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Você consegue imaginar uma escola que não divide o ensino em disciplinas específicas, como matemática, história e biologia?

Ela está prestes a existir. E se você acha que é uma ideia de eficácia questionável, pense de novo, pois este futuro modelo advém do país com um dos melhores sistemas de educação do mundo: a Finlândia.

Com posições de topo em matemática, línguas e ciências no ranking PISA da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico, o país é referência para educadores de todo o mundo, que vêem a Finlândia como exemplo e tentam adaptar seu ensino aos valores do país nórdico.

Mas, como podemos ver, a Finlândia não descansa nos próprios méritos e mais uma vez resolveu inovar seu sistema de ensino.

Agora, a mais nova revolução na educação finlandesa consiste em abolir o tradicional ensino por disciplinas e substituí-lo pelo ensino através de tópicos.

Disciplinas como Literatura Inglesa e Física já foram eliminadas das turmas de alunos com 16 anos (que seriam do ensino médio aqui no Brasil) na capital Helsinque.

Em vez disso, os estudantes finlandeses estão aprendendo “fenômenos”, ou seja, vêem em uma única aula toda a aprendizagem englobada em economia, história, línguas e geografia, etc.

A ideia desse novo sistema visa evitar a maior angústia dos estudantes no mundo inteiro: “Qual o sentido de aprender isso? Em que esse aprendizado pode servir?”

Agora, cada matéria está ancorada à sua razão de ser aprendida.

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Helsinque, a capital da Finlândia. (Créditos: Viagem Fotos)

 

Mas o novo sistema é polêmico:

Para o desenvolvedor do projeto Pasi Silander, o mundo mudou muito com o desenvolvimento da tecnologia e a maioria dos antigos métodos de ensino do passado não possui mais nenhum propósito prático.

“Jovens usam computadores com tecnologia avançada diariamente. No passado, por exemplo, os bancos tinham diversos funcionários somando contas, mas agora isso não é mais necessário – tudo mudou”

Entretanto, muitos professores na Finlândia estão em oposição ao futuro modelo. Não é difícil entender seus motivos: a maioria desses professores ensinou apenas uma disciplina durante toda a sua carreira, e com esse tipo de sistema eles seriam forçados a trabalhar de forma colaborativa e interagir de maneiras totalmente diferentes do usual, a fim de criar um novo currículo juntos.

Marjo Kyllonen, gestora de educação de Helsinque e principal responsável pela reforma do sistema na capital, considera esse novo modelo como um “co-ensino”.

Kyllonen afirma que as escolas que estão ensinando da forma antiquada:

“O ensino que era benéfico no começo dos anos de 1900 não é o mesmo que se ajusta às necessidades do século XXI.”

O novo sistema já está sendo testado na capital, mas ela afirma que a intenção dos responsáveis é tornar o sistema vigente em todo o país até o ano de 2020.

Será que os outros países do mundo também vão seguir os passos da Finlândia? E você, concorda com esse novo conceito educacional?