4 Estratégias para Trabalhar a Motivação Interna na Sala de Aula

4 Estratégias para Trabalhar a Motivação Interna na Sala de Aula

Foto: jcomp/Freepik

Um estudo realizado por docentes da Bucknell University, na Pensilvânia, defende que estimular a autonomia dos alunos na sala de aula pode ser ainda mais efetivo do que tentar controlar tudo ao redor.

O estudo propõe que a autonomia se manifesta em três formas:

  • Autonomia Organizacional: quando o professor permite que os alunos tomem decisões por si próprios, dentro dos termos e regras da sala de aula.
  • Autonomia Prática: quando o professor oferece aos alunos opções e diferentes formas de apresentar suas ideias (através de mídias diferentes, por exemplo).
  • Autonomia Cognitiva: quando o professor permite que o aluno se autoavalie em determinadas situações a partir de um padrão de auto referência.

Enquanto a autonomia organizacional estimula um senso de bem estar e conforto no funcionamento da sala de aula, a autonomia prática dá suporte para um maior engajamento nas atividades e no aprendizado, assim como a autonomia cognitiva promove um investimento psicológico mais duradouro no aluno inserido naquelas atividades.

O professor de inglês Larry Ferlazzo testou o estudo em sua sala de aula, promovendo a autonomia entre seus alunos. Ele relatou no site Edutopia que para isso dar certo, os alunos precisam estar motivados. E como promover a autonomia sem uma motivação que venha de dentro pra fora?

Para Ferlazzo, em vez de tentar motivar os alunos à todo custo, é interessante trabalhar um ambiente onde eles possam buscar a motivação internamente, em cada um.

E para isso acontecer, é necessário existir uma relação de qualidade entre alunos e professores, que junto com o respeito mútuo se torna elemento chave no desenvolvimento da automotivação.

Quais ações os professores podem realizar para fortalecer essa relação e ajudar os alunos a se motivarem internamente?

4 atitudes que ajudam o aluno a se motivar

Menina escrevendo de lápis no caderno. Ao fundo, há um mapa-múndi.

1. Se interesse pelos seus alunos

Descubra seus interesses, sonhos, expectativas para o futuro. Faça um apanhado de informações sobre suas vidas, pergunte-lhes sobre o que lhes faz feliz e o que acontece no seu dia a dia.

Em outras palavras, lidere ouvindo mais do que falando. Entretanto, não faça disso uma via de mão única – compartilhe algumas de suas histórias também, construa pontes. Isso cria uma conexão de confiança e respeito entre educador e educando.

2. Haja de forma amigável na sala de aula

Sorria, brinque, cumprimente com apertos de mão. Pequenas atitudes podem determinar a imagem do professor perante seus alunos, provando que você é alguém que se importa. E vale a pena se esforçar quando o outro se importa!

3. Seja flexível, e mantenha seu foco no aprendizado

Um dos alunos do professor Ferlazzo nunca havia escrito uma redação durante toda a sua vida escolar.

Sua intenção era continuar sem escrever até que, durante um exercício de escrita focado em redações persuasivas, o professor (sabendo que o aluno gostava de futebol e videogames) disse que ele poderia escrever sobre por que o seu videogame favorito era o melhor ou por que seu time de futebol era melhor do que seu rival.

O aluno terminou escrevendo duas redações, sobre ambos tópicos. E o tema da aula (escrita persuasiva) ainda assim foi trabalhado!

4. Não desista de seus alunos

Seja positivo da forma mais humana possível e encoraje uma mentalidade de crescimento e evolução nos estudantes.

DICA EXTRA:

Uma pesquisa da Science Magazine fez com que os estudantes escrevessem um parágrafo após cada unidade de conteúdo aprendido, falando sobre como aquilo poderia ser usado em suas vidas.

Ao fim do exercício, o resto do ano letivo foi muito mais positivo para esses alunos, pois ao colocar a importância do conteúdo no papel, conseguiam visualizar a relevância do aprendizado em suas vidas – principalmente aqueles que estavam com o desempenho abaixo da média.

Ainda que seja comum entre os professores explicitar algumas conexões do conteúdo com a vida real, a pesquisa também provou que o ensino focado na experiência do educador nem sempre é efetivo e pode desmotivar os alunos, por ser algo distante da realidade deles.

Por exemplo: um aluno que tem dificuldade em entender matemática ou não a acha interessante pode se sentir ameaçado e mal por constantemente ouvir do professor como a matemática é importante para seu futuro.

Em vez de se engajar, o estudante pode se afastar e experimentar sentimentos negativos sobre a matéria.

Os pesquisadores recomendam que, nesses casos, a abordagem mais efetiva seria encorajar os alunos a criarem suas próprias conexões com a matéria e descobrirem, por si próprios, a relevância daquilo para suas vidas.

Esse método de autonomia dá ao estudante a oportunidade de conectar os tópicos e áreas estudados aos campos de interesse em suas vidas.

Gostou do artigo? Quais estratégias você usa para manter a motivação dos alunos? Comente!

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Como a tecnologia pode ajudar o Brasil a cumprir as metas da Unesco para educação

A Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco) estabeleceu seis metas de educação há 15 anos, para serem batidas de 2000 à 2015.

As metas foram estabelecidas em 2000 na Cúpula Mundial de Educação, em Dakar, no Senegal. Com 164 países, a cúpula tinha como objetivo global que todos esses pudessem chegar a 2015 tendo cumprido as seis metas abaixo:

META 1 – Primeira Infância

META 2 – Educação Primária

META 3 – Jovens e Adultos

META 4 – Analfabetismo

META 5 – Meninos e Meninas

META 6 – Educação de Qualidade

Mas, segundo o G1, apenas um terço dos países alcançou todas, e de acordo com o relatório emitido pela própria Unesco, o Brasil obteve resultados em somente duas metas – a segunda, Educação Primária, que por definição visava alcançar a educação primária universal, particularmente para meninas, minorias étnicas e crianças marginalizadas, e a quinta, Meninos e Meninas, cuja intenção era alcançar a paridade e a igualdade de gênero nas escolas.

Nesse contexto, fica claro que algumas metas poderiam ser solucionadas com a ajuda da tecnologia.

Antes de julgar a tecnologia algo “extra” para a educação, o Ministério da Educação deveria alinhá-la ao básico no ensino, por diversos motivos, como engajamento, motivação e resultados, como podemos conferir ao longo do post abaixo:

Analisando possíveis soluções tecnológicas para as 4 metas da Unesco não realizadas no Brasil

College students in a computer lab

META 1 – PRIMEIRA INFÂNCIA

Definição: Expandir a educação e os cuidados na primeira infância, especialmente para as crianças mais vulneráveis. Entre os países, 47% alcançaram o objetivo e outros 80% quase conseguiram. Apesar do Inep ter contestado, pois o número de creches públicas no país aumentou ostensivamente, o Brasil não atingiu a meta segundo a Unesco.

Como a tecnologia ajudaria: Para que essa meta seja batida, é preciso que bons líderes e profissionais de educação elaborem soluções para a primeira infância, pois a fase é crucial e decisiva no que diz respeito a capacidade de aprendizagem que as crianças carregam para os resto de suas vidas.

Para capacitar e engajar formuladores de políticas públicas e representantes da sociedade civil em um diálogo a respeito do tema, existem cursos com modalidade à distância que o governo poderia bancar aos interessados, como o Curso de Liderança Executiva em Desenvolvimento da Primeira Infância, oferecido pelo Núcleo Ciência Pela infância.

Ele acontece em dois módulos presenciais, com um momento a distância entre esses. Durante esse período, os participantes trabalham divididos em pequenos grupos para desenvolver e refinar Planos de Ação de promoção do desenvolvimento infantil completamente online, supervisionados por uma equipe técnica de especialistas e facilitadas por ferramentas digitais de conferências e sessões regulares de supervisão para os grupos.

META 3 – JOVENS E ADULTOS

Definição: Garantir acesso igualitário de jovens e adultos à aprendizagem e a habilidades para a vida. Unesco diz que 46% dos países atingiram. O Brasil não.

Como a tecnologia ajudaria: A maioria dos adultos e jovens trabalha durante o dia para poder estudar à noite. Muitos deles ajudam financeiramente seus lares, pagam a faculdade e possuem inúmeras responsabilidades ao longo do dia. No meio de tantas obrigações, ainda há o transporte público precário e os problemas de locomoção enfrentados nas pequenas e grandes cidades. Todas essas dificuldades desestimulam o jovem e o adulto à continuar estudando, o que gera evasão. Como resolver esse problema? Agregar o ensino blended no país (ou seja, parte online, parte presencial) e investir mais nos cursos EAD (Ensino à Distância), atitudes que poupariam o tempo do estudante, garantindo maior qualidade de vida.

Saiba mais sobre educação blended (ainda inexistente no país) neste artigo do Estadão.

META 4 – ANALFABETISMO

Definição: Alcançar uma redução de 50% nos níveis de analfabetismo de adultos até 2015. Apenas 25% dos países atingiram.

Como a tecnologia ajudaria: A solução estaria em integrar atividades multimídia para ajudar no processo de alfabetização, como infográficos, animações, jogos e quadros interativos. Trazer para o adulto analfabeto uma nova realidade na sala de aula pode estimulá-lo a buscar o conhecimento.

Saiba mais:

META 6 – EDUCAÇÃO DE QUALIDADE

Definição: Melhorar a qualidade de educação e garantir resultados mensuráveis de aprendizagem para todos. De acordo com o relatório, faltam 4 milhões de professores no mundo.

Como a tecnologia ajudaria: A resposta para solucionar esta meta está na própria Unesco, que desenvolveu um guia online, de acesso gratuito, com 13 convincentes motivos para adotar a tecnologia móvel como linha auxiliar na sala de aula.

A Unesco diz acreditar que os celulares podem expandir e enriquecer as oportunidades de aprendizado em diferentes cenários, visto que várias experiências ditas no guia evidenciam que, assim como tablets, celulares estão favorecendo as habilidades cognitivas de educadores e alunos ao redor do mundo.

Confira os 13 bons motivos para usar tecnologia móvel na educação, segundo a Unesco e o guia oficial na íntegra, em inglês.

E você, como vem mudando a educação no país? 🙂

Como são formados os melhores professores do mundo?

O acadêmico finlandês Pasi Sahlberg escreveu o livro Finnish Lessons 2.0: O que o mundo pode aprender com a mudança educacional na Finlândia? em 2013, onde, entre muitas lições, contou uma em particular para o jornal The Guardian, sobre como são formados os professores em seu país.

De acordo com o OECD (Organização para Economia Cooperativa e Desenvolvimento), os rankings educacionais da Finlândia configuram o topo das pesquisas mundiais sobre aprendizado.

Isso nos leva a imaginar que o principal catalisador desses resultados são os professores bem preparados. E são. É muito difícil ser um professor na Finlândia e as vagas nas Universidades são muito concorridas. Apenas um a cada dez concorrentes é aceito por ano. Os escolhidos precisam ainda estudar cinco ou seis anos antes de lecionarem em salas de aula.

O caso contado por Sahlberg foi de sua sobrinha, que mesmo com notas exemplares e um currículo escolar impecável não conseguiu entrar na Universidade da capital Helsinque, para ser uma professora do pré-escolar como sonhava.

Você deve estar pensando que ela não entrou devido ao alto número de concorrentes para uma vaga, e que talvez ela deveria ter estudado mais para ter melhores notas e ser aprovada. Errado.

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Campus da Universidade de Helsinque, capital da Finlândia (Créditos: John Welsh/Wikipedia)

 

A sobrinha do Sahlberg foi recusada na universidade, assim como muitos outros estudantes finlandeses, não por ser academicamente insuficiente, mas por não estar capacitada naquele momento em outras competências. Não entendeu? Vamos aos fatos:

O teste para entrar nas universidades de licenciatura na Finlândia possuem duas fases: todos devem fazer o teste escrito, nacional. Os que obtiverem melhores resultados ali são convidados para a segunda fase, onde a universidade aplica um teste de aptidão específico. E é aí que está o segredo.

O sistema educacional finlandês tem consciência de que apenas ir bem academicamente e ter boas notas não forma exatamente os melhores professores. As habilidades devem transpassar a teoria.

Basta olhar o perfil acadêmico dos calouros selecionados na Universidade de Helsinque: um quarto deles tinha notas consideradas “medianas” (entre 51 a 81 pontos numa escala de 0 a 100).

“Se os educadores das universidades da Finlândia pensassem que a qualidade de um professor está correlacionada apenas com as habilidades acadêmicas, eles teriam admitido minha sobrinha e muitos outros que, iguais a ela, tinham um desempenho superior no ensino médio”, afirma Pasi Sahlberg.

De fato, a Universidade de Helsinque poderia ter escolhido os futuros universitários com melhores notas, mas não o fazem pois acreditam que o potencial de um bom professor está escondido em de diversos tipos de alunos.

Jovens atletas, músicos e líderes de grupos da juventude, por exemplo, nem sempre têm as melhores notas, mas têm características inerentes à bons professores: liderança, energia, habilidades manuais e tecnológicas. Todas essas habilidades ajudam na didática, pois não adianta deter conhecimento se não há como repassá-lo.

O que a Finlândia mostra é que mais importante do que colocar os mais “inteligentes” (de acordo com notas acadêmicas) nas universidades é pensar em uma formação que aproveite o melhor talento de cada jovem – a paixão por ensinar (e a didática) conta mais que as habilidades acadêmicas.

Segundo Sahlberg, na Inglaterra e nos Estados Unidos ainda se acredita que as melhores notas formam os melhores professores, e que a qualidade do ofício é proporcional ao desempenho acadêmico dos futuros mestres. Para ele, isso são mitos que devem ser evitados na hora de reformar a educação mundial.

Ele ainda afirma que um passo à frente seria admitir que os melhores estudantes nem sempre são os melhores professores:

“Sistemas educacionais de sucesso devem se preocupar em encontrar as pessoas certas para seguir a carreira de professor”

Você concorda com o educador finlandês?

 

Entendendo os processos de aprendizagem: como os alunos aprendem?

Você com certeza já viu esse tipo de profissional:

Um professor ou professora inteligentíssimos, com um particular talento intelectual, diversos cursos no currículo, mestrado, doutorado e até PhD. Não é segredo para ninguém que aquela pessoa não apenas sabe muito, mas que domina um vasto conhecimento na sua área.

Só que, chegando na sala de aula, ela se comunica mal, não consegue se expressar e tão pouco transferir o conhecimento. A linguagem corporal é nula, as falas são incompreensivas. Tecnologia? nem pensar. No máximo alguns slides enormes num datashow que levou quarenta minutos para ser montado.

Isso prova que é essencial para os educadores dominar não apenas o conteúdo, mas a habilidade de passá-lo adiante de forma efetiva.

Para auxiliar os professores nessa missão, hoje vamos mostrar como o ocorre processo de aprendizado, com 6 fatos que o professor precisa saber à respeito de como seus alunos aprendem: 

1. Alunos aprendem melhor através de múltiplos ângulos

Apesar de parecer óbvio na teoria, na prática poucas escolas e professores adaptam o ensino para atingir todos os tipos de aluno.group of teens students hanging out at school

Alguns alunos aprendem melhor com estímulos visuais multimídia, outros escutando exemplos e histórias. É preciso ajustar as formas de ensino para que todos sejam contemplados – tendo isso em mente, o professor já consegue desenvolver atividades mais variadas, tanto no método como no nível de dificuldade.

2. A melhor forma de fixar informação é reforçando-a

Group of students in a libraryE a melhor forma de reforçar a informação é repassando-a de formas diferentes, em momentos diferentes.

Usar, além dos tradicionais exercícios, mapas, esquemas ou painéis, depois músicas, e em outro momento jogos e filmes ajuda a manter a informação ativa em várias áreas do cérebro.

3. Use a interdisciplinaridade 

behind the booksEm vez de separar as matérias, por que não usar uma para contribuir com a outra? Mesclar o aprendizado torna tudo mais divertido e engajador, além de reforçar e memorizar o que está sendo aprendido em cada matéria simultaneamente.

Por exemplo: Se o conteúdo em história é a história do Antigo Egito, é possível incorporar isso à linguística,  falando de hieróglifos ou propondo uma redação sobre qual monumento egípcio é mais interessante.

4. Ensine sobre o próprio processo de aprendizado

O próprio conceito de aprendizado é algo abstrato.asian male thinking

Ajudando seus alunos a arte de aprender, as técnicas necessárias para um bom aprendizado, assim como explorar os diferentes estilos de aprendizagem, você estará empoderando-os nesse processo. Quando um tópico ou assunto for mais difícil ou invasivo, o estudante que entende como aprender vai ter mais paciência para encarar o desafio.

Uma dica interessante é esta história em quadrinhos que ensina formas de evitar a procrastinação: “Uma longa noite aprendendo: como Sofia aprendeu a aprender melhor“.

Outras técnicas são:

  • Memorização
  • Análise de fatos e processos
  • Entendendo a realidade

5. Crie espaços 

salle de classe

Essa é uma sugestão psicológica e logística – criatividade é o berço do aprendizado, onde um estudante pode semear pensamentos, ideias, problemas e fazer conexões entre conceitos.

A criatividade depende da ativação do lado direito do cérebro, e determinados espaços são oportunos para a criatividade aflorar.

Dê aos estudantes um espaço para se alongar, se mover, observar o ambiente e as janelas. Passeie pela sala, entre as cadeiras, para chamar a atenção deles.

6. Use tecnologia

Nunca antes na história da humanidade informações e conhecimento estiveram tão acessíveis. Com um toque no tablet ou no smartphone, um estudante pode conseguir respostas às questões que, antes, precisariam de uma ida à empoeirada sessão de enciclopédias na biblioteca.

Isso significa que memorizar não tem mais a mesma importância que um dia teve 100 anos atrás. Tradições orais e o hábito de Boy spending time with notebook and modern technologypassar a informação à frente verbalmente estão quase extintos.

Melhor do que resistir ao avanço da tecnologia é vê-la como a ferramenta perfeita de ir além com os estudantes, desde que eles não precisam desperdiçar tempo investigando informações que estão à um toque de distância.

Explore temas, encoraje a inovação. Você pode se inspirar com outros artigos à respeito:

O pedagogo Andrianes Pinantoan, autor da lista, afirma ainda que estimular a curiosidade também é uma forma de fazer o processo de aprendizado acontecer:

“Quando os alunos têm interesse em algo, seu aprendizado cresce. Eles têm mais foco, iniciativa, engajamento no material. Fazer com que eles pesquisem, investiguem e explorem suas curiosidades sobre conteúdos que gostam aumenta a motivação da sala de aula.”

E os seus alunos, como estão aprendendo?

20 atitudes que fazem a diferença em um professor bem sucedido – Parte II

Como um professor atinge seu objetivo com os alunos?

Esse foi o questionamento feito no post de ontem, onde apresentamos a primeira parte de uma inspiradora lista da psicóloga Julie DeNeen com 10 das 20 atitudes de um professor de sucesso que podemos copiar para o nosso dia a dia.

Hoje, vamos continuar a lista com mais 10 hábitos importantes para um bom professor!

Hábitos de um professor bem sucedido – Parte II

 

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11. Refletem sobre os seus métodos

Para atingir o sucesso, o ensino precisa ser dado de forma dinâmica e compreensível para os alunos, de forma que eles se conectem com o conteúdo.

Assim, professores de sucesso refletem sobre a forma de ensinar para fugir da mesmice – se o método de antes não funciona agora, por que não parar um pouco e pensar em formas de adaptá-lo, ou até mesmo mudá-lo?

Refletir é necessário para descobrir fraquezas que podem se fortalecer com um pouco de entendimento e deliberação.

12. Consultam profissionais mais experientes

É sempre bom ouvir uma segunda opinião em momentos de dúvida ou decisão – e professores de sucesso buscam, humildemente, apoio em outros colegas mais experientes ou que já passaram por aquela situação.

Nunca somos tão sábios a ponto de não precisar ouvir outras pessoas e uma perspectiva diferente nos ajuda a expandir horizontes e repensar ideias.

13. Se comunicam com os pais

A relação entre pais e professores deve ser colaborativa, uma vez que ambos estão ali pelo mesmo objetivo: o sucesso do aluno. Por isso se comunicar com os professores é absolutamente crucial.

Uma relação aberta e respeitosa garante bons resultados. É importante deixá-los a vontade para vir até você e deixar claro que eles têm com quem contar na escola. Unidos, professores e pais conseguem diminuir as dificuldades da vida escolar.

Saiba mais: Como a escola pode usar a internet para se comunicar melhor com os pais?

 

14. Procuram novas tecnologias para a sala de aula

Com o avanço da tecnologia, existem inúmeras opções de fontes e ferramentas que você pode usar para garantir um melhor rendimento nas suas aulas e turbinar o conteúdo.

Uma vez que todos os seus alunos já estão familiarizados com a tecnologia, fica muito mais fácil cativá-los com essas ferramentas. Não tenha medo de implementar a tecnologia na educação – mesmo que ela pareça distante da sua realidade, vivemos num mundo onde a tecnologia está em todos os lugares, e é nesse mundo que seus alunos vão crescer.

É melhor que eles comecem entendendo-a através de você, de forma saudável e responsável.

15. Fornecem suporte emocional

Há dias em que os alunos precisam mais de você emocionalmente do que intelectualmente: problemas em casa, bullying na escola e autoestima comprometida pelas notas são alguns exemplos de problemas enfrentados por alunos na escola.

Conectar-se com eles num nível emocional cria uma relação de respeito ainda maior entre aluno e professor. Talvez você seja o adulto que ele mais tem contato depois dos pais, e significa muito para uma criança ter com quem contar.

16. Não se assustam com o desconhecido

Você se sente confortável mesmo sem ter todas as respostas? Bons professores são capazes de funcionar sem que tudo esteja perfeitamente amarrado.

Isso tem tudo a ver com se adaptar às situações e desafios, como um corte de orçamento ou pais que não são participativos.

17. Não se sentem ameaçados pela cobrança pais

Infelizmente, pais e professores sentem-se ameaçados entre si. Um professor inseguro verá a preocupação dos pais como uma ameaça ao seu trabalho.

Ainda que muitos pais se envolvam demais e pareçam estar mais interessados em apontar os erros dos professores, ainda existem pais que só cobram os professores porque querem o melhor para seus filhos.

Professores de sucesso são confiantes o suficiente nas próprias habilidades e não se sentem ameaçados quando pais querem ter suas opiniões ouvidas. Isso não significa obrigatoriamente seguir as recomendações dos pais ou silenciar-se diante deles!

18. Trazem diversão para a sala de aula

Não seja tão sério. Há dias em que a diversão deve ser a meta! Quando os estudantes vêem você se humanizar diante deles, é construída uma relação de confiança e respeito.

Diversão e educação não são práticas excludentes, e através do humor você pode tornar o mais entediante assunto em algo mais interessante.

Saiba mais: Divirta-se! Veja como 5 professores levaram alegria e descontração para suas escolas

 

19. Não deixam de aprender

Bons professores arrumam tempo em suas agendas para aprender mais. Essa atitude não só ajuda a estufar seu arcabouço intelectual como te coloca mais uma vez na posição de estudante.

Isso lhe dá uma perspectiva melhor sobre o processo de aprendizagem. É bastante possível esquecer como o outro lado se sente quando se está sempre no “modo professor”.

Saiba mais: Capacitação online é alternativa diferencial para professores

 

20. Pensam fora da caixa

Muitas vezes os professores constroem zonas de conforto para se proteger dos desafios. “Nunca farei isso”, dizem.

Mas os maiores obstáculos crescem de dentro pra fora – você construiu uma “caixa” ao redor dos seus métodos de ensino? Tudo bem, por que os bons professores sabem a hora de sair dela ou até mesmo quebrá-la.

Além disso, a psicóloga recomenda que os professores dominem o que ensinam e estejam sempre por dentro da área:

“Bons professores precisam conhecer bem os conteúdos – uma boa metodologia só funciona com muito conhecimento. O segredo é aprender, aprender mais e nunca parar de aprender. Professores de sucesso são continuamente curiosos” Julie DeNeen

Você curtiu a lista? Com que item você mais se identifica? Não deixe de mostrar para os seus colegas.