Por Américo Amorim, Doutorando em educação pela Johns Hopkins University.
Nos últimos dias estive visitando algumas escolas e conversei com diretores, coordenadores e professores sobre o layout físico das salas de aula.
Nesse vídeo vamos falar um pouco sobre como a arrumação, a iluminação, o som e os aromas das salas de aula podem ajudar o trabalho dos professores e o aprendizado dos alunos. Abaixo você pode conferir a transcrição completa dele.
Primeiro é importante lembrar que nossos alunos precisam prestar atenção nos momentos mais importantes das aulas. (Hardiman, 2012). Várias pesquisas mostraram que quando o professor muda algo na sala de aula, os alunos ficam mais atentos. (Posner & Rothbart, 2007).
Outra pesquisa mostrou que salas que sempre são iguaisaumentam a dispersão dos alunos (Zental & Zendtal, 1983). Ou seja, o que a neuroeducação nos mostra é que quanto mais mudarmos o interior de nossas salas, mais atenção e aprendizado.
Uma boa prática é mudar os cartazes que ficam nas paredes para que os alunos sempre prestem mais atenção nas novidades. Podemos fazer isso semanalmente, quinzenalmente. O importante é não deixar sempre a mesma coisa.
Nós também podemos mudar a organização das bancas na sala ao longo dos bimestres!
Uma outra ideia, que já foi testada em pesquisas e mostrou bons resultados, é alternar as salas de aula. Ou seja, a cada semana você pode trocar as salas das suas turmas. Isso pode ser uma boa brincadeira para os alunos e vai ajudá-los a ficarem mais motivados e atentos! (Smith, Glenberg and Bjork, 1978).
Outra coisa que é muito importante para o aprendizado é a iluminação da sala de aula. Um estudo com 21 mil crianças descobriu que salas de aula iluminadas pela luz solar tinham scores maiores: +20% em matemática e 26% em leitura (Hoeschong, 1999).
Ou seja, o ideal é termos grandes janelas que permitam a entrada de luz durante a maioria do ano.
Mas nem sempre é possível termos grandes janelas. Nestes casos é importante prestar atenção nas lâmpadas. O ideal é que as salas de aula sejam equipadas com lâmpadas fluorescentes de espectro total com suplemento UV, pois elas emitem luz parecida com a do sol.
Alunos que estudam em salas equipadas com estas lâmpadas são mais saudáveis e aprendem mais do que nas salas com lâmpadas fluorescentes brancas ou de vapor de sódio (Hathaway, 1995).
Outra coisa importante é prestar atenção no nível de ruído na sala de aula. Ruídos causam distrações principalmente em crianças da educação infantil (Nelson & Soli, 2000). Por isso, crianças em salas silenciosas conseguem recuperar mais informação do que crianças de salas barulhentas (Smyth, 1979).
Os adolescentes também perdem capacidade de recuperação e tratamento de informação quando expostos a sons muito altos (Hygge, 2003).
E para terminar, é importante lembrar que o cheiro também pode ajudar no aprendizado. Odores podem melhorar o estado emocional, a atenção e a memória dos alunos (Epple e Herz, 1999).
Um bom exemplo disso foi o estudo que mostrou que aromatizando uma sala com aroma vale do lírio e hortelã-pimenta (peppermint) reduziram em 54% as atividades paralelas dos alunos. Você também pode introduzir aromas em sua sala, mas lembre de não utilizar produtos químicos que possam causar alergia as crianças.
Bem pessoal, é isso. Resumindo, as pesquisas mostram que precisamos:
Mudar o layout de nossas salas ao longo do ano letivo;
Usar ao máximo a luz solar para iluminar nossas salas, e quando precisarmos de lâmpadas, utilizar as mais adequadas;
Reduzir o nível de ruído nas salas de aula;
Introduzir aromas para ajudar os alunos para se concentrarem.
Américo é doutor em educação pela Johns Hopkins University. Pesquisador em educação, fundou a Escribo onde trabalha com as escolas para fortalecer o aprendizado das crianças.
Hoje vamos falar sobre a influência do no stress aprendizado das crianças. Este vídeo é um resumo do artigo “Journal of adolescent heath” de Carrion, V. G e Wong, S.S. que foi publicado em 2012. Alguns pesquisadores já tinham uma suspeita de que experiências traumáticas aumentavam o nível de cortisol nas crianças, mas a questão aberta era: qual a conseqüência disso para o aprendizado?
Nesse estudo os pesquisadores monitoraram a atividade cerebral das crianças que tinham passado por experiências traumáticas e também daquelas que não tinham, observando o nível de atividade cerebral e o nível de cortisol nesses dois grupos.
As crianças que tinham passado por experiências traumáticas possuíam níveis mais altos de cortisol e também foi registrada uma menor atividade no hipocampo e no córtex pré-frontal, ou seja as áreas do cérebro ligadas ao raciocínio analítico e a memória. Isso, claro, leva a uma série de dificuldades de aprendizado.
Para minimizar esse problema os pesquisadores sugerem que educadores desenvolvam intervenções que reduzam o nível de cortisol, ou seja, deixem os alunos mais tranquilos, mais relaxados; e também fortaleçam a atividade na região frontal no sistema límbico para que eles consigam novamente ter níveis mais altos de raciocínio e aumentem a capacidade de memorização.
Resumindo, a neuroeducação mostra que crianças que passaram por experiencias traumáticas terão mais dificuldade no aprendizado e nós educadores precisamos desenvolver atividades para que elas possam se recuperar dessa perda cognitiva.
Por hoje é só, se você gostou dê seu feedback e logo teremos mais vídeos!
Américo é doutor em educação pela Johns Hopkins University. Pesquisador em educação, fundou a Escribo onde trabalha com as escolas para fortalecer o aprendizado das crianças.
Com a aproximação de mais um novo ano escolar professores e gestores precisam selecionar os materiais didáticos a serem adotados pelo colégio. A tarefa, apesar de habitual, não pode ser tratada com descaso: um material mal escolhido compromete não apenas a rotina em sala, mas está diretamente atrelado à qualidade de ensino da instituição.
O momento em que a gente está vivendo, em especial, traz um agravante ainda maior. A atual crise financeira vivida no Brasil tem gerado complicações para a escolha do material curricular. Além de lidar com as expectativas tradicionais dos pais quanto à qualidade do material escolhido, a redução de custos acabou se tornando o sentimento geral do país.
Por conta disso uma verdadeira dor de cabeça se instalou para professores e gestores: o que deve ser priorizado na escolha desses materiais? Que elementos compensarão o investimento e deixarão pais e alunos satisfeitos?
Em primeiro lugar é preciso considerar o projeto político pedagógico da escola, buscar materiais que estejam alinhados aos objetivos e aspectos que colégio prioriza, para assim promover a integração curricular.
Além disso, quando o custo é um desafio a ser superado, a contrapartida é a diferenciação, isto é, demonstrar valor aos pais. A avaliação didática precisa então garantir que os materiais didáticos escolhidos conseguirão de fato impactar o desenvolvimento dos alunos.
Na educação infantil, um período tão determinante para a educação, isso se reflete na busca pelo desenvolvimento integral do estudante. Baseados nisso, para auxiliar você gestor ou professor nessa escolha, elencamos a seguir as 5 características indispensáveis a um material didático de impacto.
1. É adaptável
A troca diária de conhecimentos precisa estar associada as necessidades percebidas em sala e ao contexto em que os alunos estão inseridos. Conforme o professor perceba o grau de desenvolvimento da turma ele precisa ter a liberdade de adaptar e readaptar seu plano de ensino, o que implica na necessidade de um material dinâmico.
A flexibilidade do material a ser adotado, dessa forma, garante que as crianças aprendam não apenas de maneira correta, mas no momento mais oportuno. E por isso é que é tão importante para um crescimento e desenvolvimento favorável.
2. Estimula o gosto pela leitura
Apesar de ainda não estarem alfabetizadas, é importante já na primeira infância o estímulo ao hábito da leitura. Isso é possível por meio de atividades que envolvam contação de histórias, poemas, música, teatro ou até mesmo jogos eletrônicos, de modo que a criatividade das crianças seja aflorada.
A motivação para leitura, num país que pouco se lê, garante desde cedo diferenciais importantes ao aluno, ele aprende melhor, se comunica melhor e ainda garante a longo prazo seu desenvolvimento como leitor.
Nos jogos do Escribo Play, por exemplo, o uso da Língua Portuguesa é abordado desde o som das letras, passando pela escrita até a construção de frases completas. De forma lúdica, os jogos apresentam o conteúdo a ser trabalhado estimulando a imaginação das crianças e garantindo já entre os pequenos o gosto pela leitura.
3. Desenvolve o pensamento crítico
Durante a infância a maior parte do nosso cérebro está em formação, o que implica dizer que qualquer estímulo nesse período tem impacto direto na nossa capacidade intelectual a longo prazo.
Com isso, é importante desde cedo estimular a análise crítica do aluno, para que ele consiga avaliar e entender as coisas ao seu redor, bem como o ambiente em que está inserido.
Para que o desenvolvimento do pensamento crítico ocorra é importante considerar materiais didáticos que estimulem o raciocínio lógico, fomentando discussões e opiniões sobre diferentes assuntos.
4. É interativo
Jogos, animações, desenhos e atividades interativas são essenciais para qualquer material didático atual. Na geração dos jogos e da internet essas ferramentas conseguem rapidamente chamar atenção dos alunos, justamente por serem algo tão presente em seu cotidiano.
No momento da avaliação didática, portanto, é importante considerar materiais em que esses recursos sejam explorados, para que a a integração e dinamização do processo ensino/aprendizagem seja facilitada, através de novas formas de pensar e se desenvolver.
Isso pode acontecer, por exemplo, por meio de jogos pedagógicos que trabalhem os conteúdos vistos em sala através de atividades lúdicas, que é justamente a proposta principal do Escribo Play.
5. Possui materiais complementares
Além do livro didático em si, é importante considerar um material didático que venha acompanhado de recursos extras para o enriquecimento da aula, para que ela se torne o mais dinâmica e ambientada possível.
Isso pode acontecer, por exemplo, por meio de cartazes que ilustrem determinados conteúdos a serem estudados facilitando assim o processo de ensino.
Você já escolheu seus materiais didáticos para 2016?
Embora o processo de aprendizagem ocorra durante toda a vida, o desenvolvimento de nossa capacidade de aprendizado é concentrado durante a infância e por isso a importância de escolher um material didático que promova suporte adequado as aulas.
Nós da Escribo entendemos a importância desse momento e por isso desenvolvemos o Escribo Play, um app de jogos educativos produzidos especialmente para a educação infantil e os anos iniciais do ensino fundamental.
Se você quiser acessar o Escribo Play e conhecer tudo o que os jogos têm a oferecer, basta clicar nesse link para acessar. E para acompanhar esses e outros conteúdos assim que saírem, assine as notificações tocando no sininho ao lado. Até mais!
Américo é doutor em educação pela Johns Hopkins University. Pesquisador em educação, fundou a Escribo onde trabalha com as escolas para fortalecer o aprendizado das crianças.
Quando falamos em educação, quem são suas maiores inspirações?
Reunimos 5 educadores brasileiros atuais para ficar de olho e outros 8 especialistas já consolidados na área, indispensáveis para a formação de professores. São educadores, escritores e palestrantes com atuação significante nas redes sociais e que acabam impactando positivamente profissionais da educação. Vale a pena conferir.
Para os educadores eles servem de inspiração e fonte de conhecimento, fomentando a discussão de temas importantes e contribuindo para o enriquecimento pedagógico.
5 novos nomes
Ilona Becskeházy
Ilona é Mestre em Educação pela PUC-Rio e Doutora em Educação pela USP. Atua desde 1996 no desenho e implementação de projetos de educação. É também uma ativista pela educação de qualidade para todos os brasileiros, trabalhando como consultora e colunista do boletim Missão Aluno da Rádio CBN.
Por que seguir?
Com o blog Excelência & Equidade em Educação, Ilona traz ao público discussões com as principais novidades sobre políticas públicas educacionais e práticas efetivas de ensino.
Como o nome sugere, a especialista comenta temas valiosos para o desenvolvimento da educação: a excelência acadêmica que é pouco estimulada nos meios educacionais e a necessidade de trabalharmos para que diferentes grupos sociais convivam em maior equidade – ou seja, igualdade de condições e deveres.
Ilona ambém costuma refletir sobre o presente momento da educação em sua conta no Twitter.
Natália Martins Dias
Psicóloga pela Universidade São Francisco, Mestre e Doutora em Distúrbios do Desenvolvimento pela Universidade Presbiteriana Mackenzie – São Paulo. Natália também é professora pelo Departamento de Psicologia do Centro de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).
Por que seguir?
Quando se fala em Neuropsicologia Escolar, o nome de Natália é um dos primeiros na lista de especialistas no Brasil. A pesquisadora tem diversos livros publicados sobre as relações entre o cérebro infantil, comportamento e processos mentais (atenção, memória, linguagem, pensamento e motricidade, por exemplo).
Natália é a líder de um dos grupos de pesquisa neuropsicológica mais ativos em todo o país, com atuação principalmente na avaliação e intervenção neuropsicológica cognitiva, funções executivas (autorregulação) e desenvolvimento de intervenções remediativas e precoce-preventivas em neuropsicologia infantil.
Américo N. Amorim
Américo é doutor em educação pela Johns Hopkins University, um dos mais renomados centros de pesquisa do mundo. É fundador da Escribo, onde desenvolve jogos pedagógicos que são usados por milhares de estudantes. Recebeu prêmios como o Santander de Empreendedorismo e o FINEP de Inovação.
Por que seguir?
Atualmente, Américo busca fortalecer o aprendizado dos estudantes brasileiros. Seu projeto Escribo Play é pioneiro nas escolas da educação infantil, levando jogos lúdicos e pedagógicos baseados nas descobertas da neurociência, feitos com o objetivo de potencializar o desenvolvimento das crianças já na primeira infância.
Américo divulga os resultados das pesquisas mais novas para gestores, educadores e famílias. Além do Twitter e do Instagram, essa divulgação é feita também pelo Blog da Escribo e pela Revista da Escola, Professor, Educação e Tecnologia. O periódico é especializado em tecnologia na educação, jogos educacionais, alfabetização e letramento de crianças.
Augusto Buchweitz
Doutor em Letras pela Universidade Federal de Santa Catarina e pós-doutor no Center for Cognitive Brain Imaging (CCBI) da Carnegie Mellon University, nos EUA. Professor dos programas de pós-graduação em Neurociências (Medicina) e Linguística (Letras) da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS).
Por que seguir?
Além do extenso currículo acadêmico, Augusto é também pesquisador do Instituto do Cérebro do Rio Grande do Sul, entidade que une pesquisa científica aplicada e assistência médica neurológica.
Com frequência, Buchweitz contribui através do Twitter e da mídia tradicional com discussões atuais dentro do campo do aprendizado. Suas pesquisas abordam o desenvolvimento e as estruturas neurológicas e que relações têm com a leitura, a dislexia e o bilinguismo.
Renan Sargiani
Pós-Doutorado em Educação (Linguagem e Alfabetização) na Harvard Graduate School of Education (2018), Doutor em Psicologia Escolar e do Desenvolvimento Humano e Pós-Doutorado em Psicologia pela Universidade de São Paulo.
Por que seguir?
Atualmente, Renan é o coordenador-geral de Neurociência Cognitiva e Linguística do Ministério da Educação (MEC), responsável por estudos sobre a ciência do aprendizado no Brasil. É membro da Coalizão de Psicologia Organização das Nações Unidas (ONU) e diversos grupos internacionais de Psicologia.
Nomes consagrados
Cláudia Costin
Mestra em Economia Aplicada à Administração e graduada em Administração Pública pela Escola de Administração de Empresas de São Paulo (EAESP), da Fundação Getulio Vargas (SP). Costin foi ministra da Administração e Reforma do Estado durante o governo Fernando Henrique Cardoso.
Por que seguir?
Cláudia Costin tem ampla experiência com pesquisa acadêmica e implementação de políticas públicas em educação. Tanto, que foi convidada pela Folha de São Paulo a assinar uma coluna sobre o assunto no portal do jornal. Costin também costuma ser ativa no perfil do Twitter.
Professora universitária, atuou em instituições de ensino superior como PUC-SP, Fundação Getulio Vargas, INSPER e Universidade de Harvard (como professora visitante) e diversos outros centros acadêmicos.
Em 2016, criou e passou a dirigir o Centro de Excelência e Inovação em Políticas Educacionais (Ceipe), na Fundação Getúlio Vargas (FGV), com o objetivo de garantir uma educação básica de qualidade no país. O Ceipe é uma parceria entre a FGV, Harvard e o Brookings Institute.
Celso Antunes
Mestre em Ciências Humanas, Consultor Educacional do Canal Futura e Sócio Fundador do “Todos pela Educação”, Celso Antunes é autor de mais de 180 livros didáticos e cerca de 100 livros sobre temas de educação com obras traduzidas em diversos países.
Seu entusiasmo na área o tornou também um grande palestrante: Celso já ministrou palestras em todos os estados do país em mais de 500 municípios e também pela América Latina e Europa.
Por que seguir?
Celso Antunes é um educador brasileiro de referência. Em seu blog, diversos textos abordam temas atuais e cotidianos a qualquer professor ou gestor educacional. Didático, sua linguagem simples, mas objetiva, dialoga com o leitor, questiona e reflete sobre o papel do educador, dos pais, da escola e do aluno frente aos desafios atuais.
Educação infantil, desenvolvimento de competências e estímulo de inteligências são alguns dos motes discutidos, tanto por meio dos seus textos, quanto em suas palestras. Sua vasta experiência na educação, aliada a uma sede constante por conhecimento, é refletida em suas obras. O conteúdo é ricamente pedagógico e extremamente elogiado pelo público.
Frequentemente Celso publica na sua página do Facebook citações, opiniões e atualizações do seu blog.
Geraldo Peçanha
Geraldo Peçanha atua como escritor de livros infantis e pedagógicos para pais e educadores, além de livros de autoconhecimento, possuindo mais de 40 obras já publicadas.
Graduado em Educação pela Universidade Estadual Paulista e Doutor em Teoria Literária pela Universidade Federal de Santa Catarina, Geraldo já foi professor de educação infantil, das séries iniciais, do ensino médio e da UFPR.
Hoje em dia, é consultor de Redes de Ensino Municipais e Estaduais, bem como de Sistemas de Ensino Privados. Também é palestrante em todo o Brasil e publica artigos em jornais e revistas da área educacional desde 1998.
Por que seguir?
Geraldo tem uma ampla bagagem em educação, dada sua experiência de ensino desde o Ensino infantil até o Ensino Superior. Sua primeira experiência em sala de aula até hoje tem forte impacto em sua obra: a maior parte dos seu livros aborda temáticas na pré-escola.
Suas publicações e palestras carregam consigo ainda a experiência vivida como professor em Moçambique no desenvolvimento de um programa de avaliação em leitura e escrita, aplicado à realidade local.
“Sequência didática na educação infantil”, “Emoção na sala de aula” e “Métodos de avaliação mais pertinentes em cada idade e série” são algumas das palestras que podem ser solicitadas ao Peçanha; para conferir todas, basta visitar seu site ou acompanhar sua agenda através de sua página no Facebook.
Mário Sergio Cortella
Graduado em Filosofia e Mestre e Doutor em Educação pela PUC-SP, o último sob orientação do Prof. Dr. Paulo Freire, Mario Cortella foi Secretário Municipal de Educação de São Paulo (1991-1992), tendo antes sido Assessor Especial e Chefe de Gabinete de Paulo Freire.
Atualmente é autor de diversos livros nas áreas de educação, filosofia, teologia e motivação e carreira, Professor Titular do Departamento de educação da PUC-SP e comentarista da CBN. Cortella atua ainda na Ferraz Cortella Palestras, na qual é integrante e participa como palestrante de temas educacionais e corporativos.
Por que seguir?
Mário tem uma formação bastante singular, inclusive tendo experimentado a vida monástica em um convento da Ordem Carmelitana Descalça antes da graduação.
Some-se a isso a orientação de Paulo Freire, Patrono da Educação Brasileira e um dos pensadores mais notáveis na história da Pedagogia mundial, Cortella tornou-se um professor e filósofo renomado, cujas obras e palestras são bastante aclamadas pelo público.
Entre seus livros, Filosofia e Ensino Médio: certas razões, alguns senões, uma proposta, Escola e Preconceito: Docência, Discência e Decência e O Que A Vida Me Ensinou e Mario Sergio Cortella – Viver Em Paz Para Morrer. No seu Facebook é possível acompanhar seus comentários na CBN, o lançamento de suas obras, bem como links para textos e entrevistas publicados.
José Pacheco
Educador, pedagogo e pedagogista português, José Pacheco é mestre em Ciências da Educação pela Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade do Porto.
Especialista em leitura e escrita, ele é o idealizador-fundador da Escola da Ponte, colégio que rompeu com as metodologias tradicionais e há 40 anos realiza um projeto educativo sem provas, salas de aula, séries ou disciplinas.
José Pacheco é também escritor e grande defensor da gestão democrática na Educação, modelo defendido tanto em seus artigos e obras, quanto na escola em que é fundador.
Por que seguir?
Há muito tem se questionado os modelos tradicionais de educação, replicados e utilizados há mais de 200 anos. Pacheco defende uma estrutura escolar que promove autonomia e independência aos alunos, contribuindo para uma aprendizagem mais adaptativa e que respeita as formas individuais de aprendizagem.
Na Escola da Ponte, projetos de pesquisa são desenvolvidos por alunos que se agrupam de acordo com os interesses comuns. Há também os estudos individuais, que depois são compartilhados com os colegas. Durante todo o processo os estudantes podem recorrer a qualquer professor para tirar possíveis dúvidas.
O modelo de escola criado por ele virou referência mundial e é um exemplo inigualável que alternativas viáveis de ensino existem e funcionam, só precisam ser estudadas e estruturadas adequadamente.
Dado o sucesso de sua implementação, desde 2011 o modelo está sendo replicado em Cotia, São Paulo. no Projeto Âncora , com o apoio direto de Pacheco. No seu Facebook é possível acompanhar as ações implementadas, entrevistas e sua agenda de palestras e eventos.
Andrea Ramal
Educadora e escritora, Andrea é Doutora em Educação pela PUC-Rio, universidade em que atualmente leciona e é membro do Conselho de Desenvolvimento. Sua experiência em educação é vasta: professora há mais de 20 anos, Ramal atuou desde a alfabetização ao ensino médio, incluindo no ensino de jovens e adultos.
Ramal é também uma das fundadoras da consultoria ID Projetos Educacionais e dirige no Grupo GEN o Núcleo de Soluções Educacionais Digitais, produzindo materiais multimídia para o ensino acadêmico, técnico e científico.
Hoje em dia, é colunista na Rádio Jovem Pan, no G1 Educação e Consultora da Rede Globo, onde comenta sobre o tema no programa Encontro com Fátima Bernardes. Além disso, também ministra palestras e realiza consultorias na área.
Por que seguir?
Andrea Ramal é presença constante em mídias online e offline discutindo e comentando educação em veículos diversos como rádio, tv e sites, sempre de maneira atual e enriquecedora.
Ela é grande defensora da sinergia entre escolas e pais, tema de grande parte dos seus textos, bem como de suas obras publicadas. Além disso, também é entusiasta da inovação em sala de aula, pelo bom uso de aparelhos eletrônicos e novas tecnologias.
Andrea é a favor, ainda, da democratização do ensino e por isso defende a autonomia intelectual e valorização e qualificação dos professores. Diariamente é possível acompanhá-la pelos seus textos divulgados em sua página no Facebook.
Fraiman é mestre em Psicologia Escolar pela USP, psicoterapeuta, palestrante e escritor – seu título mais conhecido é o livro “Como Ensinar Bem”. Também é autor da metodologia OPEE (Orientação Profissional, Empregabilidade e Empreendedorismo), que visa empregar o empreendedorismo em sala de aula.
A metodologia visa estimular a autonomia e o autoconhecimento, o trabalho em equipe, a pesquisa e a aprendizagem por desafio, através de atividades voltadas à educação estratégica. Essa metodologia é realidade em mais de 150 escolas no Brasil.
Por que seguir?
Leo está constantemente atualizando sua página do Facebook com textos acompanhados de imagens para a reflexão dos professores, pais e empreendedores, voltadas à definição de conceitos do autoconhecimento aplicáveis ao dia-a-dia e orientações profissionais.
Além disso, ele também escreve na coluna de Educação do portal UOL e participa de programas na rádio Jovem Pan. Dada a continuidade do seu trabalho essa é a segunda vez que ele aparece em nossa lista de indicações.
Gabriel Perissé
Gabriel escreve sobre formação docente, criatividade, linguagem e ética e formação de leitores e tem mais de 20 livros publicados, como “Ler, pensar e escrever” e “Elogio da leitura”. Possui bacharelado em letras e pós-doutorado em História e Filosofia e ministra palestras e minicursos na área de educação.
Com o dom da comunicação apurado, Perissé lota palestras em universidades independente do público alvo. Suas falas visam emponderar a formação docente e valorizar sua importância. Na sua página do Facebook ele disponibiliza essas palestras e divulga seus artigos em revistas. Por conta do seu carisma e enorme sucesso escolhemos mais uma vez cita-lo em nossa lista. É possível segui-lo nas redes sociais clicando aqui.
Homenagem: Içami Tiba
Içami Tiba infelizmente faleceu no dia 2 de agosto de 2014, aos 74 anos. Suas obras e repertório online, no entanto, continuam servindo de referência a pais, filhos, educadores, psicólogos, psiquiatras e psicopedagogos.
Com formação em medicina psiquiátrica, Içami era colunista de diversas revistas onde escrevia artigos sobre educação, ética e disciplina. Também como escritor, produziu diversos livros sobre educação familiar e escolar, como “Quem ama, educa!” e “Família de alta performance”.
Mantinha desde 2005 o programa semanal “Quem Ama Educa” na Rede Viva de Televisão e já ministrou 3.580 palestras nacionais e internacionais para escolas, empresas e Secretarias de Educação, segundo seu próprio site.
Por que conhecer o trabalho?
Com mais de 20 anos de experiência em Educação Familiar, Tiba escrevia e disponibilizava seus artigos em seu site e página do Facebook.
Seu conhecimento abrangia não só a área da educação, mas também da psiquiatria, o que torna seus textos ainda mais completos por tratar de questões comportamentais e de saúde, conhecimentos de extrema importância para profissionais da área escolar. Sua página no Facebook continua sendo atualizada pelos seus filhos, vale a pena conferir seu incrível repertório e obra.
O que você achou da lista? Já segue ou conhecia algum deles? Conta pra gente aqui nos comentários! E aproveitando: assine agora as notificações do blog da Escribo no sininho do lado direito e receba novidades da Escribo em primeira mão. Até mais, pessoal!
Américo é doutor em educação pela Johns Hopkins University. Pesquisador em educação, fundou a Escribo onde trabalha com as escolas para fortalecer o aprendizado das crianças.
Comentários