Manter o interesse das crianças nas aulas online e garantir o aprendizado pode ser um grande obstáculo para escolas e famílias durante o período de distanciamento social. Descubra nas 3 dicas a seguir por que é indispensável equilibrar o uso de plataformas digitais, atividades fora das telinhas e o tempo livre criativo dos pequenos. 

1. Diversificar é a chave

Quando as escolas estão funcionando presencialmente, as crianças não passam várias horas seguidas realizando atividades pedagógicas. As pequenas, quando chegam na escola, participam do conhecido “bom dia”, que são as rodas de conversa com os colegas para começar o dia. Depois, uma atividade de aprendizagem. Ao longo do dia as crianças têm pausas para lanchar, brincar no parquinho e socializar.

Essas pausas são essenciais por dois motivos. Primeiro, é importante lembrar que a criança não consegue manter a concentração numa mesma atividade por muito tempo. Várias pesquisas demonstraram que quando a escola oferece pausas entre as atividades, a criança aprende de forma mais efetiva [1].

O segundo motivo para as pausas existirem é que tanto os momentos de ensino e aprendizado como os intervalos lúdicos são importantes. Isto ocorre pois as crianças também aprendem brincando e interagindo com outras crianças [2]. Na brincadeira elas também podem exercitar a criatividade, o que fortalece o aprendizado [3].

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2. As aulas devem ir além do formato expositivo

Os(as) bons professores(as) planejam suas aulas considerando a capacidade das crianças de manter a atenção, os tipos de atividades e a importância do brincar. 

Várias pesquisas demonstraram que as aulas expositivas tradicionais são menos eficazes do que metodologias ativas, que colocam a criança no centro do aprendizado. Usando metodologias ativas podemos reduzir o tempo de “aula” para 1/3 e mantemos o mesmo nível de aprendizado [4]. 

É por conta destas evidências científicas que as melhores escolas do mundo estão abandonando as aulas expositivas. O professor, ao invés de “explicar o conteúdo”, oferece para as crianças acesso aos melhores conteúdos e atividades para que elas estudem, pesquisem, desenvolvam e aprendam. Os professores passam a ser os guias e mentores da criança no processo de aprendizado.

3. Múltiplos tipos de estímulos

Uma das formas de fortalecer o engajamento e a motivação das crianças é utilizando diferentes tipos de estímulos [1]. Diferentes estímulos de curta duração em conjunto, darão um resultado muito superior ao de uma longa aula tradicional. É por isto que as melhores escolas mesclam videoaulas pré-gravadas, atividades do livro, jogos digitais da Escribo e encontros ao vivo entre estudantes professor(a).

Família, cuidado com o uso excessivo de telas

Como os pequenos são muito ativos e cheios de energia, as telas são usadas como grandes aliados na hora de distraí-los. Mas vários estudos indicam que o uso prolongado de telas não é saudável para a criança.

Segundo a Academia Americana de Pediatria (2016), crianças de até um ano e meio não devem ter acesso a telas. Depois dos dois anos, podem começar a acessar programas educativos como o Escribo Play por períodos curtos. O ideal é que crianças de três a cinco anos não usem televisões ou tablets ao longo de várias horas. Não é recomendado o uso durante as refeições nem antes da criança dormir.

No contexto da pandemia do Covid-19, o isolamento social traz grandes desafios. Nem sempre é possível conciliar com perfeição as questões domésticas, o trabalho à distância e a educação das crianças. Por isso, muitas escolas vêm seguindo as melhores práticas pedagógicas, que incluem intercalar encontros ao vivo com atividades assíncronas que podem ser feitas em qualquer horário.

Esta abordagem, alinhada com as melhores práticas da educação online servem para potencializar o aprendizado da criança, fortalecendo o interesse a motivação. Outras abordagens, que conectam as crianças por várias horas na frente de tela não são efetivas em termos de aprendizagem e podem causar prejuízos a saúde física e mental das crianças.

Para conhecer como funcionam as boas escolas online, sugerimos assistir este vídeo curtinho que resume o que é a educação online efetiva.

Referências

[1] Hardiman, M. M. (2012). The brain-targeted teaching model for 21st-century schools. Corwin Press.

[2] VYGOTSKY, Lev Semenovich. Mind in society: The development of higher psychological processes. Harvard university press, 1980.

[3] Gajda, A., Karwowski, M., & Beghetto, R. A. (2017). Creativity and academic achievement: A meta-analysis. Journal of Educational Psychology, 109(2), 269.

[4] Baepler, P., Walker, J. D., & Driessen, M. (2014). It’s not about seat time: Blending, flipping, and efficiency in active learning classrooms. Computers & Education, 78, 227-236.