4 Estratégias para Trabalhar a Motivação Interna na Sala de Aula

4 Estratégias para Trabalhar a Motivação Interna na Sala de Aula

Foto: jcomp/Freepik

Um estudo realizado por docentes da Bucknell University, na Pensilvânia, defende que estimular a autonomia dos alunos na sala de aula pode ser ainda mais efetivo do que tentar controlar tudo ao redor.

O estudo propõe que a autonomia se manifesta em três formas:

  • Autonomia Organizacional: quando o professor permite que os alunos tomem decisões por si próprios, dentro dos termos e regras da sala de aula.
  • Autonomia Prática: quando o professor oferece aos alunos opções e diferentes formas de apresentar suas ideias (através de mídias diferentes, por exemplo).
  • Autonomia Cognitiva: quando o professor permite que o aluno se autoavalie em determinadas situações a partir de um padrão de auto referência.

Enquanto a autonomia organizacional estimula um senso de bem estar e conforto no funcionamento da sala de aula, a autonomia prática dá suporte para um maior engajamento nas atividades e no aprendizado, assim como a autonomia cognitiva promove um investimento psicológico mais duradouro no aluno inserido naquelas atividades.

O professor de inglês Larry Ferlazzo testou o estudo em sua sala de aula, promovendo a autonomia entre seus alunos. Ele relatou no site Edutopia que para isso dar certo, os alunos precisam estar motivados. E como promover a autonomia sem uma motivação que venha de dentro pra fora?

Para Ferlazzo, em vez de tentar motivar os alunos à todo custo, é interessante trabalhar um ambiente onde eles possam buscar a motivação internamente, em cada um.

E para isso acontecer, é necessário existir uma relação de qualidade entre alunos e professores, que junto com o respeito mútuo se torna elemento chave no desenvolvimento da automotivação.

Quais ações os professores podem realizar para fortalecer essa relação e ajudar os alunos a se motivarem internamente?

4 atitudes que ajudam o aluno a se motivar

Menina escrevendo de lápis no caderno. Ao fundo, há um mapa-múndi.

1. Se interesse pelos seus alunos

Descubra seus interesses, sonhos, expectativas para o futuro. Faça um apanhado de informações sobre suas vidas, pergunte-lhes sobre o que lhes faz feliz e o que acontece no seu dia a dia.

Em outras palavras, lidere ouvindo mais do que falando. Entretanto, não faça disso uma via de mão única – compartilhe algumas de suas histórias também, construa pontes. Isso cria uma conexão de confiança e respeito entre educador e educando.

2. Haja de forma amigável na sala de aula

Sorria, brinque, cumprimente com apertos de mão. Pequenas atitudes podem determinar a imagem do professor perante seus alunos, provando que você é alguém que se importa. E vale a pena se esforçar quando o outro se importa!

3. Seja flexível, e mantenha seu foco no aprendizado

Um dos alunos do professor Ferlazzo nunca havia escrito uma redação durante toda a sua vida escolar.

Sua intenção era continuar sem escrever até que, durante um exercício de escrita focado em redações persuasivas, o professor (sabendo que o aluno gostava de futebol e videogames) disse que ele poderia escrever sobre por que o seu videogame favorito era o melhor ou por que seu time de futebol era melhor do que seu rival.

O aluno terminou escrevendo duas redações, sobre ambos tópicos. E o tema da aula (escrita persuasiva) ainda assim foi trabalhado!

4. Não desista de seus alunos

Seja positivo da forma mais humana possível e encoraje uma mentalidade de crescimento e evolução nos estudantes.

DICA EXTRA:

Uma pesquisa da Science Magazine fez com que os estudantes escrevessem um parágrafo após cada unidade de conteúdo aprendido, falando sobre como aquilo poderia ser usado em suas vidas.

Ao fim do exercício, o resto do ano letivo foi muito mais positivo para esses alunos, pois ao colocar a importância do conteúdo no papel, conseguiam visualizar a relevância do aprendizado em suas vidas – principalmente aqueles que estavam com o desempenho abaixo da média.

Ainda que seja comum entre os professores explicitar algumas conexões do conteúdo com a vida real, a pesquisa também provou que o ensino focado na experiência do educador nem sempre é efetivo e pode desmotivar os alunos, por ser algo distante da realidade deles.

Por exemplo: um aluno que tem dificuldade em entender matemática ou não a acha interessante pode se sentir ameaçado e mal por constantemente ouvir do professor como a matemática é importante para seu futuro.

Em vez de se engajar, o estudante pode se afastar e experimentar sentimentos negativos sobre a matéria.

Os pesquisadores recomendam que, nesses casos, a abordagem mais efetiva seria encorajar os alunos a criarem suas próprias conexões com a matéria e descobrirem, por si próprios, a relevância daquilo para suas vidas.

Esse método de autonomia dá ao estudante a oportunidade de conectar os tópicos e áreas estudados aos campos de interesse em suas vidas.

Gostou do artigo? Quais estratégias você usa para manter a motivação dos alunos? Comente!

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5 Erros Comuns ao Trazer Tecnologia Para a Sala de Aula

Quando ouvimos a palavra “erro”, geralmente pensamos que ela implica uma série de coisas ruins: falhas, julgamentos, impossibilidades.

Mas, muitas vezes, esses erros acontecem apenas porque estamos iniciando algo, dando os primeiros passos e experimentando coisas novas. Nesse contexto, o campo de possibilidades para quem está “errando” é muito mais positivo.

A mestra em educação com ênfase em tecnologia Silvia Tolisano acredita que os erros cometidos ao integrar tecnologia na sala de aula acontecem principalmente pela falta de experiência com a tecnologia dentro do ambiente escolar.

Silvia listou, então, o 5 erros mais comuns que costuma ver, ouvir e ler a respeito quando viaja pelo mundo para trabalhar com escolas, professores e alunos ao redor do globo:

1. Quando a tecnologia não tem propósito

A intenção da tecnologia na educação é atingir objetivos que, sem ela, seriam impossíveis ou muito mais difíceis.

É preciso que ela tenha propósito e planejamento e não seja usada por usar. Quando ela se torna apenas uma substituta de algo que já era feito normalmente pelos alunos, a tecnologia é subutilizada e não agrega nada de novo.

 

2. Quando a tecnologia é usada como passatempo

Silvia conta que já viu professores que permitiam os alunos acessarem programas, aplicativos e a internet em geral apenas como um “prêmio” por terem feito algum trabalho ou para passar o tempo enquanto a aula não termina.

Isso descaracteriza o uso da tecnologia como ferramenta educadora e tira do aluno as chances de aprender com ela, caindo no senso comum de que a tecnologia só pode ser usada como entretenimento.

 

3. Quando a tecnologia é vista como uma matéria à parte

O correto seria que a tecnologia fosse integrada ao currículo de todas as matérias, e não vista como uma matéria isolada.

Entretanto, em vez de ser um usada como um caminho para ensinar e aprender, muitas vezes é usada como parte de uma aula de informática separada, onde alunos ficam passando o tempo nos iPads e praticando digitação.

Enquanto alunos precisarem esperar um dia na semana para ver tecnologia apenas no laboratório com horário reservado, os projetos digitais nunca serão implantados como devem, diariamente, na rotina do aprendizado.

 

4. Quando a didática não condiz com a tecnologia

Segundo o autor Alan November, o real problema com tecnologia na escola não é adicioná-la à sala de aula, mas mudar a cultura de ensino e aprendizado dos professores.

Para November, a tecnologia nas mãos de alguém que não sabe ensinar é apenas um lápis de mil dólares, pois de nada adianta um bom material tecnológico sem alguém que saiba ensinar com ele.

Ainda que existam diversos aparelhos na sala de aula, não existe educação sem bons (e bem treinados) professores que possuam técnicas e estratégias de ensino.

 

5. Quando a tecnologia é vista, sozinha, como catalisador da motivação

É verdade que os alunos se sentem mais motivados e instigados a aprender com tecnologia, mas sem um professor que guie as diretrizes daquele projeto educacional, essa energia se dissipa.

“Os aparelhos não fazem nada sozinhos”, afirma Silvia.

A realidade é que os alunos ficam engajados com a tecnologia na sala de aula, mas é preciso uma estratégia pedagógica que suporte essa motivação, como uma espécie de plano que conecte a tecnologia com as metas de ensino.

Sem elas, os estudantes estarão motivados apenas pelos aparelhos, e não pelo aprendizado.

Conhece outro erro que possa contribuir com a lista? Não deixe de comentar!

20 atitudes que fazem a diferença em um professor bem sucedido – Parte II

Como um professor atinge seu objetivo com os alunos?

Esse foi o questionamento feito no post de ontem, onde apresentamos a primeira parte de uma inspiradora lista da psicóloga Julie DeNeen com 10 das 20 atitudes de um professor de sucesso que podemos copiar para o nosso dia a dia.

Hoje, vamos continuar a lista com mais 10 hábitos importantes para um bom professor!

Hábitos de um professor bem sucedido – Parte II

 

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11. Refletem sobre os seus métodos

Para atingir o sucesso, o ensino precisa ser dado de forma dinâmica e compreensível para os alunos, de forma que eles se conectem com o conteúdo.

Assim, professores de sucesso refletem sobre a forma de ensinar para fugir da mesmice – se o método de antes não funciona agora, por que não parar um pouco e pensar em formas de adaptá-lo, ou até mesmo mudá-lo?

Refletir é necessário para descobrir fraquezas que podem se fortalecer com um pouco de entendimento e deliberação.

12. Consultam profissionais mais experientes

É sempre bom ouvir uma segunda opinião em momentos de dúvida ou decisão – e professores de sucesso buscam, humildemente, apoio em outros colegas mais experientes ou que já passaram por aquela situação.

Nunca somos tão sábios a ponto de não precisar ouvir outras pessoas e uma perspectiva diferente nos ajuda a expandir horizontes e repensar ideias.

13. Se comunicam com os pais

A relação entre pais e professores deve ser colaborativa, uma vez que ambos estão ali pelo mesmo objetivo: o sucesso do aluno. Por isso se comunicar com os professores é absolutamente crucial.

Uma relação aberta e respeitosa garante bons resultados. É importante deixá-los a vontade para vir até você e deixar claro que eles têm com quem contar na escola. Unidos, professores e pais conseguem diminuir as dificuldades da vida escolar.

Saiba mais: Como a escola pode usar a internet para se comunicar melhor com os pais?

 

14. Procuram novas tecnologias para a sala de aula

Com o avanço da tecnologia, existem inúmeras opções de fontes e ferramentas que você pode usar para garantir um melhor rendimento nas suas aulas e turbinar o conteúdo.

Uma vez que todos os seus alunos já estão familiarizados com a tecnologia, fica muito mais fácil cativá-los com essas ferramentas. Não tenha medo de implementar a tecnologia na educação – mesmo que ela pareça distante da sua realidade, vivemos num mundo onde a tecnologia está em todos os lugares, e é nesse mundo que seus alunos vão crescer.

É melhor que eles comecem entendendo-a através de você, de forma saudável e responsável.

15. Fornecem suporte emocional

Há dias em que os alunos precisam mais de você emocionalmente do que intelectualmente: problemas em casa, bullying na escola e autoestima comprometida pelas notas são alguns exemplos de problemas enfrentados por alunos na escola.

Conectar-se com eles num nível emocional cria uma relação de respeito ainda maior entre aluno e professor. Talvez você seja o adulto que ele mais tem contato depois dos pais, e significa muito para uma criança ter com quem contar.

16. Não se assustam com o desconhecido

Você se sente confortável mesmo sem ter todas as respostas? Bons professores são capazes de funcionar sem que tudo esteja perfeitamente amarrado.

Isso tem tudo a ver com se adaptar às situações e desafios, como um corte de orçamento ou pais que não são participativos.

17. Não se sentem ameaçados pela cobrança pais

Infelizmente, pais e professores sentem-se ameaçados entre si. Um professor inseguro verá a preocupação dos pais como uma ameaça ao seu trabalho.

Ainda que muitos pais se envolvam demais e pareçam estar mais interessados em apontar os erros dos professores, ainda existem pais que só cobram os professores porque querem o melhor para seus filhos.

Professores de sucesso são confiantes o suficiente nas próprias habilidades e não se sentem ameaçados quando pais querem ter suas opiniões ouvidas. Isso não significa obrigatoriamente seguir as recomendações dos pais ou silenciar-se diante deles!

18. Trazem diversão para a sala de aula

Não seja tão sério. Há dias em que a diversão deve ser a meta! Quando os estudantes vêem você se humanizar diante deles, é construída uma relação de confiança e respeito.

Diversão e educação não são práticas excludentes, e através do humor você pode tornar o mais entediante assunto em algo mais interessante.

Saiba mais: Divirta-se! Veja como 5 professores levaram alegria e descontração para suas escolas

 

19. Não deixam de aprender

Bons professores arrumam tempo em suas agendas para aprender mais. Essa atitude não só ajuda a estufar seu arcabouço intelectual como te coloca mais uma vez na posição de estudante.

Isso lhe dá uma perspectiva melhor sobre o processo de aprendizagem. É bastante possível esquecer como o outro lado se sente quando se está sempre no “modo professor”.

Saiba mais: Capacitação online é alternativa diferencial para professores

 

20. Pensam fora da caixa

Muitas vezes os professores constroem zonas de conforto para se proteger dos desafios. “Nunca farei isso”, dizem.

Mas os maiores obstáculos crescem de dentro pra fora – você construiu uma “caixa” ao redor dos seus métodos de ensino? Tudo bem, por que os bons professores sabem a hora de sair dela ou até mesmo quebrá-la.

Além disso, a psicóloga recomenda que os professores dominem o que ensinam e estejam sempre por dentro da área:

“Bons professores precisam conhecer bem os conteúdos – uma boa metodologia só funciona com muito conhecimento. O segredo é aprender, aprender mais e nunca parar de aprender. Professores de sucesso são continuamente curiosos” Julie DeNeen

Você curtiu a lista? Com que item você mais se identifica? Não deixe de mostrar para os seus colegas.

20 atitudes que fazem a diferença em um professor bem sucedido – Parte I

Raros são os casos onde um profissional bem sucedido, quando perguntado sobre a sua “fórmula para o sucesso”, não se lembra de pelo menos um professor que lhe fez chegar até ali.

A gratidão pelo mestre advém daquela aula marcante, das lições que não se limitavam às paredas da escola, ou simplesmente pelo professor não desistir de seus alunos por mais difícil que fosse.

O que os alunos levam de uma boa educação geralmente está centrado em uma conexão com o professor, que ensinou com paixão e inspiração aquele conteúdo.

Nesse contexto, é importante se perguntar: como um professor atinge seu objetivo com os alunos? quando isso é visível?

A psicóloga especializada em educação Julie DeNeen discorreu sobre 20 hábitos inerentes à educadores de sucesso. Confira abaixo a primeira parte da lista:

Hábitos de um professor bem sucedido

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1. Objetivos claros

Como você sabe que está indo na direção certa se não conhece o lugar para onde está indo? No trânsito, você lê as placas, usa mapas e GPS. Na educação, os seus objetivos na sala de aula agem como placas, guiando as aulas e os estudantes para o destino correto.

Seu plano de aula é seu mapa! Fazer um plano não é mecanizar as aulas – é criar o ambiente propício para que o conhecimento e a criatividade aflorem.

2. Senso propositivo

Ninguém é sortudo o suficiente para ser agraciado com dias de trabalho épicos diariamente. As vezes, a vida pode soar mundana e tediosa.

E é aí que os professores com senso propositivo se destacam: eles conseguem ver o cenário da sala de aula além do óbvio, e com esse olhar diferenciado podem passar por cima de dias difíceis, enxergando outras possibilidades.

3. Paciência (ou “sabem esperar o feedback”)

O feedback nem sempre é imediato na educação. Não há nada pior do que planejar uma aula com muito esforço e apenas alguns estudantes entenderem o que foi explicado. É difícil se entregar 100% à um projeto e não ver o resultado instantaneamente.

Por isso os professores bem sucedidos não podem depender de elogios e gratificações rápidas, caso contrário viverão estressados e desiludidos.

Aprendizado, relacionamentos e educação são áreas em que é preciso paciência e esforço para atingir os objetivos, como quem rega e cuida de um jardim – é preciso esperar para florescer.

4. Sabem ouvir, mas também sabem a hora de ignorar

Fazendo gancho com o item acima, o professor bem sucedido também sabe filtrar os feedbacks recebidos.

Um professor que nunca ouver o que os alunos estão dizendo vão, cedo ou tarde, falhar. Mas um professor que sempre escuta também há de falhar.

É preciso balancear e avaliar quando é hora de ouvir os alunos e  readaptar os métodos, e quando é hora de dizer não – vendo sempre a situação à longo prazo.

5. Atitudes positivas

Caras fechadas e discursos negativos eliminam qualquer lapso de criatividade que os alunos possam ter, e isso cria um terreno fértil para o medo e o fracasso.

Bons professores são otimistas e têm senso de vitalidade, equilibrados com uma boa energia – positividade é a semente da criatividade, pois apoio é tudo que os alunos precisam para acreditar que seus projetos darão certo.

6. Esperam que seus alunos tenham sucesso

Esse conceito se aplica também para os pais. Estudantes precisam de alguém que acredite neles. Eles precisam que alguém mais velho – e mais sábio – coloque fé em suas habilidades.

Crie expectativas e metas realistas para eles atingirem, e propicie um ambiente onde eles têm o direito de errar. Isso motivará os estudantes a continuar tentanto atingir as metas e expectativas que você criou.

7. Senso de humor

Humor e perspicácia criam uma boa e duradoura imprensão.

Professores bem sucedidos são também bem humorados porque sabem que isso reduz o estresse e a frustração, além de dar às pessoas a chance de enxergar certos contextos a partir de outro ponto de vista. Se você entrevistar mil alunos sobre quem eram seus professores favoritos, aposto que 95% desses professores eram hilários.

8. Sabem elogiar com moderação

Sim, estudantes precisam ser encorajados, mas o real encorajamento não é feito só de elogios.

Não é nada bom aplaudir seus trabalhos quando você sabe que aquilo é apenas 50% do que eles são capazes de fazer.

Se qualquer trabalho é elogiado ou aplaudido, o seu reconhecimento não é tão valioso assim. Quando usado apenas na hora certa, o elogio será muito mais valorizado – e fará com que seus alunos busquem aquilo ainda mais.

9. Sabem correr riscos

Arriscar-se é parte de toda fórmula de sucesso. Riscos são a prova de que você está disposto a tentar coisas novas na sala de aula, e estudantes valorizam essa atitude.

Lidar com crises também é uma forma de ensinar algo à seus alunos. forma como você ensina é tão importante quanto o que você ensina!

10. São consistentes

Ser consistente não significa estar preso à algo, e sim que você fará o que prometeu. Significa não mudar suas regras de acordo com seu humor e garantir que seus alunos confiem em você quando precisarem.

Professores de sucesso sabem quando se desprender de certos métodos, pois permanecer preso a algo que não gera resultados não é consistência – é teimosia.

Você se identifica com essas características? Não deixe de voltar amanhã para ler a segunda parte da lista!

7 características de uma sala de aula produtiva

Professores devem encarar suas salas de aula como templos de efervescência intelectual. É lá onde seus alunos aprenderão diversos valores e conteúdos importantes para seus respectivos futuros em desenvolvimento.

Assim, é importante garantir que aquele ambiente seja de fato um catalisador do aprendizado.

Ensinar e aprender não podem ser eventos isolados – é preciso interação entre educador e educando, desenvolvimento de competências em conjunto e construção de conhecimento do mundo aliada ao autoconhecimento – que envolve curiosidade, autenticidade e afeto.

Pensando nesse contexto, o educador Terry Heick resolveu listar todas as características de uma sala de aula producente, que produz resultados efetivos de um bom aprendizado.

A intenção é que a lista sirva de termômetro ou checklist para você avaliar e refletir sobre a sua própria sala de aula:

Quando uma aula é produtiva e o aprendizado, efetivo?

Foto de uma sala de aula mostrando diversos alunos de costas sentados em carteiras olhando para o quadro negro. Nas carteiras, estão caixas repletas de materiais.1. Quando os alunos fazem perguntas – boas perguntas

Perguntas são cruciais para o processo de aprendizado acontecer.

O papel da curiosidade foi estudado o suficiente para sabermos que, se um estudante entra em processo de aprendizado sem nenhuma curiosidade natural para saber o que lhe espera naquele conteúdo, não espere que ele interaja com o material e faça as atividades.

Ditar como o aluno deve aprender, esperar respostas únicas e imutáveis e pensar sempre em preto e branco, esquecendo a criatividade, são alguns vícios que podem matar a curiosidade do aluno e consequentemente sua vontade de aprender.

Se os alunos não conseguem criar boas perguntas, alguma coisa está errada.

2. Quando as perguntas são tão valiosas quanto as respostas

“Questione tudo” é a máxima da filosofia. É questionando que descobrimos o mundo e nos conectamos com várias realidades. Faz sentido que perguntas guiem o aprendizado – elas fazem o conteúdo fluir para direções novas e por isso devem ser valorizadas.

Estimule questionamentos de forma criativa, faça listas, instigue a curiosidade – o interesse pelas aulas vai aumentar drasticamente.

3. Quando as ideias vêm de fontes divergentes

Ideias para atividades, leituras, testes e projetos devem vir de vários lugares. Se todas as ideias partem de um só ponto de vista, sua aula estará fadada à inercia, onde apenas uma direção é apontada.

Instigar que os alunos pesquisem e vejam o mundo por ângulos distintos é uma alternativa interessante – deixe-os buscar fontes em suas próprias comunidades e círculos de convívio, mas também fora de suas zonas de conforto. Que tal trazer para sala de aula um convidado com ideias inovadoras?

É interessante um debate onde duas fontes discordam, pois é esse tipo de divergência que encaramos no mundo real.

4. Quando há variedade nos modelos de ensino utilizados

As possibilidades de inovar passando o conteúdo são infinitas: projetos de audiovisual, aprendizado via conteúdo digital, desafios com jogos, intercâmbio de conhecimentos com outras salas.

O importante é não engessar a sala de aula num modelo tradicional onde o aluno apenas ouve o que o professor fala. Adaptar a aula para determinado conteúdo é possível e interativo, garantindo engajamento, como professores que usam música para ensinar fórmulas ou jogos para ensinar matemática.

É uma característica de uma sala de aula efetiva haver diversidade, o que exige do professor a capacidade de se autodescobrir e reeinventar-se, aprendendo sempre.

5. Quando o conhecimento trespassa as paredes da sala de aula

Este ponto é óbvio: se os alunos irão deixar as salas de aula em algum momento, o conhecimento precisa ultrapassar igualmente aquele ambiente físico.

É essencial refletir sobre literatura e química, mas as fórmulas e autores do arcadismo precisam ter importância prática na vida desses alunos – e isso é perfeitamente possível.

A química está em todas as coisas que eles consomem, o que pode ser um gancho na hora de ensinar, e ideias árcades como “cortar o inútil” (inutilia truncat na literatura, que visava erradicar os exageros e simplificar as coisas) podem ser muito úteis na vida dos estudantes à medida que eles amadurecem.

O segredo é abordar o conteúdo da forma certa.

6. Quando o aprendizado é personalizado de acordo com a classe

Não é preciso ter muita sensibilidade para entender que cada aluno é diferente, de forma que toda sala de aula também será. Isso exige que o professor saiba adaptar suas aulas para à realidade daquela escola, daquela classe, daqueles alunos.

Ainda que aprendam o mesmo conteúdo, os perfis são diferentes – e assim devem ser as aulas.

7. Quando as avaliações são autênticas e transparentes – não punitivas

Segundo as pedagogas Ana Paula Martins e Natália Luiza da Silva, aprendizagens significativas são aquelas reflexivas, construídas ativamente pelo aluno e auto-reguladas. Conhecer, segundo essa nova visão, significa interpretar e relacionar.

Podemos dividir o processo de avaliação autêntico e significativo em dois momentos:

Democratização dos sistemas educativos

A avaliação poderá impulsionar a aprendizagem, se praticada segundo uma concepção formativa ou um elemento desmotivador, se for meramente classificatória. Nesse sentido, as práticas avaliativas tanto podem ser utilizadas a favor da efetiva democratização quanto para uma exclusão mascarada (uma exclusão por dentro do sistema).

Desenvolvimento das teorias de currículo

É preciso um novo modelo curricular, cujos princípios são: todos podem aprender; os conteúdos devem ser desafiadores, orientados para a resolução de problemas e para processos complexos do pensamento; deve haver igualdade de oportunidades; criação de hábitos de reflexão e atitudes favoráveis à aprendizagem; socialização dos alunos às disciplinas acadêmicas.

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Celulares e tablets na sala de aula: de vilões à mocinhos em 4 passos

Existe um cenário recorrente em muitas salas de aula:

O professor está ensinando conteúdos importantes na sala de aula enquanto os alunos que deveriam estar aprendendo se distraem nos aplicativos de mensagens instantâneas, como o chat do Facebook ou o Whatsapp, ou jogando games de entretenimento nos tablets, como Candy Crush e derivados.

O WhatAapp, por exemplo, é o programa de mensagens mais utilizado Brasil, com uma média de 1200 mensagens trocadas por mês pra casa usuário de acordo com o blog VejaIsso.

É necessário mudar as políticas de uso dos dispositivos móveis em sala de aula a fim de evitar distrações. E o mais interessante é que podemos converter esse cenário de forma mais fácil do que parece, segundo a especialista em marketing digital Vanessa Collister.

Como engajar alunos e driblar a distração com aprendizado e produtividade?

O celular, assim como o tablet, é uma ferramenta poderosa que pode ser usada de várias maneiras para cativar a atenção das pessoas. Então por que não tirar o foco dos alunos da distração (mensagens, jogos e aplicativos de entretenimento) com conteúdo educativo nos dispositivos móveis?

A fórmula é simples: se eles estão se ocupando no celular ou tablet com aplicativos e jogos educativos, não poderão usá-lo para entretenimento e troca de mensagens – dessa forma, você converte o celular de inimigo para aliado no ensino.

Encoraje-os a trazer os celular e usá-los para aprender com algumas técnicas:

1. Aplicativos educativos

IPad_2_screen_demonstration_at_unveilingExiste uma gama de apps voltados ao aprendizado disponíveis no mercado, desde facilitadores no aprendizado de línguas, como o Duolinguo, à plataformas de ensino de música através de jogos, como a Turma do SomAlém de tornar as aulas mais instigantes, conteúdos digitais nas salas de aula garantem um aprendizado ainda mais rápido, com resultados visíveis.

2. Estimular o uso do celular para fazer pesquisas

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Por que não fazer uso dos celulares para pesquisas da disciplina? Peça-os para, por exemplo, encontrar histórias sobre o tema ou a resposta para algumas perguntas feitas em sala. Indique sites com dados úteis, mapas, gráficos.Faça competições na própria sala de aula, onde quem responder mais rápido vence. Eles se sentirão estimulados e trocarão na hora o Whatsapppelo o Google.

3. Desafiando “alunos problema”

pixabay

Quando aquele aluno de comportamento difícil estiver distraíndo os colegas ou paralisando seu próprio aprendizado, faça-o responder alguma questão que está sendo discutida em sala com o auxílio de pesquisas pelo dispositivo móvel. Dessa forma, você vai estar encorajando-o à utilizar o celular para buscar conhecimento em vez de desperdiçar tempo de aula.

4. Usar os celulares para calcular

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Hoje em dia, todos os celulares e tablets estão equipados com calculadoras científicas.Use isso à seu favor, pedindo para os alunos realizarem cálculos de forma instantânea para agilizar a resolução de problemas mais elaborados.

Além de estimular o uso saudável dos celulares nas salas de aula, é preciso estabelecer políticas de uso previamente, com regras de como os celulares podem ser usados naquele ambiente e quais as limitações que devem ser obedecidas. O segredo é estabelecer controle, adaptar o uso à favor do aprendizado em vez de proibir e limitar.

Afinal, inevitavelmente, todos os alunos estarão com os celulares na sala de aula. Então, por que não usar esse “instrumento de distração” em ferramenta educadora?

“”Liguem os telefones celulares.” Quando esta for a primeira frase que o professor disser a seus alunos ao entrar na classe, em vez de mandar que os desliguem, a mudança será real. No mundo atual, plenamente digitalizado, a entrada da tecnologia na educação não tem retorno.” – em “Sete motivos para ligar o celular na sala de aula”, por Susana Pérez, do El País.