Apesar de remeter ao entretenimento por grande parte da população, a tecnologia móvel (tablets e celulares) vem protagonizando diferentes formas de aprendizagem, indo além da sala de aula, quebrando paradigmas que definem como o conhecimento deve ser compartilhado.
Um dos desafios do aprendizado móvel para os educadores é justamente filtrar o que de fato importa numa educação móvel de qualidade. No “olho do furacão” da revolução digital, um grande número de informações e aplicativos são divulgados diariamente – e é aí que entra o papel do professor: direcionar o que realmente vale a pena para seus alunos.
Como identificar os aspectos mais úteis dos aparelhos, otimizando o tempo e a tecnologia para aprender? A professora Christy Knable desenvolveu as cinco dicas abaixo, afim de encorajar o uso da tecnologia móvel na educação:
1. O equipamento não é o mais importante
Na era da tecnologia, somos bombardeados por propagandas de todos os lados, afirmando que seus aparelhos são sempre os melhores, usando até a escolha de celebridades como forma de promover as marcas. Na sala de aula, essas coisas pouco importam, pois um aparelho pode ser bom para um aluno e não para outro. Cada um deles possui uma característica única, uma inovação em particular, novas capacidades. A dica quanto à escolha do aparelho é não agonizar em busca do aparelho perfeito e sim trabalhar em desenvolver tipos diferentes de aprendizado com cada um.
2. Mexa-se!
Parece óbvio, mas muitas pessoas passam batido num dos principais componentes da aprendizagem móvel. Para aprender com ela, você precisa ser móvel também! Apesar de ser possível acessar a tecnologia móvel e suas possibilidades de conhecimento disponíveis no sofá de casa, é usando-a tecnologia na rua que o compartilhamento de informações em tempo real torna-se ainda mais interessante. A dica é sair da zona de conforto e levar seu aparelho com você aonde for, para atingir altos níveis de aprendizado. Aguce seu faro por conhecimento e vá, curioso, à museus, palestras, lojas – sempre haverá algo interessante para fotografar, filmar, tweetar ou mostrar para seus alunos via Facebook, quebrando as barreiras físicas das salas de aula tradicionais.
3. Compartilhe
Praticamente todo artigo, vídeo ou página postado na web diariamente possui várias maneiras de ser compartilhado nos dias de hoje. Seja via Facebook, email, blog, ou simplesmente através de comentários, o aprendizado móvel demanda interação digital.
4. Aja como uma criança de 11 anos
Você já percebeu como na pré-adolescência as crianças são extremamente curiosas? Como suas mentes estão em desenvolvimento, elas nunca deixam de perguntar sempre o porquê de tudo. Muitas vezes as perguntas soam bobas, mas depois de alguma reflexão é fácil perceber como elas são, muitas vezes, brilhantes. Para promover um ensino móvel de qualidade, é preciso que o educador seja tão curioso e questionador quando a criança, em busca de atingir competências no máximo de tecnologias possíveis. Pergunte-se sempre: Por que falhei no upload desse vídeo? Por que esse novo app é melhor que o anterior? Qual a utilidade dessa ferramenta de busca?
Outra característica para se copiar das crianças é que elas sabem perder e sabem experimentar. Se não deu certo, é preciso tentar de novo, talvez de outra maneira. E nunca deixar de ter e sanar dúvidas, pois elas naturalmente podem surgir à medida que vamos descobrindo o potencial da tecnologia móvel.
Professores: já desbravaram a tecnologia móvel além da sala de aula?
Américo é doutor em educação pela Johns Hopkins University. Pesquisador em educação, fundou a Escribo onde trabalha com as escolas para fortalecer o aprendizado das crianças.
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