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A maioria das escolas possui, atualmente, um departamento responsável pelo marketing da instituição, formado por grupo de profissionais focados nas propagandas e outras formas de divulgação da escola, como as mídias digitais, por exemplo. Segundo o especialista Simon Hepburn, o problema é que esses departamentos não vêem a comunicação verbal do cotidiano – a famosa comunicação “boca a boca” – como uma aliada nas suas estratégias de marketing, perdendo as oportunidades de usá-la a favor das campanhas para aumentar a visibilidade da escola. Uma das vantagens, por exemplo, é fazer com que os próprios alunos e funcionários falem mais sobre a escola, divulgando-as naturalmente entre conhecidos, o que pode ser mais efetivo que muitas publicidades, pelo fator humano na transmissão da mensagem.
Simon reforça a importância do “boca a boca” nas dicas abaixo:
1. Garanta que todos da escola saibam o que a torna especial
Uma vez que seus alunos, funcionários e professores sabem exatamente o que a escola quer passar para o público, fica bem mais fácil para eles falar a respeito dela e seus benefícios com amigos, familiares e pessoas da vizinhança. Por exemplo, se a sua escola possui como diferencial o uso da tecnologia digital em salas de aula, o marketing precisa reforçar isso, para que fique claro o quão especial é a instituição – assim, todos da escola saberão da importância do lugar em que estudam ou trabalham. A mensagem precisa ser efetiva. Daí pra frente o “boca a boca” só tem a contribuir: funcionários e alunos orgulhosos da escola falarão, durante o cotidiano, sobre… a escola, claro! É bom sentir-se parte de algo especial – faz com que nos sintamos especiais também.
2. Boas histórias suportam a mensagem. Invista nelas
O departamento de marketing não deve se limitar – é necessário sair da sala e investigar histórias que apoiem a mensagem da escola e valorizem os aspectos únicos que a tornam especial. Isso envolve networking com os pais, professores e funcionários – conversar e se envolver com as pessoas relacionadas à escola demanda um faro quase jornalístico para boas histórias. Usando o mesmo exemplo do passo 1: se sua escola tem um ótimo projeto de tecnologia digital nas salas de aula, não deixe de produzir campanhas e conteúdo com os alunos que participaram desse projeto.
3. Compartilhar as histórias internamente
Após coletar histórias, é importante que muita gente fique sabendo delas, e principalmente as pessoas da própria escola, pois é através desses indivíduos que as histórias irão sair dos muros da instituição. É fácil para o departamento de marketing focar na audiência externa, oferecendo pautas para a imprensa, por exemplo. O que eles esquecem é que quem faz parte da escola também precisa saber que coisas boas estão acontecendo ali. É necessário repassá-las para os alunos e funcionários, seja através de um newsletter ou um artigo na web, tornando mais fácil a possibilidade dele compartilhá-lo em suas redes sociais. Naturalmente, as histórias se espalharão – seja entre os contatos do Facebook ou numa conversa entre amigos. Isso também serve na divulgação de eventos e épocas de matrícula e promoções.
4. Escutar o feedback da comunicação “boca a boca”
Mais uma vez, busque conversar com sua audiência interna (alunos, funcionário) – dessa vez para saber o feedback das pessoas de fora sobre a escola. Descubra o que eles pensam sobre a instituição. Conversas nos portões da escola ou no supermercado (e até mesmo nas redes sociais) ajudam à criar insights sobre as mensagens que você está passando – e como você está passando. Encoraje as pessoas da escola a responderem os clássicos cartões medidores de satisfação através de emails, seja convidativo e disponível para ouvir. Acima de tudo, é importante não levar o feedback negativo para o lado pessoal.
5. Ouça as ideias dos funcionários
Uma boa forma de fazê-lo é marcando encontros para estimular o networking entre os funcionários, eventos simples ou reuniões informais. Também é interessante a equipe de marketing monitorar esses eventos e seus impactos, à medida que os organiza.
Como anda o marketing da sua escola? Conte pra gente!
Américo é doutor em educação pela Johns Hopkins University. Pesquisador em educação, fundou a Escribo onde trabalha com as escolas para fortalecer o aprendizado das crianças.
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