenvolvimento.

Isso porque a aptidão para a leitura e compreensão de textos começa bem antes, está ligada ao desenvolvimento linguístico das crianças, ainda nos primeiros três anos de vida. Tem relação com o nível de vocabulário aprendido por ela mesmo antes da alfabetização, que é adquirido pela interação diária entre pais e filhos.

Nesse sentido, quanto maior o contato com histórias contadas e o desenvolvimento da oralidade melhor será o nível de aprendizado dos pequenos.

Narrar histórias, recitar poesias e rimas mais do que entreter as crianças são hábitos essenciais para seu desenvolvimento. É importante propiciar, portanto, o contato com diferentes palavras em diferentes contextos.

Os livros infantis nesse caso são excelentes auxiliadores por abarcarem uma infinidade de temas. Além disso, uma boa alternativa para diversificação de vocábulos é quando os pais podem adaptar uma história conforme seu propósito do dia.

No livro Banda da Floresta, por exemplo, a abordagem para narração do livro fica a critério do pai, que conta com imagens que “saltam” do livro e interagem com o leitor durante o decorrer do enredo.

12356746_1713780748857323_6475494045060578970_o

A ideia inovadora mescla, justamente, a necessidade de comunicação e interação entre pais e filhos.

No livro “mágico”, os animais ganham vida através de um tablet ou smartphone e interagem com o leitor conforme o toque, garantindo a atenção das crianças muito facilmente durante a narração.

Para entender como funciona basta dar uma olhada no vídeo abaixo.

Você interage o suficiente com o seu filho?

O nível de vocabulário aprendido pelas crianças mesmo antes da alfabetização e a importância do cultivo desde cedo da interação entre pais e filhos, é comprovada por pesquisadores dos Estados Unidos.

Segundo uma pesquisa divulgada por especialistas da Universidade do Kansas, aos 3 anos de idade há uma diferença de vocabulário de 30 milhões de palavras entre crianças de famílias mais ricas e àquelas de baixa renda.

O estudo observou e analisou durante dois anos e meio a rotina de 42 famílias de diferentes níveis socioeconômicos uma hora por mês.

O objetivo era compreender tudo que comumente acontece nessas casas entre os três primeiros anos de idade, durante o momento que as crianças estão aprendendo a falar.

Os resultados mostraram que os níveis de interação e contato com a língua diferiam consideravelmente entre as famílias de acordo com o nível socioeconômico, com disparidades extraordinárias entre o número de palavras faladas, bem como os tipos de mensagens transmitidas.

Durante o estudo, os pesquisadores constataram que de 86% a 98% das palavras registradas no vocabulário de cada criança consistia em palavras também registradas no vocabulário de seus pais.

E não eram só as palavras usadas eram praticamente idênticas, mas também o número médio de palavras utilizadas, a duração das conversas, e os padrões de fala estavam todos surpreendentemente semelhantes aos de seus cuidadores.

letters-691842_1280

Além disso, eles também perceberam que no momento que a criança completava três anos de idade as tendências de quantidade de interação, crescimento do vocabulário e estilo de interação já estavam bem estabelecidas. E sugeriam um agravamento das disparidades observadas entre as crianças de níveis econômicos diferentes.

O pesquisador e autor Betty Hart descreveu os resultados de suas observações:

“Simplesmente em palavras ouvidas, a média das crianças menos favorecidas estava tendo metade do desempenho por hora (616 palavras por hora) que a média das crianças de renda média (1.251 palavras) e menos do que um terço do que uma criança de uma família de alta renda (2,153 palavras)”.

Levando em consideração uma semana típica de interação, as crianças de classe mais favorecida possuem uma média de 215 mil palavras de experiência com o idioma contra 125 mil nas de renda média e as tímidas 62 mil palavras nas de classe menos favorecida.

Aos quatro anos de idade uma criança de uma família de alta renda teria acumulado experiência com quase 45 milhões de palavras, uma criança de renda média com 26 milhões, e uma criança de classe baixa com 13 milhões de palavras.

Para garantir que as descobertas tinham implicações a longo prazo, 29 das 42 famílias foram recrutadas anos mais tarde para um estudo de acompanhamento quando as crianças estavam na terceira série.

Os pesquisadores descobriram que os resultados percebidos aos três anos de idade foram altamente indicativos quanto ao desempenho aos agora nove e dez anos de idade dessas crianças, tanto em vocabulário, quanto no desenvolvimento da linguagem e compreensão de leitura. Assim, o desenvolvimento construído aos três anos de idade teve uma grande influência sobre o progresso posterior.

O resultado impressionante traz, dessa forma, sérias reflexões sobre o impacto do estilo de vida proporcionado pelos pais aos filhos, já que as crianças de baixa renda acabam não possuindo as mesmas oportunidades de experiência e desenvolvimento proporcionadas por famílias economicamente melhores.

Conectando pais e crianças

Read my favorite story again, Dad

A ideia de um paradidático mesmo antes da alfabetização, como o Banda da Floresta, tenta solucionar essa lacuna de desenvolvimento que pode acontecer com o não-estímulo a oralidade.

Para intensificar a compreensão e desenvolvimento, você pode durante a leitura:

  • Utilizar gestos e expressões faciais para ajudar as crianças a entenderem o sentido das palavras novas. Por exemplo, ao mencionar a palavra “alegria”, sorrir e movimentar os braços transmitindo assim o que ela significa.
  • Brincar com o novo vocabulário através de músicas, poesias ou rimas para reforçar seu significado.
  • Fazer perguntas, comentários, e estimular os pequenos a também eles pensarem e partilharem suas ideias.
  • Utilizar as ilustrações como forma de fornecer pistas sobre o significado das palavras.

As vantagens de uma abordagem inovadora

letters-718843_1920

Pais que leem de forma inovadora com suas crianças estão promovendo a elas:

  1. Desenvolvimento criativo e imaginativo
  2. Estímulo à oralidade e capacidade linguística
  3. Gosto leitor
  4. Aumento do vocabulário
  5. Ampliação do senso crítico
  6. Ampliação do senso argumentativo
  7. Reflexo mais tarde na capacidade de compreensão de texto
  8. Fomento ao desenvolvimento da escrita ao londo dos anos
  9. Experiência afetiva e educativa
  10. Potencialização da sua concentração e atenção

E você, cultiva o hábito da leitura com seus filhos?