É importante que cada criança se torne uma leitora confiante, habilidosa e motivada. As avaliações da educação nos Estados Unidos nos lembram que há muitas crianças que ainda não leem bem. As crianças de grupos minoritários e desfavorecidos geralmente estão entre as que têm desempenho mais fraco. A desigualdade presente nos resultados escolares, quando fazemos o recorte de raça e classe (nosso problema social e educacional mais grave), começa com o baixo índice de aprendizado já na educação infantil.
Todo mundo sabe que crianças que não leem bem vão precisar de grandes esforços para aprenderem, de abordagens de ensino especiais, podem repetir de ano e, em última instância, agir com delinquência, desistir da escola e na vida adulta ter problemas para conseguir um emprego.
Nós já sabemos como garantir o sucesso de praticamente todos os alunos entre o 1º e o 2º ano do ensino fundamental. Imagine que seu trabalho é garantir que todas as crianças de uma escola aprendam a ler até o final do primeiro ano e você tem recursos para fazer isso. Essas crianças estão em situação de vulnerabilidade social. Como você faria isto?
Você garantiria que as crianças, já na educação infantil e nos anos iniciais, tivessem experiências com a linguagem oral, aprendessem consciência fonológica, conhecessem os sons das letras (fonemas), aprendessem usando livros, aplicativos e/ou sistemas de ensino de leitura baseados em evidências científicas. Tais programas iriam enfatizar o aprendizado sistemático de fonética, compreensão, fluência e vocabulário.
Reconhecendo que mesmo com o melhor ensino nem todas as crianças serão bem-sucedidas, você daria aulas individuais para as crianças que estão com dificuldades no primeiro ano do ensino fundamental. Você testaria a visão das crianças e verificaria se elas teriam óculos, caso precisassem. Você verificaria a audição e a saúde delas como um todo e se certificaria de que todos esses problemas também fossem resolvidos.
Você ajudaria os professores a usar estratégias eficazes, como a aprendizagem cooperativa, para motivar e envolver as crianças na leitura. Adotaria métodos eficazes de gerenciamento de sala de aula para aumentar a motivação e fazer o uso eficaz do tempo de aula.
Você usaria tecnologia para deixar as crianças mais engajadas, entender as necessidades delas e personalizar as aulas para desenvolver as habilidades dos alunos. Você iria avaliar constantemente o progresso das crianças no aprendizado de leitura e agiria imediatamente caso descobrisse que elas estão ficando para trás de alguma forma.
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Compreendendo que as famílias são parceiras fundamentais, você incentivaria pais, mães e outros parentes e os ajudaria a ler com os filhos, construir vocabulário e desenvolver o amor pela leitura. Você também trabalharia com os pais para ajudar a garantir que todas as crianças frequentem a escola todos os dias e sejam saudáveis, bem nutridas e durmam o suficiente.
Você proporcionaria à sua equipe um amplo desenvolvimento profissional, oportunidades frequentes para compartilhar ideias e resolver problemas uns com os outros, e monitoraria constantemente o andamento de cada parte de sua estratégia. E quando sua equipe se deparasse com problemas que não fossem resolvidos com as abordagens atuais, você ia experimentar soluções alternativas.
Já foi comprovado por evidências científicas que cada um destes pontos que mencionei melhora o desempenho de leitura das crianças.
Se você fizesse todas essas coisas, e se todo o sistema escolar estivesse focado em garantir que elas fossem feitas em todas as escolas da educação infantil e dos anos iniciais, você tem alguma dúvida de que os baixos índices de aprendizado de leitura seriam praticamente eliminados?
No entanto, esse conjunto bastante óbvio de ações está longe de ser o que realmente acontece, especialmente na maioria das escolas em locais onde as crianças estão em vulnerabilidade social. O financiamento de várias dessas escolas é muito dependente das políticas federais. Essa é uma área em que a política federal pode fazer mudanças de impacto positivo. As políticas federais às vezes se concentram em aspectos da leitura, mas não permitem uma abordagem abrangente, necessária para que todas as crianças aprendam.
Vários problemas educacionais são muito complexos e as soluções eficazes não são descobertas de imediato. Por outro lado, já sabemos como ensinar todas as crianças a ler. Não deveríamos focar nossa atenção e esforços neste problema crítico e solucionável?
Artigo traduzido por Américo Amorim e Danilo Aguiar.
Diretor do Centro de Pesquisa e Reforma em Educação da Universidade Johns Hopkins. Ph.D. em Relações Sociais pela Universidade Johns Hopkins, Dr. Slavin é autor ou co-autor de 24 livros e mais de 300 artigos e capítulos de livros sobre reformas na educação baseada em evidências e diversos outros temas relacionados.
Há questões que impemdem a evolução da aprendizagem de uma parte significativa dos alunos. Questões q não são pedagógicos, crianças com o psicológico abalado, crianças com dificuldade na visão, crianças com problemas na fala, e tantas outras…
Eu acredito q para uma educação de qualidade, além desse conhecimento das evidências científicas q vimos e aplicamos, é extremamente importante uma parceria com a saúde. A saúde pública deveria está dando suporte de forma contínua nas escolas.
A realidade é que são necessárias várias medidas para uma criança progredir.
A começar em casa com o envolvimento da família mostrando hábitos de leitura, diálogos, com um ambiente saudável, etc.(muitos vivem em ambientes deficientes). Outra seria a alimentação e finalmente um trabalho educacional usando métodos comprovados e eficientes para que a criança desenvolva mostrando os resultados esperados.
Como ainda existem crianças de famílias menos favorecidas é importante que a escola saiba e esteja preparada para recebê-las, evitando assim perdas no desenvolvimento da criança e que ela não venha a ter seu futuro prejudicado.
As evidências de pouca eficácia e de insucesso na aquisição de uma leitura fluente permeia muitos agentes, que se trabalhassem em conjunto poderiam amenizar a problemática. Depois dos compartilhamento de conhecimento que o Reading science está proporcionando, com certeza vamos multiplicar nossos esforços para tornar possível.
Com base no que aprende no Curso, podemos melhorar nosso modo de ensino e também devemos pôr em prática conforme for a necessidade da escola e do aluno…
Parece que as dificuldades e as evidências apontam para as crianças de grupos vulneráveis como igual em todos os países, Devemos rever os métodos e criar oportunidades para todos
Na verdade o envolvimento da família, no processo de leitura é escrita é fundamental, a partir do estímulo dos pais, ao ler para a criança, ler na frente dela, por exemplo ajudará e fará com que a criança perceba o quanto o mundo da leitura é importante para seu desenvolvimento. Várias ações podem ser feitas, principalmente advindas da parceria família-escola, que em conjunto farão total diferença no crescimento e desenvolvimento das crianças.
Francislaine Matos, concordo com você quando diz que se trabalhássemos em conjunto poderíamos amenizar o baixo rendimento escolar. os profissionais principalmente os da área da educação devem está de mãos dadas para mudar esse quadro, pois o que vemos muito é professor querendo fazer tudo ou quase nada sozinhos.
O Dr. Robert Slavin logo no início do texto, afirma que é importante que cada criança se torne uma leitora confiante, habilidosa e motivada, mas que para isso a criança precisa está bem, gozar de saúde, alimentação, (ninguém aprende de barriga vazia).
A questão social é fato, enquanto não houver um olhar sincero para esse fato cruel, desigualdade social, não vai ter família engajada, escola bem equipada e profissionais da educação unidos que vá que vá dá jeito.
Concordo também o Dr. Robert Slavin, quando fala que precisamos agir com rapidez quando percebemos que temos crianças ficando para trás, não deixa-la margem, pois o fim é a delinquência e a desistência da escola ( lugar de esperança para essas crianças e consequentemente uma sociedade melhor).
E a verba Federativa da qual depende as escolas públicas só investi na questão da alfabetização, sem considerar todos os outro fatores essenciais já citado acima.
Enfim, com todo respeito aos cientistas, não bastar saber e poder fazer as crianças aprenderem a ler. É preciso ao menos diminuir a desigualdade social.
Mas, mesmo diante da dura realidade precisamos e devemos fazer cada vez mais o melhor, trabalhar para que nossas crianças aprendam.
Esse curso Reading Science tem sido fundamental, nos mostra que é possível, nos ensina e incentiva fazermos mais e melhor. Estou muito esperançosa!
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Ao longo da minha trajetória, na área de educação, vejo que o sistema educacional no Brasil precisa ser mudado. Professores precisam ser mais valorizados, mas também não podemos nos acomodar! Buscar conhecimento é fundamental!
Alfabetizar é o básico e nossos estudantes concluem o Fundamental I com dificuldades no processo de leitura e escrita.
Rever as nossas práticas educativas é fundamental.
Quando lemos essas informações compreendemos a importância de estarmos sempre em constante aprendizagem para buscar o melhor para os nossos alunos e reinventarmos a educação brasileira em busca de uma alfabetização de qualidade.
Com base no que aprende no Curso, podemos melhorar nosso modo de ensino e também devemos pôr em prática conforme for a necessidade da escola e do aluno…
Muito interessante o texto do Dr. Robert Slavin. O desejo de todo professor é que cada criança se torne uma leitora confiante, habilidosa e motivada. As ações propostas pelo professor é o que gostaríamos que retratasse a realidade do nosso país e do mundo inteiro em relação às escolas em locais onde as crianças estão em vulnerabilidade social. Mas a nossa realidade infelizmente não é essa, nossos problemas educacionais são complexos e muitas das soluções descritas nas ações acima não acontecem de imediato.
Precisamos enquanto educadores nos esforçar para fazermos o melhor que pudermos por nossas crianças dentro das nossas possibilidades, garantindo ao menos o domínio da leitura e escrita.
Excelente texto do Dr. Robert Slavin. Achei pertinente à sua afirmação em relação ao fato de que para uma criança se torne uma boa leitora, com confiança, habilidade e motivação é preciso estar bem, gozar de saúde, alimentação. Porem isso acaba batendo de frente com a realidade do nosso país em relação aos alunos de escola pública. Com isso, concordando com as colegas que comentaram acima, acredito que nós professores podemos nos unir para que todos os alunos, seja de ensino público ou privado tenha boas condições de ensino e de outros direitos básicos.
A questão da desigualdade social é fato. Precisamos ter um olhar sincero e delicado para essa realidade. Sabemos que não é fácil ter a família de classes menos favorecidas engajada. Talvez na escola ocorra o único momento, o único contato das crianças com as letras, livros, momentos de leitura. Por isso, nós não podemos jamais desistir, devemos persistir e acreditar, apostar todas as nossas “fichas” em cada criança, tendo a escola recursos ou não. Se os profissionais da educação estiverem engajados e unidos em prol do sucesso escolar das nossas crianças, a educação acontece!
Robert Slavin, aborda neste texto a importância de realizar intervenções eficazes que garantam a alfabetização das crianças ainda no 1ª Ano do Ensino Fundamental; para tanto, lança uma situação-problema para o professor/leitor: “Ensinar a ler todas as crianças de uma escola até o final do primeiro ano”. A resposta está no decorrer do texto que ele expõe sempre na terceira pessoa do singular, dando indício de que o interlocutor se visse verdadeiramente atuante desta receita de sucesso escolar de atenção tanto à saúde das crianças quanto às estratégias dos Planos de aula, que envolve monitoramento, integração da família, recursos tecnológicos e monitoramento das atividades. Todavia, ele também destaca a dificuldade em transpor estas ações para algumas escolas, principalmente em locais que apresentam vulnerabilidade social. Cabe a nós profissionais em educação fazer o melhor para essas crianças e o Curso da Escribo “Reading Science”, ministrado pelo Dr. Américo Amorim (um dos tradutores do texto em tela), nos dá elementos muito eficazes para obter bons resultados na aprendizagem do aluno.
Estamos vivendo em mundo em constante evolução tecnológica e a educação, para ser mais eficaz, precisa está alinhada com essas tecnologias, sempre trabalhando com base nas evidências científicas e com o envolvimento de todos podemos ter um resultado positivo na educação infantil.
O texto me conduziu a refletir sobre a realidade da minha unidade escolar. Todos essas dificuldades de aprendizagem existem e não surgiram em 2020. Os índices são um desafio e em alguns momentos parecem metas muito distantes e difíceis de serem alcançadas. Gosto do caminho pedagógico proposto, tendo as neurociências como base, mas sei que ainda tenho muito aprender. Infelizmente não percebo como proposta de rede, logo tenho que aprender mais a fim de apresentar a escola resultados. Colocarei esse frase no meu planner a partir de 2021: “Vários problemas educacionais são muito complexos e as soluções eficazes não são descobertas de imediato. Por outro lado, já sabemos como ensinar todas as crianças a ler. Não deveríamos focar nossa atenção e esforços neste problema crítico e solucionável?”
Vamos estudar!
O que percebemos é que ha a comprovação científica que o trabalho baseado nas evidências científicas melhora o desempenho de leitura e escrita. E temos que ter o foco na educação infantil e nos anos iniciais para que desenvolva o processo de leitura e escrita.
Na realidade que vivemos, que para que ocorra o desenvolvimento da criança em algumas situações é necessário de algo que vai além do que a escola possa fazer, precisamos da parceria com a saúde pública.
A realidade e que devemos tentar varias estratégias para conseguir que a criança leia.Tambem precisamos de parceria com a
Planejar considerando as evidências científicas estudadas, focar a atenção e esforços para garantir o desenvolvimento das crianças ( leitoras confiantes, habilidosas e motivadas). Um desafio e meta para 2.021.
Se tomasse todos esses cuidados eliminaríamos muitos problemas de aprendizagem.
Eu acredito que para se ter um bom desempenho no rendimento escolar do aluno independente da classe social, depende muito da parceria escola e família.
É muito importante uma avaliação diagnóstica para saber o que, como e onde podemos planejar as atividades para uma aprendizagem significativa. E a família precisa participar do desenvolvimento da criança. Através de incentivos, esforços e rotina para a criança evoluir de maneira eficaz.
É muito importante uma avaliação diagnóstica.