A educação passa por períodos de transformação. Professores já passam atividades online, utilizando Google Drive ou Dropbox, aplicativos voltados para à educação e material multimídia com vídeos, infográficos e animações.
Um desses educadores é a professora Heather Wolpert-Gawron, que desenvolveu uma lista de características inerentes aos indivíduos que desejam aprender online.
A lista é voltada principalmente para aqueles alunos que estão começando a aprender online, então não deixe de divulgar para os seus alunos!
Uma boa observação é que a maioria desses atributos à serem alcançados na lista também funcionam para quem quer aprender melhor em salas de aula tradicionais.
A diferença, logicamente, é que no mundo virtual o sucesso depende muito mais de escolhas individuais e administração da energia e tempo gastos.
1. Força de vontade
Quem aprende com sucesso possui, de forma inerente, um senso de metacognição – ele é capaz de se auto motivar, começar os trabalhos sozinho e domina suas próprias ações.
Em outras palavras, eles refletem sobre como aprender ao mesmo tempo que aprendem.
2. Administração do tempo
Vivemos num mundo com muitos estímulos visuais, sensoriais e auditivos. Para conseguir ver e fazer tudo que desejamos, é preciso administrar o tempo. Ter a capacidade de elencar hierarquicamente suas prioridades com um olhar crítico é essencial.
Planejar as atividades de acordo com a importância delas é muito mais fácil e efetivo. Daí em diante é só deixar o plano de atividades fluir com responsabilidade.
3. Senso colaborativo
Isso é muito importante. Mais do que entender tecnologia, mais do que uma escrita perfeita, a habilidade colaborativa é a mais essencial para utilizar no aprendizado online.
Compartilhar é propagar conhecimento, ajudar os outros, se importar. Com redes de compartilhamento de informações, é possível aprender mais e de forma mais fácil, colaborativamente.
4. Estabelecimento de Metas
É preciso ser capaz de visualizar o objetivo e planejar o que precisa ser feito para alcançá-lo. Os mapas mentais são bastante úteis nesse momento! Saiba mais:
A comunidade virtual é baseada na linguagem verbal, ou seja, no uso de palavras numa comunicação efetiva. É preciso dominar o campo da escrita para se expressar bem online.
Vale salientar que a realização de atividades escolares via web não isenta o aluno de escrever formalmente. Nada de linguagem virtual como “vc”, “blz”, entre outras.
6. Seguir as Regras
Assim como a sala de aula possui um conjunto de regras, o ambiente online também. O aluno deve agir de acordo com as normas decididas previamente e designadas pelo professor ou instrutor da atividade online.
7. Autonomia
No mundo virtual você precisa advocar por si mesmo. Afinal, se não for você, quem mais pode sanar suas dúvidas, perguntar e fazer sua voz ser ouvida de forma positiva.
Conclusão
É possível ver claramente que essa sequência de características também se aplica nas salas de aula tradicionais.
Além de colaboração, compartilhamento e autonomia, existem também outros componentes que integram ambos espaços de aprendizado (real e online), como comunicação, resolução de problemas, tomadas de decisão, diplomacia (entender os dois lados), liderança, questionamentos, persuasão, definição de metas e compromisso.
Juntas, essas habilidades se correlacionam e andam juntas de diversas maneiras. Por isso não deixe de frisar aos alunos que as suas expectativas online da “sala de aula virtual” são as mesmas da sala de aula tradicional!
Américo é doutor em educação pela Johns Hopkins University. Pesquisador em educação, fundou a Escribo onde trabalha com as escolas para fortalecer o aprendizado das crianças.
Para homenagear a data e todos os educadores, o movimento Todos Pela Educação criou a iniciativa “5 Atitudes Pela Educação”, que visa apoiar e incentivar a população brasileira a acompanhar de perto a Educação e a ajudar crianças e jovens a aprender cada vez mais, por toda a vida.
Através do engajamento de todos, tanto por ações cotidianas quanto por valores colocados em prática, a iniciativa busca contribuir para a missão do movimento Todos Pela Educação, que é assegurar a todas as crianças e jovens do Brasil uma educação básica de qualidade até o ano de 2022 – bicentenário da independência do Brasil.
FOCO
O foco das 5 Atitudes são os alunos, mas essa iniciativa visa também envolver a família, a escola e a comunidade no processo de corresponsabilização, devido à participação direta ou indireta desses lugares e pessoas no dia a dia das crianças e jovens. Descubra abaixo quais são as atitudes e como podemos colocá-las em prática:
5 Atitudes pela Educação Segundo o Movimento TPE
1. Valorizar os professores, a aprendizagem e o conhecimento
Hoje já sabemos que é importante que as crianças e os jovens estejam na escola, mas é preciso que passemos a acompanhar o que eles aprendem, que valorizemos cada vez mais o conhecimento.
E não há como promover o conhecimento e a aprendizagem sem valorizar o professor.
2. Promover as habilidades importantes para a vida e para a escola
É importante trabalhar para que nossas crianças e jovens desenvolvam habilidades fundamentais em todas as esferas da vida, especialmente na escola.
Responsabilidade, criatividade, persistência, concentração, disciplina, comunicação e trabalho em equipe são habilidades que podem ser desenvolvidas ao longo da vida escolar e no convívio social. Se estimuladas desde cedo, têm maior probabilidade de ser incorporadas e praticadas no dia a dia.
3. Colocar a educação escolar no dia a dia
Para que a Educação seja uma prioridade nacional, é preciso que ela faça parte do dia a dia da sociedade, que seja incorporada como um valor.
O que se espera é que as famílias e a comunidades próximas, independentemente da escolaridade e da localidade onde estão inseridas, consigam ajudar as crianças e os jovens a entender a Educação como parte fundamental do desenvolvimento integral.
4. Apoiar o projeto de vida e o protagonismo dos alunos
O que os jovens brasileiros querem para o próprio futuro? Como ajudá-los a abrir portas para ele?
O objetivo dessa atitude é ajudar a sociedade a cuidar do projeto de vida dos adolescentes e estimular o protagonismo juvenil, promovendo a ideia de que todos são capazes de se desenvolver plenamente por meio da Educação, como cidadãos e como profissionais.
5. Ampliar o repertório cultural e esportivo das crianças e dos jovens
Diversos estudos mostram que parte do impacto negativo do baixo nível socioeconômico na aprendizagem das crianças é decorrente da falta de exposição a situações culturais e de formação de repertório que ajudem a compreender o mundo e o que é ensinado na escola.
O propósito dessa atitude é ajudar a família e a comunidade a buscar e aproveitar atividades e espaços que possam ampliar o repertório cultural e esportivo das crianças e jovens, contribuindo assim para a ampliação da sua formação cidadã – através de aulas de música, capoeira, leitura, etc.
No site da iniciativa você pode conhecer histórias de quem vem colocando as 5 Atitudes em prática e descobrir mais dicas de como exercitá-las, seja você educador, familiar ou membro comunitário 🙂
Que outra atitude você adicionaria à lista do Movimento Todos Pela Educação? Comente!
Américo é doutor em educação pela Johns Hopkins University. Pesquisador em educação, fundou a Escribo onde trabalha com as escolas para fortalecer o aprendizado das crianças.
Ainda que o chamado “aluno difícil” seja apenas uma criança à mercê de emoções que não podem controlar ou entender, pode ser complicado para um professor manter a calma e não levar as ofensas e o comportamento para o lado pessoal. Muitas vezes, é difícil lidar com alunos indisciplinados e desinteressados.
Crianças de temperamento difícil costumam esconder toneladas de dor. Elas se defendem contra os sentimentos ruins construindo paredes ao seu redor, onde se protegem da rejeição.
Cada esforço de um adulto que se importa para penetrar essas paredes encontra uma resistência expressada em afastamento emocional e/ou linguagem, gestos e ações ofensivas.
Como bebês incapazes de articular de onde vem seu próprio desconforto, essas crianças precisam urgentemente de adultos pacientes, determinados e com jogo de cintura o suficiente para não levar o comportamento ofensivo para o lado pessoal.
Aqui vão algumas dicas de como o professor pode se conectar ou reconectar com esse tipo de aluno:
1. Reconheça as qualidades dos alunos difíceis
Expresse positividade diariamente para cada um de seus alunos. Por mais difíceis que eles sejam, interaja com eles sempre de forma acolhedora.
Por exemplo, se um aluno aparentemente desinteressado e cronicamente atrasado chegar na sala, evite ignorar ou advertir imediatamente. Em vez disso, faça do seu primeiro contato com ele um gesto de apreciação por ele ter vindo à escola.
Exemplo: Estava esperando mesmo que você aparecesse. Feliz que você veio! Seja bem vindo. Por sinal, estamos na página 62.
Quando finalmente não houver mais ninguém ao redor, expresse sua preocupação e explique as consequências daquele comportamento.
Exemplo: Estou preocupada com seu desempenho, pois chegando atrasado você fica para trás nos conteúdos em relação aos outros colegas. Você vai ser advertido por esse atraso, mas o mais importante para mim é saber como posso ajudá-lo a chegar aqui na hora certa. Está acontecendo alguma coisa?
2. Use frases encorajadoras durante a aula
Frases que motivam os alunos contribuem para que eles se conectem à aula e ao conteúdo. Afinal, muitos alunos difíceis só buscam um pouco de aprovação. Buscar brechas para utilizar esse tipo de frase durante o dia é uma forma de lidar com alunos indisciplinados e desinteressados.
Pode ser “Parabéns por ter conseguido!”, “Essa questão foi difícil, parabéns!”, “Foi ótimo te ver fazendo ____”, “Espero que você esteja orgulhoso por ter feito ____, porque eu estou!”, etc.
3. Enxergue o “pior aluno” como o melhor
Pense no seu melhor aluno. Quem é o mais bem comportado? O mais motivado? Quais adjetivos lhe vêm à cabeça ao falar dessa criança?
Observe como você interage com esse aluno e tente agir da mesma forma com aquele outro mal comportado durante uma semana. Veja o que acontece com essa mudança de tratamento.
4. Envie relatórios de progresso para os pais
Faça uma carta ou email que descreva de forma breve para os pais os avanços que o aluno vêm fazendo em relação ao seu comportamento. Mostre que você vem observando progresso e tem boas expectativas para o filho deles.
As dicas que você leu acima são de autoria do autor e educador Dr. Allen Mendler, mas a Escribo tem mais uma dica de como você pode lidar com crianças indisciplinadas:
5. [EXTRA] Use jogos!
O jogo aumenta o interesse da criança pela educação devido ao fator inovador, enfatiza a importância de seguir as regras, a sociabilidade e o autoconhecimento – afinal, para ganhar é preciso conhecer as regras, o oponente e a si mesmo.
Saiba como aproveitar o papel pedagógico dos games na educação através dessa entrevista com os especialistas em jogos para educação Carlos Seabra e André Zats para o canal NET Educação:
O jogo teria a potencialidade de extrapolar o simples aprender sobre como jogar, tornando-se um lazer inteligente que exercita uma série de outras capacidades, como respeitar regras e lidar com a frustração.
O nosso aplicativo Escribo Play é um ótimo exemplo de ferramenta para exercitar essas capacidades. Com jogos pedagógicos digitais, motivamos as crianças a aprenderem ainda mais o que elas já veem com as professoras em sala de aula.
Em nossas pesquisas, descobrimos que estudantes usuários dos jogos da Escribo aprenderam 68% a mais em leitura e 48% a mais em escrita. É um ótimo exercício de foco e de competencias socioemocionais, não é mesmo?
E você, como se relaciona com alunos difíceis? Já pensou em como se reconectar com eles? Comente!
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Américo é doutor em educação pela Johns Hopkins University. Pesquisador em educação, fundou a Escribo onde trabalha com as escolas para fortalecer o aprendizado das crianças.
Sabemos que professores não são treinados ou selecionados para entreter, como comediantes. Mas também sabemos o quão positivo fica o clima da sala de aula quando o professor é divertido.
Os professores mais marcantes nas nossas vidas pós escola costumam ser aqueles que tornavam os dias mais agradáveis com seu bom humor.
Aprender e se divertir ao mesmo tempo contribui para que apreendamos a informação e coloquemos o aprendizado em uso no dia a dia e em situações como testes e provas.
O ex presidente da Association for Applied and Therapeutic Humor (Associação para Aplicação do Humor Terapêutico) e diretor do Institute for Emotionally Intelligent Learning (Instituto para Inteligência Emocional e Aprendizado), Ed Dunkelblau, afirma que no ambiente altamente competitivo e cheio de expectativas em que vivemos atualmente, todos na escola se beneficiariam se o humor fosse parte integrada da pedagogia:
“Testes cada vez mais difíceis, desafios financeiros, novas demandas surgindo para os educadores… O humor constrói uma relação de aprendizado através da alegria confluente entre o coração e a cabeça, que ajuda a lidar com esses desafios.”
Além disso, ele afirma que muitos estudos acadêmicos provam que o humor reduz o estresse e a tensão na sala de aula, aumentando a retenção das informações e promovendo um entendimento criativo.
“Mas acima de tudo, o humor trás um senso de prazer e apreciação do estudo, criando uma experiência positiva comum à todos os alunos, compartilhada também com os professores”, afirma Dunkelblau.
Abaixo você pode conferir 10 dicas para um melhor uso do humor na experiência diária de aprendizado:
10 Estratégias para Usar o Humor na Sala de Aula
Ainda que para você utilizar o humor seja um desafio, existem algumas atitudes que você pode usar para aliviar a carga de estresse e dissipar as nuvens cinzas na sala de aula. É importante lembrar, também, que sarcasmo não é o ideal para a sala de aula. O humor para crianças não deve machucar ninguém.
1) Ria de si mesmo
Quando você fizer algo bobo ou errar alguma palavra, aponte isso e ria à respeito. É melhor rir com os alunos! Essa atitude também mostra que tudo bem se você errar, o importante é aprender com os erros.
2) Adicione elementos engraçados em provas, tarefas de casa e trabalhos
Pode ser uma anedota, um desenho, uma tirinha. O interessante é quebrar a tensão.
3) Use quotes na sala de aula
Alguns professores colocam frases divertidas ou inspiradoras no quadro para os alunos todos os dias. Você pode fazer isso e também espalhar pela sala papéis na parede com quotes engraçados ou frases de bom humor. Outra estratégia é estimular os alunos a colarem suas frases legais também.
4) Tenha uma pasta com tirinhas
Pode ser online, no Pinterest, ou física, de forma que ela possa rodar pela sala nos intervalos para os alunos lerem.
5) Promova o “Dia da Piada”
Você pode pegar a sexta feira, dia mais tranquilo, e pedir para os alunos compartilharem piadas, histórias divertidas, anedotas, tirinhas ou charadas com os outros no fim do dia. (Faça questão de analisar as piadas antes, lógico)
6) Use o humor em atividades escritas
Use uma aula para conversar sobre os recursos do humor, o que é importante, os limites deste. Quando eles entenderem melhor o que causa o efeito do riso, saberão colocar no papel uma forma de escrita mais descontraída.
7) Diversão no guarda roupa
Uma vez por mês, convoque-os à trazer um chapéu engraçado para a sala, virem com meias trocadas ou outros acessórios engraçados para usar na hora do recreio.
8) Promova a criatividade
Leve tirinhas sem nada escrito nos balões ou fotos sem legendas e faça uma atividade onde eles deverão criar o próprio diálogo ou legenda de forma divertida e bem humorada, em duplas ou individualmente. Isso estimula a criatividade e o pensamento positivo.
9) Livros engraçados
Peça que os alunos tragam para a sala de aula livros divertidos e pergunte por que ele gosta daquela obra ou o motivo para o livro ser engraçado, pedindo exemplos e resenhas.
10) Use jogos
Você já ouviu falar sobre a gamificação? Aprenda neste artigo como as crianças podem aprender brincando:
O professor de psicologia Maurice Elias, autor dessa lista de dicas, conclui que aqueles que riem duram mais. Aqueles que não, pagam um preço. Por isso, não façamos as crianças pagar pelo mau humor da sociedade!
“Vamos colocar mais diversão na escola e aproveitar isso. Não precisa nem ser uma gargalhada – apenas um sorriso já ajuda. É hora dos educadores levarem o humor mais a sério.” Maurice Elias
Como você usa o humor na sala de aula? Compartilhe conosco!
Américo é doutor em educação pela Johns Hopkins University. Pesquisador em educação, fundou a Escribo onde trabalha com as escolas para fortalecer o aprendizado das crianças.
Um estudo realizado por docentes da Bucknell University, na Pensilvânia, defende que estimular a autonomia dos alunos na sala de aula pode ser ainda mais efetivo do que tentar controlar tudo ao redor.
O estudo propõe que a autonomia se manifesta em três formas:
Autonomia Organizacional: quando o professor permite que os alunos tomem decisões por si próprios, dentro dos termos e regras da sala de aula.
Autonomia Prática: quando o professor oferece aos alunos opções e diferentes formas de apresentar suas ideias (através de mídias diferentes, por exemplo).
Autonomia Cognitiva: quando o professor permite que o aluno se autoavalie em determinadas situações a partir de um padrão de auto referência.
Enquanto a autonomia organizacional estimula um senso de bem estar e conforto no funcionamento da sala de aula, a autonomia prática dá suporte para um maior engajamento nas atividades e no aprendizado, assim como a autonomia cognitiva promove um investimento psicológico mais duradouro no aluno inserido naquelas atividades.
O professor de inglês Larry Ferlazzo testou o estudo em sua sala de aula, promovendo a autonomia entre seus alunos. Ele relatou no site Edutopia que para isso dar certo, os alunos precisam estar motivados. E como promover a autonomia sem uma motivação que venha de dentro pra fora?
Para Ferlazzo, em vez de tentar motivar os alunos à todo custo, é interessante trabalhar um ambiente onde eles possam buscar a motivaçãointernamente, em cada um.
E para isso acontecer, é necessário existir uma relação de qualidade entre alunos e professores, que junto com o respeito mútuo se torna elemento chave no desenvolvimento da automotivação.
Quais ações os professores podem realizar para fortalecer essa relação e ajudar os alunos a se motivarem internamente?
4 atitudes que ajudam o aluno a se motivar
1. Se interesse pelos seus alunos
Descubra seus interesses, sonhos, expectativas para o futuro. Faça um apanhado de informações sobre suas vidas, pergunte-lhes sobre o que lhes faz feliz e o que acontece no seu dia a dia.
Em outras palavras, lidere ouvindo mais do que falando. Entretanto, não faça disso uma via de mão única – compartilhe algumas de suas histórias também, construa pontes. Isso cria uma conexão de confiança e respeito entre educador e educando.
2. Haja de forma amigável na sala de aula
Sorria, brinque, cumprimente com apertos de mão. Pequenas atitudes podem determinar a imagem do professor perante seus alunos, provando que você é alguém que se importa. E vale a pena se esforçar quando o outro se importa!
3. Seja flexível, e mantenha seu foco no aprendizado
Um dos alunos do professor Ferlazzo nunca havia escrito uma redação durante toda a sua vida escolar.
Sua intenção era continuar sem escrever até que, durante um exercício de escrita focado em redações persuasivas, o professor (sabendo que o aluno gostava de futebol e videogames) disse que ele poderia escrever sobre por que o seu videogame favorito era o melhor ou por que seu time de futebol era melhor do que seu rival.
O aluno terminou escrevendo duas redações, sobre ambos tópicos. E o tema da aula (escrita persuasiva) ainda assim foi trabalhado!
4. Não desista de seus alunos
Seja positivo da forma mais humana possível e encoraje uma mentalidade de crescimento e evolução nos estudantes.
DICA EXTRA:
Uma pesquisa da Science Magazine fez com que os estudantes escrevessem um parágrafo após cada unidade de conteúdo aprendido, falando sobre como aquilo poderia ser usado em suas vidas.
Ao fim do exercício, o resto do ano letivo foi muito mais positivo para esses alunos, pois ao colocar a importância do conteúdo no papel, conseguiam visualizar a relevância do aprendizado em suas vidas – principalmente aqueles que estavam com o desempenho abaixo da média.
Ainda que seja comum entre os professores explicitar algumas conexões do conteúdo com a vida real, a pesquisa também provou que o ensino focado na experiência do educador nem sempre é efetivo e pode desmotivar os alunos, por ser algo distante da realidade deles.
Por exemplo: um aluno que tem dificuldade em entender matemática ou não a acha interessante pode se sentir ameaçado e mal por constantemente ouvir do professor como a matemática é importante para seu futuro.
Em vez de se engajar, o estudante pode se afastar e experimentar sentimentos negativos sobre a matéria.
Os pesquisadores recomendam que, nesses casos, a abordagem mais efetiva seria encorajar os alunos a criarem suas próprias conexões com a matéria e descobrirem, por si próprios, a relevância daquilo para suas vidas.
Esse método de autonomia dá ao estudante a oportunidade de conectar os tópicos e áreas estudados aos campos de interesse em suas vidas.
Gostou do artigo? Quais estratégias você usa para manter a motivação dos alunos? Comente!
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Américo é doutor em educação pela Johns Hopkins University. Pesquisador em educação, fundou a Escribo onde trabalha com as escolas para fortalecer o aprendizado das crianças.
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