O Instituto Inspirare, a Fundação Lemman, a Rede Nossas Cidades e o Instituto de Tecnologia & Sociedade (ITS) lançaram uma campanha de mobilização a favor de uma internet de qualidade em todas escolas públicas do Brasil.
O movimento tem como objetivo aproximar as escolas da realidade conectada hoje vívida pelo aluno, além de relembrar a necessidade do uso de ferramentas que organizem e otimizem o tempo em sala de aula e possibilitem ao professor um melhor desempenho no papel de orientador e mediador do conhecimento.
Além da mobilização pela causa, o movimento criou ainda um Plano Técnico Nacional de Conectividade, construído com a ajuda de mais de 30 especialistas na área, que oferece subsídios e recomendações técnicas ao governo.
O documento é dividido em duas partes: a caracterização do cenário atual de conectividade das escolas e as propostas a serem implementadas, considerando seus devidos custos e responsáveis. Para mais informações sobre o Plano Técnico é só acessar o Sumário Executivo Escolas Conectadas.
Apesar de desde 2008 o Programa Banda Larga nas Escolas ter sido lançado pelo governo com o objetivo de conectar todas as escolas públicas do país até 2010, um estudo realizado pelo Instituto de Tecnologia & Sociedade observou lacunas graves a serem superadas pelo programa, que passado mais de 7 anos desde seu lançamento ainda segue com resultados parciais.
Entre os principais problemas apontados, a existência de pelo menos 5 mil escolas sem conectividade e quase metade das escolas com internet de baixa velocidade.
No site internetnaescola.org.br você pode realizar um teste da velocidade da internet em sua escola, e participar da mobilização enviando um email a presidente Dilma Rosseuf com o pedido para que ela assine o compromisso público por internet em todas as escolas.
No ano passado mais de 95 mil testes de velocidade foram realizados em mais de 6600 escolas nos quatro cantos do país, e mais de 55 mil emails foram enviados ao Governo Federal pedindo uma internet de maior qualidade nas escolas públicas.
A campanha conta, ainda, com a página Internet na Escola, no Facebook, para curtir e acompanhar todos os passos da mobilização.
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Você também acredita na conectividade por uma melhor qualidade de ensino?
Américo é doutor em educação pela Johns Hopkins University. Pesquisador em educação, fundou a Escribo onde trabalha com as escolas para fortalecer o aprendizado das crianças.
No último texto comentamos sobre a necessidade de inovar para promover um desenvolvimento educativo de maior qualidade. E que a inovação não precisa necessariamente estar atrelada a reformas que mudem toda estrutura escolar de uma só vez, mas pode ser gradativa.
A título de inspiração, no entanto, trazemos hoje o exemplo de duas escolas que revolucionaram a educação no cenário em que atuam. Suas ideias, arquitetura e organização são referências mundiais, dada a singularidade e resultados.
Fuji Kindergarten, Tóquio
Uma estrutura sem paredes, com árvores entre as salas, telhado oval e um parquinho infinito compõem o formato base da escola de Fuji Kindergarten, em Tóquio.
A ideia do projeto veio de Takaharu Tezuka, ele queria uma escola que atendesse às necessidades e aos desejos de seus filhos, e fosse centrada justamente na maneira como as crianças pensam, agem e se comportam. Permitir que as crianças sejam de fato crianças.
“Nós projetamos a escola em círculo, com uma espécie de circulação infinita. Quando começamos, eu não tinha noções preconcebidas . Estudar outros jardins de infância era como olhar no espelho retrovisor de um carro: mesmo se você olhar bem de perto, não consegue ver nada à frente.”
Crédito: Tezuka Architects
O design, dessa forma, tem o objetivo de maximizar o espaço disponível para o jogo e as brincadeiras de modo seguro, mas sem restrições ao desenvolvimento da criança. Metal, vidro e madeira são os elementos bases da estrutura, que lembra uma enorme casa na árvore, com a maior parte de se sua área física ao ar livre.
“Tivemos que construir em torno das árvores que já existiam no terreno. Não foi fácil — nós não poderíamos cortar as raízes, que se espalharam tanto quanto a copa das árvores. Nós adicionamos essas redes de segurança para que os alunos caiam por entre os furos em torno das árvores.
Mas eu conheço as crianças e elas gostam de brincar com redes. Sempre que veem uma rede, elas querem pular para balançá-la. Essa foi na verdade apenas mais uma desculpa para que eu desse a elas uma outramaneira de brincar.”
Crédito: Tezuka Architects
Takaharu Tezuka comenta ainda sobre a necessidade de promover as crianças espaço para conversarem e se comunicarem entre si:
“Hoje em dia, as crianças japonesas conversam só com computadores. Eu odeio isso. Eu pensei que, se colocássemos uma pia em cada sala, elas seriam obrigadas a falar umas com as outras. Há uma frase em japonês , do bata kaigi, que significa ‘conferência em torno do poço’. As mulheres costumavam se encontrar e trocar informações quando iam buscar água. Eu queria que as crianças fizessem o mesmo.
Crédito: Tezuka Architects
Como não há paredes entre as salas de aula, o barulho flutua livremente de uma classe para a outra, e de fora para dentro. Takaharu Tezuka considera o ruído muito importante. “Quando você coloca as crianças em uma caixa de silêncio, algumas ficam muito nervosas.”
Escola da Ponte, Portugal
Embora tenhamos comentado da metodologia da Escola da Ponte rapidamente no texto de personalidades para ficar de olho em 2016, vale a pena conhecer mais sobre uma das escolas de referência mundial, que não precisa de aula, sala de aula ou mesmo disciplinas para ter os melhores índices entre os colégios de Portugal.
Iniciada em 1976, a Escola da Ponte tem seu sistema baseado em promover autonomia aos alunos, é um colégio da rede pública cujo projeto funciona a partir do agrupamento de alunos diferentes idades em torno de interesses em comuns. Sem séries, ou provas.
Foto: Joaquim Rebelo
Os grupos se formam e se desfazem de acordo com temas e relações interpessoais estabelecidas entre si. Enquanto os professores não são responsáveis por nenhuma turma especifica, mas são orientadores educativos de aprendizagem acadêmica e também comportamental.
Seis dimensões formam o projeto pedágogico:
Linguística (Língua Portuguesa, Inglesa, Francesa e Alemã)
Lógico-matemática (Matemática)
Naturalista (Estudo do Meio, Ciências da Natureza, Ciências Naturais, Físico-Química e Geografia)
Identitária (Estudo do Meio, História e Geografia de Portugal e História)
Artística (Expressão Musical, Dramática, Plástica e Motora, Educação Física, Educação Visual e Tecnológica – E.V.T.
Educação Musical, Educação Visual, Educação Tecnológica e T.I.C.)
Pessoal e social (Formação Pessoal, Ensino Especial e Psicologia).
Na Escola da Ponte cada aluno escolhe ainda, um tutor dentre toda comunidade escolar, incluindo pais, professores ou funcionários, que será o responsável por orientá-lo no percurso pedagógico que ele estabelece para si mesmo.
O método para avaliar como está sendo a progressão do conhecimento é dialogado e debatido entre eles, num processo bastante educativo. A metodologia além de estimular a independência dos alunos, reconhece os diferentes níveis e modos de aprendizagem de cada estudante.
O processo educativo passa por três fases, a de iniciação, a de consolidação e a de aprofundamento. Na iniciação o aluno passa por um período de maior adaptação sendo tutorado em relação as regras de convívio coletivo e compromissos a serem assumidos.
Na segunda fase a necessidade de acompanhamento é reduzida e o aluno tem maior independência para transitar no colégio e gerir seu próprio currículo. O aprofundamento é o momento que ele começa não apenas a gerenciar suas próprias tarefas, mas também participar de decisões de âmbito coletivo.
A autonomia é incentivada até mesmo no funcionamento em si da organização escolar, que conta com assembleias formadas por alunos, professores e funcionários para decisões que vão desde regras de convívio até festividades.
Américo é doutor em educação pela Johns Hopkins University. Pesquisador em educação, fundou a Escribo onde trabalha com as escolas para fortalecer o aprendizado das crianças.
Escolas com conceitos e metodologias antiquadas têm perdido força no cenário educativo.
Embora nosso sistema de ensino esteja longe do adequado para as mudanças proporcionadas pela tecnologia e pelas novas descobertas da ciência do aprendizado, há muito tem se percebido a necessidade de modelos de ensino de maior adaptabilidade e impacto.
Como uma revolução educacional a curto prazo é inviável, a saída é começar aos poucos as inovações no cenário escolar. Elas podem acontecer em diversas áreas, desde na estrutura física até no material didático, contribuindo significativamente para o desenvolvimento educativo.
É importante entender, no entanto, que nem toda inovação precisa necessariamente ser radical e mudar drasticamente a realidade do colégio. As mudanças podem acontecer de maneira gradual, adaptando-se a cada escola em questão.
A seguir elencamos 3 formas de aplicar iniciativas inovadoras na sua escola.
1. Material didático
A primeira coisa que pensamos assim que se fala em material didático é um livro físico tradicional. Hoje em dia, porém, um leque de opções bem maior está disponível. O material pode ser digital e interativo, pode ter desenhos animados que ensinam de maneira didática e até mesmo estar integrado a jogos.
As possibilidades, é claro, precisam ser bem estudadas para que, de fato, sejam aplicadas e o projeto não caia em desuso. Nenhum material terá efeito guardado no armário ou na mochila das crianças.
Vale lembrar que os recursos utilizados em sala compreendem parcela significativa da metologia utilizada pelo professor, então são responsáveis tanto pelo aprendizado do aluno quanto por estimular amotivação em classe.
Como esses materiais alternativos fogem do padrão normalmente utilizado, ao mesmo tempo que buscam se aproximar da realidade vivida pelos alunos (jogos, interatividade), eles acabam tendo uma ótima receptividade.
2. Metodologia
Desde o surgimento da escola como instituição, a estrutura física dos colégios segue uma lógica comum de divisão de salas em classes, bem como cadeiras enfileiradas em direção a figura do professor.
O formato coloca o educador como detentor absoluto do conteúdo e conhecimento, pouco estimulando o diálogo em classe. Metodologia essa que há muito tem sido questionada como inadequada.
Hoje, dada a facilidade à informação, tivemos a ascensão do novo papel do professor, como mediador e facilitador do conhecimento. Algumas escolas entendem a necessidade de novos modelos e têm procurado promover aulas diferenciadas, que coloquem, de fato, o aluno como centro do aprendizado.
Ensino adaptativo egamificação são as boas apostas para esse tipo de estratégia. Um exemplo de escola inovadora, que leva em consideração as formas individuais de aprendizagem, é a Escola da Ponte, desenvolvida pelo educador português José Pacheco.
Na Escola da Ponte, projetos de pesquisa são desenvolvidos por alunos que se agrupam de acordo com os interesses comuns. Há também os estudos individuais, que depois são compartilhados com os colegas.
Durante todo o processo os estudantes podem recorrer a qualquer professor para tirar possíveis dúvidas. A metodologia, dessa forma, privilegia a autonomia e independência dos alunos.
O modelo de escola criado por Pacheco virou referência mundial e é um exemplo inigualável de alternativas viáveis de ensino existem e funcionam, só precisam ser estudadas e estruturadas adequadamente. Dado o sucesso de sua implementação, desde 2011 o modelo está sendo replicado em Cotia, São Paulo, no Projeto Âncora , com o apoio direto de Pacheco.
Embora mudanças drásticas na estrutura das aulas seja inviáveis, é possível se inspirar na Escola da Ponte e consequentemente no Projeto Âncora para a promoção de iniciativas de impacto.
3.Avaliações
Provas escritas ainda são tradicionalmente o método mais comum de avaliação nas escolas, e, infelizmente, uma área que carece modificações.
Muitas escolas hoje em dia já tem adotado um formato híbrido de ferramentas avaliativas que englobam não apenas provas escritas, mas também seminários, trabalhos em grupo, debates, relatórios individuais, autoavaliação e observação. A estratégia é bastante válida, mas, ainda pode ser melhorada.
Um exemplo interessante acontece na França, onde a nota do aluno vai de 0 a 20. O “10” aqui tradicionalmente empregado como nota máxima, cumpre a função do nosso 7, representando que o aluno ficou na média, apresentando desempenho mediano. O 17 assume então a posição do 10, o que significa que o aluno cumpriu o potencial esperado pelo professor.
O grande diferencial dessa metodologia é que o espaço entre o 17 e o 20 está reservado aos alunos que de alguma formar supreeenderam o professor, indo além das expectativas. Estimulando assim, o desenvolvimento do potencial em sala.
Assim como a inspiração promovida pela Escola da Ponte o Sistema avaliativo da França é uma ótima alternativa para inovação, que nesse caso, conseguiria uma replicação bem mais facilitada.
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Você já tem aplicado alguma inovação em seu colégio?
Américo é doutor em educação pela Johns Hopkins University. Pesquisador em educação, fundou a Escribo onde trabalha com as escolas para fortalecer o aprendizado das crianças.
Quando falamos em educação, quem são suas maiores inspirações?
Reunimos 5 educadores brasileiros atuais para ficar de olho e outros 8 especialistas já consolidados na área, indispensáveis para a formação de professores. São educadores, escritores e palestrantes com atuação significante nas redes sociais e que acabam impactando positivamente profissionais da educação. Vale a pena conferir.
Para os educadores eles servem de inspiração e fonte de conhecimento, fomentando a discussão de temas importantes e contribuindo para o enriquecimento pedagógico.
5 novos nomes
Ilona Becskeházy
Ilona é Mestre em Educação pela PUC-Rio e Doutora em Educação pela USP. Atua desde 1996 no desenho e implementação de projetos de educação. É também uma ativista pela educação de qualidade para todos os brasileiros, trabalhando como consultora e colunista do boletim Missão Aluno da Rádio CBN.
Por que seguir?
Com o blog Excelência & Equidade em Educação, Ilona traz ao público discussões com as principais novidades sobre políticas públicas educacionais e práticas efetivas de ensino.
Como o nome sugere, a especialista comenta temas valiosos para o desenvolvimento da educação: a excelência acadêmica que é pouco estimulada nos meios educacionais e a necessidade de trabalharmos para que diferentes grupos sociais convivam em maior equidade – ou seja, igualdade de condições e deveres.
Ilona ambém costuma refletir sobre o presente momento da educação em sua conta no Twitter.
Natália Martins Dias
Psicóloga pela Universidade São Francisco, Mestre e Doutora em Distúrbios do Desenvolvimento pela Universidade Presbiteriana Mackenzie – São Paulo. Natália também é professora pelo Departamento de Psicologia do Centro de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).
Por que seguir?
Quando se fala em Neuropsicologia Escolar, o nome de Natália é um dos primeiros na lista de especialistas no Brasil. A pesquisadora tem diversos livros publicados sobre as relações entre o cérebro infantil, comportamento e processos mentais (atenção, memória, linguagem, pensamento e motricidade, por exemplo).
Natália é a líder de um dos grupos de pesquisa neuropsicológica mais ativos em todo o país, com atuação principalmente na avaliação e intervenção neuropsicológica cognitiva, funções executivas (autorregulação) e desenvolvimento de intervenções remediativas e precoce-preventivas em neuropsicologia infantil.
Américo N. Amorim
Américo é doutor em educação pela Johns Hopkins University, um dos mais renomados centros de pesquisa do mundo. É fundador da Escribo, onde desenvolve jogos pedagógicos que são usados por milhares de estudantes. Recebeu prêmios como o Santander de Empreendedorismo e o FINEP de Inovação.
Por que seguir?
Atualmente, Américo busca fortalecer o aprendizado dos estudantes brasileiros. Seu projeto Escribo Play é pioneiro nas escolas da educação infantil, levando jogos lúdicos e pedagógicos baseados nas descobertas da neurociência, feitos com o objetivo de potencializar o desenvolvimento das crianças já na primeira infância.
Américo divulga os resultados das pesquisas mais novas para gestores, educadores e famílias. Além do Twitter e do Instagram, essa divulgação é feita também pelo Blog da Escribo e pela Revista da Escola, Professor, Educação e Tecnologia. O periódico é especializado em tecnologia na educação, jogos educacionais, alfabetização e letramento de crianças.
Augusto Buchweitz
Doutor em Letras pela Universidade Federal de Santa Catarina e pós-doutor no Center for Cognitive Brain Imaging (CCBI) da Carnegie Mellon University, nos EUA. Professor dos programas de pós-graduação em Neurociências (Medicina) e Linguística (Letras) da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS).
Por que seguir?
Além do extenso currículo acadêmico, Augusto é também pesquisador do Instituto do Cérebro do Rio Grande do Sul, entidade que une pesquisa científica aplicada e assistência médica neurológica.
Com frequência, Buchweitz contribui através do Twitter e da mídia tradicional com discussões atuais dentro do campo do aprendizado. Suas pesquisas abordam o desenvolvimento e as estruturas neurológicas e que relações têm com a leitura, a dislexia e o bilinguismo.
Renan Sargiani
Pós-Doutorado em Educação (Linguagem e Alfabetização) na Harvard Graduate School of Education (2018), Doutor em Psicologia Escolar e do Desenvolvimento Humano e Pós-Doutorado em Psicologia pela Universidade de São Paulo.
Por que seguir?
Atualmente, Renan é o coordenador-geral de Neurociência Cognitiva e Linguística do Ministério da Educação (MEC), responsável por estudos sobre a ciência do aprendizado no Brasil. É membro da Coalizão de Psicologia Organização das Nações Unidas (ONU) e diversos grupos internacionais de Psicologia.
Nomes consagrados
Cláudia Costin
Mestra em Economia Aplicada à Administração e graduada em Administração Pública pela Escola de Administração de Empresas de São Paulo (EAESP), da Fundação Getulio Vargas (SP). Costin foi ministra da Administração e Reforma do Estado durante o governo Fernando Henrique Cardoso.
Por que seguir?
Cláudia Costin tem ampla experiência com pesquisa acadêmica e implementação de políticas públicas em educação. Tanto, que foi convidada pela Folha de São Paulo a assinar uma coluna sobre o assunto no portal do jornal. Costin também costuma ser ativa no perfil do Twitter.
Professora universitária, atuou em instituições de ensino superior como PUC-SP, Fundação Getulio Vargas, INSPER e Universidade de Harvard (como professora visitante) e diversos outros centros acadêmicos.
Em 2016, criou e passou a dirigir o Centro de Excelência e Inovação em Políticas Educacionais (Ceipe), na Fundação Getúlio Vargas (FGV), com o objetivo de garantir uma educação básica de qualidade no país. O Ceipe é uma parceria entre a FGV, Harvard e o Brookings Institute.
Celso Antunes
Mestre em Ciências Humanas, Consultor Educacional do Canal Futura e Sócio Fundador do “Todos pela Educação”, Celso Antunes é autor de mais de 180 livros didáticos e cerca de 100 livros sobre temas de educação com obras traduzidas em diversos países.
Seu entusiasmo na área o tornou também um grande palestrante: Celso já ministrou palestras em todos os estados do país em mais de 500 municípios e também pela América Latina e Europa.
Por que seguir?
Celso Antunes é um educador brasileiro de referência. Em seu blog, diversos textos abordam temas atuais e cotidianos a qualquer professor ou gestor educacional. Didático, sua linguagem simples, mas objetiva, dialoga com o leitor, questiona e reflete sobre o papel do educador, dos pais, da escola e do aluno frente aos desafios atuais.
Educação infantil, desenvolvimento de competências e estímulo de inteligências são alguns dos motes discutidos, tanto por meio dos seus textos, quanto em suas palestras. Sua vasta experiência na educação, aliada a uma sede constante por conhecimento, é refletida em suas obras. O conteúdo é ricamente pedagógico e extremamente elogiado pelo público.
Frequentemente Celso publica na sua página do Facebook citações, opiniões e atualizações do seu blog.
Geraldo Peçanha
Geraldo Peçanha atua como escritor de livros infantis e pedagógicos para pais e educadores, além de livros de autoconhecimento, possuindo mais de 40 obras já publicadas.
Graduado em Educação pela Universidade Estadual Paulista e Doutor em Teoria Literária pela Universidade Federal de Santa Catarina, Geraldo já foi professor de educação infantil, das séries iniciais, do ensino médio e da UFPR.
Hoje em dia, é consultor de Redes de Ensino Municipais e Estaduais, bem como de Sistemas de Ensino Privados. Também é palestrante em todo o Brasil e publica artigos em jornais e revistas da área educacional desde 1998.
Por que seguir?
Geraldo tem uma ampla bagagem em educação, dada sua experiência de ensino desde o Ensino infantil até o Ensino Superior. Sua primeira experiência em sala de aula até hoje tem forte impacto em sua obra: a maior parte dos seu livros aborda temáticas na pré-escola.
Suas publicações e palestras carregam consigo ainda a experiência vivida como professor em Moçambique no desenvolvimento de um programa de avaliação em leitura e escrita, aplicado à realidade local.
“Sequência didática na educação infantil”, “Emoção na sala de aula” e “Métodos de avaliação mais pertinentes em cada idade e série” são algumas das palestras que podem ser solicitadas ao Peçanha; para conferir todas, basta visitar seu site ou acompanhar sua agenda através de sua página no Facebook.
Mário Sergio Cortella
Graduado em Filosofia e Mestre e Doutor em Educação pela PUC-SP, o último sob orientação do Prof. Dr. Paulo Freire, Mario Cortella foi Secretário Municipal de Educação de São Paulo (1991-1992), tendo antes sido Assessor Especial e Chefe de Gabinete de Paulo Freire.
Atualmente é autor de diversos livros nas áreas de educação, filosofia, teologia e motivação e carreira, Professor Titular do Departamento de educação da PUC-SP e comentarista da CBN. Cortella atua ainda na Ferraz Cortella Palestras, na qual é integrante e participa como palestrante de temas educacionais e corporativos.
Por que seguir?
Mário tem uma formação bastante singular, inclusive tendo experimentado a vida monástica em um convento da Ordem Carmelitana Descalça antes da graduação.
Some-se a isso a orientação de Paulo Freire, Patrono da Educação Brasileira e um dos pensadores mais notáveis na história da Pedagogia mundial, Cortella tornou-se um professor e filósofo renomado, cujas obras e palestras são bastante aclamadas pelo público.
Entre seus livros, Filosofia e Ensino Médio: certas razões, alguns senões, uma proposta, Escola e Preconceito: Docência, Discência e Decência e O Que A Vida Me Ensinou e Mario Sergio Cortella – Viver Em Paz Para Morrer. No seu Facebook é possível acompanhar seus comentários na CBN, o lançamento de suas obras, bem como links para textos e entrevistas publicados.
José Pacheco
Educador, pedagogo e pedagogista português, José Pacheco é mestre em Ciências da Educação pela Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade do Porto.
Especialista em leitura e escrita, ele é o idealizador-fundador da Escola da Ponte, colégio que rompeu com as metodologias tradicionais e há 40 anos realiza um projeto educativo sem provas, salas de aula, séries ou disciplinas.
José Pacheco é também escritor e grande defensor da gestão democrática na Educação, modelo defendido tanto em seus artigos e obras, quanto na escola em que é fundador.
Por que seguir?
Há muito tem se questionado os modelos tradicionais de educação, replicados e utilizados há mais de 200 anos. Pacheco defende uma estrutura escolar que promove autonomia e independência aos alunos, contribuindo para uma aprendizagem mais adaptativa e que respeita as formas individuais de aprendizagem.
Na Escola da Ponte, projetos de pesquisa são desenvolvidos por alunos que se agrupam de acordo com os interesses comuns. Há também os estudos individuais, que depois são compartilhados com os colegas. Durante todo o processo os estudantes podem recorrer a qualquer professor para tirar possíveis dúvidas.
O modelo de escola criado por ele virou referência mundial e é um exemplo inigualável que alternativas viáveis de ensino existem e funcionam, só precisam ser estudadas e estruturadas adequadamente.
Dado o sucesso de sua implementação, desde 2011 o modelo está sendo replicado em Cotia, São Paulo. no Projeto Âncora , com o apoio direto de Pacheco. No seu Facebook é possível acompanhar as ações implementadas, entrevistas e sua agenda de palestras e eventos.
Andrea Ramal
Educadora e escritora, Andrea é Doutora em Educação pela PUC-Rio, universidade em que atualmente leciona e é membro do Conselho de Desenvolvimento. Sua experiência em educação é vasta: professora há mais de 20 anos, Ramal atuou desde a alfabetização ao ensino médio, incluindo no ensino de jovens e adultos.
Ramal é também uma das fundadoras da consultoria ID Projetos Educacionais e dirige no Grupo GEN o Núcleo de Soluções Educacionais Digitais, produzindo materiais multimídia para o ensino acadêmico, técnico e científico.
Hoje em dia, é colunista na Rádio Jovem Pan, no G1 Educação e Consultora da Rede Globo, onde comenta sobre o tema no programa Encontro com Fátima Bernardes. Além disso, também ministra palestras e realiza consultorias na área.
Por que seguir?
Andrea Ramal é presença constante em mídias online e offline discutindo e comentando educação em veículos diversos como rádio, tv e sites, sempre de maneira atual e enriquecedora.
Ela é grande defensora da sinergia entre escolas e pais, tema de grande parte dos seus textos, bem como de suas obras publicadas. Além disso, também é entusiasta da inovação em sala de aula, pelo bom uso de aparelhos eletrônicos e novas tecnologias.
Andrea é a favor, ainda, da democratização do ensino e por isso defende a autonomia intelectual e valorização e qualificação dos professores. Diariamente é possível acompanhá-la pelos seus textos divulgados em sua página no Facebook.
Fraiman é mestre em Psicologia Escolar pela USP, psicoterapeuta, palestrante e escritor – seu título mais conhecido é o livro “Como Ensinar Bem”. Também é autor da metodologia OPEE (Orientação Profissional, Empregabilidade e Empreendedorismo), que visa empregar o empreendedorismo em sala de aula.
A metodologia visa estimular a autonomia e o autoconhecimento, o trabalho em equipe, a pesquisa e a aprendizagem por desafio, através de atividades voltadas à educação estratégica. Essa metodologia é realidade em mais de 150 escolas no Brasil.
Por que seguir?
Leo está constantemente atualizando sua página do Facebook com textos acompanhados de imagens para a reflexão dos professores, pais e empreendedores, voltadas à definição de conceitos do autoconhecimento aplicáveis ao dia-a-dia e orientações profissionais.
Além disso, ele também escreve na coluna de Educação do portal UOL e participa de programas na rádio Jovem Pan. Dada a continuidade do seu trabalho essa é a segunda vez que ele aparece em nossa lista de indicações.
Gabriel Perissé
Gabriel escreve sobre formação docente, criatividade, linguagem e ética e formação de leitores e tem mais de 20 livros publicados, como “Ler, pensar e escrever” e “Elogio da leitura”. Possui bacharelado em letras e pós-doutorado em História e Filosofia e ministra palestras e minicursos na área de educação.
Com o dom da comunicação apurado, Perissé lota palestras em universidades independente do público alvo. Suas falas visam emponderar a formação docente e valorizar sua importância. Na sua página do Facebook ele disponibiliza essas palestras e divulga seus artigos em revistas. Por conta do seu carisma e enorme sucesso escolhemos mais uma vez cita-lo em nossa lista. É possível segui-lo nas redes sociais clicando aqui.
Homenagem: Içami Tiba
Içami Tiba infelizmente faleceu no dia 2 de agosto de 2014, aos 74 anos. Suas obras e repertório online, no entanto, continuam servindo de referência a pais, filhos, educadores, psicólogos, psiquiatras e psicopedagogos.
Com formação em medicina psiquiátrica, Içami era colunista de diversas revistas onde escrevia artigos sobre educação, ética e disciplina. Também como escritor, produziu diversos livros sobre educação familiar e escolar, como “Quem ama, educa!” e “Família de alta performance”.
Mantinha desde 2005 o programa semanal “Quem Ama Educa” na Rede Viva de Televisão e já ministrou 3.580 palestras nacionais e internacionais para escolas, empresas e Secretarias de Educação, segundo seu próprio site.
Por que conhecer o trabalho?
Com mais de 20 anos de experiência em Educação Familiar, Tiba escrevia e disponibilizava seus artigos em seu site e página do Facebook.
Seu conhecimento abrangia não só a área da educação, mas também da psiquiatria, o que torna seus textos ainda mais completos por tratar de questões comportamentais e de saúde, conhecimentos de extrema importância para profissionais da área escolar. Sua página no Facebook continua sendo atualizada pelos seus filhos, vale a pena conferir seu incrível repertório e obra.
O que você achou da lista? Já segue ou conhecia algum deles? Conta pra gente aqui nos comentários! E aproveitando: assine agora as notificações do blog da Escribo no sininho do lado direito e receba novidades da Escribo em primeira mão. Até mais, pessoal!
Américo é doutor em educação pela Johns Hopkins University. Pesquisador em educação, fundou a Escribo onde trabalha com as escolas para fortalecer o aprendizado das crianças.
Você acompanhou nossos textos publicados ao longo do ano?
Nós da Escribo fizemos uma seleção das melhores leituras para educadores no nosso site. A seleção levou em conta justamente os maiores interessados em nossas matérias: elencamos os 5 posts mais acessados por professores e gestores em 2015.
Ficou sem tempo, perdeu algum texto?
É só continuar lendo para conhecer os assuntos que mais chamaram atenção dos nossos leitores por aqui.
Pesquisas sobre o desenvolvimento do aluno, dicas para melhorar o ambiente escolar e estratégias de ensino integraram o rol de conteúdos que mais interessaram educadores no último ano.
A seguir nosso top 5:
5º– 5 Dicas Para Lidar Com Crianças Indisciplinadas
Como você se relaciona com alunos difíceis? Já pensou em se reconectar com eles? Esse foi o tema do 5º post mais acessado desse ano.
Ainda que o chamado aluno difícil seja apenas uma criança à mercê de emoções que não podem controlar ou entender, pode ser complicado para um professor manter a calma e não levar as ofensas e o comportamento para o lado pessoal.
4º– 7 características de uma sala de aula produtiva
Você considera suas aulas proveitosas?
Professores devem encarar suas salas de aula como templos de efervescência intelectual. É lá onde seus alunos aprenderão diversos valores e conteúdos importantes para seus respectivos futuros em desenvolvimento.
Assim, é importante garantir que aquele ambiente seja de fato um catalisador do aprendizado.
O educador Terry Heick resolveu listar todas as características de uma sala de aula producente, que produz resultados efetivos de um bom aprendizado. Você pode clicar aqui para conferir.
3º – Sua Escola Tem Professores ou Babás? Como Fortalecer os Educadores da Educação Infantil
É comum professores do ensino infantil reclamarem de ter seus trabalhos confundidos com o papel de babá.
Os pais querem educadores que acolham seus filhos, os compreendam sempre e tenham absoluta responsabilidade sobre o nível de aprendizado e desempenho escolar deles.
Mas como afinal exercer seu real papel de educador, garantir o engajamento entre os alunos e manter pais satisfeitos? Você pode clicar aqui para conferir.
2º– Aprender a escrever à mão ainda é essencial para o desenvolvimento, diz pesquisa
Na era digital, todos sabemos que é de bom senso ter a destreza no teclado e a alfabetização digital também já é presente na maioria das escolas.
Mas, por mais avançada que seja a tecnologia, desenvolver habilidades de digitação na primeira infância não substitui aalfabetização escrita.
É o que diz a neurocientista cognitiva Karin James, que realizou uma pesquisa com crianças que ainda não sabiam escrever, mas sabiam identificar letras. Os resultados da pesquisa estão no nosso segundo texto mais acessado no ano, e você pode conferir aqui.
1º– 4 Estratégias para Trabalhar a Motivação na Sala de Aula
Quais estratégias você usa para manter a motivação dos alunos?
O artigo mais acessado do ano vem da preocupação dos professores em manter o interesse dos alunos em sala de aula.
Um estudo realizado por docentes da Bucknell University, na Pensilvânia, defende que estimular a autonomia dos alunos na sala de aula pode ser ainda mais efetivo do que tentar controlar tudo ao redor. Os detalhes você confere aqui.
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Você já tinha lido algum desses textos?
Sentiu falta de algum outro que deveria estar integrando essa lista?
Américo é doutor em educação pela Johns Hopkins University. Pesquisador em educação, fundou a Escribo onde trabalha com as escolas para fortalecer o aprendizado das crianças.
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