20 atitudes que fazem a diferença em um professor bem sucedido – Parte I

Raros são os casos onde um profissional bem sucedido, quando perguntado sobre a sua “fórmula para o sucesso”, não se lembra de pelo menos um professor que lhe fez chegar até ali.

A gratidão pelo mestre advém daquela aula marcante, das lições que não se limitavam às paredas da escola, ou simplesmente pelo professor não desistir de seus alunos por mais difícil que fosse.

O que os alunos levam de uma boa educação geralmente está centrado em uma conexão com o professor, que ensinou com paixão e inspiração aquele conteúdo.

Nesse contexto, é importante se perguntar: como um professor atinge seu objetivo com os alunos? quando isso é visível?

A psicóloga especializada em educação Julie DeNeen discorreu sobre 20 hábitos inerentes à educadores de sucesso. Confira abaixo a primeira parte da lista:

Hábitos de um professor bem sucedido

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1. Objetivos claros

Como você sabe que está indo na direção certa se não conhece o lugar para onde está indo? No trânsito, você lê as placas, usa mapas e GPS. Na educação, os seus objetivos na sala de aula agem como placas, guiando as aulas e os estudantes para o destino correto.

Seu plano de aula é seu mapa! Fazer um plano não é mecanizar as aulas – é criar o ambiente propício para que o conhecimento e a criatividade aflorem.

2. Senso propositivo

Ninguém é sortudo o suficiente para ser agraciado com dias de trabalho épicos diariamente. As vezes, a vida pode soar mundana e tediosa.

E é aí que os professores com senso propositivo se destacam: eles conseguem ver o cenário da sala de aula além do óbvio, e com esse olhar diferenciado podem passar por cima de dias difíceis, enxergando outras possibilidades.

3. Paciência (ou “sabem esperar o feedback”)

O feedback nem sempre é imediato na educação. Não há nada pior do que planejar uma aula com muito esforço e apenas alguns estudantes entenderem o que foi explicado. É difícil se entregar 100% à um projeto e não ver o resultado instantaneamente.

Por isso os professores bem sucedidos não podem depender de elogios e gratificações rápidas, caso contrário viverão estressados e desiludidos.

Aprendizado, relacionamentos e educação são áreas em que é preciso paciência e esforço para atingir os objetivos, como quem rega e cuida de um jardim – é preciso esperar para florescer.

4. Sabem ouvir, mas também sabem a hora de ignorar

Fazendo gancho com o item acima, o professor bem sucedido também sabe filtrar os feedbacks recebidos.

Um professor que nunca ouver o que os alunos estão dizendo vão, cedo ou tarde, falhar. Mas um professor que sempre escuta também há de falhar.

É preciso balancear e avaliar quando é hora de ouvir os alunos e  readaptar os métodos, e quando é hora de dizer não – vendo sempre a situação à longo prazo.

5. Atitudes positivas

Caras fechadas e discursos negativos eliminam qualquer lapso de criatividade que os alunos possam ter, e isso cria um terreno fértil para o medo e o fracasso.

Bons professores são otimistas e têm senso de vitalidade, equilibrados com uma boa energia – positividade é a semente da criatividade, pois apoio é tudo que os alunos precisam para acreditar que seus projetos darão certo.

6. Esperam que seus alunos tenham sucesso

Esse conceito se aplica também para os pais. Estudantes precisam de alguém que acredite neles. Eles precisam que alguém mais velho – e mais sábio – coloque fé em suas habilidades.

Crie expectativas e metas realistas para eles atingirem, e propicie um ambiente onde eles têm o direito de errar. Isso motivará os estudantes a continuar tentanto atingir as metas e expectativas que você criou.

7. Senso de humor

Humor e perspicácia criam uma boa e duradoura imprensão.

Professores bem sucedidos são também bem humorados porque sabem que isso reduz o estresse e a frustração, além de dar às pessoas a chance de enxergar certos contextos a partir de outro ponto de vista. Se você entrevistar mil alunos sobre quem eram seus professores favoritos, aposto que 95% desses professores eram hilários.

8. Sabem elogiar com moderação

Sim, estudantes precisam ser encorajados, mas o real encorajamento não é feito só de elogios.

Não é nada bom aplaudir seus trabalhos quando você sabe que aquilo é apenas 50% do que eles são capazes de fazer.

Se qualquer trabalho é elogiado ou aplaudido, o seu reconhecimento não é tão valioso assim. Quando usado apenas na hora certa, o elogio será muito mais valorizado – e fará com que seus alunos busquem aquilo ainda mais.

9. Sabem correr riscos

Arriscar-se é parte de toda fórmula de sucesso. Riscos são a prova de que você está disposto a tentar coisas novas na sala de aula, e estudantes valorizam essa atitude.

Lidar com crises também é uma forma de ensinar algo à seus alunos. forma como você ensina é tão importante quanto o que você ensina!

10. São consistentes

Ser consistente não significa estar preso à algo, e sim que você fará o que prometeu. Significa não mudar suas regras de acordo com seu humor e garantir que seus alunos confiem em você quando precisarem.

Professores de sucesso sabem quando se desprender de certos métodos, pois permanecer preso a algo que não gera resultados não é consistência – é teimosia.

Você se identifica com essas características? Não deixe de voltar amanhã para ler a segunda parte da lista!

7 características de uma sala de aula produtiva

Professores devem encarar suas salas de aula como templos de efervescência intelectual. É lá onde seus alunos aprenderão diversos valores e conteúdos importantes para seus respectivos futuros em desenvolvimento.

Assim, é importante garantir que aquele ambiente seja de fato um catalisador do aprendizado.

Ensinar e aprender não podem ser eventos isolados – é preciso interação entre educador e educando, desenvolvimento de competências em conjunto e construção de conhecimento do mundo aliada ao autoconhecimento – que envolve curiosidade, autenticidade e afeto.

Pensando nesse contexto, o educador Terry Heick resolveu listar todas as características de uma sala de aula producente, que produz resultados efetivos de um bom aprendizado.

A intenção é que a lista sirva de termômetro ou checklist para você avaliar e refletir sobre a sua própria sala de aula:

Quando uma aula é produtiva e o aprendizado, efetivo?

Foto de uma sala de aula mostrando diversos alunos de costas sentados em carteiras olhando para o quadro negro. Nas carteiras, estão caixas repletas de materiais.1. Quando os alunos fazem perguntas – boas perguntas

Perguntas são cruciais para o processo de aprendizado acontecer.

O papel da curiosidade foi estudado o suficiente para sabermos que, se um estudante entra em processo de aprendizado sem nenhuma curiosidade natural para saber o que lhe espera naquele conteúdo, não espere que ele interaja com o material e faça as atividades.

Ditar como o aluno deve aprender, esperar respostas únicas e imutáveis e pensar sempre em preto e branco, esquecendo a criatividade, são alguns vícios que podem matar a curiosidade do aluno e consequentemente sua vontade de aprender.

Se os alunos não conseguem criar boas perguntas, alguma coisa está errada.

2. Quando as perguntas são tão valiosas quanto as respostas

“Questione tudo” é a máxima da filosofia. É questionando que descobrimos o mundo e nos conectamos com várias realidades. Faz sentido que perguntas guiem o aprendizado – elas fazem o conteúdo fluir para direções novas e por isso devem ser valorizadas.

Estimule questionamentos de forma criativa, faça listas, instigue a curiosidade – o interesse pelas aulas vai aumentar drasticamente.

3. Quando as ideias vêm de fontes divergentes

Ideias para atividades, leituras, testes e projetos devem vir de vários lugares. Se todas as ideias partem de um só ponto de vista, sua aula estará fadada à inercia, onde apenas uma direção é apontada.

Instigar que os alunos pesquisem e vejam o mundo por ângulos distintos é uma alternativa interessante – deixe-os buscar fontes em suas próprias comunidades e círculos de convívio, mas também fora de suas zonas de conforto. Que tal trazer para sala de aula um convidado com ideias inovadoras?

É interessante um debate onde duas fontes discordam, pois é esse tipo de divergência que encaramos no mundo real.

4. Quando há variedade nos modelos de ensino utilizados

As possibilidades de inovar passando o conteúdo são infinitas: projetos de audiovisual, aprendizado via conteúdo digital, desafios com jogos, intercâmbio de conhecimentos com outras salas.

O importante é não engessar a sala de aula num modelo tradicional onde o aluno apenas ouve o que o professor fala. Adaptar a aula para determinado conteúdo é possível e interativo, garantindo engajamento, como professores que usam música para ensinar fórmulas ou jogos para ensinar matemática.

É uma característica de uma sala de aula efetiva haver diversidade, o que exige do professor a capacidade de se autodescobrir e reeinventar-se, aprendendo sempre.

5. Quando o conhecimento trespassa as paredes da sala de aula

Este ponto é óbvio: se os alunos irão deixar as salas de aula em algum momento, o conhecimento precisa ultrapassar igualmente aquele ambiente físico.

É essencial refletir sobre literatura e química, mas as fórmulas e autores do arcadismo precisam ter importância prática na vida desses alunos – e isso é perfeitamente possível.

A química está em todas as coisas que eles consomem, o que pode ser um gancho na hora de ensinar, e ideias árcades como “cortar o inútil” (inutilia truncat na literatura, que visava erradicar os exageros e simplificar as coisas) podem ser muito úteis na vida dos estudantes à medida que eles amadurecem.

O segredo é abordar o conteúdo da forma certa.

6. Quando o aprendizado é personalizado de acordo com a classe

Não é preciso ter muita sensibilidade para entender que cada aluno é diferente, de forma que toda sala de aula também será. Isso exige que o professor saiba adaptar suas aulas para à realidade daquela escola, daquela classe, daqueles alunos.

Ainda que aprendam o mesmo conteúdo, os perfis são diferentes – e assim devem ser as aulas.

7. Quando as avaliações são autênticas e transparentes – não punitivas

Segundo as pedagogas Ana Paula Martins e Natália Luiza da Silva, aprendizagens significativas são aquelas reflexivas, construídas ativamente pelo aluno e auto-reguladas. Conhecer, segundo essa nova visão, significa interpretar e relacionar.

Podemos dividir o processo de avaliação autêntico e significativo em dois momentos:

Democratização dos sistemas educativos

A avaliação poderá impulsionar a aprendizagem, se praticada segundo uma concepção formativa ou um elemento desmotivador, se for meramente classificatória. Nesse sentido, as práticas avaliativas tanto podem ser utilizadas a favor da efetiva democratização quanto para uma exclusão mascarada (uma exclusão por dentro do sistema).

Desenvolvimento das teorias de currículo

É preciso um novo modelo curricular, cujos princípios são: todos podem aprender; os conteúdos devem ser desafiadores, orientados para a resolução de problemas e para processos complexos do pensamento; deve haver igualdade de oportunidades; criação de hábitos de reflexão e atitudes favoráveis à aprendizagem; socialização dos alunos às disciplinas acadêmicas.

Como é sua sala de aula? Conte para gente! Toque no sininho à direita para assinar agora as notificações do blog da Escribo e acompanhar todos os nossos conteúdos. Grande abraço, e até mais!

A rede social para profissionais: 4 formas de usar o LinkedIn na escola

A rede social LinkedIn tem um diferencial em relação à outras redes sociais. Para aqueles que não conhecem, o LinkedIn é a maior rede de network profissional na internet, usada por mais de 230 milhões de pessoaso ao redor do mundo.

Logo, a vantagem do LinkedIn é ser uma rede focada diretamente em interesses profissionais, sem pessoas compartilhando detalhes sobre seus cafés da manhã e fotos de gatinhos como no Facebook ou Twitter.

Para gestores escolares, é importante manter uma relação séria e à longo prazo com a comunidade escolar. Nesse contexto, vale muito a pena criar uma conta para a escola no LinkedIn.

Simon Hepburn, especialista em marketing escolar, desenvolveu quatro dicas que podem ajudar sua escola:

Como a escola pode fazer o melhor uso do LinkedIn?1427749904

1. Mantendo contato com ex-alunos

Professores, gestores e outros funcionários da escola sempre gostam de saber como está a vida de seus ex-alunos: o que eles estão fazendo, para onde está indo o retorno da educação investida neles, contratá-los como professores ou funcionários, dar exemplos de case de sucesso para inspirar os alunos de hoje – e quem sabe até voltarem para a escola para matricular seus próprios filhos!

Uma maneira simples de gerir esse processo é criando um grupo de ex-alunos no LinkedIn e convidar seus alunos já formados para participar. Um grupo “fechado” pode ser formado por qualquer um que seja membro do site há pelo menos sete dias:

  1. Clique em “Interesses”
  2. Clique em “Grupos”
  3. Clique em “Criar um Grupo”

Membros da escola podem ser adicionados como moderadores e os integrantes do grupo podem reatar amizades e fazer posts regularmente. Uma vez reunidos os ex-alunos, os diretores e moderadores do grupo podem postar novidades sobre a escola e divulgar eventos e ações de forma instigante, de forma que gere comentários e engajamento. Além disso, é um meio interessante dos próprios formados reencontrarem antigos amigos!

2. Fazendo network com pais e negócios locais que nem sempre estão

Como o LinkedIn é uma rede social profissional, a escola pode criar um grupo com os pais como no exemplo acima para conhecer o perfil dos pais que matriculam seus filhos naquela escola. Outra dica é criar contatos com as empresas e negócios da região, seguindo as páginas da companhia ou os próprios donos.

3. Ajudando seus alunos a criar currículos online

Ajudar os alunos a desenvolver relações profissionais pode ser muito útil para eles no futuro, quando forem para Universidades e precisarem enfrentar o mercado de trabalho. Uma tendência nas escolas do Reino Unido é encorajar a criação de perfis no LinkedIn para seus alunos a partir dos 16 anos, destacando suas competências para que eles se familiarizem com o mercado de trabalho através da rede social.

Os perfis do LinkedIn espelham a estrutura do Curriculum Vitae tradicional e permitem que o aluno siga universidades, empresas e indústrias de seu interesse, podendo um dia trabalhar ou estudar nelas no futuro.

4. Recrutando novos funcionários através da rede

Um dos maiores utilitários do LinkedIn é a contratação através dos perfis disponibilizados no site. A rede social dá acesso gratuito à uma rede global de network onde professores e outros profissionais da educação, muitas vezes com um diferencial de serem mais ligados à tecnologia e inovação justamente por valorizarem o poder das redes sociais.

Você pode pode divulgar vagas da seguinte maneira:

  1. Clique em “Conta e Configurações”
  2. Clique em “Anúncio de Vagas”
  3. Discorra sobre a vaga, descrevendo cargo, salário, setor, etc

Num pequeno teste, colocamos “Professor” no search do LinkedIn e foi possível identificar uma vasta quantidade de profissionais de educação disponíveis para contratação no LinkedIn!

Você gostou das dicas? Conte pra gente sua experiência com essa rede social! 🙂

Caso queira saber mais, temos um post com mais dicas sobre LinkedIn que você não pode deixar de conferir!